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1 Autor: Professor Adilson Motta

Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Autor: Professor Adilson Motta

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Registro do Seminário Interdisciplinar realizado em 06/12/2006 - que resultou na

divulgação e exposição do 1º livro de Vila Sanção (Histórico, Geografia e Cultura).

Todas as salas da escola Alegria do Saber foram contempladas com eixos temáticos

abordados pelos alunos (sob a coordenação dos professores) em apresentação e

exposição da cultura e arte local.

Abertura do Seminário. Depoimentos de pioneiros. Uma das salas em apresentação

Turma da Profª Cícera com peças teatrais e exposição de minérios. Professora Florisa

com confecção e apresentação de artesanato.

06/12/2006

Alunos da Escola produzindo artesanato para apresentação em Seminário.

Três frases muito importantes:

SUMÁRIO

Participação da

Comunidade na

apresentação do

Seminário.

“As gerações passam,

a cultura se transforma. E

a história... é imortal”. Adilson Motta

“O homem não é

nada além daquilo

que a educação faz

dele”. Immanuel Kant

Só quem conhece o passado e a realidade é quem é capaz de adivinhar o futuro. (Maquiavel)

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INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------5

COLÔNIA PAULO FONTELES----------------------------------------------------------------6

FORMAÇÃO HISTÓRICA DO POVOADO VILA SANÇÃO-----------------------------7

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO---------------------------------------------------------------11

ASSOCIATIVISMO EM VILA SANÇÃO ---------------------------------------------------12

PERFIL ATUAL DO POVOADO VILA SANÇÃO----------------------------------------13

ASPECTOS SÓCIO ECONÔMICOS E INFRA-ESTRUTURAIS------------------------18

PROJETO PAULO AFONSO-------------------------------------------------------------------21

SETOR DE COMUNICAÇÃO-----------------------------------------------------------------22

NOSSAS ORIGENS------------------------------------------------------------------------------25

INFLUÊNCIA DO PROJETO MINERAL NA COMUNIDADE-------------------------27

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM VILA SANÇÃO----------------------------------------28

RENDA FAMILIAR-----------------------------------------------------------------------------33

PONTOS TURÍSTICOS-------------------------------------------------------------------------34

ALOJAMENTOS DAS EMPRESAS: VALE, SANTA BÁRBARA E ODEBRECTH.37

INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS NA COMUNIDADE--------------------------------------38

PROJETO RIQUEZAS LITERÁRIAS--------------------------------------------------------40

DATAS COMEMORATIVAS------------------------------------------------------------------72

REFERÊNCIAS-----------------------------------------------------------------------------------84

E-mail para contato: [email protected]

Colaboradores no Seminário para apresentação deste trabalho na Escola

Alegria do Saber em 2006:

Diretora Ivone Ferreira Marçal

Professor Alcimar Teixeira Lima

Professor Antonio Carlos Carneiro

Coordenadora Aliene

Professora Cícera Rodrigues

Professora Floriza Viana Simões

Professora Ildenir

Professor Pedro Ferreira Lima

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Adilson Motta

85 páginas

“É impossível formar cidadãos conscientes

se estes não se conhecerem”. Adilson Motta

Motta, Adilson Pires

Vila Sanção – Pará: História e geografia / Adilson Pires Motta.

– Parauapebas, PA:...., 2008.

85 p. UFMA (Universidade Federal do Maranhão).

1. Vila Sanção. Aspectos históricos e culturais 2. Parauapebas-

– Aspectos geográficos 3. Parauapebas, PA. Aspectos culturais.

CDD 900

CDU 908 (811.5)

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1- INTRODUÇÃO

O povoado Vila Sansão até há pouco não possuía registros de seus

anais (históricos), e este livro foi produto de uma ação pedagógica onde o

professor Adilson Motta mobilizou pesquisas e, mesmo sem a credibilidade

inicial por parte de outros que haveriam de contribuir, mas que deram sua

parcela de contribuição no momento de culminância – no final do ano letivo na

escola Alegria do Saber – onde foi mobilizada toda equipe e comunidade como

colaboradores e convidados para a apresentação e exposição deste que

resultou no livro histórico de uma comunidade (Como mostram as fotos no

interior do trabalho). Localizado entre dois grandes projetos minerais do país:

Carajás (ferro) e Salobo (cobre), a comunidade vive dias de euforia e

expectativas entre as riquezas e desenvolvimento que promoverá

determinados projetos e, em suas sombras: problemas sociais, infra estruturais

e ambientais. O ponto negativo é que, os benefícios da mineração ali explorada

vai beneficiar o distante município de Marabá. É incluído tópicos que abordam

sua história, aspectos geográficos, infraestrutura habitacional e seus

indicadores sociais, como parte de um universo maior - Parauapebas.

Contempla-se também, o histórico da escola Alegria do Saber, das igrejas na

comunidade e informações inerentes aos alojamentos do projeto Salobo e sua

influência na comunidade.

É acrescentado no corpo da obra, o projeto Riquezas Literárias, que

inclui a produção de poemas, contos, crônicas e piadas, de autoria do

professor Adilson e de alunos da escola Alegria do Saber. Sendo considerada

desta forma, uma obra social.

É um trabalho de relevada importância para a elaboração de projetos que

demandam dos poderes públicos, assim como de entidades representativas no

que toca a comunidade e a valorização da memória in loco.

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COLÔNIA PAULO FONTELES

A Colônia Paulo Fonteles que antes recebeu o nome de Jader Barbalho teve início de sua colonização nos anos 80. Possui uma área de aproximadamente 60 km² ficando a oeste da cidade de Parauapebas, distando deste cerca de 45 km. Está composta por três sub-regiões principais: Santa Cruz Vila Paulo Fonteles, Vilinha e Vila Sanção.

Aproximadamente 75% da região é composta por cultura permanente, 12% de reservas florestais. Apresenta uma hidrografia muito rica cortada por rios e igarapés diversos, entre eles temos : Igarapé Gelado, O Rio Piabinha , Corazul, Rio Itacaiúnas, entre outros. Apresenta relevo um pouco diversificado com áreas de pequenas planícies, montanhas, morros e pequenos vales. Tem um clima agradável.

População:

É formada por uma população muito diversificada oriundos de várias partes do Brasil como: Maranhão, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí entre outros, que fazem da região grande, nos aspectos sócio-cultural, destacando assim várias culturas e diversidades de costumes, crenças e dialetos.

Economia e Produção:

A economia da região está baseada principalmente na agricultura, onde são cultivados diversos produtos como: coco, cupuaçu, banana, abacaxi, açaí e castanha-do pará (árvore nativa da região) entre outras. Além da cultura do ciclo curto como: arroz, feijão, mandioca, melancia e milho. A pecuária também está sendo muito bem difundida na região em pequenas e médias propriedades. A produção vai além com a fabricação dos derivados do leite como queijo, requeijão e de polpa de frutas. Grande parte da produção é distribuída e vendida na cidade de Parauapebas na Feira do Agricultor direto ao consumidor. Dispõe também de pequenas barragens que fomenta a piscicultura , atividade que vem ganhando destaque na economia local, além da horticultura que recebe destaque na produção de verduras e hortaliças.

Educação:

A região possui diversas escolas que estão distribuídas no seu território de abrangência sendo três escolas Pólos: Gonçalves Dias (Zé Rodrigues), Monteiro Lobato (Vilinha) e Alegria do Saber (Vila Sanção) e diversas escolas anexas espalhadas em pontos estratégicos da região. Atendendo educação infantil, ensino fundamental, Ensino Médio (Vila Sanção) e EJA.

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FORMAÇÃO HISTÓRICA DO POVOADO VILA SANÇÃO

O povoado a tua lmen te conhec ido po r V i la Sanção no p r inc íp io de sua h is tó r ia f o i co lon izado po r m ig ran tes no rdes t inos em g rande ma io r ia o r iunda do Estado do Maranhão , somando -se a popu lação pa raense que já v i v ia na reg ião . No en tan to , segundo as pesqu isas , ex is te também um número menor e d i ve rso de pessoas que m igra ram de ou t ros es tados como: Tocant ins , Go iás , Mato Grosso , Ba h ia . A á rea que ab range Vi la Sanção (em Parauapebas ) e ra t ida como um “ c in tu rão ve rde ” ou á rea de p rese rvação amb ien ta l – como p re tensão da C.V.R .D . A da ta de fundação de Vi la Sanção é em 5 de março de 1993 , tendo como ped ra angu la r a da ta de f undação da esco la A legr ia do Sabe r, que é base de todo um p rocesso soc ia l e h is tó r i co . Sendo ex tensas á reas de te r ras cobe r tas de matas e devo lu tas , não ex is t ia demarcação . As demarcações só in ic ia ram em 1998. Na p re tensão de domín io d a á rea t ida como devo lu ta es tavam Grupo Mi randa, o Japonês e a CVRD que já exerc ia p ressão de domín io in fo rma l em ex tensas á reas a pon to de imped i r o acesso e g r i lagem nas te r ras , t idas como devo lu tas , mas da Un ião , ou se ja , do povo b ras i le i ro . Houve con f l i tos , e posse i ros chegaram a se r p resos e a in te rvenção dos deputados Ademir And rade ( fede ra l ) , Pau lo Fon te les e João Ba t i s ta (es tadua is ) em so l tá - los e in te rv i r na ques tão a favor dos “sem te r ras ” . En t ra em cena o governo do es tado Jader Ba rba lh o fazendo a doação de lo tes de te r ras de 50 hec ta res com t í tu los a t ravés do ITERPA ( Ins t i tu to de Ter ras do Pa rá ) . Mas não deu cond ições de que es tes posse i ros ou agr icu l to res se mant i vessem nas te r ras . As conseqüênc ias fo ram: a ma io r ia teve que vende r as te r ras bara tas para fazende i ros que se benef i c iavam com a “s i tuação ” . Segundo re la tos , houve casos de posse i ros que vende ram seus lo tes de te r ras po r “ l i v re p ressão ” a fazende i ros que se in te ressavam pe la posse das te r ras . Ho je , segundo Sever ino (N i l son ) do Ba r, menos de 10% dos co lonos da época a inda possuem t í tu los de te r ra na reg ião . A lguns vende ram a la t i f únd ios ma io res que se to rnaram grandes fazendas. An tes dessa ex tensa á rea de te r ras passa r pa ra a posse de fazende i ros e posse i ros , e ra conhec ida po r Co lôn ia Jade r Ba rba lho (en tão governado r do Es tado naque le momento) mudando em segu ida pa ra Co lôn ia Pau lo Fon te les . O nome Vi la Sanção fo i em homenagem ao fundado r e l íde r po l í t i co Od i lon Rocha de Sanção .

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O p rocesso de fo rm ação h is tó r i ca do povoado se deu com a par t i c ipação de pessoas in f luen tes da reg ião como Od i lon Rocha de Sanção e N i l son , comerc ian te e comun idade . Mesmo an tes de se e leger a ve reado r, Od i lon já dava sua pa r t ic ipação e co laboração no p rocesso de fo rmação e desenvo lv imento do povoado . No p r inc íp io da h is tó r ia do povoado , a cons t rução da 1 ª esco la e pos to de saúde fo ram fe i tos em reg ime de mu t i rão . Ou se ja : com a pa r t ic ipação da comun idade, que con t r ibu ía com mão -de -ob ra e ma té r ia -p r ima. Od i lon en t rou na p o l í t i ca em Parauapebas em 1º de Jane i ro de 1993 (quando teve in íc io seu 1º mandato na vereança do Mun ic íp io ) . Ao seu lado , sua esposa a senho ra C léa Sanção, que ass im como Od i lon , é uma ba ta lhado ra e res iden te no mun ic íp io desde o tempo em que es te e ra po voado de Marabá. Cléa , em 9 de março de 1987, f undou a “ Escola Caminho Maravi lhoso” da p ré -esco la a 1ª sé r ie do 1º g rau . No en tan to , a pa r t i r de 1994, a esco la passou a chamar -se Cent ro de Ens ino Fên ix , po r esco lha de sua c l ien te la (na ma io r ia jovens ) e também com a au to r i zação do CEE (Conse lho Estadua l de Educação ) . Ho je , por se r uma esco la de renome e pa r t icu la r, es tá sendo adm in is t rada pe la coope ra t i va COOPED (Coopera t i va Educac iona l pa ra ge renc ia r o Fen ix ) .

No segundo mandato , d o ano de 1997 , Od i lon Rocha de Sanção con t ra tou agr imensor e fez a d i v i são e doação de 160 lo tes de suas te r ras para as pessoas da comun idade v i sando manter e cons t i tu i r a l i a es tab i l idade de um povoado que ho je d i spõe de uma in f ra -es t ru tu ra como pos to de saúde, uma esco la - A legr ia do Sabe r (com labo ra tó r io de in fo rmát ica e b ib l io teca ) , vá r ias ig re jas , bares e comérc ios que se espa lham nas ruas do povoado ) . Ao mesmo tempo em que p romov ia co lon izar e povoa r essa á rea ho je conhec ida po r V i la Sanção, conseqüentemen te es ta r ia va lo r i zando suas te r ras , po r se encont ra rem d is tan te de ag lomerado popu lac iona l . As es t radas na reg ião fo ram aber tas em p r inc íp io , por made i re i ros , com f ins de expo r ta r as made i ras que e ram exp lo radas na reg ião ; “e ra um p icadão, no me io da mata ” , ass im re la tou um dos an t igos morado res . Em resumo, em meado dos anos 80 , ex is t ia apenas a es t rada do Sa lobo . A es t rada Pau lo Fon te les su rg iu anos depo is . A té 1992, não ex is t i a es t rada de acesso a té Vi la Sanção. A es t rada passava an tes da Vi l inha (Vi la Seca ) cerca de 7 qu i lômet ros (R iba do cam inhão /p laca) . Na a tua l idade , a es t rada se es tende a té o r io I taca iúnas. Em 2003, Od i lon Rocha de Sanção fez a segunda doação num to ta l de 40 lo tes . Em 22 de feve re i ro de 2010 , f o i rea l iz ado o 3º lo teamento , onde fo ram doados 97 casas e ou t ro tan to pos to à venda em á rea a l ta do povoado.

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Casas sendo construídas no novo loteamento. 07/2010.

Segundo Od i lon , “um dos seus idea is é t raze r para o povoado de Vi la Sanção u ma Esco la T écn ica Agr íco la ou Técn ica P ro f i ss iona l i zan te pa ra a popu lação ru ra l ” . A par t i c ipação po l í t i ca de Od i lon no p rocesso de fo rmação e co lon ização do povoado também con t r ibu iu t razendo para o povoado a cons t rução da Esco la A legr ia do Sabe r, um Post o de Saúde, ene rg ia , o S is tema Modu la r de Ens ino (Ens ino Méd io ) e o S is tema de Nuc leação (de Ôn ibus ) que t ranspo r ta os a lunos ru ra is às esco las – quando d is tanc iados. Em 2004 fo i imp lan tado o s i s tema de te le fon ia púb l ica a t ravés de o re lhões da TELEMAR.

O p r inc íp io da h is tó r ia do povoado Vi la Sanção fo i marcado com a p resença de caçado res e co lon izado res que a l i caçavam, somente pa ra o consumo. O acesso ao mun ic íp io e ra d i f íc i l . Ve ja o que d iz De lzu í ta de Cast ro Br i t o , uma das an t igas morado ras :

“E ra mu i to d i f í c i l , po rque não t i nha es t rada , e ra somente um pequeno cana lzinho ”

Nilson, um dos pioneiros

é tido como representante

do povoado.

Odilon Rocha de Sanção, pioneiro

e participante com a comunidade no

desenvolvimento e processo

histórico de Vila Sanção.

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En t rev is tas com an t igos morado res reve lam que e les e ram em sua ma io r ia o r iundos do Maranhão e em número menor de ou t ros es tados como: P iau í , Pe rn ambuco, Go iás , Mato Grosso e Minas Gera is ; os qua is v ie ram à p rocura de te r ras pa ra a lavou ra de subs is tênc ia . Os mesmos v i v iam da lavoura , da caça e da pesca . Out ros desenvo lve ram a a t i v idade comerc ia l . A tua lmen te o povoado é benef i c iado com ene rg ia e lé t r ica , água encanada, pos to de saúde e o re lhões . Pers is te no povoado um grande número de caçado res dev ido ao g rande número de caças na reg ião a inda ho je ex is ten te , como: onça , a ra ra azu l , ve rme lha e amare la , ta tu , po rco ca i t i tu , veado mate i ro , paca , mu tum cas tanhe i ra , p in incha , cu t ia , jabu t i , manb i ra e an ta . A a t i v idade de pesca e ra rea l i zada com anzo l , ta r ra fas e ma lhade i ras . As espéc ies de pe ixe na reg ião são : Cu r ima tá , p i ranha, su rub im e jaú . Jun to a a t i v idade da agr i cu l tu ra desenvo lv ia -se também a exp lo ração de ga r impo nas ad jacênc ias do povoado.

Vi l a S a n ç ã o – e m n o v e m b r o d e 2 0 0 6

Devido o grande crescimento populacional que apresenta a comunidade em função do maior projeto de cobre do Brasil (Salobo) e o segundo das Américas, e a ausência de uma política que possibilite esse crescimento com distribuição equilitária de terras à sua emergente população que só cresce, centenas de pessoas (entre migrantes e residentes por longos anos) resolveram invadir áreas pertencentes ao senhor Odilon Rocha de Sanção. O qual, em reunião com os “invasores” deixou claro e definido que até o dia 4 de outubro de 2009 daria uma solução ao episódio, o que o que aconteceu no ano seguinte com a doação de uma nova remessa de lotes. .

Distando de Parauapebas cerca de 90 km, cria-se, desta forma, pela distância, um

isolamento social e não atendimento às demandas políticas, o que compromete a

qualidade de vida da comunidade. Além de citar que Vila Sanção é a comunidade que

fica mais próxima do projeto Salobo e a 7 km de três grandes alojamentos que abrigam

acima de 5.000 homens. A emancipação de Vila Sanção seria uma estratégia favorável

para Vale e empresas concessionárias de contratos/ ou terceirizadoras, pois infra-

estrutura, saneamento básico e agregação de um pólo administrativo/econômico na

região iria promover desenvolvimento.

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USO E ECUPAÇÃO DO SOLO – VILA SANÇÃO

ESPECIFICIDADE

RESIDENCIAL

137

75%

COMERCIAL 11 6%

MISTO 10 5,4%

INSTITUCIONAL 8 4,3%

CONSTRUÇÃO 18 9,8%

TOTAL 184 100,00%

Ano: 2008

INFRA-ESTRUTURA RESIDENCIAL

ALVENARIA

11

6,0%

MADEIRA

143

77, 7%

TAIPA

29

15,8%

RESTO DE MATERIAL

1

0, 5%

TOTAL

184

100,00%

Fonte: CVRD apud DIAGONAL, 2008

COMO É FEITA A COLETA DE LIXO EM VILA S ANÇÃO

DESTINO %

QUEIMADO 50 ,8%

JOGADO AO AR L IVRE 40 ,1%

ENTERRADO 9 ,1%

Data: 2008

Essa realidade mudou significativamente quando em 2009 foi dado início a coleta de

lixo na comunidade pela Clean.

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1ª ASSOCIAÇÃO DE VILA SANÇÃO - AMPRODESV A primeira Associação fundada em Vila Sanção foi em 19 de novembro de 2006, sendo presidente eleita a professora Betânia. O nome da Associação - AMPRODESV (Associação dos Moradores e Produtores Rurais para o Desenvolvimento Sustentável de Vila Sanção e Região). O número de sócios é de 40 associados. No ato de fundação, houve a participação da comunidade, autoridades representativas do povoado Vila Sanção como: Na educação, a diretora Ivone Marçal e professores; Pastor Nelson, Pastor João de Deus em representação a comunidade religiosa; o poder público, através de (Girlan, Brandão e Marcos Sousa, representando a SEPLAN-Secretaria de Planejamento) e comerciantes.

A importância de uma associação na comunidade A associação é uma forma de organização da sociedade civil sem fins lucrativos que, além de captar recursos e projetos sociais em instâncias Municipais, Estaduais, Federais, ONGs (Organização Não Governamental) e empresas privadas como a CVRD e outras, é um meio juridicamente organizado de representação da comunidade ante os poderes públicos e privados, por exemplo: através da câmara de vereadores, Secretarias Administrativas, Assembléia Legislativa de Estado, Câmara Federal dos Deputados e diversos, onde se possibilita a liberação de recursos para os seus representados. A associação é uma porta aberta para recursos e projetos, sendo um meio de levar desenvolvimento diretamente às comunidades, tirando-as do “isolamento” social quanto à participação de recursos e projetos que demandam de órgãos diversos. Livrando-a de representações ideológicas e fontes geradoras de “currais eleitoreiros”. O problema existente em muitas associações é a falta de preparação e capacitação do corpo de associados. Onde perdura a ausência de uma auto-gestão, ficando desta forma exposta as manobras e “controles de interesses”.

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PERFIL ATUAL DO POVOADO VILA S ANÇÃO

10 .1 Aspectos f ís icos e geográ f icos V i la Sanção possu i um t raçado o r togona l e inc l inações suaves - o que fac i l i ta uma expansão o rdenada e p lane jada . Com ca rac te r ís t i cas ru ra is , ap resen ta lo tes g randes, de 250 a 300 m² , e i r regu la r. O povoado es tá loca l i zado num va le en t re a Se r ra dos Cara jás e a Se r ra do Curu ru . L im i tando -se em f ron te i ras com o R io I taca iúnas , V i l i nha , Comun idade São José I I I , PROAPA, Be t isha lom, Povoado do C h iqu inho , Gar impo das Ped ras (do Grupo Mi randas ) e vá r ias fazendas em suas ad jacênc ias . O povoado é a t ravessado pe lo R io Azu l , o qua l é inavegáve l dev ido as fo r tes cor ren tezas e possu i r mu i tas rochas e eno rmes pedras em sua cons t i tu ição . Loca l i za -se a oes te do mun ic íp io de Pa rauapebas. As v ias de acesso de Vi la Sanção ao mun ic íp io se dá : *Pe la Se r ra dos Cara jás (pe la N1) 98 km; *Pe la Fer rov ia : São 70 km; *Pe la V i l i nha : 97 km. A reg ião ap resen ta 3 g randes á reas de co lon ização , sendo e las :

G leba Ampu l ie ta (Assentamento fe i to pe lo ITERPA – Ins t i tu to de Ter ras do Pará) ;

APA: Do Garapé Ge lado ;

E a Pau lo Fon te les . É se rv ido pe la es t rada p iça r ra l Parauapebas /Vi la Sanção, e se l i ga a ou t ras es t radas v ic ina is que dão acesso ou t ros povoados v i z inhos e f ron te i r i ços .

V i la Sanção encon t ra -se nas p rox im idades de t rês g randes p ro je tos m ine ra is :

Vilinha, fronteiriço com o

povoado Vila Sanção

Estradas de acesso de Vila Sanção a Parauapebas

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O P ro je to Sa lobo ; Pau lo Fon te les (com a exp lo ração de c r i s ta l amet i s tas e

ou t ros ) ; E a extensa Ser ra dos Cara jás , que é v i s ta do povoado Vi la

Sanção.

Ex is te também um ga r impo a 7 qu i lômet ros do povoado: o Gar impo da Cruz , onde é exp lo rado ouro e cob re .

É do conh ec imento da popu lação e rep resen tan res do povoado que , segundo sondas da Va le , f o i de tec tado nas p rox im idades de Vi la San ção uma m ina de qua r t zo roso . Sabe-se que o mun ic íp io mãe do povoado, Pa rauapebas , se encont ra numa loca l i zação em que os índ ios X ik r in do Cate té , o Gove rno Fede ra l a t ravés de P ro je tos de P reservação Ambien ta l (APA) e a C.V.R.D de tém a concessão de 90% do to ta l da á rea mun ic ipa l (Paysage , pág .27 ) . A pa r t i r dessa in fo rmação, obse rva -se que o povoado encont ra -se numa loca l i zação es t ra tég ica , com ex tensas á reas l i v res , sendo con t inuamen te mon i to rada e pesqu isada com sondas da VALE. “80% do ter r i tór io de Pa rauapebas é const i tu ído por APAs” . ( Rev i s ta Paysage , pág .27 )

Somando-se a is to , o p ro je to Sa lobo , cons ide rada a ma io r m ina de cob re do B ras i l , f i ca a poucos qu i lômet ros do povoado. A 7 qu i lômet ros do povoado es tão sendo const ru ídos um núc leo da Va le e g randes a lo jamentos de empresas que te rce i r i zam t raba lho à empresa (Va le ) . V isando da r supo r te ao p ro je to Sa lobo , a Va le es tá imp lan tando uma ex tensão ene rgé t i ca da E le t rono r te – o que deve rá benef i c ia r d i ve rsas comun idades da reg ião , p r inc ipa lmen te Vi la Sanção, Apa do Ge lado e Co lôn ia Pau lo Fon te les , O que pode rá aumenta r ass im a po tênc ia em ene rg ia e lé t r i ca nes tes loca is .

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CARACTERIZAÇÃO URBANÍSTICA (ocupação do solo e sistema viário)

MAPA DE SITUAÇÃO URBANA

FOTO AÉREA DE VILA SANÇÃO

Lotes ocupados e vagos

OCUPADO

VAGO

EDIFICAÇÃO

LEGENDA –MAPA ACIMA

Vila Sanção

LEGENDA LEVANTAMENTO

I – IGREJA

L – LAZER

E – ESCOLA MUNICIPAL

+ - UNIDADE DE SAÚDE

A - POÇO ARTESIANO

C - RESERVATÓRIO DE ÁGUA

– TELEFONE PÚBLICO

VETOR DE CRESCIMENTO

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*Num total de 184 casas. Fonte: Diagonal, Pesquisa encomendada pela Vale

em 2008.

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10 .2 MAPA DA APA, REGI ÃO E ESTRADAS DE ACESSO Fonte: IBAM A, 12 /2007

Mapa de acessos. O pon to ve rme lho c i rcu lad o é o povoado V i la Sanção. Todos os pon t inhos ve rme lhos são povoados; o azu lado cor responde a APA.

Povoado V i la Sanção

O pon to ve rde ma io r rep resen ta Parauapebas O pon to ve rde menor rep resen ta o Complexo Cara jás Os pon tos ve rme lhos s ão as loca l idades ou povoados. Toda ex tensão azu lada co r responde a APA.

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ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E INFRA-ESTRUTURAIS DE V ILA S ANÇÃO POPULAÇÃO

Segundo pesqu isas re a l i zadas em 2007, ex is tem 184 casas no povoado Vi la Sanção (cen t ro ) . E a méd ia de hab i tan te por f amí l ia é de 4 ,6 pessoas. A es t imat i va de casas espa lhadas nos a r redo res das loca l idades v i z inhas que dependem e são v incu lados a Vi la Sanção são de 80 casas . Cons ide rando a méd ia po r f amí l ia (4 ,0 membros , in fe r io r a encont rada) , e mu l t ip l i cando pe lo número de casas , i sso s ign i f i ca que a es t imat i va popu lac iona l de Vi la Sanção (cen t ro e ad jacênc ias) é de 952 hab i tan tes .

De aco rdo com a pesqu isa , f o i de te c tado um índ ice de ana l fabe t ismo de 21 ,87% enquanto o mun ic íp io ap resen ta 16 ,3%(de pessoas de 15 anos ou ma is ) e 7 ,5% na popu lação jovem de 10 a 15 anos; e o Es tado , 14 ,1%( IBGE 2006 ) . En t re as p ro f i ssões exerc idas no povoado fo ram de tec tadas : lav rado r, v ig ia , vaque i ro , en fe rme i ra , domést i ca , p ro fesso r (a ) , mecân ico , ped re i ro , ca rp in te i ro , ope rado r de máqu ina , us ine i ro , moto r is ta e comerc ian tes .

Serra do Cururu Serra dos Carajás

“Cachoeiras” nas adjacências do povoado Vila

Sanção

Page 19: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Principais atividades econômicas

Agropecuá r ia (p redom inante ) ; P rodução de que i jo ; P rodução de carvão vegeta l . Co r te de a r roz e duas us inas de benef i c iamento do g rão . Co r te de made i ra . Ga r impagem (Gar impo da Cruz) . Pequenos es tabe lec imen tos econômicos e Func iona l ismo púb l ico . Uma o la r ia e duas marcena r ias .

Apesar das a t i v idades econômicas c i tadas ac ima, o po voado Vi la Sanção a inda não possu i uma sus ten tab i l idade econômica – po is , g rande pa r te do que lá é consumido é impor ta do da zona u rbana , inc lus ive f ru tas e ve rdu ras .

Comércio em Vila Sanção Atualmente existem 8 pequenos comércios no povoado Vila Sanção. Uns vendem secos e molhados e outros vendem bebidas (bares). Os proprietários são: Chico, Juvenal, Raimundo Marabá, Nilson, Dona Maria, Zeca Caladinho e Chaga. Os principais produtos comercializados são: arroz, feijão, farinha, açúcar, café, aguardente, sabão, sal, margarina, bolacha, óleo, cachaça e cerveja. Exis t iu um res tau ran te mu i to conhec ido po r todos , da P ro fessora I lden i r Restau ran te e Lanchone te Quero Ma is t ido como um dos p r ime i ros .

Comérc io do N i lson 1 ª pada r ia em V i la Sanção

Restaurante Quero Mais da

professora Ildenir - Vila Sanção

Page 20: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Segundo Nilson Severino, um dos primeiros moradores da região, o Garimpo da Cruz já foi uma área bastante povoada; existia cerca de 600 moradores residentes/trabalhadores na área de influência do garimpo. Eram casas comerciais, farmácias e shows e existiam também 3 aviões que transportavam de lá para o trinta. Com o tempo, o garimpo foi reduzindo a produção de ouro e os residentes/trabalhadores foram abandonando a área.

Indústria Na Indús t r ia ex is te duas m ine us inas que t raba lham com o benef i c iamento de a r roz . Ex is t indo também uma m ine o la r ia de p rop r iedade de N i lson do Ba r, que p roduz t i j o los pa ra abastece r o povoado de Vi la Sanção.

Fotos–atua l idade do Povoado Vi la Sanção(Agosto de 2009 )

Garimpo da Cruz, a 7 quilômetros do

povoado Vila Sanção. Neste garimpo é

explorado ouro e apresenta muito cobre.

Rocha impregnada de cobre extraída no

Garimpo da Cruz.

Page 21: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Projeto Paulo Afonso

Conhecido por todos na região, o projeto Paulo Afonso corresponde a uma extensa área pertencente a colonos e fazendeiros, onde a CVRD em 2006 realizou constantes operações através de perfurações e sondas minerais onde também detectou minério, assim como na área do Salobo. O Projeto Paulo Afonso se estende desde antes da Serra do Cururu até à beira do rio Itacaiúnas. É uma extensa área mineral que ainda se encontra intocável e que suas áreas pertencem a colonos e fazendeiros. Para ter acesso de perfuração nas terras dos colonos, a CVRD indeniza os colonos com um valor simbólico. Desse modo, acredita-se que a CVRD tenha uma verdadeira radiografia mineral da região. Segundo afirmam, há uma grande existência de cobre na região (sem falar na enorme quantidade de ouro).

Mesmo ainda não explorado ou não iniciado o Projeto recebe o nome em homenagem a um extenso riacho conhecido por todos na região, o riacho Paulo Afonso. A região é predominante de uma extensa vegetação rala e altas serras que se estendem nos confins daquela localidade.

Rio Paulo Afonso, nome que deriva o que muitos chamam de Projeto Paulo Afonso. ((FFoottooss ppoorr AAddiillssoonn MMoottttaa))

SETOR DE COMUNICAÇ ÃO –VILA S ANÇÃO

No princípio, o meio de comunicação era feito através de cartas, bilhetes e recados. Atualmente, o povoado é servido por canais de televisão dependente de antena parabólica. Além de recursos particulares. O povoado em estudo usufrui telefones públicos através de orelhões – o qual foi implantado em 2004. O serviço de telefonia celular só é possível quando as pessoas vão

para a castanheira, que é um dos lugares alto que permite sintonia ou outros equivalentes.

Segundo pesqu isa rea l i zada pe los a lunos da Esco la A legr ia do Sabe r, os me ios de comun icação no povoado se d is t r i bu i nos segu in tes ind icado res : TV: 52 ,7% RÁDIO: 31 ,6% REVISTA: 15 ,7%

Page 22: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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O s is tema de te le fon ia fo i imp lan tado no povoado em 2005.

INFRA-ESTRUTURA-H ABITACIONAL DE VILA S ANÇÃO

T IPO DE COBERTURA DAS RESIDÊNCI AS

ESPÉCIE %

PALHA 37 ,9%

TELHA 62 ,1%

T IPO DE PISO DAS RESIDÊNCI AS

T IPO %

BATIDO NO CHÃO 32 ,8%

CIMENTO 67 ,2%

POSSUI ÁGUA ENCAN AD A

A água fo i imp lan tada no gove rno de Darcy Lermen em 17 /07 /2006.

SIM 96 ,6%

NÃO 3 ,4%

Inaugu ração da água em ju lho de 2006 pe lo p re fe i t o Da rcy Le rmen em Vi la Sanção

Page 23: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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POSSUI ENERGIA ELÉTRICA

SIM 96 ,8%

NÃO 3 ,2%

A ene rg ia e lé t r i ca fo i imp lan tada em 2 de feve re i ro de 2003

A ene rg ia que abastece o povoado Vi la Sanção é p roven ien te da h id re lé t r i ca de Tucu ru í .

CONDIÇÕES DA MORADIA EM VILA SANÇÃO

PRÓPRI A 84 ,2%

ALUG ADA 8 ,8%

F INANCI ADA 1 ,8%

CEDIDA 5 ,2%

Hidrelétrica de Tucuruí - Pará.

A construção da hidrelétrica de Tucuruí iniciou-se

em 1979. Aproveitando-se das corredeiras

resultante da inclinação de 70 metros ao longo do

curso do rio, surge a valorização pelo potencial

hidrelétrico, levando a construção de Tucuruí, a

grande Barragem. Tucuruí, sobre o rio Tocantins,

alcançou 8 milhões de Kw no término de sua

construção. Excluído o próprio rio Amazonas. No

entanto, a Bacia Tocantins/ Araguaia tem um

potencial aproveitável de 25 milhões de Kw. A

Barragem tem 12 quilômetros de extensão. No auge

da obra, chegou a ocupar a mão de obra de 15.000

homens. O volume de água que passa pelas

comportas é de cerca de 100,000 m³ de água por

segundo.

Page 24: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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POSSUI FOSS A ANTISSÉPTICA (COM VASO S ANITÁRIO)

S IM 49 ,2%

NÃO 50 ,8%

Si tuação Fundiár ia no Povoado

Número de famí l ias que

possue m

Ár ea de te r ra para a agr icu l tur a

Não possuem te rra para a agr icul tura

65 ,6% 34,45%

DESCOBRINDO NOSS AS ORIGENS

Es tado de Or igem

TOTAL DE ENTREVISTADOS: 211 Pessoas de 10 a 75 anos %

MAR ANHÃO 47 ,9%

PARÁ 33 ,2%

PI AUÍ 7 ,6%

PERNAMBUCO 2 ,8%

TOCANTINS 2 ,4%

BAHI A 1 ,9%

GOI ÁS 1 ,4%

MATO GROSSO 0 ,94

MINAS GERAIS 0 ,94

O UTROS ( RONDÔNI A 0,92%

Page 25: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Povoados V i la Sanção e V i l inha , ou V i la Seca no mun ic íp io de

Pa rauapebas . Loca is que se rv i rão de cená r io aos g randes p ro je tos es tão so f rendo p ro fundas t rans fo rmações , necess i tando de cu idados u rban ís t icos espec ia i s , em cu r to espaço de tempo, o que não acon tece . Sem obra po r par te do pode r púb l ico . Por par t e da Minerado ra Va le , só “pa les t ra ” e p lan tação de á rvo res “s imbó l icas” nos a r redo res da esco la .

Povoado Vi la Sanção ( fo tos ac ima) . 07 /2010

07/2010

Vilinha, fronteiriço com o

povoado Vila Sanção

Fotos tiradas por Adilson Motta, 12/2008

Abaixo: Povoado Vilinha, ou Vila

Seca, crescendo a todo vapor. A

cada dia, novas casas, novas

mudanças. Ano; 2010

Page 26: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Influência do Projeto Mineral na Comunidade

Sendo uma comunidade afastada do centro dinâmico-urbano, sem posto policial,

nem aparato que garanta segurança ou qualidade de vida, e lazer promovida por ação de

política pública à população, o que resta são bares que se espalham pela comunidade e

se tornam o centro de diversão de jovens e adultos. Nem sequer uma praça existe para

que a juventude se encontre, o que significa que estes jovens tem poucas alternativas em

horário noturno, ficando “ao dispor” do circunstancial do que se oferece na comunidade.

Para alguns, esta lacuna contribui para o álcool, droga e desarmonização social do

indivíduo. A escola, às vezes, quando promove projetos sócio-educativos e que

envolve a comunidade, se torna um dos principais meios de diversão e entretenimento

na comunidade.

No entanto, é nos finais de semana onde mora o perigo e risco, pois não são dias

letivos, e estes jovens, na ociosidade, ficam a mercê do que a comunidade oferece.

Como a 7 km de Vila Sanção existem três grandes alojamentos de empresas que

terceirizam serviços a empresa Vale, (no Projeto Salobo), que abrigam cerca de 7.000

homens, muitos desses, no período noturno e finais de semana, descem a Vila Sanção

a procura de diversão e lazer, que geralmente gira em torno do álcool. Nos alojamentos

das empresas não podem morar casais, e, muitos destes, são casados ou solteiros, que

deixam esposas e famílias distantes para ganhar a vida. A maioria desses homens

passa entre 15 a um mês na “lei-seca”, sem mulher – como diz o popular. Frente a

isto, muitos acreditam que as conseqüências é o florescimento da prostituição, o que já

a muito tempo acontece. Apesar de tudo, a quase dois anos, foi construído um posto

policial, e que até agora, nunca funcionou.

F r e n t e à s i t u a ç ã o , e m j u l h o d e 2 0 1 0 , r e p r e s e n t a n t e d a mi n e r a d o r a Va l e

r e u n i u - s e c o m a c o mu n i d a d e d e Vi l a S a n ç ã o p a r a a n u n c i a r q u e a e mp r e s a ,

p a r a r e s o l ve r o p r o b l e ma , i r i a r e t i r a r t o d o s o s f u n c i o n á r i o s d a s e mp r e s a s d a

c o mu n i d a d e . C o mo a e c o n o mi a d a c o mu n i d a d e e s t á a q u e c i d a e m f u n ç ã o d a

v i n d a e p r e s e n ç a d e s s e s f u n c i o n á r i o s , a r e a ç ã o f o i n e g a t i va . P a r a a l gu n s

mo r a d o r e s d a l o c a l i d a d e , a s a í d a s e r i a : n ã o s ó a p a r e l h a r o p o s t o p o l i c i a l

( p o n d o e m f u n c i o n a me n t o ) , ma s t a mb é m t r a ze r a p r e s e n ç a ma i s a t i v a d o

c o n s e l h o t u t e l a r n a c o mu n i d a d e , o mu n i c í p i o c o n s t r u i r p r a ç a e á r e a d e l a ze r

e e n t r e t e n i me n t o . E a s e mp r e s a s , a o s s e u s f u n c i o n á r i o s , m i n i s t r a r e m

p a l e s t r a s s o b r e é t i c a e p o s t u r a n e s s a s c o mu n i d a d e s .

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) assinou em novembro de 2008 um Protocolo

de Intenções com a Companhia Vale do Rio Doce, Fundação Vale do Rio Doce e

Instituto Bovespa com objetivo de enfrentar a exploração sexual de crianças e

adolescentes. O projeto trata-se das comunidades entorno como Vila Paulo Fonteles

(400 habitantes) e Vila Sanção (1.300 habitantes).

Page 27: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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12 -His tór ia da Educação em Vi la Sanção e seus Ind icadores

Segundo relatos de Nilson, um dos primeiros colonizadores no povoado Vila Sanção, a 1ª escola da região foi no Garimpo da Cruz: A Escola Abelardo Barbosa, construída em 1985. A Escola Alegria do Saber, no entanto, tem sua origem respaldada em quatro etapas: I-ESCOLA EM UMA RESIDÊNCIA PARTICULAR Em 5 de março de 1993, a Escola Alegria do Saber foi fundada e localizava-se na Fazenda Serra Azul, vizinha ao senhor Otávio, a 2 quilômetros da atual sede de Vila Sanção. A escola era coberta de palha com apenas 17 alunos. Era ministrado o multiseriado (de 1ª a 4ª série) com a professora. A primeira professora da Escola Alegria do Saber foi Joseane Salazar. A iniciativa para criar a escola foi de Odilon Rocha de Sanção. Em 1995, a Escola Alegria do Saber foi paralisada devido à migração dos pais em busca de trabalho, o difícil acesso e conseqüentemente, a falta de alunos.

Pro fessora Joseane Sa laza r I I - NOVA ESCOLA: O GALP ÃO – REVIVENDO A ESCOLA

Em 1996, pe la in ic ia t i va da comun idade, a esco la f o i cons t ru ída em Vi la Sanção sob o reg ime de mut i rão , com as segu in tes carac te r ís t icas : *Cober ta de pa lha , *Os bancos e ram tocos de pa lm e i ras com tábuas que fo rmavam os assen tos . A s i tuação a inda e ra d i f íc i l , quando p ro fesso ras t inham que faze r ma t r ícu las , ex i s t iam do is bur ros a d ispos ição para i rem a t rás dos a lunos , mu i tos dos qua is res id iam em loca l idades d is tan tes .

Considerada a 1ª professora da Escola

Alegria do Saber quando em seu surgimento

na fazenda Serra Azul.

Page 28: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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I I I -COLÉGIO DE MADEIRA Em 1998, a Pre fe i t u ra Mun ic ipa l de Parauapebas tomou a segu in te in ic ia t i va :

Cons t ru iu a Esco la A legr ia do Saber to ta lmen te de made i ra e ampl iou ma is duas sa las .

Um posto de saúde, também de made i ra . Va le ressa l ta r que , nes ta e tapa , a Pre fe i tu ra doou apenas os mate r ia is de cons t ru i r. A esco la ; no en tan to , f o i a comun idade no reg ime de mut i rão que cons t ru iu o p réd io . A famí l ia “Ca lad inhos ” teve in tensa pa r t ic ipação na cons t rução da esco la ass im como da ig re ja .

IV – UMA ESCOLA NO ESTILO Apenas em 2003, que a Esco la A legr ia do Saber fo i cons t ru ída to ta lmen te de t i jo los , no es t i lo em que se encont ra a tua lmen te . Um fa to que va le lembra r também é que , apenas em 2003 é que a esco la A legr ia do Sabe r deu in íc io ao ens ino fundamenta l de 5ª a 8ª sé r ie . Ganhando um labo ra tó r io de in fo rmát ica em 2004 , no gove rno de Be l Mesqu i ta . Ve ja a re lação de todos os d i re to res da esco la A legr ia do Saber : 1 º - D i re to r Gera l (da zona ru ra l ) : Joaqu im. 1 ª d i re to ra p resen te na Esco la A legr ia do Sabe r : Januá r ia . Sendo subst i tu ída po r Vi lma, d i re to ra p rov isó r ia (po is no momento , a d i re to ra Januá r ia se encont rava de l i cença) . 2 ª d i re to ra : I vone Marça l A Esco la possu i a tua lmen te mat r icu lados 390 a lunos en t re 1 ª a 8 ª sé r ie e EJA (Educação de Jovens e Adu l tos) . E 42 a lunos cu rsando a Educação Modu la r de Ens ino (en t re 1º , 2 ª e 3 ª sé r ie do ens ino méd io ) . Desse modo, o to ta l gera l de a lunos é de 422 .

Esco la A legr ia do Sabe r – Uma esco la l i gada a uma h is tó r ia .

A escola, atualmente dispõe de

três ônibus que fazem o

transporte dos alunos, que na

maioria, moram afastados da

escola.

Page 29: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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E sco l a a l e g r i a d o S abe r - apó s a

r e f o rm a e am pl i a ção na ge s t ão D ar c i Le r m en em 20 09 .

Subde legac ia de Vi la Sanção (em fase de cons t rução , 7 /2009

D ISTORÇÃO IDADE -SÉRIE NA ESCOLA

ALEGRI A DO SABER

É no rma l que o a luno com 7 anos de idade es te ja cursando a 1ª sér ie , com 8 anos a 2ª e te rm ine o Ens ino Fundamenta l com 14 anos. Ao encont ra r -se numa idade ac ima da sé r ie , encon t ra -se com d is to rção idade -sér ie .

A escola dispõe de três ônibus que

fazem a rota de pegar e levar os

alunos, que na maioria moram

afastados do povoado Vila Sanção.

Page 30: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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SÉRI E SEM DISTO RÇÃO I DADE - SÉRIE

COM DI STO RÇÃO I DADE - SÉRIE

1 ª N /C

2 ª 23% 7 7%

5 ª 21 ,8% 78 ,2%

6 ª 19 ,4% 80 ,6%

7 ª 22 ,2% 77 ,8%

8 ª 28 ,1% 71 ,9%

N/C: Não consta.

Matrículas, aprovação, reprovação, evasão e transferência na Escola Alegria do Saber

2005

Série %

Matrículas %

Aprovação %

Reprovação %

Evasão/ Desistência %

Transferência %

Ens. Fund.

1ª(1º/1º ciclo)

48 75% 6,3% 16,5% 2,2%

2ª(1º/2º ciclo) 33 87,9% 3% 6% 3,1%

3ª(2º/2º ciclo) 37 59,5% 29,7% 8,1% 2,7%

4ª(2º/2º ciclo) 32 46,9% 15,6% 28,1% 9,4%

5ª 57 68,4% 14% 17,6%

6ª 25 64% 4% 24% 8%

7ª 33 87,9% 12,1%

8ª 20 90% 5% 5%

EJA (Educação

de Jovens e Adultos)

1ª ETAPA 12 50% 50%

2ª ETAPA 9 44,4% 55,6%

3ª ETAPA 16 50% 50%

4ª ETAPA 17 58,8% 41,2%

Quadro de formação dos professores da Escola Alegria do Saber em 2006 Ano: 2006 Ano: 2007 Total de professores:13 Total de professores: 14 Com nível superior: = 38,5% Com nível superior: 50% Concluindo curso = 15,5% Sem nível superior: 50% Com Magistério = 46%%

Page 31: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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IDEB DE ALGUMAS ESCOLAS 2009 E.M.E.F. Crescendo na Prática--------------------------------3,0 E .E .E.F. Monte i ro Lobato - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 ,6 E .E .E.F. A legr ia do Sabe r - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 ,7 E .E .E .F. An ton io Matos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -4 ,7 E .E .E.F. An ton io V i lhena - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3 ,9 E .E .E.F. Cec í l ia Me i re les - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5 ,1 E .E .E.F. Ch ico Mendes - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -5 ,2 E .E .E.F. Jean P iage t - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -5 ,5 RENDA FAMIL I AR

A r enda da popu laç ão de V i la Sanç ão é de f on tes d i ve r sas ; en t re e las , da ag r i c u l t u r a , da pec uár ia , da p r oduç ão de c a r vão , do c o r te de a r r oz , de bene f íc ios de aposen tador ias , a lguns f unc ionár ios púb l i cos e f am í l i as bene f i c i adas com p rog ram as do Gover no Feder a l com o: Bo ls a Esco la , PET I , Bo ls a Fam í l i a , Fome Zero e a lguns ou t ros bene f íc ios . Ex i s te um g rande núm ero de pess oas , que não pos suem qua l i f i c aç ão p r o f i ss i ona l , ded icam - se tão som ent e ao t raba lho

Laboratório de informática da

Escola Alegria do Saber em plena

Zona Rural de Parauapebas.

Primeiro desfile de 7 de Setembro

realizado em Vila Sanção em 2006.

*A sigla CEUP significa Centro Universitário de

Parauapebas. Foi construído e é mantido pela Prefeitura

Municipal, que fez (e faz) convênios e contratos com várias

Universidades, entre elas: UFPA: Universidade Federal do

Pará, UNAMA: Universidade do Amazonas, Cesb, Ufra,

Aiec e UVA (Universidade Estadual do Vale do Acaraú),

CEFET: (Centro Federal de Educação Tecnológica). Há

ainda outras universidades fora do espaço do CEUP, como a

Unitins, Unisa. Essas universidades oferecem cursos em

diferentes áreas técnico-profissionais. Com esse modelo

instituído em Parauapebas e tantos recursos que entram, o

Município tem tudo para ser uma grande cidade.

Brasil: 4,6

Pará: 3,1

Parauapebas: 4,7

Fonte: Ideb, Inep –

2010.

Page 32: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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ag r íc o la , mas , como não t êm a poss e de te r r a a lgum a, t raba lham c omo a r r enda tá r i os , e de d i a r i s ta , e t c . Segundo pesqu isa r ea l i zada in loc o , a in f ra -es t ru t u ra hab i tac i ona l do povoado V i la Sanção é p r ecár i a . Das 158 cas as , apenas 5 , 7% s ão de t i j o l os . O r es tan t e é de ta i pa , e t ábuas . O povoado j á us u f ru i de energ ia e lé t r i c a , água encanada e t e l e f ones púb l i c os a t r avés de o re lhões .

SAÚDE As principais doenças existentes no povoado são malária, dengue e gripe. No entanto, o povoado possui um posto de saúde a serviço da população, servido de farmácia básica vinculada à Secretaria de Saúde do município. E atendimento médico que é realizado na rotina mensal. Na pesquisa realizada pelos alunos da escola Alegria do Saber, ficou comprovado a existência de 1,8 cachorros por famílias. Levando em conta, que na questão saúde, isto não é nada bom, se não houver prevenção e cuidados - pois uma das doenças causadas pelo cachorro é o calazar. Isto é um fato alarmante, pois, levando em contas as doenças causadas pelo cachorro como calazar e outras. O posto dispõe de dois funcionários e um carro para o transporte dos pacientes.

Posto de Saúde de Vila Sanção.

E m 0 2 d e ma i o d e 2 0 1 0 , n a s d e p e n d ê n c i a s d a E s c o l a A l e g r i a d o S a b e r ,

e m V i l a S a n ç ã o a c o n t e c e u a 1 ª s e ç ã o d o P r o j e t o “ Câ ma r a I t i n e r a n t e ” , o

q u a l v i s a a p r o x i ma r o P o d e r L e g i s l a t i vo d a s c o mu n i d a d e s d a z o n a r u r a l e

d o s d i v e r s o s b a i r r o s d o mu n i c í p i o . F o i a 1 ª v e z q u e a Câ ma r a M u n i c i p a l

r e a l i z o u u ma s e s s ã o f o r a d e s u a s e d e .

Correio Comunitário

Sob a gestão da

Associação

AMPRODESV e

cuidados de Maria do

Socorro.

Page 33: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

33

17 PONTOS TURÍSTICOS DE VILA SANÇÃO

O entardecer no rio Azul

Estas cachoeiras fazem parte do rio azul, que perpassam o povoado Vila Sanção, em

Parauapebas. O fundo da maioria desse rio é quase que totalmente formado de pedras

(ou formações rochosas). O rio Azul envolto de serras, serve de fronteira entre a reserva

mineral de Carajás e as áreas pertencentes a fazendeiros e colonos que se estabeleceram na

região. FONTE: Adilson Motta, in 12/2008

Page 34: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

34

Curiosidades da Cachoeira do Rio Azul

Durante o dia a água é fria e à noite é morna.

Segundo relato de moradores locais, de 3: 00 h. às 4 horas da manhã água aumenta a

zoada (barulho). Após as 4 horas da madrugada, diminui o barulho.

Ex t ens a S er r a d os C a r a j ás n a s ad j acên c i as d e Vi l a S anção

Nas manhãs de V i la Sanção as se r ra s sempre amanhecem

envo l tas de garoas e às vezes o p róp r io Povoado .

E m 0 6 / 2 0 0 9 ( A d i l s o n M o t t a )

Esco la Técn ica e de Ens ino Fundamenta l e Méd io em cons t rução na APA (Á rea de P ro teção Ambien ta l ) . Uma pa rcer ia en t re P re fe i tu ra Mun ic ipa l de Pa rauapebas e Va le . Um p ro je to que a tende rá os in te resses de fo rmação técn icas da empresa Va le no que toca o p ro je to Sa lobo e ou t ros na reg ião , ass im como os in te resses agropecuá r ios do homem do campo na reg ião . Cons t ru ída num mode lo de Pa rce r ia Púb l i co P r i vada .

Um projeto Construído no

regime de parceria público

privado.

Page 35: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Zona rural de Parauapebas

Vila Sanção

Existe no interior de Parauapebas os instrumentos

tecnológicos abaixo produzidos por pessoas da localidade

rural.

Aproveitando-se de um córrego, foi construído um gerador de energia caseiro.

Utilizou-se para isto, uma caixa de reservatório com esses canos largos por onde escoa a

água que faz girar a turbina, que roda o gerador, gerando energia de 110 watt. Nesta

casa, a energia gerada aciona: televisão, som, DVD, ventilador, bicos de lâmpadas,

carregador de bateria, liquidificador, etc.

Gerador acionado pela queda d´água.

Além da água que retiram para

produzir energia, existe uma bica

d´´agua que passa (foi direcionada

através de mangotes) por dentro da

casa, e que aciona um monjolo que

serve para pilar arroz, fazer farinha,

pilar café e debulhar milho.

Page 36: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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Alojamentos das empresas

Vale, Odebrecht e Santa Bárbara

Zona Rural de Parauapebas Alojamentos sendo construídos em outubro de 2008 pelas construtoras Odebrecht,

Concel e Novo Espaço que servirão de suporte para o projeto Salobo - onde obrigará

cerca de 7.000 homens. A previsão é que, esses núcleos venham superar o de Carajás,

onde abriga cerca de 5.000 pessoas.

Fotos por Adilson Motta em 11/2008.

Ponte sobre o Rio Itacaiúnas - que dá acesso ao Projeto

Salobo

Fonte: ASCOM. Por Valdir Silva.

Esses alojamentos encontram-se entre Vila Sanção e Vilinha (a 12 km). Festas

Juninas/09.

Page 37: Livro: Histórico de Vila Sanção - Parauapebas. Adilson Motta

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INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS NO POVOADO VILA SANÇÃO A religião predominante no povoado é a católica. Numa pesquisa realizada pelos alunos da Escola Alegria do Saber, 78,6% são católicos e 21,4%, protestantes. IGREJA CATÓLICA

Em Vila Sanção o catolicismo teve início já com os primeiros moradores, pois os mesmos eram católicos. A igreja Católica no povoado foi construída pelo senhor Nilson, sua esposa Maria Deusa e algumas pessoas da comunidade que o ajudaram em mutirão. A primeira missa foi celebrada em Vila Sanção pelo padre Luizão. A primeira catequista foi Maria Deuza de Oliveira e foi ela quem deu o nome da capela de Igreja Sagrada Família, cuja data comemorativa é no primeiro domingo depois do natal de cada ano.

Igreja Evangélica Assembléia de Deus da Missão

Em 26 de abril de 1998 foi empossado como 1º obreiro atuando em Vila Sanção, João de Deus, conhecido por Ferreirinha na fundação da igreja Assembléia de Deus da Missão em Vila Sanção. Havendo um clima de desarmonia, este rompeu e fundou outra igreja: Ministério de Madureira em 26 de janeiro de 2003.

No entanto, o primeiro pastor em Vila Sanção foi Antonio Melo da Silva, o qual chegou na Vila em 10 de janeiro de 2003; e sob seu

comando e outros auxiliares como José Dias (Presbítero), Sidney (Presbítero), Noel (auxiliar) e Raimundo Souza (Diácono); a igreja

cresceu e é um dos mais lindos templos construídos no povoado.

Segundo pastor Nelson, como é conhecido, os primeiros dias na história da igreja em Vila Sanção foram muito difíceis, pois o número de pessoas era pouquíssimo e desse modo, segundo ele: “nós congregamos numa casinha de tábua e hoje temos um templo construído (como mostra abaixo) e cerca de cem crentes em apenas três anos”.

Igreja Católica em Vila

Sanção em Agosto de

2006.

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O povoado tem outras igrejas. Veja abaixo:

Igreja Deus é Amor

O primeiro pastor da Igreja Deus é Amor em Vila Sanção foi José Dias e ficava distante assim como a escola Alegria do Saber em seus primórdios. Localizava-se na fazenda Serra Azul e foi demolida em 2005. No entanto, a nova igreja fundada e construída de tijolos em Vila Sanção em 3 de junho de 2006, pelo pastor Oziel Nascimento. A igreja Deus é Amor já é instituída em 168 países (segundo pesquisa de 2000).

Igreja Evangélica Assembléia

de Deus em agosto de 2006

Assembléia de Deus Madureira

Assembléia de Deus

Congregação Cristã

no Brasil em Vila

Sanção.

Pastor Nelson

Pastor João de Deus

Pastor Oziel, fundador da Igreja Deus é

Amor no Povoado Vila Sanção à esquerda.

Igreja Deus é Amor

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18-PROJETO RIQUEZAS LITERÁRIAS A palavra FOLCLORE é de origem inglesa sendo composta por FOLK: que quer dizer POVO e LORE: Que significa SABEDORIA.

O conjunto de lendas, contos, mitos, crendices, cantiga, histórias, danças, festas, conhecimentos etc, que fazem partes da vida e da sabedoria de uns povos, conservados pela tradição popular, é chamado de folclore ou cultura popular. Quando estudamos o folclore de um povo, conhecemos seu modo de pensar, agir e sentir. Dentro do folclore está contemplando a literatura oral, mãe e origem da literatura letrada. O folclore é tido como uma verdadeira fonte para criar literatura. A literatura, seja local, regional, nacional ou a universal busca(ra) nos relatos de casos, experiências, crendice, fábulas e contos populares subsídios e amparo para a construção da literatura letrada. É o que se observa na trajetória da literatura universal de William Shakeaspeare que muitas vezes baseava-se em lendas e estórias e histórias contadas oralmente para criar suas peças teatrais; e Charles Perrault, para escrever seus contos infantis e os Irmãos Grimm (1785 a 1863) que da mesma forma, resgataram estórias da memória popular, narrativas ou lendas conservadas por tradição oral, que entraram para a literatura universal e atravessaram séculos, encontrando-se até hoje vivas na memória universal de nossos jovens e adultos. Estórias como: Chapeuzinho vermelho, Rapunzel, João e o pé de Feijão e muitas outras bastante conhecidas no mundo inteiro.

É o que foi feito em Vila Sanção, resgatou-se as estórias (contos, causos, poesias, piadas e anedotas) que só existiam na oralidade, sendo faladas pelo povo da localidade; e a partir de então, foi dado um corpo escrito, ou seja: Foi feito uma fixação dos textos do folclore literário saindo do oral e entrando para a literatura escrita de uma comunidade: VILA SANÇÃO.

Irmãos Grimm, em representação

do filme: “The Brothers Grimm”

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18.1 PRODUÇÃO LITERÁRIA - GÊNEROS DIVERSOS 18.1.1 POEMAS

A poesia é a forma literária em que a beleza da linguagem é mais intensamente evidenciada. É um texto para ser lido em voz alta, por causa de sua sonoridade. São excelentes recursos para mostrar a força da linguagem figurada, a beleza dos sons e dos ritmos das palavras. Na poesia há jogos de significados que se abrem a diferentes interpretações, provocando diferentes associações e emoções.

POESIA DE PROTESTO

ATRÁS DAS SERRAS...

Atrás das serras... Se esconde o sol que brilha, A lua que cintila revelando o brilho dourado e a cor escura do ferro E tantos outros que também brilham... Se escondem as riquezas que poderiam ser a alavanca para um novo país se não fosse a “eterna dívida”. Se esconde o suor, o gemido, a saudade de quem longe ficou torcendo, Esperando e orando; enfim, de quem depende... Atrás das serras se esconde a magia da criação convertida em avião, carros, máquinas, parafusos e tudo mais... Atrás das serras se escondem os homens de aço, Que mesmo sendo simples e humildes, de carne e osso, o removem na inteligência maquinal, que sem perceber, lutam para melhorar esse país, em contraste com aqueles que o devoram na fria corrupção dos mensalões. Atrás e ao redor das serras se esconde o gemido e a expectativa da mãe natureza que se questiona: “Irão me conservar?” Ou melhor: “Irão nos conservar?” Atrás, no topo e dentro das serras se esconde a incompetência dos governos Que não mudam a realidade de mazelas desse país. Atrás das serras se esconde o quanto nós somos ricos em contraste com tanta pobreza. Autor: Adilson Motta/ in Parauapebas, 1/2/2006.

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Ferro

Que alimenta o mundo,

Que alimenta as indústrias,

Que alimenta países de primeiro mundo onde não há

E não alimenta cá.

Que alimenta emprego e subemprego,

Que alimenta vida farta e futuro seguro de meia dúzia com suas ações

“online”,

Que alimenta o progresso social desigual;

Que alimenta a perspectiva de um grande país contra o “grande

capital”,

Que alimenta a sorte de hoje

E a incerteza do amanhã, quando Lá acabar.

Que alimenta a agressão ao meio

sem medidas a demarcar.

Que alimenta sonhos frustrados

Por ideologias que deixaram de ser,

Pelas mazelas do país,

De grupos que chegaram ao poder.

Que alimenta milhões de sonhadores

Que continuam a sonhar...

Que alimentou a saída

Ou o fundo do poço?

Como alimenta aqueles que

Venderam os bens da nação

Riquezas de quatro séculos e

Desenvolvimento em vão. Adilson Motta 09/2007

Ilustração de “Atrás das serras...”

produzido por Raylma e Joselaine, 8ª

série. Interdisciplina com Arte.

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VILA SANÇÃO EM PERSPECTIVA No meio das serras habita um povo Cuja localização é um extenso vale O vale que não é da VALE O vale que é do povo, do povo de “Sanção”. Hoje és tão pequena, Mas as serras que te cercam As pérolas que as recheiam... O ferro e os diversos brilhos que a compõe Revelam as perspectivas e a grandeza do teu futuro. A grandeza e a força Daqueles que te erigiram E continuam a lutar para que hoje sejas o que és... Rumo ao caminho Do que amanhã virás a ser... O futuro dirá aos incrédulos!!! O tempo irá provar Do aqui dito... Porque conhecendo as tuas riquezas Que hoje dormem... É o ponto para acordar e despertar De que tudo isto será... Essa é a bola de cristal Que permite ver o teu esplendoroso futuro. Desconhecer-te, seria eclipsar a vidência e a evidência... No entanto, conheço-te, conhecem-te... As bases pela REDE foram lançadas e faltam realizar... E esse é o vaticínio que de ti muitos fazem: Um dia, VILA SANÇÃO, irás brilhar! Adilson Motta 22/08/2006. in Vila Sanção

A VILA SANÇÃO

Na linda Parauapebas, Um destino a cumprir:

A partir do Beco-pé-inchado Pra Vila Sanção prosseguir.

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Tomo o carro: são 14:00 horas. Assento de duras tábuas

Por baixo e por cima lotados. Pergunto se é longe?

E alguém diz: é logo ali.

O carro começa a rodar Num sobe e desce sem fim

E são tantas curvas “S” Que tudo se embaralha em mim:

É de cima para baixo, É de baixo para cima

Num traçado entrançado Como cobra no mato a correr.

No agarro ao banco duro Fere a bunda o balançar, Mas alegra a bela vista

Dos lindos postais a passar. E o tempo vai passando;

No meu ponteiro volta e meia, E de novo eu pergunto:

Ainda está longe? E um senhor me responde: Calma, estamos chegando.

São tantas montanhas... E o carro veloz a correr

Por longas e lisas descidas – ú, ú, ú, ú... E dispara pra longa subida até morrer – ô, ô, ô, ô...

Penso com vã preocupação:

Não é qualquer carro que pode trafegar por aqui, Pois precisa ter bons freios E muita força para subir...

E a Vila nunca aparece...

Lá por entre, e sobre os montes, Vejo a estrada seguindo,

Imagino um grande povoado... Pois o nome é Vila Sanção! Deve ser grande a valer...

Meu amigo, ainda está longe? - Não, agora está chegando.

Olho e só vejo montanhas!

Ô, ô, ô, ô... Ú, ú, ú, ú... É o carro no sobe e desce,

E as mãos ardendo de segurar.

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A noite já se aproxima

Quando de repente aparece A grande-pequena Vila Sanção, E alguém vai logo informando:

Meu amigo é aqui.

Ufa! Até que em fim!... Estou vivo – estou aqui, Vila Sanção, novo amor

De meus dias de trabalho.

26-VILA SANÇÃO/PARAUAPEBAS-PA, 07/06/2006 – 20:00 HORAS.

P.09-1334 – ZENUTO ALENCAR.

18.1.3 Poesias produzidas pelos alunos da 8ª série

Sonhar Ninguém pode prender um sonho e empedir alguém de sonhar Ninguém pode cortar a esperança de um povo sofrido a lutar Ninguém pode abafar o grito do oprimido Chamando javè, Deus que salva e liberta seu povo e alimenta sua fè. Todo sonho alimenta a história e vitória do povo a chegar Vamos juntos que neste caminho Ninguém sobra ou fica para trás. Para este mundo florindo... crianças sorrindo Sem fome sem dor È preciso mudar essa história, Com o pouco de paz que no mundo restou. Ninguém pode prender um sonho À luz do sol que nasceu Que brilha inventando caminhos E desvela o que a noite escondeu Ninguém pode abafar o grito De quem sofre de tanto suor

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Na labuta Pelo pão pela paz e a justiça De um mundo melhor Todo sonho alimenta a história d´um povo sofrido que aqui passou Todo sonho alimenta a história De um povo que sofreu com a dor È preciso cuidar bem da vida Que apesar de sofrida, Se eleva com amor Autor: William Silva Souza. 8ª série Data: 14/ 04/ 2006.

Ondas que se apagam

Águas azuis e profundas Que não posso ver o fim Túmulo escuro e vazio Que não me mostra a saída Êxtase que se apaga O susto de uma nova fonte Vozes frias inquietas pedem Pra sair Ondas que se apagam Na noite do amanhecer Vidas opostas Como uma folha seca Arrastada pelo vento A inteligência como sua sombra, Te acompanha para sempre Infinitamente é uma razão Que só você pode entender.

Autor: Gilvan, 8ª Série.

Futuro de sonhos Somos seres curiosos Capazes de sonhar Somos ambiciosos Principalmente em estudar. No futuro imaginamos Nossos filhos a brilhar

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Através da leitura Que os faz realizar. Não somos da cidade grande Mas isso não nos impede De sonhar e acreditar Que seremos o que desejar. A leitura é importante No município e qualquer lugar Pois ela nos responde As perguntas do pensar. Desse modo, todos nós crescemos Não só em tamanho Mas em conhecimentos Que valoriza o ser humano e seu lugar. Parauapebas é rica em minérios Que nos faz reprojetar Interessados nos estudos Sem limites de fantasias Que irão ultrapassar. Autora: Raiene, 8ª série – Escola Rural - Alegria do Saber,12/2008 (Parauapebas)

Águas d´amor

Águas marinhas

Que levam na escuridão

E jorra no mais profundo

Dentro do meu coração.

Águas d´amor

Que jorra na solidão

E mata a sede de amor

Tirando a obsessão

Nunca me esqueci

Daquela tarde de verão

Na beira do rio azul

No povoado Sanção

Pode acreditar...

Sem mentira nem ilusão! Autor: Melquisedeque, 8ª Série.

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O “bus” do milênio

Num d ia de sex ta - fe i ra , Um “bus ” , de V i la Sanção pa r t iu , Com dest ino à Parauapebas, E no ho rá r io marcado , n inguém lá o v iu . Todos iam con ten tes , po rque iam a Pa rauapebas passe a r , A lguns se benziam, ou t ros lamen tavam, ou t ros faz iam p renúnc ios ru ins . . . Po is a v iagem e ra no “bus ” do m i lên io . . . Sem e fe i to das o rações, n inguém nem imag inava o que agua rdava a f ren te , Mais uma vez como tan tas , e o d i to “bus . . . ” b léch t ! . . . , Quebrou de novo , e na es t rada agua rdamos A té sabe Deus quando , aparecesse a lguém ou con ta to pa ra o “ resga te ” daque la s i tuação tão lamentáve l e ch ingáve l nas pa lavras de a lguns que ass im ag iam. . . A p ro fesso ra , que já es tava a ba r r iga a ronca r , já es tava a r repend ida , d i zendo : “nesse nunca ma is v ia jo ! ” Que nada, o t ra je to fo i con t ínuo . . . . . . A té que en f im, o con ta to v ia T IN , e , . . . duas horas depo is , Chega um a l ív io e “ resga te ” de todos Um busão nov inho em fo lha , Um daque les que só os u rbanos usu f ruem. . . Se rá quando vamos te r esse p r iv i l ég io também? D isse uma das v í t imas do “m i lên io ” . Au to r : I s rae l A raú jo da S i l va , 7 ª sé r ie .

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Alegria de bicho não tem preço

Amigu inho da c idade , Peço a sua a tenção , Pa ra le r es te poema Que lhe t rás i n fo rmação Dos b ich inhos da f lo res ta , Que nos pedem pro teção . Na f lo res ta an t igamente E ra g rande a cu r t ição , Meu am igo ta tu -bo la Se ro lava pe lo chão , O jabu t i tocava f lau ta , E o macaco v io lão . Na f lo res ta t i nha tudo T inha cob ra , sapo e g ia T inha mico , pap aga io Ma l nenhum e les faz iam. Mas com o comérc io do homem, Acabou toda a legr ia . Essa gen te desumana, Que, p ra m im, sem co ração Pega os an ima is s i l ves t res Que não têm a p ro teção P rendem na ga io la e d i zem Q u e e l e s s ã o d e e s t i m a ç ã o .

Esses bichos são vendidos

Como o arroz e o feijão

Que se compra na esquina

Por centavos de tostão.

E lá no exterior...

Eles valem um milhão.

Coleguinha me responda

Se é certo ou não

Tenho dois amiguinhos,

Que estimo pra valer

Parecem feitos de algodão

Os outros, deixo viver.

A cada animal que morre, assim como outros

que nos levam..

A floresta fica vazia.

Peço às autoridades:

Dêem um basta na agonia dos bichinhos...

Porque só serei feliz,

Quando isso um dia acabar.

Autor : Is rae l Araú jo da Si lva , 7 ª sér ie , 04 /05 /2007 .

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18.1.4 CONTOS REGIONAIS - CAUSOS, ASSOMBRAÇÕESE DE ENCANTAMENTO

Contos O conto oferece uma amostra da vida, através de um episódio, um flagrante ou instantâneo, um momento singular e representativo. Constitui-se de uma história curta, simples, com economia de meios, concentração da ação, do tempo e do espaço. O conto geralmente de uma determinada situação e não de várias, e acompanha o seu desenrolar sem pausas nem digressão, pois o seu objetivo é levar o leitor ao desfecho, que coincide com o clímax da história, com o máximo de tensão e o mínimo de descrição. Conto Ficção: A palavra ficção (de fingir) indica que o texto é produto da invenção ou recriação de um autor. Conto não-ficção: Designa o texto que se refere a situações efetivamente ocorridas.

Conto – Texto narrativo

Carta de um aluno: Jaca ou jacá?

Oi Celso**, tudo bem? Espero que sim. Olha Celso, você não sabe o que aconteceu na sala de aula, o professor Adilson passou uma atividade pro Franco** falar sobre a jaca, que é uma fruta cheia de vitaminas. Quando o Franco chegou na casa dele, falou pro pai dele que o professor tinha passado uma atividade sobre jaca. O pai de Franco entendeu tudo errado e foi na casa do vizim* pedir o jacá emprestado. O pai de Franco ajeitou tudo para o seu filho tirar nota 10. Então o pai de Franco ia falando e o Franco escrevendo... Ele falava que o jacá era feito de tala e servia para carregar milho, arroz e muitas coisas que quisesse levar. O Franco no outro dia levou o seu trabalho que tava um luxo. Quando ele entregou a atividade pro professor, tirou nota zero. Franco se explicou pro professor, e o professor Adilson, muito gentil, deu uma segunda chance para o Franco. O professor falou pro Franco falar sobre as vitaminas da manga. E falou para Franco falar pro pai dele não se meter mais nas atividades dele. Quando o Franco chegou em sua casa para fazer sua atividade, o pai insistia em ajudar seu filho novamente. Então seu pai mais que depressa foi no guarda roupa e trouxe muitas roupas para mostrar para seu filho, que tinha manga de todo tamanho, manga grande, pequena, média, etc. Seu pai falou: “Dessa vez meu filho tira um dez!” E caprichou. No outro dia, Franco foi para a escola e entregou sua atividade pro professor e ganhou um zero novamente. E desse jeito, seu filho Franco, que cursa a 7ª série, nunca saiu do zero.

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*vizim: conservando a linguagem popular remetida no texto, pois é literário.

**Os nomes Celso e Franco são fictícios usados em substituição a nomes reais de alunos

em sala de aula.

Saltando de trem Um tio viajava com seus dois sobrinhos no trem que seguia do Maranhão a Parauapebas. Aproximando-se a uma das localidades de parada, o tio fala para os dois sobrinhos:

- Meninos, antes que o trem chegue em nossa cidade, vocês “saltem” em Presa de Porco e fiquem na casa da Rosa, a tia de vocês, e eu sigo viagem para Parauapebas.

Percebendo a aproximação do local onde haveriam de “saltar”, os dois jovens se afastam do tio num ar de despedida. Quando chegam num espaço entre-vagões, os dois miraram pulo e jogaram as borócas, saltando logo em seguida. Rolaram e carambolaram, ficando relados e feridos. Chegando em casa, o tio que mandou “saltar” foi coroado de intrigas pelo mal entendido. Pois saltar era no sentido de descer e não de pular.

TEXTOS LITERÁRIOS RESGATADOS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ALEGRIA DO SABER – DENTRO DO FOLCLORE DE VILA SANÇÃO NA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR ADILSON MOTTA

18.1.5 Contos de encantamento

BRAZA-LUZ, O PEIXE ENCANTADO Eram duas irmãs, Joana e Maria. Maria um certo dia foi a uma pescaria, então pegou um peixe e levou-o para sua casa dentro de uma sacola com água para ele não morrer. Quando chegou em sua casa Maria colocou o seu pequeno peixe dentro de um aquário e após muitos dias ele cresceu muito e ela o colocou dentro de uma bacia, e cada dia que passava ele crescia muito até quando foi preciso colocá-lo dentro do oceano. Todos os dias Maria ia dar comida ao seu peixe e colocou seu nome de Braza-Luz; quando ela chegava no oceano o chamava: - Braza luz! Braza Luz! Vem ver quem te criou! E ele responde:

Autor: Moisés (Aluno da 7ª série / Escola Alegria do Saber 3/2006).

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- Já vou ver quem me criou. Ela jogava a comida e ia para sua casa. Num certo dia sua irmã foi bem cedo e chamou o peixe. Quando ele apareceu, Joana bateu nele com um pau. Quando Maria foi dar comida para seu peixe, ele não apareceu só disse: - Maria, se você quiser me ver você precisa ir até o palácio real, mas para você encontrar o palácio, você tem que andar ao longo do oceano. Então Maria assim fez, e enquanto Maria procurava o palácio, o peixe se transformou em um príncipe. No dia em que Maria encontrou o palácio, Braza-Luz estava preste a se casar, mas Braza-Luz deixou sua noiva para casar com Maria, a mulher a quem amava, e que o0 criara e libertara do encanto (pelo sentimento que este sentia por ela).

Aluna: Dheyme. 8ª Série.

18.1.6 CONTOS DE ASSOMBRAÇÃO Bruxas da noite Muito tempo atrás dizem que um casal fora passar suas férias em um lugar muito distante da cidade com os filhos. Viajavam no seu próprio veículo em um percurso muito alongado. O carro furou o pneu, então desceram do carro para ver o que tinha acontecido. Prestando bem atenção viram que o pneu estava secando e enchendo. Apavorando-se com a situação, tirou de dentro do carro os filhos e a esposa e começou a correr. Já um pouco distante do carro, olhou para trás e viu que as portas estavam se abrindo sozinhas. Apavorou-se mais ainda e se dirigiram a uma chácara que de longe avistavam. Parou bem na frente do portão e olhou; o seu carro, misteriosamente já se encontrava estacionado na frente da casa. Aproximou-se mais e disse que iriam passar a noite ali, já que não havia ninguém. Com os olhos e ouvidos bem atentos, entraram na casa sem saber o que os aguardava. Eram quatro horas da tarde e entraram na casa, a qual estava completamente suja de teias de aranha. Ao Ao fio da noite reinava um silêncio... Que de repente foi quebrado por risadas barulhentas e apavorantes que se aproximavam da casa.

Braza-Luz, o peixe encantado ilustrado

por Crislene e Madalena/ 8ª série.

Interdisciplina com Educação Artística

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Perturbados com o barulho, fecharam portas e janelas e se trancaram em um quarto. Permaneceram lá até que aquelas vozes se acalmaram. As bruxas entraram na casa e sentiram algo diferente: - Hum!!! Cheiro de pessoas estranhas... E saíram a procura de intrusos em pleno silêncio em direção ao quarto. Bateram na porta pedindo para abrir; o homem sentiu um pouco de coragem e foi abrir a porta. Ao abrí-la, viu três bruxas que avançaram nele e nas crianças e os levaram para o tacho. As bruxas começaram a brigar sobre quem seria a primeira a jogar o feitiço. O homem aproveitou, já que as bruxas estavam brigando, e saíram abaixados para fora da casa. Entrando rapidamente no carro com os filhos e esposa e dirigiram-se a cidade, sendo salvos pela discórdia e ganância das bruxas. Gilvan série: 8ª (do texto Bruxas da noite)

O BODE PRETO Esta estória vem sendo contada há muito tempo, pois já ouvi dizer várias vezes que a uns 6 a 7 km tem um garimpo que se chama garimpo da cruz, - o qual não sei o porquê as pessoas dizem que lá tem assombração. Existe um homem que se transforma em um bode preto que é bem destacado no tamanho, pois é diferente de todos os outros. Este animal, dizem, aparece durante a noite quando a lua está saindo. Quando ele surge, fica esperando uma vítima para atacar. Esse tal bode de olhos de fogo assombra quem anda durante à noite naquele local. Ele já tem cerca de dez anos que trafega assombrando quem por ali passa. Esta história já está sendo contada por habitantes bem pioneiros nessa região, que contam que já aconteceu com eles nesse garimpo. Muitas pessoas sentem bastante medo desse tipo de história, que é muito assombrada e muitas pessoas já não passam lá durante a noite. Faz um bom tempo que ninguém se encontra com o catingoso. Willas Pinheiro de Sousa, 8ª série.

Por Marliane e Gilvan (8ª série) Por Jeferson e Josiel (7ª série)

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O GUARÁ Certo dia, próximo dum povoado apareceu uma criatura muito estranha. Tinha a cara de cachorro, olhos vermelhos, dentes afiados, o corpo todo peludo e as unhas bem grandes. Ao passar das semanas os trabalhadores que eram donos de suas propriedades e plantações de cana-de-açúcar estavam colhendo e ouviram uns pisados bem estranhos na plantação, e nem ligaram. Mas quando seu Bastião roçava, viu um amassado e descobriu que ali tinha aparecido um bicho. Mas ale não sabia que aquilo era apenas o começo. Perto dali tinha uma encruzilhada onde ele dormia, e quando dava meia-noite, ninguém dormia com os gritos do assombroso. Dona Maria tinha três filhos pequenos e seu marido tinha viajado para uma cidade bem próximo. Ficando desta forma, sozinha. Mas ela sabia que ali rondava uma criatura que comia de tudo! Até gente e estava dormindo perto de sua casa. Já havia se passado três dias e seu marido já havia voltado. O bicho tinha pegado um dos filhos de um fazendeiro muito rico que o devorou sem dó nem piedade. O fazendeiro reuniu seus homens e foram atrás do bicho que deram o nome de guará. e os homens se depararam com a criatura e saíram correndo com medo. Ficando apenas o fazendeiro. O fazendeiro pegou o seu rifle e deu dez tiros e o guará caiu no chão estorcendo como uma cobra nas dores da morte. O que eles não sabiam é que o bicho se transformava e assim ele voltou a sua forma original, e pra terminar, transformou-se em vários bichos que ele havia comido. E enfim termina a história do guará, sobrando da transformação final, apenas um, o último comido pelo repugnante, o filho do fazendeiro, que ainda respirava. Raylma Dias e Célia Ieda. 8ª Série.

AS TRÊS CABEÇAS DE MULA Certo dia uma bela moça estava na janela de sua casa bem distraída, quando de repente, percebeu que algo vinha pela estrada, e quando ela olhou, viu três cabeças de mulas, e mais ninguém na solitária rua. Ela se espantou, mas continuou firme na coragem. E cada vez mais aquelas cabeças horríveis se aproximavam, e ela não se intimidava. Quando as cabeças “sem dono” já estavam bem próximas, tão próximas ficaram, que tocaram na moça e ela começou a gritar: - Socorro! Socorro!

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De repente, como uma espécie de feitiço quebrado, as cabeças se transformaram em três belos rapazes, que ficaram encantados, com a beleza daquela moça. A moça ficou muito feliz porque agora tinha companhia; Antes vivia sozinha, pois seus pais haviam falecido há anos. E assim, os quatros viveram felizes e se tornaram uma família de quatro amigos. Jaciara Alves s. l. - Série: 7ª.

O CAIPORA Numa tarde de verão, já próximo ao crepúsculo do dia, um senhor com cerca de 40 anos de idade saiu para sua caçada semanal. Ele resolveu subir em uma árvore para armar sua rede e esperar algum animal passar para matar. Sentou-se em sua rede e começou a fazer um cigarro; quando uma coisa estranha aconteceu... Vinha um negrinho montado em um imenso mateiro, uma espécie de veado. Este negrinho fumava um cachimbo, quando chegou embaixo de sua rede parou e lhe disse: - Olha aqui caboco! Vem vindo um bando de mateiro ali atrás, tu mata o último da fila e leva para tua casa. Amanhã tu preparás uma panela de arroz sem sal e vem deixar pra mim dentro da mata. Traga também um pacote de fumo e não se esqueça tem que ser tu que tem que preparar a comida porque eu não como comida feita por mão de mulher. Após dizer isto, foi embora. Passado alguns segundos, ele avistou um bando de mateiros, cada um maior do que o outro só tinha um que era diferente, era menor e mais magro que era o último da fila, ele olhou e pensou: o negrinho me deu este aqui então é ele que eu vou matar. Atirou e matou, colocou sua vítima nas costas e voltou para sua casa. No dia seguinte fez o que lhe fora mandado. Preparou o arroz e o fumo e levou para a mata. Sua filha, que era a única pessoa que morava com ele, achou aquilo estranho e resolveu perguntar para quem era aquela comida, ele lhe disse: - Isso é coisa de caçador minha filha! Isso se repetiu por vários dias durante meses. Toda vez que ele queria matar alguma coisa levava a comida e o fumo para o caipora.

“As três cabeças de mula” ilustrado por

Sandriel e Valdenira

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Certo dia ele adoeceu e não pôde preparar a comida, então pediu para sua filha cozinhar o arroz sem uma gota de sal e deixar dentro da mata junto com o fumo. Ela estranhou, mas foi assim mesmo. Passou alguns dias, ele melhorou e foi para a mata caçar novamente. Depois de andar muito ele parou e escutou uma voz: - Não te disse que era pra tu preparar a comida! Depois o mato começou a si mexer e um imenso galho de mato entrançado de cipó se aproximou e começou a bater nele. Ele apanhou mais do que macaco pra conhecer dinheiro!!! Depois dessa taca, nunca mais voltou na mata prá caçar. Edmilson de Castro 8ª série

O PAI E O FILHO Era uma vez numa aldeia onde o povo tinha um costume muito atrasado. Quando uma pessoa envelhecia era abandonada numa floresta sem agasalho e sem alimento, e ali ficava até morrer. Por que as pessoas faziam aquela maldade? Ninguém sabia. Muitas vezes o povo não pensa, principalmente quando não há uma formação humana e fundamentada no amor, ou movida por costumes e tradições ultrapassadas e desse modo, vão fazendo aquilo a que estão acostumados. e não descobrem que estão erradas, porque estão anestesiadas por culturas envenenadas pela ausência de sabedoria e amor ao próximo. Um dia, um foi levar seu velho pai para morrer na floresta. Chegando lá, o rapaz entregou um cobertor ao pai, dizendo: - Tome papai! Isto vai protegê-lo do frio. O pai, triste e inconformado, recebeu o cobertor. Pensou um pouco, rasgou–o ao meio, deu uma parte ao filho dizendo:

- Tome esta parte do cobertor! é para você se agasalhar quando ficar velho e o seu filho o trouxer pra morrer na floresta também. Pensativo com o que o pai dissera, respondeu filho: - Meu pai, vamos voltar para casa. Desta vez vai ser diferente. O velho voltou para casa e viveu o resto de sua vida cercado pelo amor dos filhos e netos. E desde aquele dia esse costume foi acabado dentro da aldeia, pois jogava fora o mais precioso dos valores humano: o amor pelos pais. Por Marliane /Dhones 8ª série.

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O MACACO E O URUBU O urubu ia passando em frente a um cemitério quando de longe ele viu uma coisa branca, mas nessa hora, ele nem sentiu medo e foi andando; quando chegou mais perto ele ficou todo arrepiado e tremendo de medo. De repente apareceu uma pessoa vestida de preto e olhos avermelhados e ele saiu correndo e passou por uma ponte às disparadas que nem viu. Mas ele nem desconfiava que era o macaco. no dia seguinte, o macaco sentado tamanho sábado debaixo de um pé de manga, o urubu de longe viu o macaco vinha vindo e sentou-se também e começou a contar para macaco o que havia acontecido com ele. Quando terminou, o macaco sorrindo disse: “Fui eu quem estava de preto e olhos vermelhos”. O urubu ficou com raiva do macaco e passou uns dez anos sem falar com ele. Mas eles eram tão amigos, e ficaram separados, ou seja, intrigados. Moral da história: As brincadeiras de mau gosto geram intrigas. Resgatado por alunos da 8ª série

O ENORME CÃO Certa vez havia em uma extensa floresta um enorme cão que assombrava e metia medo na vizinhança. Havia também uma casa e nesta casa morava uma família, um homem sua mulher e dois filhos. O homem mal encarado gostava de sair todas às noites misteriosamente sem comunicar à mulher para onde ia. Certa noite, assim que ele saiu, sua mulher foi atrás dele, na curiosa pretensão de descobrir o que tanto este fazia nas misteriosas e sumidas noites enluarada. Em uma das noturnas e misteriosas saídas, a mulher foi seguiu-o, e ao chegar em um lugar ela percebeu algo muito estranho do qual se arrepiou de tanto medo. O homem escondeu-se nas sombras das árvores e transformou-se em um enorme cão de pele escura e olhos avermelhados, a mulher observou pouco e saiu com muito medo. Ao chegar em casa, ela encontrou seus filhos, mas não quis mais falar com eles da estranha criatura. No dia seguinte, no alvorecer de mais um dia, seu marido retorna para casa. No entanto, ela percebeu-o estranho e viu que ele podia ser mesmo aquele estranho ser, ou seja: o enorme cão. E mais uma vez sai rumo à floresta. A mulher chamou os filhos foram atrás dele. Novamente o homem ficou na sombra e transformou-se no enorme cão de olhos em brasa. Os seus filhos viram e ficaram assustados. Ao perceber que era o pai deles, os três foram embora e ficaram escondidos perto da casa para vê-lo chegando. Em poucas horas depois o homem chegou e ficou um pouco fora de casa. Os meninos entraram e ficaram com tanto medo que nem falaram com o pai durante toda noite. A mulher e seus filhos na manhã seguinte foram embora daquela casa deixando lá o homem ou mesmo, aquele

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enorme cão, que não soube aonde a família tinha ido, ou seja, fugido. Por: Crislene Silva Alves, Joselaine, 8ª Série

O HOMEM QUE VIRAVA LOBISOMEM Era uma vez um casal que morava em um sítio. Eles moravam sozinhos, mas mesmo assim eram felizes, não muito, porque toda noite de quinta e sexta o homem saía de casa e só voltava à meia noite. E a mulher ficava sozinha, queria ir com ele mas o homem não deixava, pois ela estava perto de ganhar bebê. Cada noite que ele saía, no dia seguinte retornava estranho, cansado e abusado, vomitava o dia todo e a mulher não sabia o que fazer. Um dia de quinta-feira para sexta, quase escurecendo, ele convidou sua esposa para passear na floreta. Nesse dia ele não quis comê-la. Ela resolveu ir acatando o convite. Então, ao chegar na floresta, ele mandou ela ficar em cima de uma árvore enquanto ele saiu um pouco. Ela obedeceu e ficou, a noite já se aproximava, os pássaros calaram, o silêncio reinava até quando de repente, quando de repente, foi quebrado pelo alvoroçar dos pássaros. Ela viu um enorme bicho de olhos vermelhos com enorme dentes amarelados pulando em sua direção tentando derrubá-la para comer seu bebê. Ela gritava pedindo socorro. E num descuido, o lobisomem saltou rasgando seu vestido, e um tampo comeu. Numa ligeireza, movida pelo medo, numa disparada para casa correu. Ela também correu para casa, esperou ele a noite toda, mas ele só chegou de manhã e fez que não acreditava no que havia visto e foi dormir. Tarde da noite ele chegou e dormiu ao seu lado, e quando ela viu, havia um pedaço do seu vestido (linhas) nos dentes dele e apressadamente ela arrumou suas coisas e foi para onde estava sua família, senão o lobisomem comia seu bebê, que tempo depois disso nasceu e foram muito felizes como família.

Representação de “O homem que virava

lobisomem” por Willas Pinheiro e Melque, 8ª

série. Interdisciplina com Arte, Professora

Floriza.

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A FARSA DO LOBISOMEM Esta história é verdadeira e aconteceu em um dos povoados da zona rural. Uma certa noite, mais ou menos 12 horas, João vinha duma festa, quando de repente ele sentiu um forte fedor de cachorro que no barulho, seguia em sua direção. Era um enorme cachorrão! João, com muito medo se escondeu e viu aquele lobo passar, então João nem foi para sua casa, com tanto medo. Quando amanheceu, contou para alguns de seus amigos, e eles disseram que João estava mentindo. Uma outra noite, quando as pessoas estavam dormindo, João escutou os cachorros latirem com alguma coisa, então João levantou-se de sua cama e olhou pela janela, e viu aquele bicho brigando com os cachorros; mas o lobo tinha uma coisa na mão. Que não deu para identificar. No outro dia, uma coisa João estranhou, em vez do lobo pegar pessoas ou cachorros para comer, ele pegava porco, bode, galinhas e até mesmo uma novilha. João, muito esperto, manjou a parada. No outro dia, João ia para a roça e encontrou a cara da novilha e muitas penas de galinha. João olhou e viu a casa de um homem que se chamava Tonico. João não deu pista do que acabara de descobrir em suas conclusões. Fez de conta que não sabia de nada. Quando escureceu, João via o lobo saindo de dentro da casa suspeita. João ficou apavorado: entre o medo de saber se aquele era o lobo transformado de homem ou um ladrão disfarçado de lobo; mas criou coragem e foi na casa que o lobo tinha saído, olhou... e não tinha ninguém. Então ele descobriu que esse tal de Tonico se transformava em lobo ou se vestia de lobo para espantar as pessoas e roubar as criações. João falou com três amigos para pegar o lobo e eles aceitaram. Então João e seus amigos se esconderam para pegá-lo. Quando faltava pouco minuto para a hora, o lobo vinha saindo e João e seus amigos pularam em cima dele e o amarraram. Quando um amigo de João falou: - Vamos matar! O lobo falou: - Eu não sou lobo, eu sou o Tonico. - Nós não vamos lhe matar, mas você tem que ir embora daqui. O “lobo” aceitou a proposta. João o soltou e ele foi embora; até hoje ninguém tem notícia desse homem que se vestia de lobo. João e seus amigos foram recompensados por ter a coragem de desmascarar o lobo. Autor: João Almeida da Silva. Aluno entrevistador: Moisés Nascimento de Oliveira, 7ª Série.

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O BOTO COR DE COR ROSA Certo tempo existiam pessoas que acreditavam que o boto cor-de-rosa aparecia para muitas garotas. Mas ele aparecia paras essas garotas sim e elas tinham que ser muito bonitas. Um dia uma garota estava sentada na barreira do rio, só que esse rio - diziam - era encantado. E ninguém acreditava, pois nunca tinham visto sereia, boto cor-de-rosa e outros animais. Essa menina tinha apenas nove anos, mas desde cedo era apaixonada por essas histórias que preenchiam sua cabeça, seu mundo. E o boto já tinha se apaixonado por essa menina há muito tempo. Um dia, ela foi lavar uma roupa no dito rio das muitas histórias de sua real fantasia; só que ela estava debaixo de uma árvore e de repente escutou uma musica tão bonita que ficou encantada. Chegando ao rio ela não viu nada, apenas ouvia essa música tão perto que não teve como resistir a sua melodiosa sedução. E foi sendo arrastada como um peixe pelo anzol. Era o boto, pois ela era muito linda, quando a menina estava chegando, surgiu de súbito, do fundo do rio, um boto cor-de-rosa e levou-a para outro lugar que parecia um castelo, mas não era, pois debaixo da água não existe castelo. Só que, enquanto ela apreciava o ilusório castelo, de um boto, ela estava nos braços de um homem muito lindo que nem parecia ser verdade e logo desmaiou. Quando acordou já estava fora do rio e tinha uma pessoa com ela. Essa pessoa foi embora. Quando chegou em casa contou tudo que acontecera e não acreditaram. Com o passar do tempo sua barriga começou a crescer e sua mãe lhe perguntou quem havia feito aquilo com ela. E ela não sabia e foi ao médico e ele disse que ela estava grávida, só que sua mãe não acreditou, pois nunca tinha tido relação com homem algum. Mas o médico disse: - Essa criança não é de um ser humano e sim de um animal e foi assim que todos acreditaram na menina. No entanto, seu filho não nasceu.

CAÇADOR MEDROSO

Um dia um caçador foi para a mata, subiu num pé de najá que estava todo fuçado de tatu e ele fez uma monta, ou seja, uma tocaia para esperar a caça. E, logo em seguida, voltou para casa. Quando deram seis horas ele foi esperar. Encontrando-se na espera, escutou mexendo nas folhagens debaixo do najá, e ele viu um homem todo cabeludo, com dentes grandes que amedrontava qualquer corajoso. O caçador ficou com tanto medo que quase não acerta o caminho de volta para casa, mas quando lá chegou estava morrendo de febre. Quando ele contou para os irmãos, ficaram zombando da cara dele. Mas o irmão dele

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mais velho foi ver se era mesmo verdade o que ele estava falando. Quando ele entrou na mata, logo ouviu pisar em sua direção. Ele arrepiou-se todo e voltou pra casa com muito medo e foi daí que passaram a acreditar no “corajoso” irmão. Nunca mais eles foram caçar e nem zombar do que caçadores falavam para eles. A mata tem mistérios... Por Leilson, 7ª Série.

DESTINO A UMA VIDA MELHOR Certo dia, um casal muito pobre que vivia no interior do Maranhão resolvera partir de sua cidade de origem para procurar uma vida melhor. Antes de saírem de casa a mulher arrancou a porta e disse: - Chico, eu vou levar esta porta -Maria, porque você vai levar isto? Indagou o esposo. Teimosa e sem resposta como sempre, colocou a porta sobre a cabeça e então partiram mundo a fora. Andaram o dia inteiro, até o crepúsculo que já pintava as bordas celeste. E então eles passaram a noite junto a uma árvore muito alta, e Chico falou: -Vamos subir para passar a noite em cima desta árvore. Maria disse: - Eu vou subir com a minha porta. E Chico respondeu: - Mulher, deixe esta porta aí embaixo. Mas Maria era teimosa e subiu com a porta. Com o passar do tempo, chegaram embaixo da árvore três ladrões. Cada um com um saco de dinheiro que tinham roubado, e começaram a dividir. E Chico lá em cima falava baixinho: - Não se mexe mulher, fique quietinha. Os ladrões terminaram de partir o dinheiro, e um deles falou: “Hei, como era bom se Deus mandasse uma comida para nós. Maria falou baixinho: “Eu cago já!” Chico repreendeu: “Mulher, fique quieta. E ela teimosa cagou. E os ladrões pularam em cima, e comeram tudo. E novamente disseram: - Ah, se Deus mandasse uma águinha! E a mulher então falou: “Eu mijo já Chico!” E o Chico – Mulher, tu fica quieta! E ela mijou. Os ladrões, ávidos, beberam a “água” que caía das comportas de Maria. E disseram: “Como Deus é bom, já pensou se ele mandasse uma banda do céu agora? E Maria falou: - Jogo já esta porta. E jogou. Com o barulho da porta os ladrões se assustaram e disseram: - É a banda do céu! E fugiram amedrontados deixando os três sacos de dinheiro. Chico e Maria desceram rapidamente e pegaram o dinheiro e a porta e voltaram para sua casa e foram viver uma vida tranqüila e sossegada. Paulo Ricardo/ 7ª série/,2006.

Representação de “O caçador medroso”

feito por Dheyme e Pabline, 8ª série.

Interdisciplina com arte.

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A FALECIDA Era uma vez uma estudante que pegou um táxi na frente de um bosque, lá em Belém às 8 horas da noite de 1980. Ela mandou que o taxista a levasse para o cemitério São Jorge, lá no Bairro da Nova Marabá; quando chegou no cemitério, a estudante mandou que o taxista recebesse o dinheiro na casa do seu pai. Assim fez o taxista. Quando lá chegou, bateu na porta sendo atendido logo em seguida pelo pai da moça. Mesmo de fora ele avistou um quadro na parede com a imagem da sua jovem devedora. O senhor perguntou o que ele queria e ele contou a história. E o pai da moça lhe disse: - Ela já faleceu, e eu vou pagar porque não é só você que conta essa história. Já faz um ano que ela morreu e foi enterrada lá no cemitério São Jorge. O motorista disse: - Foi lá que deixei a moça. E o pai disse: - É a minha filha mesmo!

18.2 LENDA Estória inventada pelo povo que passa de pais para filhos, onde é ressaltado o mundo sobrenatural. A palavra LENDA significa “Legenda” e quer dizer coisas que devem ser lidas . As LENDAS são contos populares que fazem parte do folclore de um povo; procuram explicar, (mesmo de modo fictício), a origem das coisas, a razão de um costume ou de uma tradição; falam dos porquês dos acontecimentos, do não entendimento de tantas coisas...

A curva da Loura

Conta à lenda que, no início da década de 70, ocorreu um acidente em uma curva acentuada na estrada que liga Parauapebas ao povoado Vila Sanção. Sendo mais preciso, entre a mina N-4 e a mina do Salobo. Passado um certo tempo, começaram a surgir relatos de caminhoneiros que afirmam ter visto uma Loura acompanhá-los justamente quando passavam na citada curva, que, além disso, é uma ladeira muito perigosa. Os depoimentos foram ficando mais freqüentes até ser constatado pelas características, que aquela era a mesma mulher que morrera no acidente; e que andava aparecendo nas bulés (cabines) dos caminhões de quem gosta de dirigir à noite e sozinho por àquelas bandas. Há quem diga que às vezes, ela aparecia no meio da noite e da estrada com o propósito de assustar e fazer carros virarem. No entanto, uns dizem que não passa de uma lenda, há também quem jura ser um fato, mas a verdade é que hoje, depois de quase trinta anos, os relatos ainda aparecem cada vez mais e mais assustadores para quem precisa passar naquela ladeira hoje conhecida como “Ladeira da Loura”. Há relatos de que a tal Loura era famosa e convivia no meio dos garimpeiros em Serra Pelada, em período de conflitos. Dizem também, que ela era uma

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das guerrilheiras do Araguaia* que pertenceu – a Operação Carajás –(nos anos 70). Era temida e valente. Texto organizado pelo profº Carlos e adaptado pelo profº Adilson Motta in Vila Sanção/ 10/2006.

*A Guerrilha do Araguaia foi um momento histórico no Brasil, pois

caracterizava uma situação de ditadura, apesar de um governo legal, onde: “As greves foram proibidas e os sindicatos, interditados. Enfim, com o chamado Ato Institucional nº 5, impôs-se um regime de terror contra o povo, isso sem falar nos planos terroristas do Rio-Centro e das maquinações monstruosas do brigadeiro Burnier, denunciadas pelo capitão Sérgio, conhecido por Macaco. É nesse ambiente que surge o Araguaia, organizado e dirigido clandestinamente pelo Partido Comunista do Brasil. Araguaia não era um movimento subversivo, como costumava dizer a repressão, não visava implantar o socialismo no Brasil. Destinava-se a organizar a resistência armada contra a ditadura existente. O objetivo político da Guerrilha do Araguaia esteve expresso em um documento largamente distribuído entre a população do sul do Pará, intitulado “União pela Liberdade e pelos Direitos do Povo”. Esse era de fato o objetivo da luta da guerrilha do Araguaia, um movimento intimamente ligado à população camponesa pobre e sofrida, historicamente esquecida por todas as esferas governamentais e vítimas de graves carências sócio-econômicas. Há no entanto, argumentos de que a guerrilha do Araguaia era tida como intenção do PC do B (Partido Comunista do Brasil) de transformar o Brasil pela violência revolucionária na sua ditadura proletariada (ao modelo da China, como fizera Mão-tse-tung).

A lenda do urutau Era uma moça feia, magra, nariguda e vesga e tinha ainda pretensões de casamento. Sabendo que era tão feia, só saía à noite, para encobrir sua feiúra. Numa de suas andanças noturna encontra um belo cavalheiro perdido, a quem bondosamente ensina o caminho. A distância era grande naquela noite escura; onde deram-se as mãos para não se perderem e a conversa da moça era tão atrativa que o rapaz a propôs em casamento. Na caminhada, eis que surge, unicamente de belo, a lua no céu, aclarando o sertão. O moço teve então a oportunidade de ver sua pretendida; assustando-se com a feiúra dela, pede que espere, e não volta mais. Cansada de esperar e desiludida, suplica a mãe lua que a compense da perda. Estar penalizada e propõe transformá-la em um pássaro para poder voar e assim procurar seu eleito. E assim aconteceu. À noite, o pássaro voou e, ao raio do dia escondeu–se no galho de uma árvore, que passou a ser sua morada. Agora, quando é noite e a lua surge, o urutau põe–se a cantar para espantar a solidão. Seu canto é tão triste que parece mais um lamento.

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Raylma e Célia /8ª série

18.3 PIADAS

PIADAS E ANEDOTAS – RESGATADAS PELOS ALUNOS DA ESCOLA ALEGRIA DO SABER NA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB A

ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR ADILSON MOTTA

O roubo da corda O bêbado roubou a corda da igreja católica e vendeu e tomou de

cachaça. Ai ele foi dormir lá na porta da igreja. Veio em seguida um homem e

falou: - Acorda rapaz! Acorda! E o bêbado respondeu: - A corda eu vendi e tomei de cachaça.

Moisés, Fábio, Ricardo

O “CABAÇO”

Numa vila pequena morava uma família de cinco pessoas. E nessa época a falta de água era grande; o pai, a mãe e os filhos, todos iam buscar água no rio. Quando a menina foi buscar água, um lindo garoto topou em sua cabaça de água, que terminou quebrando. Então ela correu pra casa em direção a seu pai gritando e balançando o vestido:

- Papai! Papai, ele quebrou meu cabaço! E o pai, sem buscar esclarecimento, pegou a espingarda, pra matar

o moço. Aluna: Célia Ieda Marliane/S/Gomes em 2006.

Bebida Estranha

O homem estava muito enjoando no bar da mulher. E ela falou: - Moço, vai embora que o meu marido não está aqui.

Representação de “Alenda do urutau” feito

pelos alunos Walesson e Flávio, 8ª série.

Interdisciplina com arte, professora Floriza.

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O homem falou: - Dona, me dá pinga! Ela foi lá dentro do quarto e mijou no copo e deu pro bebo. E o homem bebeu e falou: Hum!!! Dona, quando acabar esta bebida me dá o frasco!

Briga de Galo Um homem estava viajando e ao chegar em uma cidade, vê uma multidão de pessoas e resolve encostar para vê de perto o que estava acontecendo, e logo percebe que é uma briga de galos; e muitas pessoas apostando. O homem chega perto de um menino e pergunta: - Qual é o bom? E o menino responde: - É o branco! E o homem aposta tudo o que tem no galo branco. E a briga começa e de repente o galo preto mata o branco. O homem vira para o menino e diz: - Menino desgraçado, você me enganou! Falou que o branco era o bom. E o menino diz: - Eu falei a verdade. O branco era o bom e o preto é o mau!

A Morte da “Japonesa” Um rapaz ia passando na rua e viu um caminhão passar por cima de uma japonesa e quando ele chegou em casa, falou para sua família:

- Gente, você nem sabe o que aconteceu! O irmão dele, apreensivo, foi logo perguntando: - o quê?

- Eu acabei de ver um caminhão passando por cima de uma japonesa! E o irmão dele perguntou:

- E ela morreu? ele respondeu: - Não! O dono dela pôs os pés nela e saiu andando... Josiel nº. 12, 7ª Série

NO ÔNIBUS

Sujeito mal encarado e todo sujo entra no ônibus e dá de cara com uma velhinha carregando um macaquinho no colo. Ele olha pra quilo e reclama: - Ô motorista... já podem levar macaco no ônibus? E o motorista: - Não! Mas fica meio escondido que eu faço de conta que não vi!

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Luana,8ª Série

Fumando no avião Um homem ia viajando de avião, deu uma vontade de fumar. Uma mulher falou é proibido fumar! Aqui dentro não! Disse ela. Ele falou:

- Abra a porta que eu vou fumar lá fora! Aluno: Sandriel, 8ª Série.

“O PAPAGAIO”

Um casal de namorado ia passando na praça. Aí dois homens disseram: - Que casal romântico e sincero! O papagaio, ouvindo tudo isto, interfere na conversa dizendo: - Cheira o dedo dele homem!

O Matuto Esperto Um certo homem chegou numa cidade sem dinheiro. Pediu comida em todos os restaurantes, e nada! Fora da cidade tinha um posto e um restaurante, antes de chegar no restaurante tinha um cruzamento. O homem chegou no restaurante e pediu comida e a mulher do restaurante disse para ele que só tinha ovos com farinha, e ele comeu depois ele ficou pensando como que ele ia fazer para pagar a comida que ele tinha comido. - Hei, senhora! Você não sabe o que aconteceu ali no cruzamento por onde eu acabei de passar! Aconteceu um acidente muito feio. E a mulher sofria de coração, e ela levantou assustada e perguntou: - moço, que acidente foi esse? E ele levantou e respondeu: - Foi um fusca que entrou debaixo de um caminhão.

- Moço, mas não morreu ninguém? - Morreu somente o motorista, e ele ficou todo esbagaçado, perna prum

lado, braço prá outro, costela prá outro. E o rapaz foi andando bem devagar e dizendo: - A cabeça dele foi ficar bem longe do corpo! E enquanto isso, a mulher gritou: - Moço, e os ovos? Ele respondeu: - Sei lá de ovos dona! E essa foi à desculpa dele para poder comer sem pagar. Daiane, 7ª série.

Estrada Ambulante O homem ia viajando e encostou numa casa que morava uma senhora sozinha, e o homem perguntou:

- Ei senhora! A senhora sabe dizer pra onde essa estrada vai? A senhora respondeu:

- Olha moço, eu não sei dizer pra onde ela vai não, porque quando eu cheguei, ela já estava aqui...

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Pescando Bêbado O bebo ia passando no rio e tinha uma mulher pescando. E o bebo falou:

- Ei senhora! O que você está querendo pegar ai? - Pegar um bebo!

E o bebo falou: - Eu acho difícil, pois que a senhora está sentada na isca...

Até que a morte nos separe... Um homem era casado, com o tempo o homem morreu e uma semana depois a mulher também faleceu e foi atrás dele no céu. Quando os dois se encontraram, a mulher falou:

- Oh! Meu amor, que bom que a gente se encontrou! O homem respondeu: - Nada disso, o nosso trato não foi até que a morte nos separasse? Agora procure o seu que eu procuro o meu. Geovane, Adriana e Nayane/ 7ª Série.

Estrada viajante Um bêbado que ia viajar para São Paulo e perguntou a um rapaz que estava na beira da estrada:

- Essa estrada vai para São Paulo rapaz? - Não sei não! Se for, vai fazer uma falta danada porque só tem ela aqui.

Piada do ovo

A professora pergunta ao aluno se ovo é masculino ou feminino.

- Isto é impossível responder assim de repente – diz o garoto. - Impossível por quê? - Porque só depois de nascer o pinto ou a pinta é que se vai

saber... E mesmo assim é preciso esperar até o bichinho criar crista.

Indo para o céu...

Quais são de vocês que querem ir para o céu? – perguntou o professor.

Todos levantaram a mão, menos Joãozinho.

- Uê, Joãozinho, pois você não quer ir para o céu? - Mamãe me disse que logo depois da aula eu voltasse para

casa.

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Na escola particular

Quando foi pagar a conta do colégio, o pai de família estranhou:

- Nunca pensei que o estudo custasse tão caro!

E o filho acrescentou:

- Imagine, papai, que eu sou até dos que estudam menos.

Não faço sociedade!

O ladrão foi pego com a boca na botija e, por isso, preso. Interrogado pelo juiz sobre se desejava constituir advogado, replicou:

- Ora! O que eu roubei é meu, não quero fazer sociedade.

Último desejo de um réu

O juiz aproxima-se do condenado à morte e pergunta-lhe qual a sua última vontade.

- Ah, senhor juiz, minha última vontade é ver os meus netos. - Como? pelo que estou informado, o senhor não é casado nem

tem filhos.

E o réu, calmamente:

- Está claro que não, mas posso procurar uma noiva, casar-me, ter filhos e ver os meus netos. Agora, se o senhor deseja criar dificuldades, é outra coisa.

Piada do bêbado

Ele estava bem embriagado. Aproximou-se da mesa onde se encontravam dois rapazes parecidíssimos, com roupas iguais.

- Uê! Será que estou vendo demais!

- Não é bem isso – esclareceu um dos rapazes. – Nós somos gêmeos.

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E o bêbado, admirado:

- Os quatros...?

Que férias!!!

A empregada, ao abrir a porta:

- O Doutor Carlos não está. Anda viajando. - Viagem de recreio?

- Não, senhor. A patroa também foi.

A origem da expressão “lágrimas de crocodilo”

Contam habitantes do interior do Amazonas que um caçador ia certa vez caminhando pela beira de um rio quando, de repente, viu diante de si um enorme crocodilo. Imediatamente, preparou a arma que levava a tiracolo para dar um tiro noolho do monstruoso sáurio, mas, no momento em que fazia a pontaria para puxar o gatilho, percebeu que abundantes lágrimas saíam dos olhos do pobre animal. Penalizado, não atirou. Observando melhor, verificou que o jacaré-guaçu, além da expressão de grande dor estampada na fisionomia, estava com a barriga muito inchada. Aproximou-se mais um pouco do crocodilo, o caçador começou a raciocinar em voz alta:

- Pobre bicho. Parece que está doente. E deve estar sofrendo muito para chorar desta maneira.

- É verdade – concordou o jacaré, com grande espanto do caçador, que nunca ouvira nenhum animal falar. – Estou inconsolável. Imagine que há pouco virou ali adiante uma canoa com três criancinhas e eu só pude comer duas...

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Coisa de turistas...

Numa viagem de avião, viajavam três pessoas de países diferentes: um chinês, um francês e um brasileiro.

Depois de um tempo, o chinês disse: - Estamos passando em cima da China. E a aeromoça indaga-o: - Como você sabe?

- É porque estou sentindo o cheiro de tecnologia. Responde o chinês.

Tempo depois o francês disse: - Estamos sobrevoando a França!

- Como você sabe? Indagou a aeromoça. - É porque estou sentindo o aroma dos perfumes.

Instante depois o brasileiro disse: - Agora estamos por cima do Brasil!

- Como você sabe? Indagou a aeromoça.

E o brasileiro respondeu: - Roubaram meu relógio.

Mulher linda I

O cara chegou na praça, viu uma mulher,

daquelas que maquiadas, são “princesas” e foi dizendo:

- Minha nossa! Como você é linda!

-Pena que eu não possa dizer o mesmo. Respondeu ela.

A resposta do galã foi imediata e rápida como bala de fuzil:

“Faça que nem eu: minta!”

Mulher linda II

O cara chegou a um bar, viu uma mulher fascinante... e ficou a encará-la intensamente.

- Perdeu alguém parecido comigo?

- Sim! Um porquinho que fugiu do meu chiqueiro. Respondeu o galã!

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DATAS COMEMORATIVAS

FESTA DO PADROEIRO SÃO SEBASTIÃO – 20 de jane i ro . KOINOMIA DE LOUVOR – se tembro . SEMANA DA MULHER – 8 de março . CARNAVAL – De Feve re i ro ao in íc io de março . D IA DO L IVRO –18 de Ab r i l D IA DO ÍNDIO – 19 de ab r i l . DESCOBRIMENTO DO BRASIL – 22 de Ab r i l . ANIVERSÁRIO DO MUNICÍP IO – 10 de Ma io . D IA DO TRABALHO – 1 º de Ma io . D IA DAS MÃES – 13 de Ma io . FESTAS JUNINAS – De 20 a 29 Fes t i va l Jun ino ; D ia 22 e 23 – Encont ro Fo lc ló r ico . GP Nac iona l do M iné r io – Novembro . D IA DAS CRIANÇAS – De 8 a 12 de Outub ro .

D IA DOS PAIS – 2 º Domingo de Agosto . SOLDADO – 15 de Agosto . FOLCLORE – 22 de Agosto . FACIPA- Fe i ra da Am izade Agropecuá r ia , Comérc io E Indús t r ia de Pa rauapeba s – Agos to . INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – 7 de Setembro . D IA DA ÁRVORE – 22 de Setembro . D IA DO PROFESSOR – 15 de Outubro . BANDEIRA – 19 de Novembro . AUTO DE NATAL – de 21 a 23 de Dezembro . NATAL – 25 de Dezembro .

FESTA DO PADROEIRO S ÃO SEBASTI ÃO – 20 de janei ro .

Már t i r Cr i s tão , nasc ido na I tá l ia , en t re os anos 200 d .C . e 250 d .C. V iveu em Roma. O imperado r D ioc lec iano mandou execu tá - lo s imp lesmente po r e le ser c r is tão e d i vu lga r sua dou t r ina . Condenado à mor te , f o i co locado em uma á rvore e a l ve jado po r a rque i ros do imperador. Ressusc i tou e fo i canon izado pe la Ig re ja sécu los depo is . Parauapebas como a C idade do R io de R io de Jane i ro tem São Sebast ião como pad roe i ro .

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KOINOMIA DE LOUVOR – se tembro Fes t i v idade rea l i zada pe las ig re jas evangé l i cas .

O CARNAVAL

O ca rnava l é uma fes ta popu la r no B ras i l , que , no en tan to , não tem da ta f i xa pa ra oco r re r. Ge ra lmente é comemorada no mês de feve re i ro ou no in íc io do mês de Março . As pessoas b r incam no ca rnava l nas p r inc ipa is ruas e aven idas das g randes c idades; é mu i to an imado, a an imação se dá com ca r ro de som, t r i os e lé t r i cos e b locos de rua .

Semana da Mulher Pe la sua impor tânc ia den t ro do con texto da cons t rução da soc iedade , Pa rauapebas homenage ia es te se r espec ia l , a mu lhe r. A da ta 8 de março , D ia In te rnac iona l da Mu lhe r, é re fo rçada por es ta in i c ia t i va do mun ic íp io . Rea l i zação P re fe i tu ra – O even to acon tece na 1 ª Semana de Março .

DIA DO LIVRO INFANTIL

Nesta semana que antecede o Dia Mundial do Livro (23 abril), instituído pela

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

(Unesco), em 1995, o Brasil celebra o Dia Nacional do Livro Infantil em 18 de

abril. A data foi escolhida para homenagear o nascimento do escritor Monteiro

Lobato (José Bento Monteiro Lobato) e tornou-se oficial por meio da Lei nº

10.402, de 8 de janeiro de 2002.

Dia do Índio

História do Dia do Índio, comemoração, 19 de abril, criação da data,

cultura indígena

Comemorado pela primeira vez no Brasil em 1944, o dia 19 de abril tornou-se o dia do índio. A data foi instituída por Getúlio

Vargas e, desde então, dificilmente tem passado despercebida. O dia 19 de abril, ao colocar em pauta a questão indígena, nos questiona

hoje sobre as possibilidades de convivermos, de forma respeitosa, digna e construtiva, com os mais de 210 povos indígenas que existem

no país, falando mais de 180 línguas e dialetos próprios, espalhados em inúmeras aldeias em praticamente todos os estados do Brasil (só

no Piauí e no Rio Grande do Norte não há índios). Os índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco

lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis (região do litoral),

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macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central, arauaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Ao chegar a esta terra que hoje chamamos Brasil, os

portugueses encontraram uma população estimada em mais de 3 milhões de pessoas. Eram muitos povos diferentes que se distribuíam

por todo o território. Que por um equívoco, foram identificados como

“índios”. Hoje essa população é de apenas 734 mil habitantes, ou seja, 0,4% da população total do Brasil. Cabe esclarecer que este

dado considera tão-somente aqueles indígenas, que vivem em aldeias, havendo estimativas de que, além destes, há entre 100 e

190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas A população indígena ocupa área que corresponde à quase

11% do território nacional Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, como resultado de uma

pesquisa encomendada pela UNESCO, a respeito de índios e brancos no Brasil – 87 grupos indígenas haviam deixado de existir entre 1900

e 1957. A incorporação do índio à sociedade brasileira fez com que estes perdessem suas peculiaridades culturais. DESCOBRIMENTO DO BRASIL

No d ia 22 de ab r i l de 1500 os po r tugueses descob r i ram as te r ras do nosso pa ís . Av is ta ram no l i to ra l ba iano um monte o qua l de ram o nome de Monte Pascoa l . O nome Bras i l f o i dado po r causa de uma made i ra ext ra ída de uma á rvo re chamada pau -b ras i l . An i versár io de P arauapebas 10 de Ma io de 1988 , a t ravés da Le i : 9 .442 /88 .

D I A DO TRABALHO

No d ia 1 º de ma io comemora -se o d ia do t raba lhado. Quase todo mundo comemora esse d ia sem i r ao t raba lho . É o d ia em que são homenageados os t raba lhado res .

DI A DO SOLDADO

O d ia 25 de agosto é ded icado ao so ldado b ras i le i ro . Neste d ia Homenageamos ao Duque de Cax ias po rque e le fo i um grande so ldado b ras i le i ro . Po r se r um so ldado exempla r f o i esco lh ido para se r o Pa t rono do Exé rc i to .

D I A DO FOLCLORE

22 de agosto comemo ramos o d ia do fo lc lo re .

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Fo lc lo re é o con jun to de t rad ições , conhec imen tos e c renças de um povo . O fo lc lo re se man i fes ta a t ravés de P rové rb ios , con tos , danças, cos tumes , ad iv inhações . FACIPA- Fe i ra da Am izade Agropecuá r ia , C6mérc io e Indús t r ia de Pa rauape bas – Fe i ra de va r iedades, com shows de a r t i s tas de renome nac iona l , ap resen tações fo l c ló r i cas , comidas t íp icas e uma in f in idade de poss ib i l idades de compra e venda de a r t i gos , mercado r ias e a r tes .

INDEPENDÊNCIA

Com o descob r imen to , o B ras i l f i cou per tencendo a Po r tuga l . No 7 de se tembro de 1822 , D. Pedro vo l tava de uma v iagem v indo de Po r tuga l mu i to i r r i tado . E le pe rcebeu en tão que e ra p rec iso l ibe r ta r o B ras i l de Po r tuga l . D. Ped ro gr i tou aos seus so ldados “ Independênc ia ou mor te ” .

Em Parauapebas , o rgan iza -se um desf i le o f ic ia l a t ravés da FUMEP (Fundação de Educação do Mun ic íp io de Pa rauapebas) , j un tamente com todas as esco las púb l icas es tadua is , mun ic ipa is e par t icu la res , Po l íc ia Mi l i ta r e o Exé rc i to .

DI A DA B ANDEIRA

No d ia 19 de novembro com emora -se o d ia da bande i ra . A bande i ra é um dos s ímbo los da Pát r ia . As cores da nossa bande i ra são :

O ve rde : as matas do nosso pa ís ; O amare lo : as r i quezas do nosso so lo ; O azu l : o nosso céu ; O b ranco : a paz .

Auto de Natal Rea l i zação da p re fe i t u ra . Em comemoração ao nasc imento de Cr is to , a p re fe i tu ra rea l i za o Au to de Nata l com a lunos de co lég ios e c r ianças l i gados à Fasc – Fundação de Ass is tênc ia Soc ia l e Cu l tu ra l de Pa rauapebas .

NATAL - 25 de dezembro

Comemora-se nessa data o nascimento de cristo. Como foi convencionado essa data?

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Um grande concílio foi realizado pela comunidade cristã no século V de

nossa Era, para decidir em que data fixar este controverso acontecimento.

Decidiu-se em fixar no dia 25 de dezembro, ou meia-noite do dia 24.

Proclamação da República Brasileira

A Proclamação da República Brasileira é o evento, na História do Brasil, que

instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia. Ocorreu dia 15 de

novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da

Aclamação (hoje Praça da República), quando um grupo de militares do Exército

brasileiro, liderados pelo comandante marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de

estado e depôs o imperador D. Pedro II. Institui-se então a República, sendo nessa data

que o jurista Rui Barbosa assinou o primeiro decreto do novo regime, instituindo um

governo provisório.

Dia das Mães

O Dia das Mães tem a sua origem no princípio do século XX, quando uma

jovem americana, Anna Jarvis, perdeu sua mãe e entrou em completa

depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a

idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que

a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Em pouco

tempo, a comemoração e consequentemente o Dia das Mães se alastrou por

todo Estados Unidos e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente

Woodrow Wilson: dia 9 de Maio. No Brasil, é celebrado no segundo domingo

de Maio, conforme decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas.

As mães são as pessoas que fazem sacrifícios para o bem de seus filhos. Devemos respeitá-las e dá a elas muito carinho.

Dia dos Pais

O Dia do Pai tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem

chamado Elmesu Moldou esculpiu em argila o primeiro cartão. Desejava sorte,

saúde e longa vida a seu pai.

Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar o Dia do Pai em 1909,

motivada pela admiração que sentia por seu pai, John Bruce Dodd. O interesse

pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington

e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard

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Nixon oficializou o Dia do Pai. Naquele país, ele é comemorado no terceiro

domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é

comemorado no segundo domingo de Agosto. A criação da data é atribuída ao

publicitário Sylvio Bhering, em meados da década de 50, festejada pela

primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da

família.

Dia das Crianças – 12 de outubro

Como surgiu o Dia das Crianças No Brasil

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920. Em 1924, o dia 12

de outubro foi oficialmente decretado pelo presidente brasileiro da época, Arthur Bernardes. Apesar de ser uma data oficial, o Dia das

Crianças nunca teve muita importância até o ano de 1960, quando um diretor de uma famosa fábrica de brinquedos resolveu

"ressuscitar" a data para aumentar suas vendas. A estratégia deu

certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Dia Universal da Criança

A ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece o dia 20 de novembro

como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a

aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta

Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados

especiais antes e depois do nascimento.

DIA DOS NAMORADOS NO BRASIL

11 de Junho

GP Nacional do Minério – Dezembro.

Dia 21 de setembro – Dia da Árvore

O Dia Mundial da Árvore ou Dia Mundial

da Floresta festeja-se em 21 de março. A comemoração oficial do Dia da Árvore teve

lugar pela primeira vez no estado norte-

americano do Nebraska, em 1872. Nos EUA, é comemorado no dia 22 de

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setembro junto do aniversário de Julius Sterling Morton, morador da Nebrasca/EUA, que incentivou o plantio de árvores naquele estado.

No Brasil é comemorado no dia 21 de setembro, pois os índios brasileiros cultuavam as árvores no início da primavera, quando se

preparava o solo para cultivo e na época de chuvas.

FACIPA – (em Agosto) Feira da Amizade Agropecuária, Comércio e

Indústria de Parauapebas - Feira de variedades, com shows de artistas de renome nacional, apresentações folclóricas, comidas

típicas e uma infinidade de possibilidades de compra e venda de artigos, mercadorias e arte.

Dia Internacional da Paz – 21 setembro

Esta Vigília global de 24 horas tem o objetivo de demonstrar: “o poder da

oração e de outras práticas espirituais para promover a paz e evitar os conflitos

violentos”.

Trata-se de uma iniciativa de caráter mundial que ajudará também a informar e a tomar

consciência sobre a importância do Dia Internacional da Paz, e ao mesmo tempo,

apoiará o advento e a estabilidade da paz em todas as nações.

7 de Setembro – Desfile oficial

Com a organização da Fundação de Educação do Município de Parauapebas – FUMEP,

juntamente com todas as escolas públicas estaduais e municipais, Polícia Militar e o

Exército.

Dia do Professor – 15 de outubro

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e

quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D.

Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo

decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”.

Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos

professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os

professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido

ótima - caso tivesse sido cumprida.

Comemora -se o d ia do p ro fesso r em 15 de ou tub ro . Em nossa v ida , mu i tos mes t res sã o todas as pessoas que ens inam a a r te de v i ve r, t raba lha r e es tuda r. Os p ro fesso res são mes t res .

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Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro. No Brasil é

dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Vinte de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data -

transformada em Dia Nacional da Consciência Negra pelo Movimento Negro

Unificado em 1978 - não foi escolhida ao acaso, e sim como homenagem a

Zumbi, líder máximo do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra,

assassinado em 20 de novembro de 1695.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares,

em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi

nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos

particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar

a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte

forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país)

organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças

negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da

inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste

dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há

discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza

negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus

eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se

contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que

tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa

Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.

Zumbi dos Palmares, o maior ícone da resistência negra ao escravismo no Brasil.

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FESTAS JUNINAS

O ciclo das festas juninas gira em torno das principais datas abaixo:

13 de junho, festa de Santo Antonio; 24 de junho, São João;

29 de junho, São Pedro.

Durante esse período todas as cidades brasileiras ficam tomadas por festas. De norte a sul do Brasil comemora-se os santos

juninos, com fogueiras e comidas típicas. É interessante notar que não apenas o dia, propriamente dito, mas todo mês, é considerado

como tempo consagrado a estes santos na região e, principalmente, às vésperas, que é quando se realizam os sortilégios e simpatias, a

parte mágica da festa típica do catolicismo popular, quando se realizam os sortilégios e simpatias, a parte mágica da festa típica do

catolicismo popular. Inúmeras adivinhações a respeito dos amores e do futuro a

respeito dos amores e do futuro(com quem vai se casar, se é amado ou amada, quantos filhos se vai ter, se vai morrer jovem ou ganhar

dinheiro etc), são festas nas vésperas do dia santos, em geral de madrugada.

QUADRILHA

A quadrilha é uma dança francesa que surgiu no final do século XVIII e tem suas raízes nas antigas contradanças inglesas. Ela foi

traduzida ao Brasil no inicio do século XIX, passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia.

Com o passar do tempo, a quadrilha passou a integrar o repertório de cantores e compositores brasileiros e tornou-se uma

dança de caráter popular. Sendo típica das festas juninas, a quadrilha é considerada uma

herança do folclore francês acrescido de manifestações típicas da cultura portuguesa. Ela é inspirada na contradança francesa e sua

origem, no Brasil, está na chegada da corte real Portuguesa, no começo do século passado. Com D. João VI, que fugia do avanço das

tropas de Napoleão Bonaparte, além de artistas franceses, como

Debret e Rugendas, vieram também modismos da vida européia, dos quais um dos favoritos era a quadrilha, dirigida por mestres franceses

da contradança. Muitas das ordens desta dança transformaram-se “anarriê” (enarriére, que significas “para trás”) ou “anava” (em avant,

que significa”em frente”), “changedidame” (changer de damé, ou seja, “troca de dama”), “chemadidame” (chemin de dame, caminho

de damas) ou “otrefua” autre fois”),”outa vez”. A quadrilha foi a grande dança dos palácios do século XIX e abria os bailes das cortes

em qualquer país europeu ou americano, tendo se popularizado, reinterpretada pelo povo, que lhe acrescentou novas figuras e

comandos constituindo o baile em sua longa e exclusiva execução,

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composta de cinco partes ou mais, com movimentos vivos e que terminava sempre por um galope.

Meio Ambiente

5 de junho – Dia internacional do Meio Ambiente.

O me io ambiente é um complexo ecoss is tema onde as

formas d iversas de v ida mutuamente se dependem. O homem tem que v iver nesse me io, c r ia r desenvo lv imento , mas na responsab i l idade e perspect iva de que e le es tá

dec id indo por e le e out ras fo rmas de ex is tênc ia que, em sua tota l idade garantem o equ i l íb r io e a harmonia do

p laneta. Não somos auto -suf ic ientes e a autonomia de nossas dec isões tem que corres ponder com as out ras formas de v ida, que não t iveram esse pr iv i lég io que

temos: da rac iona l idade e in te l igênc ia . A questão ambiental está conjugada a questão “Saúde” pois um

meio ambiente saudável e favorável a saúde daqueles que nele vivem, seja o homem ou a espécie animal. Conclui-se, portanto, que a qualidade de vida da população está associada à qualidade do meio em que esta vive.

O homem é um produto do meio assim como o meio é produto do homem. Se nessa relação perpetuar a forma perniciosa, sem um

desenvolvimento sustentável, e o perdedor for o meio ambiente, com certeza o perdedor seremos nós, porque será nossa existência que estará em risco. É o que também adverte o CACIQUE SEATLE in (Emilia Amaral et

al. 2000, p.520), quando diz: “ensinem as suas crianças: que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos filhos da terra.

Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filho da terra”

Um dos grandes problemas em pleno século XXI é a questão ambiental, porque se relaciona com a própria existência de toda a forma de

vida presente e futura que habita o planeta. Você já parou pra pensar o que significa a palavra “progresso”? pois então pense: estradas, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por vir. O progresso, da

forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, é nocivo e degrada o planeta terra e a natureza. O atual modelo

de crescimento econômico hoje no mundo gerou enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia.

Um exemplo incontestável é o que ocorre na Amazônia brasileira. Considerada o pulmão do mundo, a maior floresta tropical do planeta está

ameaçada de extinção, o que será fatal para a humanidade. Segundo cientistas, o desmatamento e o aquecimento global podem provocar o

desaparecimento da Amazônia. Nos últimos 35 anos a Amazônia perdeu quase 17% de sua cobertura e advertem:

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Se a floresta perder mais de 40% de sua cobertura, o processo de destruição será irreversível, pois a mata, segundo

pesquisadores, tem o poder de multiplicar as chuvas. O desmatamento e as queimadas na Amazônia são

responsáveis por mais de 75% das emissões de gases de efeito

estufa no Brasil. Segundo as nações unidas, o Brasil possui 52% das florestas da

América Latina; e que o país perde anualmente de floretas com o desaparecimento de 3,1 milhões de hectares. A perda anual de florestas em todo o planeta chega a 7,3 milhões de hectares, o equivalente a um país

como o panamá. Diante de tudo isso e similares que ocorre em outros países, o clima

da terra assim como fenômenos fora do normal estão dando suas respostas em vários cantos do planeta. A título de exemplo, vale citar a seca em plena

Amazônia em 2005, que segundo pesquisadores, foi resultado do possível aquecimento da terra, que resulta no efeito estufa, conseqüente das queimadas e emissões de gases lançados à atmosfera; tornados

devastadores nos Estados Unidos; tsunami na Ásia; redução de calota de gelo no pólo norte conseqüente da abertura na camada de ozônio; ciclones

nos Estados Unidos; pesados terremotos em várias partes do mundo que dizimam milhares de pessoas e a desertificação. Diante desta constatação surge a idéia do desenvolvimento sustentável (DS), buscando conciliar o

desenvolvimento econômico como a preservação ambiental, atendendo as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de futuro para

as futuras gerações.

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REFERÊNCIA

Antonio Melo da Silva, Entrevista sobre a história da igreja Assembléia de Deus em Vila Sanção./2006

BRITO, Deuzuíta de Castro. Entrevista sobre o processo histórico social e educacional no povoado Alegria do Saber. In 8/2006. CEAP – Centro de Educação Ambiental de Parauapebas. Informações fornecidas por Ricardo sobre o Mosaico de Carajás, Unidades de Conservação e mapas de satélite da região. In 3/2007. Confederação Nacional de Municípios. Pesquisas sobre o município de Parauapebas, 0/2007. Correio do Pará, Vale apresenta detalhes do projeto Salobo, Márcio Godoy. 23/03/2007. CURSO: Administração - CESTFIB Professor: Antonny Adonay et al (alunos do curso)/Histórico do Município de Parauapebas/2005. EJA – Educação de Jovens e Adultos. Histórico de Parauapebas; Curitiba/ PA. Edidora Expoente, 2006 Elizete Francisca Jardim, Entrevistas e pesquisas sobre o histórico da Igreja Católica no povoado Vila Sanção /2006.

FERREIRA, Antonio Carlos Carneiro. Elaboração do texto: Lenda – A curva da Loura. Vila Sanção/ Parauapebas, In 10/2006.

FLORIZA, Simões (Professora). Colaboração com atividades de produção de textos VERSOS E DATAS COMEMORATIVAS produzidos pelos alunos. Odete Alves do Nascimento, Pesquisa sobre as religiões no povoado Vila Sanção/2006.

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MARÇAl, Ivone Ferreira. Informações sobre as diretoras da Escola Alegria do Saber e Dados estatísticos sobre evasão, reprovação, matrículas e transferências na Escola Alegria do Saber, 2006

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LISTA DE SIGLAS E CONCEITOS TRABALHADOS NESTA OBRA

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis PRONAF: Programa Nacional de Agricultura Familiar CVRD: Companhia Vale do Rio Doce CEAP: Centro de Educação Ambiental de Parauapebas ITERPA: Instituto de Terras do Pará INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária PFC: Projeto Ferro Carajás

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Foi pensando em você, caro aluno e cidadãos, que resolvemos elaborar o presente trabalho. O mesmo, além de ser produto de um ano de pesquisas desenvolvidas na escola Alegria do Saber e durante o ano letivo de 2006 e complementado em 2007, é resultante de um Projeto Interdisciplinar desenvolvido por mim, Adilson Motta em colaboração com os professores e alunos da Escola Alegria do Saber. O propósito é que este, como exemplar, sirva de espelho e incentivo para ser desenvolvido em outras escolas; pois isto torna significativo tanto à prática quanto à aprendizagem do alunado enfatizando valor ao que chamamos de CIDADANIA. Um povo sem sua história escrita é um povo sem memória, sem identidade... Desta forma, este trabalho pode ser considerado a cédula de identidade histórica, cultural e geográfica do povoado Vila Sanção, que ainda não tinha sido objeto de estudo. A identidade histórica de um povo é de grande importância para seu desenvolvimento, para que haja perspectiva de melhoria em seu futuro. A razão deste trabalho se fundamenta no seguinte ponto: Ensina-se nas escolas públicas dos municípios a história e geografia do Estado e do país, e no entanto, não se ensina a história e geografia local (desses municípios, e ou povoados). Ficando o alunado alienado e com uma aprendizagem pouco significativa de sua realidade. E as disciplinas, ensinadas num “vazio e isolamento”. É nessa análise que considero que, este trabalho, sendo uma contribuição para uma educação contextual – é o passo inicial para que outros municípios e povoados também o façam. O mesmo vem a suprir o que imprescindívelmente solicita a LDB 9394/96 nos PCN, quando em suas diretrizes determina que a educação deva ser interdisciplinar e contextual.

Adilson Motta