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Logística Aula 3

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Logística

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Centro Universitário Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN

Planejamento e Controle de Estoques

1. Introdução A globalização estimulou a competição acirrada entre empresas, para a conquista dos mercados internacionais, pois somente as empresas competitivas sobreviverão. Qualquer empresa que produz, quer sejam produtos ou serviços, necessita de um planejamento e controle de seus estoques de produtos ou informações. As empresas que hoje se preocupam em usar a tecnologia como um instrumento para obtenção de competitividade no desenvolvimento de novos produtos ou serviços, para tornarem-se empresas de ponta em relação aos seus competidores, para forjar novos relacionamentos com os fornecedores ou mudar radicalmente suas operações internas serão as que sobreviverão neste mercado tão competitivo. A falta de um planejamento tem mostrado que as empresas estão sujeitas a sérios problemas financeiros, e uma administração deficiente pode implicar em queda para uma posição não muito confortável no mercado. A precisão de um planejamento logístico depende fundamentalmente da quantidade de informações disponíveis, seu gerenciamento e veracidade. Os equipamentos, procedimentos e pessoal que geram e administram os fluxos de informações fazem parte do sistema de informações de uma empresa e são responsáveis pelas operações diárias. Essas informações são administradas por muitas pessoas de departamentos diferentes, para facilitar o planejamento e a administração do sistema logístico como um todo. 2. O papel estratégico da informação na organização O propósito básico da informação é o de habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, nos quais se inserem pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro, além da própria informação. A eficiência na utilização do recurso informação é medida pela relação do custo para obtê-la e o valor do benefício do seu uso. Os custos são aqueles envolvidos na coleta, processamento e distribuição. O seu valor também deve ser avaliado quanto ao seu uso final. Para se tomar decisões, é preciso diferenciar as informações gerenciais destinam-se a alimentar processos de tomada de decisão, e cada nível de gerência depende de informações diferentes e a instituição deve conhecer suas necessidades em todos os níveis operacionais (que são aquelas que têm por finalidade permitir que determinadas operações continuem acontecendo dentro do ciclo operacional da empresa). Outro fator importante para tomada de decisão é a qualidade das informações, que devem ser comparativas, confiáveis, geradas em tempo hábil e no nível de detalhe adequado. 3. Estoques “Estoques são fenômenos não lucrativos e que devem ser cuidadosamente estudados. (...) as condições que produzem ou que geram a necessidade de estoque é que devem ser corrigidas, de maneira a reduzir o estoque de forma racional.” (SHINGO, 1996).

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A definição de estoque é a acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação. O controle de estoques é parte vital na logística, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais da empresa, por isso têm um papel na logística muito importante. A existência do estoque hoje na cadeia logística é devido a incerteza da demanda e a possibilidade de falta de materiais no momento desejado. Para Ballou, (1993) o ideal seria a perfeita sincronização entre a oferta e a demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Como é impossível prever exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. Esta sincronização a que ele se refere, é o balanceamento entre o fornecimento do produto e a demanda do cliente. Apenas através desta sincronização podemos resolver o conflito entre ter um alto índice de serviços aos clientes e baixo nível de estoques. Os estoques servem para uma série de finalidades. Algumas delas são:

• melhoram o nível de serviço;

• incentivam economias de produção;

• permitem economias de escala nas compras e no transporte;

• agem como proteção contra aumentos de preços;

• protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;

• servem como segurança contra contingências. Deve-se manter os estoques nos níveis mais baixos possíveis sem afetar os serviços prestados aos clientes, garantido isso a eles, podem-se usufruir dos benefícios adicionais de mantê-los em níveis baixos, tais como:

• redução de espaço nos almoxarifados;

• redução de taxas de seguro;

• menor movimentação interna de material;

• menos obsolescência;

• redução em equipamentos de movimentação;

• zero de defeitos;

• utilização mais efetiva dos recursos. 3.1 Objetivo do Estoque O objetivo do estoque nas empresas é justamente maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e ajuste do planejamento da produção. Simultaneamente deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta. Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele é o amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final do produto. Quanto maior o investimento nos vários tipos de estoque, tanto maior é a capacidade e a responsabilidade de cada departamento da empresa. Para a gerência financeira, a minimização dos estoques é meta principal. O objetivo, é otimizar o

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investimento em estoques aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido. 3.2. Custos de estoques O grande problema da administração de estoques é manter ou não os estoques, pois existem vários custos para mantê-los. Segundo Dias, (1993) são eles:

• custos de capital (juros, depreciação);

• custos com pessoal (salários, encargos sociais);

• custos com edificação (aluguel, impostos, luz, conservação);

• custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento). Estes custos podem ser determinados por meio de fórmulas matemáticas, e, uma vez calculado o seu valor, transforma-se o mesmo em valor percentual em relação ao estoque analisado. 3.3 Custo de manutenção ou armazenagem São os custos associados necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um período de tempo. Ele deve ser a atenção principal de todo o empresário, pois afeta de perto a rentabilidade da empresa. São definidos normalmente em termos monetários por unidade, por período. Incluem componentes como os custos de armazenagem, custo de seguro, custo de deterioração e obsolescência e custo de oportunidade de empregar o capital em estoque. 3.4 Custo do pedido ou compra São os custos associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para reposição do estoque. Quando uma ordem de compra é despachada ao fornecedor, incorre-se uma série de custos resultantes ao processamento do pedido e da preparação do mesmo. Estes custos incluem:

• custo de processar pedidos nos departamentos de compras, faturamento ou contabilidade;

• custo para enviar o pedido até o fornecedor, normalmente por correio ou por mídia eletrônica;

• custo de preparação da produção (Set-up) ou manuseio para atender o lote solicitado;

• custo devido a qualquer tipo de manuseio ou processamento realizado na recepção;

• preço da mercadoria. São definidos em termos monetários por pedido e podem ser calculados anualmente. 3.5 Custo de falta de estoque São os custos que ocorrem caso haja demanda por itens em falta no estoque. Os custos que os determinam são:

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• por meio de lucros cessantes, devidos à incapacidade de fornecer. Perdas de lucros, com cancelamento de pedidos;

• por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição com material de terceiros;

• por meio de custos causados pelo não cumprimento dos prazos contratuais como multas, prejuízos, bloqueio de reajuste;

• por meio de “quebra de imagem” da empresa, e em conseqüência beneficiando o concorrente.

Figura 1 – Gestão de Materiais

Referências BALLOU, Ronald. Logística Empresarial – Transportes, Administração de Materiais, Distribuição Física. São Paulo: Atlas, 1993. MARTINS, P.G. ; Alt, P.R.C. Administração de Materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005. BIO, Rodrigues Sérgio. Sistemas de Informação – Um Enfoque Gerencial. São Paulo: Atlas, 1985. DIAS, P. Marco Aurélio. Administração de Materiais – Uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 1993. SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção. Ed. Bookman, 1996