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LUÍS DE CAMÕES
Biografia e poemas sobre o poeta, Plural 9, p. 183
LEITURA DO TEXTO pág. 183
• Biografia (im)possível porque há muitos dados da vida de Camões que se desconhecem ou de que há poucas certezas. Uma biografia rigorosa e completa é impossível, no caso de Camões. Possível é apenas uma biografia baseada em deduções, alguns documentos, algumas cartas e depoimentos de contemporâneos do poeta.
• Por exemplo, sabe-se que esteve na Índia, porque há documentos que o comprovem, e que sofreu um naufrágio, porque ele próprio o diz em Os Lusíadas. Não é por acaso que a página biográfica de Camões tem tantos verbos e advérbios que evidenciam incerteza: terá nascido, possivelmente, admite-se, presume-se, parece.
LEITURA DO TEXTO/ESCRITA págs. 185-186
• 1. “Luís, o Poeta, salava a ando o poema”, de Almada
Negreiros
• 1.1 O início do poema sugere que se vai contar uma
história tradicional, popular.
• 1.2 Parte-se do princípio de que não há quem não
saiba quem é este Luís que salvou a nado o poema. O
nome do poema é Os Lusíadas. Essa omissão
engrandece-o. Parece que não há outro Luís e outro
poema e não há quem não conheça um e outro. A
omissão torna-o único.
LEITURA DO TEXTO/ESCRITA págs. 185-186
• 1.3 Momentos da vida de Camões: em guerra por
Portugal ficou cego de um olho (vv. 8 a 15); a escrita
de que resultou um livro de grande valor (vv. 16 a 27);
o naufrágio em que o poeta procura salvar o livro que
escrevera (vv. 28 a 43).
• 1.4 O discurso do narrador é interrompido no verso
44. O destinatário é o mar. O que é posto em
evidência é que mais importante do que salvar a vida,
é salvar aquele livro. O seu corpo irá acabar ali, a
alma não. Quanto ao livro, esse tem de ser salvo, não
se pode perder porque é o canto de Portugal.
LEITURA DO TEXTO/ESCRITA págs. 185-186
• 2. “Camões e a tença”, de Sophia de Mello Breyner
Andresen
• 2.1 d), f), c), g), b), e), a)
• 2.2 O último verso “Este país te mata lentamente” é
o verso-chave do poema porque é isso o que lhe têm
feito ao não lhe darem o prometido, ao não
reconhecerem o que ele fez por Portugal, ao tratá-lo
como um pedinte que tem de se humilhar para
receber alguma coisa do muito que lhe é devido.
LEITURA DO TEXTO/ESCRITA págs. 185-186
• 2. “Camões dirige-se aos seus contemporâneos”, de
Jorge de Sena
• 3.1 O sujeito poético refere-se a Camões. Os recetores
das suas palavras são os seus contemporâneos.
• 3.2 “Podereis roubar-me tudo”: “as ideias, as
palavras, as imagens(…)” Versos 2 a 8. O verbo
“roubar” significa utilizar, na escrita, tudo aquilo que
foi criação sua. Numa palavra − plagiar a sua obra.
• 3.3 Camões sente que os seus contemporâneos o
continuarão a agredir com o desprezo pela sua obra,
com o louvor de quem o imitou ou plagiou.
LEITURA DO TEXTO/ESCRITA págs. 185-186
• 3.4 Com o verso “Não importa nada” o poeta revela
um sentimento de vingança. Consciente do seu valor,
ele prevê que daí a anos todos conhecerão a sua obra
e lhe atribuirão até o que nem foi feito por ele. Os
outros serão esquecidos. E pior ainda, um esqueleto
de qualquer um deles irá passar por ser o seu e irá ser
homenageado como o de um herói ou um génio.
• 4. Tanto Sophia de Mello Breyner como Jorge de Sena
veem Camões como um génio não compreendido no
seu tempo e alvo da inveja dos outros.