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LUÍS DE CAMÕES Biografia e poemas sobre o poeta, Plural 9, p. 183

Luís de camões p.183

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LUÍS DE CAMÕES

Biografia e poemas sobre o poeta, Plural 9, p. 183

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LEITURA DO TEXTO pág. 183

• Biografia (im)possível porque há muitos dados da vida de Camões que se desconhecem ou de que há poucas certezas. Uma biografia rigorosa e completa é impossível, no caso de Camões. Possível é apenas uma biografia baseada em deduções, alguns documentos, algumas cartas e depoimentos de contemporâneos do poeta.

• Por exemplo, sabe-se que esteve na Índia, porque há documentos que o comprovem, e que sofreu um naufrágio, porque ele próprio o diz em Os Lusíadas. Não é por acaso que a página biográfica de Camões tem tantos verbos e advérbios que evidenciam incerteza: terá nascido, possivelmente, admite-se, presume-se, parece.

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• 1. “Luís, o Poeta, salava a ando o poema”, de Almada

Negreiros

• 1.1 O início do poema sugere que se vai contar uma

história tradicional, popular.

• 1.2 Parte-se do princípio de que não há quem não

saiba quem é este Luís que salvou a nado o poema. O

nome do poema é Os Lusíadas. Essa omissão

engrandece-o. Parece que não há outro Luís e outro

poema e não há quem não conheça um e outro. A

omissão torna-o único.

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• 1.3 Momentos da vida de Camões: em guerra por

Portugal ficou cego de um olho (vv. 8 a 15); a escrita

de que resultou um livro de grande valor (vv. 16 a 27);

o naufrágio em que o poeta procura salvar o livro que

escrevera (vv. 28 a 43).

• 1.4 O discurso do narrador é interrompido no verso

44. O destinatário é o mar. O que é posto em

evidência é que mais importante do que salvar a vida,

é salvar aquele livro. O seu corpo irá acabar ali, a

alma não. Quanto ao livro, esse tem de ser salvo, não

se pode perder porque é o canto de Portugal.

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• 2. “Camões e a tença”, de Sophia de Mello Breyner

Andresen

• 2.1 d), f), c), g), b), e), a)

• 2.2 O último verso “Este país te mata lentamente” é

o verso-chave do poema porque é isso o que lhe têm

feito ao não lhe darem o prometido, ao não

reconhecerem o que ele fez por Portugal, ao tratá-lo

como um pedinte que tem de se humilhar para

receber alguma coisa do muito que lhe é devido.

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• 2. “Camões dirige-se aos seus contemporâneos”, de

Jorge de Sena

• 3.1 O sujeito poético refere-se a Camões. Os recetores

das suas palavras são os seus contemporâneos.

• 3.2 “Podereis roubar-me tudo”: “as ideias, as

palavras, as imagens(…)” Versos 2 a 8. O verbo

“roubar” significa utilizar, na escrita, tudo aquilo que

foi criação sua. Numa palavra − plagiar a sua obra.

• 3.3 Camões sente que os seus contemporâneos o

continuarão a agredir com o desprezo pela sua obra,

com o louvor de quem o imitou ou plagiou.

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• 3.4 Com o verso “Não importa nada” o poeta revela

um sentimento de vingança. Consciente do seu valor,

ele prevê que daí a anos todos conhecerão a sua obra

e lhe atribuirão até o que nem foi feito por ele. Os

outros serão esquecidos. E pior ainda, um esqueleto

de qualquer um deles irá passar por ser o seu e irá ser

homenageado como o de um herói ou um génio.

• 4. Tanto Sophia de Mello Breyner como Jorge de Sena

veem Camões como um génio não compreendido no

seu tempo e alvo da inveja dos outros.