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graca-maria-vieira
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Origem
A madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pelo homem, provém do tronco e dos ramos das árvores. É um excelente material de construção.
O corte do tronco é feito aproveitando o interior da árvore de forma a responder aos vários fins a que ela se destina, tábuas, ripas ou barrotes.
Ao analisarmos o interior da árvore verificamos que é formada pelo cerne (1), borne (2) e casca (3), no centro há a medula, pequena coroa central também chamada madeira primária. No corte transversal também verificamos os anéis de crescimento.
Tipos de madeira
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1
Pinheiro
Resinosas são as árvores que possuem resina. Os frutos são em forma de cone ou pinha e geralmente a sua folhagem é persistente.
Cedro
Carvalho
Folhosas possuem folhas largas e nervosas. A sua folhagem pode ser caduca ou persistente.
Nogueira
Castanho
As principais propriedades da madeira são a cor, textura e veio.
Pinho
Cedro Mutene Carvalho
2
Contraplacado
Contraplacado é um derivado da madeira, constituído por camadas de madeira fina, sobrepostas e coladas umas às outras com os veios cruzados.
Prensado ou platex é um derivado da madeira, formado por uma mistura de cascas de árvores com cola e posteriormente prensada.
Prensado ou platex
Aglomerado
Aglomerado é um derivado da madeira, formado por aparas de madeira e cola que são prensadas a altas temperaturas.
Folheado é um derivado da madeira, constituído por lâminas muito finas e madeira. Folheado
Instrumentos de trabalho
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Na aplicação das diversas técnicas de transformação da madeira, são usadas muitas ferramentas e utensílios na execução de peças e objectos.
Utensílios de medição e traçagem
3
Escala Metro articulado Fita métrica Esquadro
Graminho Suta Compasso de pontas Compasso de volta
Ferramentas de corte
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Serrote de espada ou universal Serrote de ponta Serrote de costas Serrote de traçar
4
Serrote de rodear Serra braçal Serrote de ferro Serrote de cabelo ou ourives
Ferramentas e furar
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Berbequim eléctrico Arco de pua Berbequim manual
Verruma Brocas
Ferramentas de desbastar e alisar
5
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Limatão triangular Grosa Lima
bastardaLimatão redondo
Grosa redonda
Limatão triangular
Lima paralela
Grosa quadrada
Plaina de topejar Plaina Guilherme
Escova para limpar limas
Formão Bedame Goiva Goiva em V
Ferramentas de percussão
6
Topo
Martelo de orelhas Martelo de pena Maço de madeira
Ferramentas auxiliares
Pedra de afiar
Esmeril Alicate universal
Alicate de pontas chatas
Alicate de pontas
redondas
Chave inglesa
Alicate de pressão
Travadeira Alicate de travarChave
de fenda
Chave de
fendaGrampo de esquadria Grampo
simplesChave
de bocas
7
Técnicas de transformação
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A medição será a primeira técnica a executar quando se realiza um trabalho em madeira. Os instrumentos de medição deverão ser usados conforme a tarefa a executar.
Traçar será marcar com rigor a madeira nas zonas a serem trabalhadas.
Recortar é efectuar um corte curvo com o auxílio de uma serra de recortes.
8
Cortar significa separar ou dividir a madeira pelas traçagens feitas. As ferramentas a utilizar são os serrotes.
Furar será trespassar a madeira com o auxílio de de um berbequim e de uma broca.
Desbastar e limar consiste em retirar pedaços de madeira utilizando uma plaina ou uma lima.
Pregar será unir peças de madeira através de pregos utilizando um martelo.
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9
Técnicas de ligação
Junções em T pregadas, aparafusadas e com agrafos
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Nas junções em T pregadas, ao martelar do lado exterior devem-se inclinar os pregos.
Ao martelar por dentro, deve executa-se a técnica alternadamente dos dois lados.
Dois esquadros evitam que um se dobre
Esquadros aparafusados à face da junção
As partes a agrafar devem estar bem unidas
Junção em T sobreposta
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10
Na junção em T sobreposta, os parafusos devem ser introduzidos na diagonal para evitar que a madeira rache.
Na junção em T tipo prateleiras, aparafusa-se a peça de apoio à peça vertical, e seguidamente aparafusa-se a prateleira.
Observamos do lado esquerdo uma sambladura em T com entalhe. É feita à face da estrutura, permite um melhor acabamento com mais resistência.
No lado direito apresenta-se uma sambladura à meia-madeira ou de espiga com encontro. Utiliza-se em peças com a mesma espessura.
Para fazer uma sambladura à meia-madeira, marca-se a largura da travessa transversal sobre a peça a recortar.
Faz-se um corte pelo centro da travessa transversal, deixando o traço de marcação do lado a ser cortado.
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Fazem-se três cortes com o serrote de costas. Corta-se a madeira com um formão, partindo de cada um dos lados.
A sambladura depois de pronta, deverá ajustar-se facilmente. Cola-se e prega-se para ser finalizada com os acabamentos.
Junção com envaziado
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Observamos do lado esquerdo uma junção com envaziado em toda a largura. Muito sólida, a peça transversal pode suportar grandes pesos.
Para trabalhos em que seja importante o aspecto exterior usa-se a junção com topo e envaziado, a sobreposição esconde o rasgo.
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Coloca-se a peça transversal sobre a linha traçada na face interior da peça vertical. Traça-se outra linha do lado oposto.
Depois de serrada até atingir a profundidade pretendida, corta-se gradualmente a madeira, a partir de cada um dos cantos.
Antes de serrar e para esta se poder movimentar, abre-se uma caixa com o formão no topo do envaziado.
Para o corte ficar perfeito, usa-se uma guia de madeira.
A madeira serrada é cortada com um formão.
Serra-se a parte a eliminar na peça transversal de forma a haver um ajuste perfeito.
Sambladura em T com caixa e espiga
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13
A sambladura em T com caixa e espiga é a mais resistente de todas as junções em T. Utiliza-se geralmente para estruturas pesadas e na construção de mobiliário. A espiga tem que ter um comprimento suficiente para que esta ultrapasse a largura da peça vertical.
Com o auxilio de um graminho, regula-se os seus espigões com a largura do formão.
Centra-se os espigões na peça e marca-se a largura da caixa e da espiga.
Abre-se a caixa com o auxílio do bedame, trabalhando de ambos os lados, até que os pedaços de madeira cortados caiam.
Serra-se oblíqua e alternadamente de um canto e de outro, seguindo as duas linhas da espiga.
A peça é presa ao torno e serrada depois a direito até à linha dos batentes.
Corta-se pela linha dos batentes para escapar a espiga mantendo a serra
na vertical.14
Com cola a espiga é colocada dentro da ranhura tendo o cuidado de colocar umas cunhas de aperto.
Depois de concluída a sambladura fica com este aspecto.
Outra sambladuras em T de caixa e espiga
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Sambladura em cauda de andorinha
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A sambladura em cauda de andorinha simples é uma junção resistente indicada para travessas sujeitas a esforços.
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Corta-se com a serrote de costas seguindo as marcações do lado a eliminar.
Com o auxílio de um lápis risca-se o contorno exacto do recorte da cauda de andorinha.
Serra-se os batentes e faz-se um corte suplementar ao centro para facilitar o corte da madeira.
Os batentes e as faces são aparadas par se fazer um ajuste perfeito.
Junções em L
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As colas modernas, os parafusos e os pregos permitem a execução de junções de canto muito resistentes.
Sambladura à meia esquadria e com entalhes
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16
Como serrar o rebaixoa
Ao colar, introduzir os pregos obliquamenteSambladura com rebaixo e entalhe
Sambladura com espiga engasgada e com espiga simples
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Sambladura com espiga engasgada Sambladura em T de espiga engasgada Sambladura com espiga múltipla
Quatro processos de executar junções à meia-esquadria
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Modo de pregar uma junção à meia-esquadria.
Colagem com a introdução de folhas de madeira nas ranhuras.
Junção à meia-esquadria com talão postiço.
Junção à meia-esquadria com cavilhas.
Sambladuras de malhetes múltiplos em cauda de andorinha
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Marcam-se todos os cantos.
Espaça-se uniformemente os malhetes
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Os malhetes são mais resistentes quando utilizados nas peças laterais de gavetas, armações ou estruturas verticais.
Corta-se os malhetes com um serrote de costas, serrando pelo lado a eliminar.
Retira-se a madeira com um serrote de rodear.
Apara-se os malhetes com um formão.
Risca-se as fêmeas dos malhetes utilizando como molde os machos dos malhetes.
Serra-se pela linha das fêmeas dos malhetes, retirando a
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madeira com uma serra de rodear.
Depois de terminada, a sambladura deve ajustar-se firmemente ao ser martelada.
Sambladura de malhete de fora a fora em cauda de andorinha e outra variantes
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Sambladura de malhete de fora a fora em cauda de andorinha. É uma junção indicada para as frentes de gavetas e para cantos de estrutura de estantes e armários.
Sambladura de malhete escondido à meia-esquadria e em cauda de andorinha.
Sambladura de malhete escondido de
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pestana em cauda de andorinha.
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Técnicas de acabamento
A aplicação de determinadas substâncias com a função de proteger e embelezar a madeira, são designadas por técnicas de acabamento.
Raspar
Raspar consiste em retirar todas as imperfeições deixadas na madeira.
Lixar
Lixar consiste em alisar as superfícies da madeira, de modo a restituir a sua cor e textura original. Para lixarmos uma superfície de madeira devemos usar um taco de cortiça ou de madeira. Estes tacos facilitam a aplicação da técnica e tornam a superfície da madeira mais plana.
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Encerar
Encerar consiste em aplicar cera sobre a madeira. Com o auxílio de um pano aplica-se uma camada espessa e com um pano espalhar a cera no sentido dos veios da madeira.
Passado algum tempo, escovar a superfície encerada com uma escova macia. finalmente puxar o brilho com um pano macio no sentido do veio.
Envernizar
A plicação de verniz sobre a madeira é uma é uma técnica que pode ser aplicada a pincel ou com uma boneca.
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Após secar deve-se lixar com uma lixa fina e tornar a dar uma passagem fional com verniz.
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