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1 REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ( I.M.A.G.) MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES DO CURSO DE CONTABILIDADE, ESTATISTÍCA E INFORMÁTICA DA 11ª CLASSE BASEADO NAS AULAS MINISTRADAS E EM ALGUMAS INVESTIGAÇÕES 934423846 Elaborado por: Jurista, Ilidio Muacandala

MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO

INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ( I.M.A.G.)

MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES DO CURSO

DE CONTABILIDADE, ESTATISTÍCA E INFORMÁTICA DA 11ª CLASSE

BASEADO NAS AULAS MINISTRADAS E EM ALGUMAS INVESTIGAÇÕES

934423846

Elaborado por: Jurista, Ilidio Muacandala

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2

AULA Nº 1

Distinção entre texto literário e não literário

A literatura é um dos campos mais vasto da nossa língua. Convém, então

difinirmos o que entende-se por literatura.

Literatura- são obras escritas em prosa ou poesia, cuja a finalidade é a

beleza artística. Ou pode ser, a arte de expimir os pensamentos e as

emoções1 em composicões escritas.

Texto literário- é aquele escrito em prosa ou poesia, e se preocupa com a

beleza da mensagem utilizando uma linguagem literária ( conotativa) cuja a

finalidade é a beleza artística.

Ex: Descobrir as tragédias e as farsas dessa multidão diária que cobre

de carne humana e de tumulto os rossios, as janelas, as igrejas, os

eléctricos, os cafés e as tabernas, eis uma das mais deleitosas ocupacões do

meu destino de espectador sui géneris aliás, pois não me limito a assistir à

vida do camarote do meu segundo andar, mas a saltar de vez em quando, a

pés juntos, para o palco e a representar também «algumas rábulas».

José Gomes Ferreira,( O Mundo dos Outros)

No texto literário prodomina a linguagem conotativa, que é aquela que o

autor constrói o texto utilizando um vocabulário subjectivo, da sua escolha,

ao qual ele confer um sentido muito particular. Sentido este que pode ser

alterado de leitor para leitor, originando assim múltiplas interpretações.

CARACTERÍSTICAS DO TEXTO LITERÁRIO

1). Elaborado, ambiguo e rico em vocabulário, construções

expressivas e rucursos estilísticos.

2). Escritos segundo a subjectividade do autor.

1 Claro que são emoções dos autores

Page 3: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

3

3). É um desvio à norma padrão, onde predomina a função

poética da linguagem.

4). O seu interesse é informar.

Texto não literário- é aquela escrito com simples objectivo de

informar o leitor.

Ex: Lunda Sul, Namibe, Huambo, Benguela, Cabinda e

Luanda acolheram as actividades de maior vulto do Dia da Paz,

em que destacaram as feiras e espectáculos musicais.as grande

realizações em todas as províncias foran festejadas por milhares

de angolanos.

Jornal de Angola ( 6 de Abril de 2014)

Nestes textos predomina a linguagem denotativa, que é quando o

autor escolhe uma linguagem mais objectiva, directa e ausente da

possibilidade de iterpretações particulares. É uma linguagem mais

correcta e mais transparente.

CARACTERÍSTICAS DO TEXTO NÃO LITERÁRIO

1). Simplies, directo, vocabulário limitado e poucas técnicas

expressivas.

2). Discurso objectivo

3). Não se verificam desvios significativo e predomina a

função informativa da linguagem.

4). O seu interesse é informar.

N.B. Um dos outros processos muito utilizado com o intuito de

enriquecer e embelezar a mensagem a nível de forma e do conteúdo,

aumentando o seu valor expressivo, para além do texto literário, é o

processo de figuras de estilos ou retóricas.

Page 4: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

4

Não falaremos deste processo, porque não faz parte do nosso

programa currilar.

AULA Nº 2

OS TIPOS DE GÉNERO LITERÁRIO

O facto de distinguir se uma obra literária está escrito em prosa ou

em poesia, não basta como classificação. Devemos integrá-la

segundo o seu conteúdo, num dos géneros literários que serve para

esse efeito.

Este são:

Género Lírico2

Género Narrativo

Género Dramático

1. GÉNERO LÍRICO

São expressões subjectivas do mundo interior do “eu” que predomina

as funções emotivas e expressivas da linguagem, que fazem

transparecer os sentimentos e emoções do autor. Sem

acontecimentos, nem narrações e concebido para ser lido.

Falar de género lírico é o mesmo falar de composições poéticas ou

genero poetico. Saba-se que a poesia é escrita em verso, mas nem

todos os textos líricos ou poéticos são escritos em verso. Tem alguns

que são escritos em prosa, os chamados de prosa poética.

O discurso é na primeira pessoa.

ALGUNS TEXTOS LÍRICOS OU POÉTICOS.

2 Ou género poetico.

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5

A balada, O vilancete, e o soneto.

A elegia, A canção,

A cantata, A cantiga,

A ode, A endecha,

TAREFA PARA CASA

1. Investigar as definições dos textos acima citados. Manual de

consulta, dicionário universal de língua portuguesa, texto

editores ( o grande).3

2. GÉNERO NARRATIVO

É o género em que um narrador relata a um ouvinte um evento recorrendo à

narração, à descrição, ao diálogo e à reflexão. Envolve diferentes

personagens que fazem mover o aspecto mais importante de um texto

narrativo: a acção. Centra-se na função informativa da linguagem e

representa o mundo exterior e objectivo.

Predomínio da terceira pessoa.

Os principais textos narrativos são:

O apólogo,

A parábola,

A cronica,

O conto,

O romance

A fábula,

O poema épico (cantos heróico),

3 Dicionário grande e universal

Page 6: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

6

A anedota e a lenda.

TAREFA PARA CASA

1. Investigar as definições dos textos acima citados. Manual de

consulta, dicionário universal de língua portuguesa, texto

editores ( o grande).

AULA Nº 3

CATEGORIA DE UM TEXTO NARRATIVO OU ELEMENTOS DO

TEXTO NARRATIVO

ACÇÃO,

PERSONAGEM,

ESPAÇO,

TEMPO,

NARRADOR.

1. Acção- é uma sucessão de pequenos acontecimento que se

destacam porque correspondem a uma unidade temática e

contribuem para o avanço da história.

A acção pode ser classificada:

a). Quanto ao relevo,

b). Quanto à delimitação

Page 7: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

7

c). Quanto à organização das sequências narrativas.

1.1. Acção quanto ao relevo pode ser:

a) Acção principal ou central- correspondem ao

acontecimentos mais importantes que as vezes dão o

título à história.

b) Acção secundária- consiste na narração de

sequências de menor relevo na diegese( na história

contada).

1.2. Acção quanto à delimitação pode ser:

a). Aberta – quando o final da hostória não é revelado.

b). Fechada- quando a história é contada até ao

desfecho final.

1.3. Acção quanto à organização das sequências

narrativas pode ser:

a). Encadeamento – uma sequência é contada a seguir

da outra, de um modo linear, sucessivamente.

b). Alternância – conta-se mais de uma história,

alternando, ora uma, ora outra, até que no fim se

juntam.

c). Encaixe- dentro de uma história, conta-se outra que

enriquece a primeira.

2. Personagem – elemento indispensável de uma acção,

conduzem a intriga e levam-na ao clímax( ao ponto mais

alto). A difinição de uma acção também obedece alguns

parâmetro. Estes podem ser:

a) Quanto ao relevo

b) Quanto à composição e formulação

c) Quanto ao processo de caracterização.

Page 8: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

8

2.1. Quanto ao relevo pode ser:

a). Personagem principal ou protagonista – à volta

de quem giram os acontecimento.

b). Secundária – com menor importancia para acção,

age à volta da personagem principal e dos

acontecimentos centrais.

c). Figurante – simples papel decorativo, está presente

sem contribuir para o desenrolar dos acontecimentos.

2.2. Quanto à composição e formulação pode ser:

a). Planas ou tipos –são personagens estáticas, sem

vida interior, sem densidade psicológica, não alteram o

seu comportamento ao longo da historia, nem evoluem

psicologicamente.

b). Modeladas ou redondas. – são personagens

dinâmicas e com densidade psicológica, cheias de vida

interior, capazes de surpreenderem o leitor pelas sua

atitudes e comportamentos.

2.3. Quanto ao processo de caracterização pode ser:

a). Directa – através das falas da personagem sobre si

própria, das falas de outras personagens e de descrições

de narrador.

b). Indirecta – deduções do leitor a partir das atitudes

de cada personagem.

3. ESPAÇO – onde decorre a acção, onde se movimentam as

personagens.

Este pode ser classificado em:

a) Físico – lugar onde a acção se realiza.

b) Psicológico – lugar do pensamento das personagens.

Page 9: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

9

c) Social e cultural – é o lugar que caracteriza a situação

social e económica ou meio em que vivem as

personagens. Define as classes e grupos sociais com os

seus interesses, as suas ideologias e crenças, os seus

valores, a sua posição na sociedade.

4. Tempo – quando decorrer a acção.

Este pode ser:

a). Cronológico – que é o tempo real, com marcas

temporais e referencias a hora, dias, semanas, meses e

anos.

Dentro do tempo cronológico podemos encontrar algumas

alterações da ordem dos acontecimento e resumos que podem ser :

Analepse – recuo no tempo.

Prolepse – avanço no tempo, ou quando se antecipa

acontecimentos futuros.

Elipse – quando se omitem alguns períodos mais longos

da histórias julgados dispensáveis.

b). Psicológico – é tempo vivido pelas subjectivamente

vivido pelas personagens e de modo como elas sentem o

pulsar do tempo, em função do seu próprio estado de

espírito.

5. O narrador – que tem o papel de contar a historia. As

vezes pode coincidir com o próprio autor ou com uma ads

personagens.

Pode ser classificado:

5.1. Quanto à presença:

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a). Heterodiegético4 – quando o narrador se limiata a

relatar os acontecimento sem participar neles.

b). Homodiegético5 – surge como mais uma das

personagens da acção, relatando os acontecimentos.

c). Autodiegético6 – quando o narrador é ao mesmo

tempo o protagonista da acção.

5.2. Qunato à ciência:

a). Omnisciente – quando o narrador é conhecedor de

todos os acontecimentos exteriores ou interiores à vida das personagens.

b). Não omnisciente – quando faz transparecer que

conhece apenas alguns aspectos da história e das personagens.

MODO DE REPRESENTAÇÃO O DISCURSO

1.1. DESCRIÇÃO – sempre que se interrompe a história para

fazer o retrato das personagens( físico e psicológico) e

descrever o espaço. Momento de pausa.

1.2. NARRAÇÃO – momento em que se conta a história

contribuindo para desenrolar da acção. Momento de avanço.

MODOS DE EXPRESSÃO DO DISCURSO

2.1. DÍALOGO – duas ou mais personagens conversam e o

narrador utiliza o discurso directo para transcrever as suas

falas.

2.2. MONÓLOGO7 – uma personagem fala sozinho.

2.3. REFLEXÃO – transcrição dos pensamentos e das opiniões

das personagens.

4 Pode ainda ser chamado de não participante

5 Pode ser ainda,chamado de participante

6 Personagem principal ou protagonista

7 Pode ter pessoa e não lhe prestarem atenção.

Page 11: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

11

2.4. SOLILÓQUIO – quando personagem esta completamente

sozinho.

II TRIMESTRE DO ANO EM CURSO

AULA Nº4

OS VERBOS8

São palavras de formas variáveis que exprimi o que se passa, isto é,

acontecimento representado no tempo. Na oração exerce a funçaõ

obrigatoria de predicado.

Ex: O Bruno joga á bola.

As Conjugações Verbais

Em português, distingui-se três tipos de conjugações verbais que são

designadas a partir do tema do verbo que se obtém depois de

retirarmos o « r » final ao infinitivo. A vogal final chama-se vogal

temática.

Temos, então, três conjugações:

1ª Conjugação – verbos de tema em – a ( vogal temática)

Ex.: fala(r)

Ama(r)

2ª Conjugação - verbos de tema em – e (vogal temática)

Ex.: Come(r)

Bebe(r)

3ª Conjugação – verbo de tema em – i ( vogal temática)

Ex.: Parti(r)

Fali(r)9

N.B. O verbo pôr e os seus derivados, pertecem na 2ª conjugação,

através da origem do verbo pôr que é latina: poer.

8 O centro de uma oração ou frase.

9 Verbo defectivo.

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12

As Subclasses do verbo

O verbo pode ser classificado em: principal ou auxiliar, de acção

ou de ligação, regular, irregular ou defectivo, pronominal,

transitivo ou intransitivo.

Vamos difini-los.

Principal – o verbo que tem o significado mais importante da frase.

Auxiliar – com menos relevancia para frase, auxilia apenas o verbo

principal na formação dos tempos compostos.

De acção – o conjunto de verbos que exprimem a acção.

Ex.: comer, trabalhar, bater....

De ligação10

– que precisam de outras palvras11

para lhe completar o

sentido.

Regular – que seguem as regras da conjugação verbal.

Irregular – que não segue as regras de conjugação verbal.

Defectivo – utiliza-se só para algumas pessoas gramaticais e em

alguns tempos.

Pronominal – usa-se com umpronome pessoal. Pode ser reflexo ou

recíproco.

Ex.: Aleijou-se. --- Reflexo.

Beijam-se.--- Recíproco.

Transitivo – que tem complemento: directo (transitivo directo),

indirecto (transitivo indirecto) e duplo complemento (transitivo

indirecto).

10

Ou copulativo 11

Verbo predicativo do sujeito.

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13

Intransitivo – que não tem complemento.

AULA Nº5

As Flexões do Verbo

Os verbos apresentam as variações em: número, pessoa, modo,

tempo, aspecto e voz.

1.1. Número:

a). Singular – quando se refere a uma só pessoa

ou coisa.

b). Plural – quando tem por sujeito mais de uma

pessoa ou coisa..

Singular Eu- ando Tu - andas Ele –anda

Plural Nós –

andamos

Vós –

andais

Eles(a) –

andam

1.2. Pessoa

O verbo tem três pessoas relacionadas directamente com

a pessoa gramátical que lhe serve de sujeito.

a). 1ª que fala, corresponde aos pronomes

pessoais, eu e nós.

b). 2ª com quem se fala, corresponde aos

pronomes pessoais, tu e vós.

c). 3ª de quem se fala, corresponde aos pronomes

pessoais, ele, ela e eles, elas.

1.3. Modo – o modo nos verbos indica a atitude do

emissor em relação à acção: dúvida, certeza,

realidade, suposição, ordem, etc.

a). Indicativo – apresenta o facto como real ou

certo.

Page 14: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

14

Ex: eu canto hoje.

- O António leu o livro.

Eles partirão no sábado.

b). Conjuntivo – apresenta o facto como uma

possibilidade12

, uma dúvida ou um desejo.

Ex: espero que saibas o que estás a fazer.

- Eu talvez cante hoje.

c). Imperativo – apresenta uma ordem, um

pedido ou uma súplica.

Ex: ouve-me com atenção!

- Por favor, acompanha-me.

- Compra-me um gelado.

d). Condicional – indica que a realização da

acção está depender de uma condição.

Ex: se fosse domingo, dormiria até ao meio-dia.

- Iria contigo se soubesse que não voltavas muito tarde.

N.B. muito gramático consideram o condicional não como um modo mas

como um tempo do modo indicativo, a que chamam futuro do pretérito.

1.4. Tempo – o tempo exprime o momento que se

situa a acção expressa pelo verbo, em relação ao

momento em que se fala: presente; a um

momento posterior: futuro; ou a um momento

anterior: passado.

12

É por este motivo que se utiliza a partícula se e que, que no presente e se noutros tempos.

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15

Os tempos na sua forma natural são três: Presente, futuro e passado (

pretérito). O presnte é indivisivel, mas o preterito e o futuro subdividem-se

no modo indicativo e no conjuntivo.

Modo indicativo. :

Presente- estudo

Pretérito pode ser:

Pretérito imperfeito – estudava.

Pretérito perfeito: simples –estudei, composto – tenho estudado.

Pretérito mais-que-perfeito: simples – estudara, composto – tinha

estudado.

Futuro pode ser:

Futuro13

imperfeito- estudarei, perfeito – terei estudado.

Modo conjuntivo.:

Presente: estude.

Pretérito pode ser:

Pretérito imperfeito – estudasse.

Pretérito perfeito – tenho estudaddo.

Pretérito mais-que-perfeito – tivesse estudado.

Futuro14

– simples – estudar, composto – tiver estudado.

13

Podemos ainda adoptar a outra divisão que é futuro do presente: simples-estudarei, composto- terei estudado, e do pretérito: simples – estudaria, composto- teria estudado 14

O futuro do conjuntivo conjuga-se do mesmo modo que o infinitivo pessoal.

Page 16: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

16

Modo imperativo.:

O imperativo é o modo que so se conjuga no presente, na 2ª pessoa do

singular e do plural. A 3ª(pl.), 1ª(pl.) e 3ª(pl.), é so recorrer ao presente do

conjuntivo de qualquer verbo que se quer conjugar.

Ex: estuda (tu), estude (ele), estudemos (nós), estudai (vós),

estudem (eles/elas).

1.5. Aspecto.15

Acerca do aspecto deixarei como um trabalho investigativo para

estudantes, qualquer dúvida que surgir por parte dos estudantes não exitem

em contactar o professor.

REVISAO 1

1.6. A voz

Em português, a acção pode ser representada em três vozes:

Activa, passiva e reflexiva.

a). Voz activa – quando o sujeito pratíca a acção expessa pelo verbo.

Ex: O João come o bolo.

b). Voz passiva – quando o sujeito sofre ou recebe a acção expressa

pelo verbo.

Ex: O bolo é comido pelo João.

c). Voz reflexiva – quando acção expressa pelo verbo é praticada e

sofrida pelo sujeito.

Ex: O João feriu-se.

- Dei-me com pedra na cabeça.

Existem algumas regras por seguir para se passar uma frase na voz activa

para passiva:

15

Para investigar por parte dos estudantes.

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17

1º Só as frase com complemento directo podem ser escritas na voz passiva.

Ex: O João come o bolo.

2º O complemento directo da voz activa passa para sujeito da voz passiva.

3º A voz passiva é construída com o verbo auxiliar ser que se utiliza no

tempo em que estiver o verbo principal da frase na voz activa, passa este

para o particípio passado.

4º O sujeito da voz activo passa para agente da passiva, regido pela

preposição por.

Ex: O João come o bolo.

O João- sujeito.

Come16

- verbo principal no presente do indicativo.

O bolo – complemento directo ( existe uma pergunta que se faz ao verbo

para identicar o complemento directo: o quê? E para o complemento

indirecto é: a quem?). Sendo assim na voz passiva, fica assim:

O bolo é comido pelo João. – voz passiva.

O bolo – sujeito.

É – forma do verbo ser no presente do indicativo.

Comido – partcípio passado do verbo comer.

Pelo João – agente da passiva.

AULA Nº 6

TIPOS PARTICULARES DE CONJUGAÇÃO VERBAL

1. Conjugação Pronominal – forma-se com a união das formas do

pronome pessoal átono: o, a, os, as e as suas variantes ( lo, la, los,

las, no, na, nos nas).

Ex: Nós vendemo-lo quando fomos a Paris.

16

Na analise sintática ganha a posição de predicado.

Page 18: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

18

2. Conjugação reflexa – obtém-se com os pronomes pessoais reflexos

me, te, se, nos, vos.

Ex: levo-te todos os dias de manhã e à tarde.

3. Conjugação Perifrástica – forma-se com um verbo auxiliar

conjugado mais um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio.

Ex: Este ano vou passar férias em Lisboa.

- Vou lendo o jornal enquanto caminhas.

Recomendação

Ler mais e conhecer os verbos para melhor emprega-los.

Tarefa para casa

1. Investigar os verbos defectivo essencialmente impessoais,

ocasionalmente impessoal e defectivos pessoais.

AULA Nº 7

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

1. Infinitivo – que pode ser: Pessoa17

e Impessoal.

a). Pessoa – quando há um sujeito claramente expresso.

Ex: é curioso tu não perceberes o sentido deste obra.

b). Impessoal – quando não nos referimos a qualquer sujeito.

Ex: querer é poder.

2. Gerúndio – pode ser: simples ou imperfeito – a acção não está

concluída.

Ex: lendo um jornal à esta hora.

- Composto ou perfeito – quando a acção está concluída.

Forma-se com o verbo auxiliar ter no gerúndio simples mais o

particípio passado do verbo principal.

Ex: tendo lido o livro, percebeu muita coisa.

17

O infinitivo pessoal em alguns gramático considera-o como forma modal do verbo e não forma nominal do verbo. Ver gramatica do português moderno e dicionário de verbos portugueses.

Page 19: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

19

3. Particípio passado – indica uma acção concluída no passado.

Emprega-se na formação dos tempos compostos, na voz passiva e

com o valor de adjectivo.

Ex: Ela tinha comido os bolos todos.

-- Os bolos foram comido pelo João.

-- A cana cortada, produz muito açucar.

N.B. Na forma compsta do particípio passado existem verbos auxiliares

para verbos regulares, que é: ter e haver, e para verbos irregular, que é: ser

e estar. Para os verbos com duplo particípio18

, a regra é a mesmo, os que

formam nos verbos regulares, os seu auxiliar é ter e haver, e os irregulares

é ser e estar.

AULA Nº8

OS ADVÉRBIOS

São palavras invariáveis que se junta aos verbos para

modificar e especificar o sentido deles e dos adjectivos.

Ex: Amanhã vou à praia.

-- Nunca vou à praia.

Os advérbios podem ser classificados em:

Lugar Aqui, aí, ali, cá, além, acima, dentro, fora, etc.

Tempo Hoje, ontem, amanhã, já, agora, logo, cedo,etc

Quantidade Muito, pouco, mais, menos, bastante, etc.

Modo19

Bem, mal, assim, devagar, depressa, etc.

Afirmação Sim decerto, certamente, efectivamente, etc.

Negação Não, nunca, jamais, etc.

Dúvida Talvez, porventura, acaso, possivélmente, etc.

Inclusão Mesmo, até, também, inclusivamente, etc.

Exclusão Só, somente, apenas, salvo, etc.

Designação Eis.

18

Ver gramática do português moderno, do José M.C. Pinto e Maria C.V. Lopes, pag. 300. 19

Nos advérbios de modo, englobam aqueles que terminam em mente, como: propositadamente, claramente e outros.

Page 20: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

20

Locuções advérbiais – são grupos de palavras que tem o

mesmo valor de advérbios.

Ex: Partiste o copo propositadamente – advérbio de

modo.

--- Partiste o copo de propósito – locução advérbial de

modo.

ALGUMAS LOCUÇÕES

São: ao contrário, à tarde, à noite, à pressa, com certeza, com

efeito, de cima debaixo, por acaso, de mod algum, de repente.

Sen dúvida, todos os dias.

O Grau dos advérbios.

Os advérbios são palavras invariáveis quanto ao género e ao

número, mas admitem flexões em grau , assim como acontece

em adjectivos.

O grau dos advérbios pode ser: Comparativo e Superlativo.

a). Grau comparativo20

:

- De superioridade- mais cedo.

- De inferioridade - menos cedo.

- De igualidade – tão cedo.

b). Grau superlativo21

:

- Absoluto sintético – cedissimo.

- Absoluto analítico – muito cedo.

20

Neste caso o advérbio em referencia é o cedo. O comprativo de superioridade do advérbio bem é melhor, e do advérbio mal é pior

Page 21: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

21

AVALIAÇÃO CONTÍNUA.

AULA Nº 9

AS CONJUNÇÕES

São palavras que servem para ligar orações ou elementos com

a mesma função sintática dentro da frase.

Ex: Não vou à praia porque não tenho fato de banho.

- Não vou à praia – primeira oraçõa.

- Não tenho fato de banho – segunda oração.

-Porque – a palavra de ligação ( conjunção).

CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES

Podem ser: coordenativa e subordinativas

Coordenativas – quando ligam orações independentes, cuja o sentido é

perfeitamente compreensível mesmo se permanecer isolados. A sua união é

apenas de complementariedade.

Ex: vou à escola e tu ao trabalho.

Subordinativas – quando liga orações que dependem uma da outra para

fazer sentido.

Ex: vou ao trabalho, embora22

esteja a chover.

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES COORDENATIVAS

CONJUNÇÕES LOCUÇÕES

Copulativas e, nem, também. Não só... mas também, não só...

como também, tanto... como.

Adversativas mas, porém,

todavia, contudo,

entretanto.

Apesar disso, no entanto, ainda

assim, não obstante, de outra sorte

Disjuntivas Ou Ou...ou, ora...ora, nem...nem,

quer...quer, seja...seja, seja...ou

22

Não faria sentido dizermos isoladamente, embora esteja a chover.

STN Entertainment
Highlight
oração
Page 22: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

22

Conclusivas Logo, pois,

portanto

Por conseguinte, por consequência

Explicativas Pois porquanto,

que.

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES SOBORDINATIVAS

Conjunções Locuções

Temporais Quando, enquanto,

apenas, mal, como.

antes que, depois que, logo

que, assim que, até que,

desde que, primeiro que,

sempre que, todas as vezes

que, tanto que, à medida

que, ao passo que.

Causais Porque, pois, como,

porquanto.

Visto que, pois que, já que,

por isso mesmo.

Finais Que, para Para que, afim de que.

Condicional Se A não ser que, desde que,

excepto se, no caso que,

cantanto que, salva se, uma

vez que.

Comparativas Como, segundo

conforme, tanto.

Bem como, como... assim,

tão... como, mas... do que,

menos... do que.

Consecutivas Que23

(procedido de tal,

tanto, tão, de tal

maneira)

de maneira que, de forma

que.

concessivas Embora, conquanto, Ainda que, mesmo que,

posto que ainda, se bem

que.

Completivas ou

integrantes

Que

23

Ex: era tão rápido que ganhava sempre

Page 23: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

23

Aula nº 10

Sumário: A Comunicação ou Acto comunicativo

-- Linguagem e Língua

Comunicar é um acto fundamental que os seres humanos dispoem para se

entenderem, para trocarem impressões, partilharem idéias e sentimentos.

Este acto é feito frenquentemente por meio da palavra, mas pode ser feito

ainda por meio de gestos, desenhos, pinturas, sinais opticos, sonoros e

danças.

Linguagem é a capacidade humana24

de transmitir pensamentos, ideias,

opiniões e emoções.

Os tipos de linguagem

Há dois25

tipos de linguagem:

Linguagem Verbal – quando recorremos à palavra, esta pode ser escrita

ou oral. (Escrita- através do livro, do jornal, de carta dos computadores,

etc. Oral – através do diálogo em presença, do telefone, da rádio, da

televisão, etc.)

Linguagem não verbal – a que é realizada por outras meios que não a

palavra. Por gesto, imagens, sinais, simbólos, músicas, etc.

Língua – conjunto de regras organizadas, conhecidas pelos elementos de

uma comunidade humana que a utilizam por meio da fala26

e da escrita.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

Existem factores ou condições que está presente para que uma

comunicação se realize com êxito. São eles:

24

É capacidade humana, porque a linguagem é apenas pertença do homem, e não dos animais irracionais, pois nele resulta de uma actividade consciente e criativa da mente por meio da palavra expessada. 25

Há gramático que classificam três linguagem, verbal, não verbal e mista( esta vai resultar da mistura das duas. 26

A fala é a utilização que cada um faz da língua.

Page 24: MATERIAL DE APOIO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ESTUDANTES

24

Emissor → Recepto → Mensagem → Código → Canal → Contexto

Emissor27

– quem envia ou transmite a mensagem;

Receptor28

– quem recebe a mensagem;

Mensagem – é a informação transmitida;

Código – método utilizado para transmitir a mensagem; ( v.g. língua, gesto,

desenho ou sinais);

Canal29

– meio físico pelo qual se envia a mensagem ao receptor;

Contexto30

– o que se passou antes, e que permite compreender melhor a

mensagem.

N.B. Na transmissão de uma mensagem o código tem de ser conhecido não

só pelo emissor, mas também pelo receptor para que se consigam entender

e comunicar. Por exemplo como posso entender um emissor por gesto, se

não conheço o codigo dos surdos-mudos?

Os Ruidos – é tudo aquilo que dificulta o sucesso da comunicação, isto é,

distração, erros ortográficos ou de pronúncia, má calígrafia, interferências

exteriores como o clima, barulho, outras mensagens, etc.

COMUNICAÇÃO UNILATERAL E BILATERAL

Unilateral31

– é aquela que é feita num so sentido ( quando o emissor

comunica e não há reciprocidade por parte do receptor).

Ex: Emissor → receptor

27

Pode ser uma pessoa, ou um emissor de rádio ou televisão. 28

Também pode ser uma pessoa ou um aparelho receptor. 29

Ex: ar, papel, ondas hertzianas, fios telefonicos. 30

Circunstâncias que envolvem a comunicação da mensagem, e as respectivas referencias, isto é individuos, coisas ou ideias, o tempo (o momento em que a mensagem é transmitida) e o lugar (onde se transmite a mensagem). 31

É o que acontece no jornal e no livro, e nas emissões da rádio e da televisão.

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25

Bilateral32

– a que se faz nos dois sentidos ( quando existe reciprocidade –

ambas as partes funcionam como emissor e como receptor).

Ex: Emissor → Receptor

Receptor ← Emissor

32

Ex: telefone, nos debates e outras formas de comunicação que é feita nos dois sentidos.