2
Mitologia Grega: Medéia Segundo as lendas gregas, foi uma feiticeira que ajudou o valente e volúvel Jasão , líder dos argonautas, a obter o velocino de ouro , e certamente um dos personagens mais interessantes da mitologia grega clássica. Era filha de Aetes , rei da Cólquida, neta do Sol e princesa da Cólquida. Seu pai, era o dono do velocino de ouro e o mantinha guardado por um dragão. Jasão e os seus argonautas foram à Cólquida para pegá-lo, e tornar-se rei de Iolco. Apaixonada perdidamente por Jasão , ela surgiu inicialmente como heroína movida pelo amor e se dispôs a ajudá-lo em sua missão. Movida pela sua enorme paixão, traiu seu pai, o rei Aetes , e usou seus poderes mágicos para salvar a vida do amado e tomar a posse do velocino de ouro. Fugiu de sua terra com o grupo para a pátria do amado, em Iolcos, na Tessália, onde diante do regresso vitorioso dos argonautas a Iolco foi recebida com muitas festas. Ajudou Jasão mais uma vez, quando Pelias , o usurpador da coroa de Iolco e que tentava roubar o velo de ouro, quis que ela utilizasse seus poderes para rejuvenescê-lo. Instigada por Jasão , deu às filhas do rei uma receita propositadamente errada, matando o tio do herói. Porém a revolta da população de Iolco contra os dois obrigou o casal a fugir para Corinto, onde passaram a viver exilados. Decorridos cerca de dez anos de casamento, Jasão apaixonou-se por Gláucia , a jovem filha de Creonte , o rei de Corinto e abandonou a esposa e os filhos para viver com a nova paixão. Instigado pelo novo genro, o rei decretou a expulsão da feiticeira e seus filhos de seu reino, subestimando o poder de enfurecimento da feiticeira. Esta, inconformada e sentindo-se traída e humilhada, encheu-se de um ódio sobre-humano e arquitetou um terrível desejo de vingança para aniquilar tos os desafetos. Utilizando-se de seus poderes contra seus agora inimigos, matou os filhos que tivera com Jasão e presenteou a rival com um manto mágico que se incendiou ao ser vestido, matando-a e também a seu pai. O final de Jasão é incerto e consta de várias versões e em uma delas, enlouquecido de dor, suicidou-se. Noutra versão conta-se que não escapou da vingança de Medéia , que o fez morrer esmagado pelo seu próprio e fantástico navio Argos . Depois ela casou-se com o rei Egeu , pai de Teseu , com quem teve um filho, Medos . Após conspirar contra a vida de Teseu , tentando envenená-lo, foi obrigada a refugiar-se em Atenas e depois voltou para Cólquida. Posteriormente foi honrada como deusa em Corinto e sobretudo na Tessália. Sua lenda serviu de tema a obras artísticas e literárias de todos os tempos, das quais a mais conhecida é a tragédia Medéia , de Eurípides , que junto com Ésquilo , Ovídio e Sêneca , imortalizaram o mito com suas versões literárias, especialmente em muitas peças de teatro. Seu enredo constitui um dos episódios finais de um entrelaçamento de lendas, da fértil mitologia grega. Mitologia Grega: Medéia Segundo as lendas gregas, foi uma feiticeira que ajudou o valente e volúvel Jasão , líder dos argonautas, a obter o velocino de ouro , e certamente um dos personagens mais interessantes da mitologia grega clássica. Era filha de Aetes , rei da Cólquida, neta do Sol e princesa da Cólquida. Seu pai, era o dono do velocino de ouro e o mantinha guardado por um dragão. Jasão e os seus argonautas foram à Cólquida para pegá-lo, e tornar-se rei de Iolco. Apaixonada perdidamente por Jasão , ela surgiu inicialmente como heroína movida pelo amor e se dispôs a ajudá-lo em sua missão. Movida pela sua enorme paixão, traiu seu pai, o rei Aetes , e usou seus poderes mágicos para salvar a vida do amado e tomar a posse do velocino de ouro. Fugiu de sua terra com o grupo para a pátria do amado, em Iolcos, na Tessália, onde diante do regresso vitorioso dos argonautas a Iolco foi recebida com muitas festas. Ajudou Jasão mais uma vez, quando Pelias , o usurpador da coroa de Iolco e que tentava roubar o velo de ouro, quis que ela utilizasse seus poderes para rejuvenescê-lo. Instigada por Jasão , deu às filhas do rei uma receita propositadamente errada, matando o tio do herói. Porém a revolta da

Medéia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Medéia

Mitologia Grega:  Medéia

  Segundo as lendas gregas, foi uma feiticeira que ajudou o valente e volúvel Jasão, líder dos argonautas, a obter o velocino de ouro, e certamente um dos personagens mais interessantes da mitologia grega clássica. Era filha de Aetes, rei da Cólquida, neta do Sol e princesa da Cólquida. Seu pai, era o dono do velocino de ouro e o mantinha guardado por um dragão.  Jasão e os seus argonautas foram à Cólquida para pegá-lo, e tornar-se rei de Iolco. Apaixonada perdidamente por Jasão, ela surgiu inicialmente como heroína movida pelo amor e se dispôs a ajudá-lo em sua missão. Movida pela sua enorme paixão, traiu seu pai, o rei Aetes, e usou seus poderes mágicos para salvar a vida do amado e tomar a posse do velocino de ouro. Fugiu de sua terra com o grupo para a pátria do amado, em Iolcos, na Tessália, onde diante do regresso vitorioso dos argonautas a Iolco foi recebida com muitas festas. Ajudou Jasão mais uma vez, quando Pelias, o usurpador da coroa de Iolco e que tentava roubar o velo de ouro, quis que ela utilizasse seus poderes para rejuvenescê-lo. Instigada por Jasão, deu às filhas do rei uma receita propositadamente errada, matando o tio do herói. Porém a revolta da população de Iolco contra os dois obrigou o casal a fugir para Corinto, onde passaram a viver exilados. Decorridos cerca de dez anos de casamento, Jasão apaixonou-se por Gláucia, a jovem filha de Creonte, o rei de Corinto e abandonou a esposa e os filhos para viver com a nova paixão. Instigado pelo novo genro, o rei decretou a expulsão da feiticeira e seus filhos de seu reino, subestimando o poder de enfurecimento da feiticeira. Esta, inconformada e sentindo-se traída e humilhada, encheu-se de um ódio sobre-humano e arquitetou um terrível desejo de vingança para aniquilar tos os desafetos. Utilizando-se de seus poderes contra seus agora inimigos, matou os filhos que tivera com Jasão e presenteou a rival com um manto mágico que se incendiou ao ser vestido, matando-a e também a seu pai. O final de Jasão é incerto e consta de várias versões e em uma delas, enlouquecido de dor, suicidou-se. Noutra versão conta-se que não escapou da vingança de Medéia, que o fez morrer esmagado pelo seu próprio e fantástico navio Argos. Depois ela casou-se com o rei Egeu, pai de Teseu, com quem teve um filho, Medos. Após conspirar contra a vida de Teseu, tentando envenená-lo, foi obrigada a refugiar-se em Atenas e depois voltou para Cólquida. Posteriormente foi honrada como deusa em Corinto e sobretudo na Tessália. Sua lenda serviu de tema a obras artísticas e literárias de todos os tempos, das quais a mais conhecida é a tragédia Medéia, de Eurípides, que junto com Ésquilo, Ovídio e Sêneca, imortalizaram o mito com suas versões literárias, especialmente em muitas peças de teatro. Seu enredo constitui um dos episódios finais de um entrelaçamento de lendas, da fértil mitologia grega.

Mitologia Grega:  Medéia

  Segundo as lendas gregas, foi uma feiticeira que ajudou o valente e volúvel Jasão, líder dos argonautas, a obter o velocino de ouro, e certamente um dos personagens mais interessantes da mitologia grega clássica. Era filha de Aetes, rei da Cólquida, neta do Sol e princesa da Cólquida. Seu pai, era o dono do velocino de ouro e o mantinha guardado por um dragão.  Jasão e os seus argonautas foram à Cólquida para pegá-lo, e tornar-se rei de Iolco. Apaixonada perdidamente por Jasão, ela surgiu inicialmente como heroína movida pelo amor e se dispôs a ajudá-lo em sua missão. Movida pela sua enorme paixão, traiu seu pai, o rei Aetes, e usou seus poderes mágicos para salvar a vida do amado e tomar a posse do velocino de ouro. Fugiu de sua terra com o grupo para a pátria do amado, em Iolcos, na Tessália, onde diante do regresso vitorioso dos argonautas a Iolco foi recebida com muitas festas. Ajudou Jasão mais uma vez, quando Pelias, o usurpador da coroa de Iolco e que tentava roubar o velo de ouro, quis que ela utilizasse seus poderes para rejuvenescê-lo. Instigada por Jasão, deu às filhas do rei uma receita propositadamente errada, matando o tio do herói. Porém a revolta da população de Iolco contra os dois obrigou o casal a fugir para Corinto, onde passaram a viver exilados. Decorridos cerca de dez anos de casamento, Jasão apaixonou-se por Gláucia, a jovem filha de Creonte, o rei de Corinto e abandonou a esposa e os filhos para viver com a nova paixão. Instigado pelo novo genro, o rei decretou a expulsão da feiticeira e seus filhos de seu reino, subestimando o poder de enfurecimento da feiticeira. Esta, inconformada e sentindo-se traída e humilhada, encheu-se de um ódio sobre-humano e arquitetou um terrível desejo de vingança para aniquilar tos os desafetos. Utilizando-se de seus poderes contra seus agora inimigos, matou os filhos que tivera com Jasão e presenteou a rival com um manto mágico que se incendiou ao ser vestido, matando-a e também a seu pai. O final de Jasão é incerto e consta de várias versões e em uma delas, enlouquecido de dor, suicidou-se. Noutra versão conta-se que não escapou da vingança de Medéia, que o fez morrer esmagado pelo seu próprio e fantástico navio Argos. Depois ela casou-se com o rei Egeu, pai de Teseu, com quem teve um filho, Medos. Após conspirar contra a vida de Teseu, tentando envenená-lo, foi obrigada a refugiar-se em Atenas e depois voltou para Cólquida. Posteriormente foi honrada como deusa em Corinto e sobretudo na Tessália. Sua lenda serviu de tema a obras artísticas e literárias de todos os tempos, das quais a mais conhecida é a tragédia Medéia, de Eurípides, que junto com Ésquilo, Ovídio e Sêneca, imortalizaram o mito com suas versões literárias, especialmente em muitas peças de teatro. Seu enredo constitui um dos episódios finais de um entrelaçamento de lendas, da fértil mitologia grega.