47
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV CONCEIÇÃO DO COITÉ LÁISA DIOLY DA SILVA FERREIRA INGLÊS NO SERTÃO: MOLDANDO MÉTODOS PARA INTEGRAÇÃO NO CENÁRIO GLOBAL CONCEIÇÃO DO COITÉ 2013

Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

  • Upload
    uneb

  • View
    361

  • Download
    4

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CAMPUS XIV – CONCEIÇÃO DO COITÉ

LÁISA DIOLY DA SILVA FERREIRA

INGLÊS NO SERTÃO:

MOLDANDO MÉTODOS PARA INTEGRAÇÃO NO CENÁRIO

GLOBAL

CONCEIÇÃO DO COITÉ

2013

Page 2: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira
Page 3: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

LÁISA DIOLY DA SILVA FERREIRA

INGLÊS NO SERTÃO: MOLDANDO MÉTODOS PARA

INTEGRAÇÃO NO CENÁRIO GLOBAL

Monografia apresentada ao Departamento de

Educação, Campus XIV à Universidade do Estado da

Bahia, como requisito final à conclusão do Curso de

Licenciatura em Letras.

Orientador: Prof. Dr. Emanuel R. S. Nonato

CONCEIÇÃO DO COITÉ

2013

Page 4: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

LÁISA DIOLY DA SILVA FERREIRA

INGLÊS NO SERTÃO: MOLDANDO MÉTODOS

PARA INTEGRAÇÃO NO CENÁRIO GLOBAL

Monografia apresentada à Universidade do Estado

da Bahia, Departamento de Educação, Campus XIV, como

requisito final à conclusão do Curso de Licenciatura em

Letras.

Aprovada em: ___/___/___

Banca examinadora

_______________________________

Emanuel do Rosário Santo Nonato – Orientador

Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV

_________________________________________

Neila Santana

Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV

_________________________________________

Professor (a) Convidado (a) Juliana

Universidade do Estado da Bahia – Campus XIV

CONCEIÇÃO DO COITÉ

2013

Page 5: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

Dedico este trabalho aos meus familiares,

amigos, colegas e aos professores pela

contribuição na construção do meu

conhecimento ao longo deste período

Page 6: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

AGRADECIMENTOS

Deus, em primeiro, lugar pelo dom da vida e por ter cuidado da minha caminha

nesses quatro anos me dando força e coragem para enfrentar todos os obstáculos.

Aos meus familiares (Maria Verônica, Diógenes, Buena e José Dantas), que

sempre me deram apoio, contribuindo ativamente para minha formação acadêmica. Sem

eles não seria nada. Amo-os profundamente.

A meu primo André Luis de Santana Oliveira, pela convivência desde a escola

até minha saída acadêmica, pelo apoio, solidariedade.

A todos os professores e especificamente a Mônica Veloso Borges, pelo apoio,

compreensão e acima de tudo lealdade para com os seus alunos, e a Emanuel do Rosário

Santo Nonato, pela orientação, incentivo, e competência.

Aos funcionários do Campus XIV pela disposição em ajudar a todos em diversos

momentos.

Aos amigos, pela amizade, por estender a mão, apoiar e nos confortar nos

momentos de angústias e dificuldades.

Aos amigos Josimar Santana, Jucimara Neri e Marcos Brandão, que fiz nesse

período acadêmico e que se estenderá ao longo de nossas vidas.

As minhas colegas (Deiseluce, Débora, Kelly, Ana Zilá, Josiélia, Glécia) que

estiveram nessa jornada fazendo parte de diversos momentos, desde a alegria e as

inúmeras discursões. Essas “éguas” são a melhor parte da Uneb.

Page 7: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei

para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser não

sou o que irei ser... mas Graças a Deus, não sou o que eu era.”.

Martin Luther King

Page 8: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

RESUMO

Este trabalho descreve e analisa os métodos que possam auxiliar o aprendizado dos

alunos localizados nos perímetros rurais, e apresenta alguns fundamentos teóricos sobre

a educação no campo e as metodologias utilizadas. Tem como objetivo identificar quais

procedimentos metodológicos facilita a aprendizagem de língua inglesa de um aluno

que está localizado na zona rural, os objetivos específicos visa 1. Analisar a

metodologia utilizada para o ensino de LI na escola. 2. Discutir sobre a importância de

materiais tecnológicos para aquisição da LI. E 3. Considerar a importância do efeito da

globalização no ensino de LI direcionado ao campo (zona rural). A metodologia é

definida como etnográfica com os instrumentos necessários permitiu conhecer o

problema, os sujeitos desta pesquisa, suas influências e, a partir da análise dos dados, os

resultados alcançados. Estes resultados mostram que a tanto a distancia como a

metodologia são empecilhos para a aprendizagem, mas que não impedem do aluno

aprender a língua inglesa.

Palavras-chaves: Educação. Campo. Ensino. Tecnologia. Globalização

Page 9: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

ABSTRACT

This paper describes and analyzes that methods can assist students leaning located in

rural perimeters, and research some theoretical foundations of education in the field

and the methodologies used. Aims to identify methodological procedures which

facilitate language learning from students who is located in the countryside, the specific

objectives aimed at 1. Analyze the methodology used for teaching LI school. 2. Discuss

the importance of technological materials for the acquisition of LI. And 3. Consider the

importance of the effect of globalization on education LI directed to the field

(countryside). The methodology is defined as ethnographic with necessary tools helped

identify the problem, the subjects of this research, and its influences, from the analysis

of the data, the results achieved. These results show that both the distance and the

methodology are obstacles to learning, but they do not prevent the students learning the

English Language.

Keywords: Education. Field. Teaching. Technology. Globalization..

Page 10: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

LISTAS DE TABELAS

Tabela 1. Métodos utilizados na sala de língua inglesa.

Tabela 2. Materiais tecnológicos utilizado na sala de língua inglesa.

Page 11: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1. Idioma lecionado na sala de aula.

Gráfico 2. Declaração das aulas lecionadas.

Gráfico 3. Métodos de ensino mais utilizados.

Gráfico 4. Localização da residência.

Gráfico 5. Estado físico dos alunos.

Page 12: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EAD – Educação a Distância

EUA – Estados Unidos da América

ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio

LI – Língua Inglesa

IPEA - Instituto de Pesquisa Aplicada

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação

UNEB – Universidade do Estado da Bahia

Page 13: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13

2 O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO SERTÃO. ......................................... 14

2.1 AS TIC NO UNIVERSO ESCOLAR ....................................................... 18

2.2 O EFEITO DA GLOBALIZAÇÃO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA ... 21

2 METODOLOGIA ............................................................................................ 26

2.1 FUNDAMENTOS EPISTEMOLOGICOS ................................................. 26

2.2 MÉTODO ................................................................................................ 27

2.3 PROBLEMA ............................................................................................ 28

2.4 OBJETIVOS ............................................................................................ 28

2.4.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................... 28

2.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................. 28

2.4.3 LOCUS ................................................................................................. 28

2.4.4 SUJEITOS............................................................................................ 29

2.4.5. INSTRUMENTOS ............................................................................... 29

3. ANÁLISE DE DADOS .................................................................................. 29

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 39

REFERENCIAS ................................................................................................ 40

ANEXOS .......................................................................................................... 42

Page 14: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira
Page 15: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

13

INTRODUÇÃO

O sertanejo durante sua longa trajetória lutou por diretos iguais o qual perante a

terra todos tem direitos iguais, busca pela sua equidade. Devido a isso o caboclo exerce

seu direito com uma boa educação, para que assim como qualquer pessoa quer deixar

um legado melhor para seus sucessores. A escola na zona rural é a mesma em qualquer

lugar do planeta, além do obvio espaço físico com acessibilidade, é preciso um trato

diferente. A escola tem que valorizar a região em que se encontra, preservando assim

sua cultura.

O conhecimento é universal, mas o meio como se transporta é que deve ser o

ponto crucial do letramento. A escola deve-se moldar ao seu meio, e desta forma

transformar os diamantes brutos do sertão em joias raras, mas para isso devem-se adotar

métodos que possibilitem aos alunos da zona rural ter o mesmo ensinamento que em

qualquer lugar, pois a língua inglesa tem o poder de aproximar mundos. Logo a questão

é como ensinar LI para alunos da zona rural nesse cenário global.

Através deste trabalho, procura-se apresentar a importância de ensinar uma LI

para estudantes de uma realidade diferente da convencional. Justifica-se pela pluralidade

de riquezas dos diamantes brutos do sertão, que são as crianças e adolescentes nascidas

e criadas no campo. Este trabalho tem como finalidade expor os alunos do campo ao

inglês comunicativo.

Para isto objetiva-se identificar quais procedimentos metodológicos facilitam a

aprendizagem de LI de alunos localizados no perímetro rural, tendo como foco a analise

da metodologia utilizada para o ensino de LI na escola, para que possamos discutir

sobre a importância de materiais tecnológicos para aquisição da LI e considerar a

importância do efeito da globalização no ensino de língua inglesa direcionada a zona

rural.

Para embasar a este pesquisa e dar suporte ao assunto proposto, participaram do

diálogo conceitual alguns teóricos, entre eles, Caldart (1995), Arroyo (2005), André

(1995), Kumaravadivelu, (2006), Steger (2003), Moita Lopes (2008) e Barreto (2007).

Assim, este trabalho justificou-se em analisar quais métodos facilitam o

aprendizado de alunos localizados em zonas rurais, a fim de aperfeiçoar e impulsionar

Page 16: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

mudanças que possam vir a ser o diferencial, na aprendizagem de LI, já que com a

globalização tudo está mais veloz, prático, logo a educação tem subsídios que possam

integrar esta rapidez, fazendo com que todos tenham acesso à língua inglesa.

Para tal a metodologia utilizada foi de cunho etnográfico que Os estudos

etnográficos são uma técnica, proveniente das disciplinas de Antropologia Social, que

consiste no estudo de um objeto por vivência direta da realidade onde este se insere,

permitindo analisar a componente social das tarefas desempenhadas numa dada

organização. As pesquisas que se efetuam com o objetivo de realizar estes estudos

resultam numa grande quantidade de vantagens, de informação, através de

apontamentos, gravações de áudio e vídeo e um conjunto de objetos que fazem parte das

culturas, que deverá ser gerida com toda a atenção para que a sua análise e

processamento não se prolonguem excessivamente (ANDRE, 1995).

Esta pesquisa se estrutura em três capítulos: o teórico, metodológico e a análise

de dados. O primeiro capítulo aborda o ensino de língua inglesa no sertão, ressaltando a

importância da língua inglesa e o papel do educador neste cenário tão unificado.

No segundo capítulo, apresenta-se a metodologia que foi utilizada e que foi

realizada através de uma pesquisa de cunho etnográfico. A metodologia empreendida

visou à análise dos métodos que facilitam o aprendizado da língua inglesa para alunos

que habitam zonas rurais. Diante disto, foi utilizado instrumento como questionário,

para os alunos e o professor, para que pudesse servir de base para a análise de dados.

Esta análise permitiu entender os métodos empregados na sala de aula para que

possa de fato facilitar o modo como o conhecimento é chegado até os alunos.

Auxiliando-os na melhor maneira tanto em material tecnológico quanto humano.

2 O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO SERTÃO

Devido à importância da Língua Inglesa para os mais variados fins e com a

influência da globalização, nesse cenário atual, onde o mercado de trabalho busca por

Page 17: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

15

profissionais qualificados, no qual dentre essas qualificações está à proficiência na

língua inglesa, onde o primeiro passo começa na educação escolar, o qual tem na grade

curricular a disciplina Língua Inglesa, (Inglês) que é reconhecido como língua franca

(tem como denominação de língua mediadora, pois tem proposito único de

comunicação), para tal direcionam-se os olhares para a formação escolar desses

indivíduos de escola pública.

Levando em consideração o ensino de LI da rede pública (onde deveria ter o

mesmo nível de uma rede privada) torna-se desafiador o ato de ensinar. Vale frisar que

ambas as redes de ensino têm seus pontos fortes e fracos, como a quantidade excessiva

de aluno nas salas de aula, o material didático utilizado que por sua vez não condiz com

a realidade e o fato de muitas vezes o nível dos livros serem superior ao dos alunos. Pois

o governo tem como meta uma aprendizagem unificada em todo o país, é tanto que

como proa tem o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A questão é que em

qualquer ambiente de aprendizagem, o ensino tem como marco a transformação social

do individuo, o qual deve ser orientado no decorrer do tempo para que acenda

culturalmente, e a docente figura nesse processo como um mediador de socialização e

desenvolvimento de estratégias para aprendizagem.

O ensino de Língua Inglesa deve ser adequado ao ambiente de aprendizagem em

questão. Na zona rural, onde os aprendizes apresentam um maior grau de dificuldade,

maior do que na cidade (zona urbana), pois os alunos moram longe da cidade, ajudam os

pais na lavoura, acordam cedo, com isso o tempo que seria livre para estudar acaba por

ser ocupado trabalhando. Vale salientar, que na cidade, as barreiras encontradas são

outras, como a violência e as drogas. Desta forma, o ensino de LI nos campos deve ser

direcionado ao seu contexto social. Devem-se adotar métodos que possibilitem aos

alunos uma junção da aprendizagem da LI com a sua realidade. Para que dessa forma

insira-os no mundo globalizado, pois o Inglês, como língua universal tem o poder de

aproximar mundos.

O papel do educador é compartilhar conhecimento não importando a realidade

encontrada. Nós temos atualmente dois tipos de educação no Brasil, a pública e a

privada. No papel, ambas deveriam ser igualadas tanto na meta quanto no objetivo de

ensino, mas na verdade é que temos encontrado uma dura realidade ao se tratar do

quesito da educação de Língua Inglesa no Brasil. Em ambos os ambientes de

Page 18: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

aprendizagem, os ensinos são delicados. A forma de ensinar se assemelha no que diz

respeito à gramática, pois a mesma é vista todo o ano letivo, os professores se prendem

aos verbos, sendo o mais visto o Verb. To Be e se distanciam no quesito de

infraestrutura, pois a rede privada é mais completa nos acervos, enquanto na rede

pública há uma defasagem tanto estruturalmente como didaticamente.

Quanto a esse aspecto Costa (1987, p. 67) considera que:

A mediação do professor é fundamental em todo o percurso de

aprendizagem que abrange ainda o desenvolvimento e o

aprimoramento de atitudes. Coloca-se a necessidade de intervenção do

professor em relação às orientações sobre como organizar e lidar com

o material de estudo, como desenvolver atitudes de pesquisas e

reflexão sobre as descobertas, para promover a autonomia do aluno

sem a qual se torna mais difícil garantir avanços.

Como já foi dito anteriormente, o ensino público se tornou deficiente e essa

situação se agrava ainda mais se tratando do campo (zona rural), onde as condições são

precárias e de certa forma se encontram à margem de uma sociedade que não acredita

no potencial dos indivíduos oriundos deste contexto. Com isso, o papel do professor se

torna mais árduo, uma vez que o material didático não condiz com a realidade e na

maioria das vezes, o material didático utilizado não está adequado ao nível dos alunos,

levando o educador a se ajustar a tal realidade adaptando os livros.

Outro agravante é o fator econômico, pois os professores são mal remunerados,

falta transporte escolar para deslocamento tanto do aluno quanto do professor, as salas

de aulas são desestruturadas, os funcionários, mal humorados por conta dos baixos

salários, uma prova disso são as constantes greves que tentam solucionar alguns

problemas, além da falta da merenda escolar, que quando existe é de má qualidade. Tais

são de responsabilidade da estância municipal, estadual e federal.

Para Quintaneiro (2002, p.26) “a educação é um dos aspectos que compõem a

realidade social”, ela também afirma que “existem outros meios de relações de

interdependência, ou seja, são conjuntos de ações que farão uma transformação social,

esse conjunto de ações pode chamá-los de agente de socialização”. E o ensino de língua

inglesa é um desses agentes de socialização.

Page 19: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

17

O domínio de uma LI se faz imprescindível para que esse processo de interação

aluno-mundo ocorra. A realidade pode dificultar, mas não pode ser um empecilho, pois

todos são capazes de conseguir ir além do que é visível. Já dizia Gandhi, “podemos ser a

mudança que queremos ver no mundo”.

Na história da educação rural, o homem do campo foi concebido como exemplo

do atraso e a política educacional se organizou em conformidade com os interesses

capitalistas predominantes em cada conjuntura. Nos anos de 1960, Freire “(2001)

revolucionou a prática educativa, criando os métodos de educação popular, tendo por

suporte filosófico-ideológico os valores e o universo sociolinguístico-cultural desses

mesmos grupos” (Leite, 1999, p. 43).

Resultando em um direcionamento e valorização do ambiente o qual o estudante

s se encontra, este método de educação popular é apena uma forma de torna prática as

maneiras de se apresentar um mesmo conteúdo. No caso do campo, deve-se utilizar uma

linguagem mais simples, não para desmerecê-los, mas para que a aquisição seja mais

facilitada, até porque de rígido basta o cotidiano destes sertanejos.

Atualmente, o ensino de língua estrangeira nas escolas públicas na zona rural é

realizado em salas de aula convencionais, com uma média de 40 alunos por turma. Essa

quantidade de alunos é considerada alta para aprendizagem de uma língua estrangeira,

pois o professor não tem condição de trabalhar as quatro habilidades: Listening,

Reading, Writing e Speaking satisfatoriamente, que o leva a optar por trabalhar somente

a gramática e a tradução. E, como os métodos de aprendizagem de língua estrangeira

postulam é necessário trabalhar as quatro habilidades da língua para que possamos

aprendê-la.

Alguns dos métodos aplicados pelas escolas de idiomas são baseados em

orientações comportamentalista, o que leva os alunos a simplesmente responder

estímulos. Os pesquisadores da área afirmam que deveriam existir nas escolas

laboratórios de língua, onde os alunos pudessem praticar a língua de forma interativa e

independente. As turmas deveriam ter em média 10 alunos e as salas, por exemplo,

deveriam teriam aparelhos de som, TV, DVD, data show, computadores e outros meios

que servissem de ferramenta para ajudar na aquisição de uma segunda língua. Esses são

Page 20: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

só alguns dos exemplos das falhas encontradas no sistema educacional das escolas

públicas rurais.

2.1 AS TIC NO UNIVERSO ESCOLAR

Apesar de ser bastante comentado, o universo das TIC ainda geram algum tipo

de ruído ao ser questionado o que são elas, e o que representam para a sociedade.

Olhando separadamente cada uma delas, é notado que a tecnologia visa o estudo dos

instrumentos empregados em diversos ramos industriais. Já a informação é o ato de

informar, é deter conhecimento a respeito de algo. A junção das mesmas nada mais é do

que o conjunto dessas atividades abastecido por um aparelho, o qual pode ser a TV, o

rádio e a internet.

Antes do uso frenético da internet os indivíduos do tempo da informação pela

TV não tinham essa informação dinamizada, sem haver uma interação, ou seja,

unicamente recolhiam o que eram lhe passados. Hoje com a rapidez da internet passam

a serem emissores e receptores de informação. Há uma troca de conhecimento, o

cidadão pode colaborar com o sistema, como é o caso da Wikipedia, (uma escrita

colaborativa.).

Atualmente mesmo quando falamos em Tecnologia da Informação e

Comunicação, ainda reportamos basicamente aos meios de comunicação que estão

sendo utilizados constantemente na sociedade: o rádio, a TV e em especial a internet

com seus meios de interação online.

O aluno, no mundo contemporâneo, se encontra imerso em um universo, em que

o inglês está presente, em músicas, filmes, games, na internet, em produtos, nomes de

estabelecimentos entre outros. Diante disso, é fundamental que o aluno interaja com

esse mundo globalizado, onde os meios de comunicação, especialmente a internet

assumem o papel tanto na comunicação quanto no que tange a construção de

conhecimento. (VICENTINO 2007).

Voltando os olhares para as TIC e a educação, fica claro de que essa última é o

elemento essencial para a construção de uma sociedade baseada na tecnologia da

informação, no conhecimento e no aprendizado. A integração desses meios de

comunicação como o computador, por exemplo, já se faz presente nas escolas

Page 21: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

19

brasileiras, fazendo com o ensino se torne diferenciado. Agregando a este meio a

dualidade de informação, a humana e a mecânica juntamente com as modalidades de

ensino, a presencial e EAD. A tecnologia veio para ajudar o homem, e a inserido no

meio escolar gera também pontos positivos, em relação ao método de ensino, as aulas se

tornam mais prazerosas, pois saem deste universo convencional do quadro, podendo

“motivar” os alunos.

Com toda essa explosão de conhecimento surge um fator que proporciona ao

aluno uma maior possibilidade de conhecimento, e que em alguns casos aparece

também como um fator negativo, as tecnologias por si só, nos dá um acervo de

possibilidade e proximidade. Pois o uso da internet nos possibilitou um contato com o

mundo, em questão de segundos nos conectamos com pessoas em qualquer lugar. Isso

nos dá a possibilidade de uma relação com o exterior gigantesca, podemos por em

prática o aprendizado da língua inglesa. Mas ao mesmo tempo nos proporciona uma

facilidade de obtenção de resposta, uma vez que no meio digital, a internet que está em

toda parte, os alunos deixam ser estudar em livro, em pesquisar, deixam de serem

autores da sua própria pesquisa. Este é o fator negativo do uso da internet, os alunos

procuram o meio mais fácil de obtenção de resultado, deixando a pesquisa pessoal de

lado.

Com isto o professor de língua inglesa assim como qualquer outro mestre tem o

papel fundamental nessa contemporaneidade, de mostrar aos discentes o uso correto e

atual dos meios de conhecimento, e ensinar que a tecnologia não está para sermos nós,

mas sim para ajudar-nos. Neste processo surgem novidades e facilidades que podemos

citar como uma nova forma de leitura, E-book (um livro eletrônico), uma vez que a

tecnologia está tão acessível, e o mercado tecnológico utiliza dessa ferramenta para unir

o útil e o agradável. Unir em um único aparelho, tecnologia e a leitura. Os alunos

continuam ligados nos acontecimentos e ao mesmo tempo levam consigo diversos

livros, o que facilita a locomoção, o livro digital é a leitura reformulada. A qual não

deixou de ser uma leitura porque não está no papel. Barreiro (2007. p. 114) vem dando

a sua contribuição dizendo que:

Cabe ao professor atualmente fazer com que os seus alunos

Page 22: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

desenvolvam a capacidade crítica para saber analisar as informações

que recebem, pois os avanços tecnológicos que, cada vez mais,

conferem rapidez ao processo de comunicação, disponibilizam a um

número crescente de sujeitos uma ampla gama de informações. Ao

mesmo tempo, esse desenvolvimento permite novas e eficazes formas

de controle do processo de produção do conhecimento.

O professor tem um papel expressivo na formação de leitores e escritores, e

acima de tudo é um agente socializador. O professor é de fundamental importância, sem

ele não há o que fazer, não basta ter uma sala repleta de material teórico e tecnológico

sem ter o agente facilitador desse processo. Neste âmbito surge o choque do homem

versus a máquina, até porque se o cidadão não estiver acompanhado esses avanços os

quais mudaram as relações de trabalho poderão ficar excluídos e assim perderem no

quesito qualificação gerando mais desemprego. Mas assim como uma moeda, outra face

do efeito das TIC é que surgem novas oportunidades de emprego, com pessoas

qualificadas que poderão ser responsáveis pela coordenação dessa mecanização. Pois a

máquina só existe se o homem der suporte. Com isso, a sala de aula mesmo com o

advento da tecnologia se faz necessário à presença do humano. Até porque por mais

avançados que sejam os equipamentos ainda não foi capaz de substituir o ser humano.

O uso das TIC pode acontecer de várias formas quando relacionadas à prática de

leitura e escrita numa aprendizagem significativa, à medida que o professor permite o

acesso a esses novos meios abre oportunidade de “ancoramento” do saber favorecendo

não somente o sujeito, mas também seu próprio conhecimento, visto que o processo de

educação se faz em conjunto onde todos tendem a cooperar para a formação:

Os ambientes virtuais de aprendizagem têm o papel

fundamental nesse novo paradigma de educação baseada no uso de

recursos digitais. Esses recursos auxiliam os usuários da tecnologia

no desenvolvimento de conteúdos no compartilhamento de

informação e no desenvolvimento de atividade em um processo

coletivo (Barreto, 2008, p. 21).

Vale salientar que a formação de uma sociedade virtual está em processo de

pesquisa, devido ao seu grande potencial. Pois é cada vez maior o uso de adeptos a esse

novo modelo de formação. E o número de usuário está em ascensão levando assim a um

alto nível de pessoas conectadas em prol não só da diversão, mas sim em busca de um

conhecimento, juntando em uma só linha a tecnologia do momento (internet), com a

busca do aprimoramento da língua da comunicação nesse cenário global. Com isso a

internet surge como a grande ferramenta do momento diminuindo assim, as fronteiras

Page 23: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

21

entre os países, abrindo espaço para comunicação entre os povos e a língua franca

utilizada é o inglês, que termina por hibridizar as outras línguas. (MOITA LOPES,

2008).

A própria tecnologia tende a disponibilizar e tornar acessível um maior volume

de informações, dinamizando o processo de criação de novas ideias e incorporação

destas na vida das pessoas. Fazendo com que as pessoas de faixa etária diferente não

sofra nenhum tipo de exclusão, muitas pelo contrário, as TIC tornam a informação não

só acessível no âmbito de ser mais fácil como também de forma mais aberta.

Hoje na era da informação, do mundo globalizado, surge um novo paradigma, de

que o conhecimento, (Ato ou efeito de conhecer.), é maleável, ou seja, não é algo

acabado nem definitivo. E neste âmbito surge o papel do professor, que na era atual na

deixa ser a única fonte de conhecimento, pois o uso da TIC torna o discente no mesmo

patamar do docente, pois todos tem algo a ser oferecido, a ser transmitindo, dessa forma,

o professor que no passado era tido como um norte, alguém que da o posicionamento,

hoje é apenas um integrante nesse mundo global.

2.2 O EFEITO DA GLOBALIZAÇÃO NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA

DIFERENCIAR A FONTE DA SEÇÃO PRIMÁRIA

O conceito de globalização difere de acordo com os autores e as diferentes

épocas: Na época atual, Steger (2003, p.13) define globalização como:

Uma série multidimensional de processos sociais que criam,

multiplicam, alargam e intensificam interdependências e trocas sociais

no nível mundial, ao passo que, ao mesmo tempo, desenvolve na

pessoas uma consciência crescente das conexões profundas entre o

local e o distante.

De acordo com a United Nations Reporto in Human Development (1999:29), a

atual fase de globalização está mudando no mundo em três modos distintos. A primeira

se refere ao fato de que a distância espacial está diminuindo, ou seja, as vidas das

pessoas estão sendo afetadas por acontecimentos no outro lado do mundo.

Acontecimentos estes que muitas vezes não nos diz respeito. O segundo modo se refere

Page 24: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

ao fato de que a distância temporal está diminuindo, a velocidade como que as coisas

mudam são na proporção do pensamento, ocorrem em tempo real. O terceiro e último

modo diz respeito às fronteiras, as quais estão desaparecendo, os limites estão se

desfazendo em relação a tudo, a comércio, ideias, culturas e valores. (Kumaravadivelu,

2006, (p.129- 148)).

A contemporaneidade tem como signo o fator da globalização, o mundo

contemporâneo tem como foco o a informação conjunta com a tecnologia, fazendo com

que a comunicação em tempo real, confirmando os pensamentos das gerações anteriores

de que a ciência e a técnica iriam ter um progresso fabuloso, um período histórico

permitindo o que nenhum outro o fez, a eventualidade de conhecer mais profundamente

o mundo. Ressaltando que em todo e qualquer período há tecnologia e que esta está

inserida na globalização. Como já foi dito anteriormente, a distância diminuiu no tempo

e no espaço.

As três ondas da globalização (capitalismo, tecnologia e industrialização

moderna), só torna a vida das pessoas mais fáceis. Isto está refletido na praticidade da

vida. O que torna a bola da vez com toda essa explosão e a educação fortalecendo a

educação a distancia (EAD), que sempre se fez presente na história, como as Cartas de

São Paulo Apóstolo aos primeiros cristãos, o telecurso 2000 entre tantos outros.

A educação subsiste há muito tempo, desde a chegada dos Jesuítas (1549),

quando oprimiram os índios ao seu modo, tendo o Padre José de Anchieta, no seu papel

de mestre. Toda educação tem como foco o com o objetivo de preparar o jovem para o

convívio social. Contudo a escola tem que se adequar-se a essa nova realidade, assim

como é a lógica, tudo tende a evoluir. As escolas com seus métodos tradicionais, o que

tem como característica a formalidade, respeito e disciplina. Os professores utilizam

linguagens formais e consultas a enciclopédias. Não são mais „bem vindas‟, não estão

em harmonia com o tempo atual, (século XXI).

Atualmente os modelos de escola padrão é aquele em que tanto o professor

quanto o aluno vão além da sala de aula, dos livros didáticos. O universo o qual o ser

humano está inserido é longitudinal, os alunos tem um vasto acervo educacional. A

integração desses meios de comunicação como o computador, por exemplo, já se faz

presente nas escolas brasileiras, por conseguinte oferecem novas orientações às

Page 25: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

23

concepções de táticas diferentes no ensino que, unidas às transformações educacionais,

proporcionam um olhar diferenciado às práticas educativas.

Os alunos estão imersos neste orbe tanto na vida escolar, quanto na sua vida

particular, as redes sociais hoje são de grande importância neste contexto, às pessoas

estão inclusas nesse cenário virtual quase sempre. As tecnologias progridem para

alcançar cada vez mais seguidores. As internets Wi-fi, hoje espalhadas por todo o

mundo possibilitam acessos a qualquer hora sem ociosidade de estar parado conectado

ao uma rede por cabo, gerando problemas como morbidez, entre outros.

A educação tem função social e socializadora, isto é, deve proporcionar aos

indivíduos acesso aos saberes e formas culturais inerentes ao contexto social a que

pertencem, promovendo desenvolvimento à aprendizagem. E devido à globalização tudo

se tornou mais prático, mais global mesmo, aproximando mundos e fazendo com que a

educação esteja em constante progresso. Hoje a facilidade em aprender segunda língua é

fenomenal, primeiro que devido ao sistema econômico capitalista tornou tudo mais

acessível, fazer um intercambio está mais prático. No caso da língua inglesa, hoje como

status de língua franca, a qual tem como denominação de língua mediadora, pois tem

proposito único de comunicação.

A língua inglesa é dominante ou oficial em mais de 60 países. E o Brasil, apesar

de não ser uma língua oficial, ela já se consolida como necessárias e muitas pessoas

utilizam a língua inglesa em vários campos de trabalho. Quem detém algum

conhecimento na língua inglesa já possui um diferencial no mercado de trabalho. A

língua da globalização é o Inglês.

É fato que os Estados Unidos da América sempre foram modelos, e que estão

sempre à frente de qualquer avanço tecnológico. Tendo em vista esta fantasia, os países

baseiam nos EUA como um norte, e utiliza muitas vezes de sua cultura para poder do

seguimento aos seus próprios regimentos. É fato que após as guerras mundiais (1914-

1918; 1939 - 1945) os Estado Unidos aprenderam a ser mais prático, e a comida é uma

delas. As comidas rápidas (Fast-foods) são sua marca maior, os hamburgues, da

Mcdonald tomaram uma proporção gigantesca, tendo em diversos lugares do mundo.

Ritzer (1993) - Acredita numa homogeneização cultural, e que a cultura Norte-

americana é o centro dominante, ele nos dá uma equação que simplifica esse domínio da

Page 26: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

cultura americana. Globalização = ocidentalização = norte-americanização =

mcdonaldização.

Para falarmos de globalização nas escolas, faz-se necessário ter uma noção do

que é escola (é a unidade de educação, onde tudo começa o berço do letramento e da

alfabetização), mas vale lembrar de que esta realidade nem sempre se encontrada aqui

no Brasil, inclusive no que se diz respeito à estrutura, principalmente nas escolas

publicas onde o governo disponibiliza qualquer “quatro paredes” para a criação de uma

sala de aula.

O impacto da globalização nas vidas das pessoas é excepcional. Isto influencia

de uma forma gigantesca na busca por melhorias de vida. O impacto da globalização na

unidade escolar gerou novas formas de ver o mundo e com ela, novas nomenclaturas,

hoje o professor não é mais tido como transmissor de conhecimento e sim como

mediador. Pois o mesmo aluno que aprende é aquele que também passa conhecimento.

Ressaltando que nem todos os professores estão capacitados para uma sala high-tech,

logo o aluno, que antes de tudo é um cidadão antenado torna essa sala uma inversão,

quando se é o próprio a operar os aparelhos.

Esse novo paradigma da sala de aula, faz com que o mesmo passe a ser um

espaço além do ambiente escolar, (sala – quadro-caderno), como nas Comunidades,

realizando atividades colaborativas em que as experiências sejam vivenciadas

individualmente e em grupo, atividades que privilegiem a dinâmica de projetos, que

insiram os estudantes do campo (zona rural), , valorizando o meio em que vivem,

colocando como ser integrando desse cenário global.

Isso é a globalização, alcançando o mundo ao ser redor, ou seja, a aula

“tradicional”, aquela em que o professor só utiliza o livro, sempre o mesmo sistema,

maçante, onde o quadro é a única fonte de visão. Outro meio de educação moderna é o

material didático que nem sempre é a melhor opção para inserção do aluno com o

conteúdo. A diversidade chama atenção.

A globalização traz na sua essência a padronização de informações,

influenciando a sociedade a interagir de forma favorável aos interesses do sistema

capitalista. Desta maneira faz com que a cultura social se transforme, alterando-se os

Page 27: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

25

valores das comunidades. Sendo assim a educação também sofre a influência deste

sistema capitalista que é por natureza competitiva, individualista e excludente,

provocando transformações nos conceitos de cidadania, qualidade, conhecimento,

produtividade e competência. Vale ressaltar que a globalização não é um sistema

homogêneo, ou seja, ela tem uma variação na realidade socioeconômica, cultural e o

setor que mais sofre com esse heterogeneidade é o educacional. Onde é perceptível que

há verba para tudo, Copa do Mundo, Multinacionais, entre outros, mas não há verba

para a escola pública no Brasil.

O sistema de ensino público no Brasil é uma questão muito além da nossa

compreensão, a qual deveria ser prioridade. O que torna mais ainda precário o sistema é

a desvalorização do governo para com os seus educadores. Vale salientar que um país o

qual tem a educação como primeiro plano escolhe melhor seus representantes, como

isso não acontece no Brasil, vira um ciclo vicioso. A sociedade continua sendo oprimida

pelos próprios representantes que elegem, ou seja, com a educação em baixa torna o

cidadão menos precavido e mais aberto ao discurso bonito, até porque o Brasil é um país

do carnaval e do futebol. Onde a educação pública não tem vez. E o sistema global se

torna local.

A globalização que é uma ferramenta de unificação acaba por diferenciar o

ensino publico no Brasil. Com sua extensão o Estado Brasileiro é cruel em alguns dos

seus estados, o ensino não é global, há uma discrepância entre os estados, alguns são

mais desenvolvidos que outros, há uma infraestrutura adequada. O que mais sofre com

essa dura realidade é o nordeste. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada), o

nordeste tem o pior percentual de analfabetismo. O mundo e a educação globalizada não

são para todos. E quem sofre com toda essa negligencia é o sertanejo, mas como já dizia

Euclides da Cunha, no seu livro os sertões: “O sertanejo é antes de tudo um forte.”. E

desta forma vai driblando as dificuldades que já lhe foram impostas desde que o mundo

é mundo.

Page 28: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

2 METODOLOGIA

2.1 FUNDAMENTOS EPISTEMOLOGICOS

Neste trabalho foi realizada uma pesquisa esta de cunho etnográfico, o que se

sabe que os estudos etnográficos são uma técnica, proveniente das disciplinas de

Antropologia Social, que consistem no estudo de um objeto por vivência direta da

realidade onde este se insere, permitindo analisar a componente social das tarefas

desempenhadas numa dada organização. As pesquisas que se efetuam com o objetivo de

realizar estes estudos resultam numa grande quantidade de vantagens, de informação,

através de apontamentos, gravações de áudio e vídeo e um conjunto de objetos que

fazem parte das culturas, que deverá ser gerida com toda a atenção para que a sua

análise e processamento não se prolonguem excessivamente (ANDRE, 1995).

A pesquisa etnográfica apresenta a prática da observação, da descrição e da

análise das dinâmicas interativas e comunicativas como uma das mais relevantes

técnicas. Este trabalho tem como foco direcionar olhares para o ensino total e

principalmente da língua inglesa na Zona Rural/Povoados.

Arroyo (apud SOUZA, 2006, pág. 09) nos da sua contribuição afirmando que:

De esquecida e marginalizada, à repensada e desafiante. Essa

poderia ser a travessia que vem fazendo a educação dos povos do

campo. Um percurso instigante para a pesquisa e a reflexão teórica,

para políticas públicas e a ação educativa.

O homem do campo (zona rural) sempre foi visto como exemplo de atraso e a

politica educacional se organizou em conformidade com os interesses capitalistas.

Devido a este fato, volta-se olhares para estas crianças que estão nesse meio, pois uma

vez que o meio é de trabalho, produções todos se unem para manter o sistema, com isso

as crianças se veem necessitadas a ajudar os pais nessa luta diária pela sobrevivência,

deixando de lado os estudos, uma vez que a busca é pela educação unificada, com isso

muitos alunos não frequentam por não acompanharem o ritmo, ou por estarem exausta

do trabalho diário. Todos e qualquer povo tem direito a educação, e para o homem do

campo este foi sempre um fator de luta.

Page 29: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

27

Fernandes, Cerioli e Caldart (2005, p. 27) dizem que “não basta ter escolas no

campo; queremos ajudar a construir escolas do campo, ou seja, escolas com um projeto

político-pedagógico vinculadas às causas, aos desafios, aos sonhos, à história e à cultura

do povo trabalhador do campo”.

Para tentar resolver estes problemas e ajudar a crianças a terem chances de igual

valor no discrepante Estado Brasileiro, faz-se necessário uma intervenção nos métodos

para facilitar a maneira como é transmito o conhecimento. Assim a pesquisa etnográfica

tem o melhor arranjo já que “[...] etnografia também é um produto de pesquisa. É uma

narrativa sobre a comunidade em estudo que evoca a experiência vivida daquela

comunidade e que convida o leitor para um vicário encontro com as pessoas [...]”.

(ANGROSINO, 2009, p. 34).

2.2 MÉTODO

Este trabalho está fundamentado em uma pesquisa etnográfica que se busca

analisar e interpretar como se dá métodos voltados para estudantes de LI localizados em

Zonas Rurais. Para isso, adota-se a pesquisa de cunho etnográfico a fim de proporcionar

um olhar diferenciado nesse âmbito. Analisando de perto esse universo único e

marginalizado pela sociedade, ressaltando que é desde meio (setor primário), que

provem os alimentos da sociedade.

Para fundamentar este projeto, utilizei diversos autores, entre eles, Caldart

(19955), Arroyo (2005), André (1995). [...] que deram o suporte necessário para

realização desta pesquisa.

Segundo Caldart (1995):

Ao elaborar uma proposta de educação do campo não significa

dicotomizá-la o deseja-se, isto sim, é trabalhar com as suas

especificidades. O rural e o urbano possuem formas de vida

diferenciadas, sendo necessário um olhar pedagógico também

diferenciado com forma de respeito e de valorização ao espaço

agrário.

Assim, para poder tentar resolver esses problemas; deverão ser corrigidos através

de um sistema educacional que funcione e que atenda as classes menos favoráveis. Para

Page 30: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

que não predomine a ideia das classes dominantes, mas a prática da verdadeira

democracia social.

2.3 PROBLEMA

Devido à importância que a Língua Inglesa apresenta, com a influência da

globalização, nesse cenário atual, onde o mercado de trabalho busca por profissionais

qualificados, no qual dentre essas qualificações está à proficiência na língua inglesa,

direcionam-se os olhares para a formação escolar desses indivíduos de escola pública de

Zona Rural. O respectivo trabalho tem como finalidade abordar o seguinte

questionamento: Como ensinar a língua inglesa para crianças da Zona Rural nesse

cenário globalizado?

2.4 OBJETIVOS

2.4.1 OBJETIVO GERAL

Pode se afirmar que o objetivo geral deste trabalho é identificar quais

procedimentos metodológicos facilitam a aprendizagem de língua inglesa de um aluno

que está localizado no perímetro rural.

2.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos desta pesquisa são os seguintes: 1. Analisar a

metodologia utilizada para o ensino de LI na escola; 2. Discutir a importância de

materiais tecnológicos para aquisição da língua inglesa; e 3. Considerar a importância

do efeito da globalização no ensino de LI direcionado a Zona Rural.

2.4.2 LOCUS

O lócus desta pesquisa foi realizado em um colégio de Zona Rural da cidade de

Serrinha-Bahia a fim de compreender os métodos de ensino de LI nesta escola do

perímetro rural. O colégio foi o Estadual Aluízio Carneiro da Silva, localizado no

Povoado de Bela Vista, rua com a professora de Língua Inglesa, A.

Page 31: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

29

Este colégio foi escolhido por se encaixar nos pré-requisito para minha pesquisa,

o colégio tem aproximadamente 344 alunos, oriundos da zona rural e da sede, contendo

6 salas, 18 professores e 1 projeto Mais Educação.

2.4.3 SUJEITOS

Os sujeitos dessa pesquisa foram os alunos do terceiro ano do Ensino Médio do

turno matutino do Colégio Estadual Aluízio Carneiro da Silva localizado na Zona Rural

Bela Vista de Serrinha. E uma das professoras de Língua Inglesa A. Os sujeitos

escolhidos foram devido ao fato de estarem concluindo neste ano (2013), logo estariam

mais preparados para responder e avaliar a pesquisa já dita neste trabalho.

2.4.4. INSTRUMENTOS

Essa pesquisa buscou avaliar no ambiente escolar como se dá a atuação de

métodos que facilitem a aprendizagem de LI de alunos da Zona Rural. Foram aplicados

31 questionários: 30 para os alunos e 01 outro para a professora. Com o objetivo de

avaliar os resultados da pesquisa.

Explicar como foi como e quais métodos podem facilitar a aprendizagem dos

alunos da Zona Rural. E perceber como a distância pode afetar o desempenho desses

alunos.

3. ANÁLISE DE DADOS

Esta análise teve como proposito verificar quais os procedimentos

metodológicos que facilitam o aprendizado de Língua Inglesa para estudantes

localizados na Zona Rural, procurei informar a melhor forma de transmitir o

conhecimento para estes alunos sem preteri-los.

Para tal, foi executado dois questionários, um voltado para a professora,

contendo treze perguntas e o outro para os alunos, com nove questões, a fim de

solucionar/amenizar o impacto que a distância percorrida casa/escola recai sobre os

estudantes, questões essas, envolvendo métodos e material tecnológico utilizado em

Page 32: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

sala, a distância percorrida, e o estado físico destes alunos ao chegar à escola entre

outros.

Foi averiguado primeiro o questionário da professora e em seguida dos

estudantes. Em relação ao questionário da professora, as respostas que obtive foram

qualitativas logo optei por expor em forma de quadro.

Quadro 1. Quais métodos de ensino utilizado em sala? CENTRALIZE OS

QUADROS

Métodos de Ensino

Música

Texto

Jogos Educativos

Os itens acima não estão elencados pelas frequências ou por prioridade, e sim de

acordo com os dados obtidos. Os mesmos dados seguem para a segunda tabela.

Quadro 2. Quais os materiais tecnológicos utilizado em sala?

Material Tecnológico

Datashow

Page 33: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

31

Computador

Pendrive

Tablet

Observa-se então que a professora tem a visão de que o professor deve

desempenhar uma função de crítico/reflexivo a qual tem como proposta de estabelecer

algum desenvolvimento de alunos (futuros cidadãos) os quais que sejam capazes de

analisar suas realidades social, histórica e cultural, assim como propõe Freire (1992),

focando na transformação social. Assegurando esta pesquisa, encontra-se na página 09,

a contribuição de Costa (1987, p. 67.), “coloca-se a necessidade de intervenção do professor

em relação às orientações sobre como organizar e lidar com o material de estudo”. Com isso, é

visto que a mediação do professor é de fundamental importância para a aprendizagem e

reflexão dos alunos durante o processo de aquisição.

Dando seguimento, outro ponto crucial no questionário diz respeito à existência

de diferença entre o ensino da Zona Rural e Zona Urbana, a qual teve como resposta:

“depende alguns alunos da zona rural se interessam mais do que da zona urbana, mas

isso envolve família, interesse por parte do aluno etc.”.

A professora tocou em um ponto bastante importante, o envolvimento da família

com o aluno, em muitas ou na maioria delas os pais não procuram saber o desempenho

do filho. Uma das causa que podem influenciar no desempenho dos alunos seja o apoio

que ofertem aos pais na lavoura, gerando no aluno um desinteresse nos estudos ou em

qualquer razão da vida. O aluno tem parte nesse desleixo, uma vez que os pais não os

procuram logo não fazem por onde.

Seguindo, questionei a respeito da forma como ela lida com o desinteresse dos

alunos, eis a resposta: “Desafiando eles (SIC!) e com jogo de cintura, motivando,

instigando, tentando compreendê-los”.

Page 34: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

Uma resposta direta, pois as salas de aula hoje possuem uma média de 30 alunos

com diversas inteligências múltiplas, assim dificulta o papel do professor em

desenvolver alguma técnica que possa prendê-los na explicação. Por isso se faz

necessário, além da utilização de jogos deve-se entendê-los para que juntos cheguem à

reta final. Desta forma, os alunos se sentem mais inteirados do conteúdo para poder

questionar caso aja dúvidas.

Direcionando o olhar para a questão metodológica, perguntei sobre qual idioma

que a professora ensina: “Inglês”.

Logo após questionei quais métodos de ensino ela utiliza, a resposta foi: “Vários,

tento trabalhar de forma diversificada com: músicas, textos, jogos educativos etc.”.

Confirmando o que Barreto (2007 p. 114) diz na página 13 desta pesquisa, o

professor é um agente socializador, logo tem um papel expressivo na formação de

leitores e escritores, isso sanciona o que a professora nos responde, portanto cabe ao

professor saber mesclar, pois as informações chegam a uma velocidade vertiginosa e os

alunos precisam de um norte para saber aparar o bombardeio de informações.

Houve outros questionamentos, como, - “como você lida com o desinteresse do

alunado? R: “Desafiando eles e com jogo de cintura, motivando, instigando, tentando

compreende-los”. Outro questionamento – “Você interage sua disciplina com outras”?”

R: “Sim”. Para finalizar, perguntei se a professora utiliza algum material tecnológico:

“Data Show, computador, pen drive. Tablet, pois não tenho este recurso. A escola não

dispõe desta ferramenta”.

Pode-se perceber durante o processo de interrogação que a professora de fato

utiliza de diversos meios e recursos para que seu objetivo seja alcançado, pois em uma

sala composta de aproximadamente 30 alunos fica complicado alcançar cada um, pois

cada um aprende de uma forma, e esses recursos facilitam (inteligência múltipla). Sendo

o professor um agente socializador, logo tem um papel expressivo na formação de

leitores e escritores, escrito ou digital, assim sanciona o que a professora nos responde,

de explorar os recursos digitais, como afirma que Barreto (2008, p. 21), que apesar da

sociedade virtual está em processo tem papel fundamental nesse novo paradigma da

Page 35: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

33

educação. Que apesar da tecnologia está presente hoje, o material humano é essencial

nesse processo.

O que podemos perceber no questionário da professora é que, apesar das

dificuldades juntamente com a distância, pode-se fazer uma diferença na forma de

lecionar. Para constatar o outro lado, analisei os questionários dos alunos. Foram

elaborados 30 questionários, sendo respondidos apenas 23, pois nesse dia um dos

veículos que transportam os alunos não compareceu.

O questionário dos alunos foi composto por nove perguntas, contendo questões

de assinalar tendo algumas à necessidade de ser escrito.

Para tal, foram feitas similares perguntas.

As aulas são lecionadas em Língua Inglesa?

Gráfico 1.Se o idioma lecionado na sala de aula é a língua inglesa.

Neste caso, houve discrepância na resposta a questão referida, deixando assim

em aberto, pois não temos dados suficientes para analisar se as aulas são ou não em

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Sim

Não

Alunos Ausentes

Page 36: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

Língua Inglesa, ou se a professora intercala as línguas de forma que a aula aconteça com

os dois idiomas, com isso a análise fica comprometida, pois não temos dados

suficientes.

Definição das aulas:

Gráfico 2. Declaração das aulas lecionadas.

Relativo à definição das aulas, tivemos três categorias, aulas expositiva, prática e

demonstrativa. Sete (06) alunos, 26,08% definiram as aulas como expositivas,

(oral/escrita do conteúdo pelo professor, neste modelo o professor é o emissor, os alunos

apenas recebem conhecimento). Doze (12), 52,17% alunos definiram que as aulas são

práticas (são aulas em que os alunos trabalham junto com o professor, o foco deste

trabalho é o resultado, e não o processo, logo alunos que tem facilidade tem a mesma

bagagem que um aluno que não tenhas), Os outros cinco (05) 21,73%, responderam que

as aulas são demonstrativas, (são aquelas em que há a junção tanto da teoria quanto da

prática).

O que mais se aprende nas aulas?

Neste contexto, foi dado quatro tipos de métodos que o professor mais utiliza na

sala de aula, o que foi pedido aos alunos foi que enumerasse de 1 a 4, sendo que o 1

Page 37: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

35

equivaleria a pouco utilizado e o 4 nunca utilizado. Analisando os dados, percebe-se que

a gramática é o item menos utilizado, enquanto a leitura, escrita e tradução formam

bastante utilizadas Sabe-se que em diversas escolas o item mais utilizado é a gramática,

o que não é errado, mas as escolas tem transpor pelas quatro habilidades.

Dos 23 alunos que responderam a esta questão, observa-se que:

Gráfico 3. Os métodos mais utilizados.

Neste contexto, foram dados quatro tipos de métodos (Tradução; Gramática;

Leitura e Escrita), que o professor mais utiliza na sala de aula. Estes métodos formam

escolhidos por serem os mais utilizados. O que foi pedido aos alunos foi que

enumerasse de 1 a 4, sendo que o 1 equivaleria a pouco utilizado e o 4 nunca utilizado.

Analisando os dados, percebe-se que a gramática é o item menos utilizado, enquanto a

leitura, escrita e tradução formam bastante utilizadas.

Apesar de o estudo gramatical ser bastante utilizado não nos dá um domínio da

língua, pois nos da uma falsa impressão de que sabemos falar a língua inglesa, mas na

oralidade de qualquer idioma é bem diferente. A leitura nos aproxima da fala, pois

temos conhecimento de como pronunciar, um ritmo..

Dos 23 alunos que responderam a esta questão, foi observado que:

Page 38: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

Dos alunos envolvidos na pesquisa, 22 alunos se sentem a vontade de fazer

perguntas ao professor quando não entendem o conteúdo, apenas um não se sente a

vontade para interrompê-lo.

Sempre estudou na Zona Rural?

Gráfico 4. Localização da residência.

Para os alunos que sempre estudaram na Zona Rural, houve outros

questionamentos se eles utilizam transporte pata ir à escola, onze (11) alunos

responderam que sim, cinco (05), não utilizam, pois moram perto da escola, e um (01)

não respondeu. Destes alunos que utilizam o transporte municipal para chegar à escola,

independente se estudam ou não na zona rural foi feito outra perguntas, qual estado

físico os estudantes se encontraram a chegarem à escola. Muitos chegam dispostos, mas

também chegam cansados dificultando assim a assimilação dos conteúdos.

Aponte seu estado físico quando chega à escola:

Gráfico 5. Estado físico dos alunos.

Page 39: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

37

Para ratificar está pesquisa, foi escolhido três estudantes com respostas afins,

pois como foi visto no decorrer, a distância de fato interfere no aprendizado, mas que

quando há o fato interesse tudo se torna mais fácil, há uma motivação maior. Podemos

contar ainda com o fator da mudança, de querer um futuro diferente daquele encontrado

na zona rural.

Os alunos comentaram que quando há interesse, força de vontade para estudar o

estado físico é irrelevante, pois não interfere no aprendizado. Como podemos

acompanhar:

Aluno B: “Por que quando uma pessoa está motivado (SIC!) a aprender não há

nada que impeça e principalmente a distância.”

Aluno C: “Quando queremos chegar um objetivo devemos enfrentar qualquer

dificuldade.”.

Aluno D: “Sentimos vontade de aprender não importa a distância”.

Podemos perceber o sincronismo no quinto gráfico, no qual a maioria dos alunos

respondeu que chegam dispostos à escola.

Page 40: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

Portanto esses dados comprovam que há sempre fatores que possam dificultar o

aprendizado, mas que a força de vontade supera qualquer obstáculo, por isso os métodos

devem ser elaborados de acordo com a realidade, mas não os desmerecendo. Em relação

a distancia percorrida casa/escola é um diferencial, mas não deixar de ser empecilho, é

desgastante, mas quando há força de vontade, interesse as barreiras são transpostas.

Como pode-se perceber nas respostas dos estudantes acima.

O que se percebeu aqui é que não acontece apesar da professora utilizar métodos

que chamem a atenção, pois no questionário as respostas não foram uniformes.

Por isso devem-se adotar métodos que facilitem o aprendizado desses alunos,

pois além do desgaste do translado (casa-escola), os alunos ajudam os pais na lavoura,

deixando o tempo que seria livre, ou para estudar quanto para se divertir. A linguagem

deve ser clara e simples, os assuntos devem ser dados inserindo o contexto social, ou

com atividades mais lúdicas.

Page 41: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

39

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo quer contribuir para o ensino/aprendizagem de Língua Inglesa, na

medida em que tratou dos métodos que auxiliam a aprendizagem de alunos da rede

pública localizado no perímetro rural. Assegurando esta pesquisa, os sujeitos abordados

foram os alunos do 3º ano do Colégio Estadual Aluízio Carneiro da Silva, situado na

Zona Rural de Serrinha.

Considerando os problemas no ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas de

zona rural foi verificado que a distância e a metodologia influenciam no desempenho do

alunado, mas que com esforço e dedicação é superado. Para que as aulas sejam

interessantes e busque o despertar nos alunos a professora utiliza instrumentos que

facilitam a aprendizagem destes alunos, como a utilização de filmes, jogos. Etc.

Este trabalho configurou-se como pesquisa qualitativa e quantitativa a qual

permitiu o conhecimento aproximado da realidade investigada. O desafio desta pesquisa

era conhecer a realidade da aquisição de LI na zona rural. Assim como consta nos

objetivos percebe-se que é possível à inserção de ferramentas tecnológicas como

abordagem de ensino para desenvolver de forma mais suave o aprimoramento das

quatro habilidades necessárias ao falante de língua inglesa, para que desta forma o aluno

está inserido no mundo globalizado, onde o inglês tem como posto de língua franca.

Com os resultados deste trabalho, conclui-se que a resposta do problema

relacionado aos métodos que poderiam facilitar a aprendizagem dos alunos foi

respondida através do questionário da professora, que nos apontam que com jogos,

músicas a aquisição da língua inglesa é facilitada, pois torna a aprendizagem lúdica.

Fazendo com que o desempenho aumente, diminua a evasão em relação à matéria, pois

com aulas mais prazerosas os alunos se rendem aos encantos que a disciplina de língua

inglesa. É perceptível também que a tecnologia ajuda no processo de aquisição da língua

inglesa, e com o advento da globalização aproxima horizontes. E hoje as tecnologias

estão mais acessíveis, os celulares, por exemplo, estão cada vez mais avançados, e com

a sala de aula não poderia ser diferente. A interação é mais e se estende além da sala de

aula, como por exemplo, chats, encontros virtuais, pode-se até associar com as redes

sociais.

Page 42: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

O descompasso entre semestre letivo da UNEB e alguns prazos de entrega de

trabalhos, comprometem em um aprofundamento maior desta pesquisa, no sentido de

ampliá-la na educação básica e aos professores de língua inglesa em atuação, pois em se

tratando de uma pesquisa empírica, teríamos inúmeras formas de analisar esta pesquisa.

Vale ressaltar que é necessário, em etapas posteriores retomar esta pesquisa mais

profundamente, no que concernem os métodos e estratégias de aprendizagem de língua

inglesa voltado para zonas rurais.

REFERENCIAS

ADORNO, Theodor. Educação após Auschwitz. Trad. Wolfgang Leo Maar [S. l., s. n.,

19--a]. Disponível em: <http://www.educacaoonline.pro.br/art_

educacao_apos_auschwitz.asp>. Acesso: 30 nov. 2004. Não paginado.

ALAVA, Séraphin (org). O Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas

educacionais. Trad. Fátima Murad. São Paulo: Artmed, 2002.

Almeida Filho, José Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas/José

Carlos Paes de Almeida Filho – 6ª Edição – Campinas, SP: Pontes Editores, 2010.

ANGROSINO, M.; FLICK, U. (Coord.). Etnografia e observação participante. Porto

Alegre: Artmed, 2009.

.

ANDRE, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. Campinas –

SP: Papirus, 1995. – (Série Prática Pedagógica)

Page 43: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

41

BENJAMIN, Cesar; CALDART, Roseli Salete. Projeto popular e escolas do campo.

2. ed. Brasília: 2001.

BJORKMAN, Beyza. English as a língua franca in higher education: Implications

for EAP. Stockholm University (Sweden) and Roskilde University (Denmark). Ibérica

22 (2011): pgs. 79-100. ISSN 1139-7241

BOLTER, Jay David. Writing Space: the computer, hypertext and the history of

writing. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1991.

BRUNNER, Cornelia; TALLY, William. The new Media Literacy Handbook: an

educator‟s guide to bringing new media into the classroom. NY: Anchor Books, 1999.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede. v. I. 8 ed. rev. e ampl. Trad. Roneide

Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

COSCARELLI, Carla Viana (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de

pensar. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

DAMASCENO, Maria Nobre. Educação e Escola no

Campo.Campinas.SP.Papirus,1993.

Gove, Philip B. Preface. Webster’s Third New International Dictionary. Springfiels,

MA: Merriam-Webster Inc. 1986 http://www.sk.com.br/sk-ingl.html . Online 06 de

novembro de 2012.

FREIRE, Paulo Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.

H. Douglas Browns .Teaching by Principles: An Interactive Approach to Language

Pedagogy. Second edition.

KUMARAVADIVELU, B. A Linguística Aplicada na era da globalização. In:

MOITA LOPES, L. P. da. (Org.). Por uma Linguística aplicada Indisciplinar. São

Paulo: Parábola Editorial, 2006, p.129- 148.

MATTA, Alfredo Eurico Rodrigues. Tecnologias de aprendizagem em rede e ensino

de história: utilizando comunidades de aprendizagem e hipercomposição. Brasília:

Liber Livro, 2006.

QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2. Ed.

Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. SOUZA, M.A. Educação do campo: propostas e práticas pedagógicas do MST.

Petrópolis: Vozes, 2006

VICENTINO, Claudio. História geral: ensino médio. 10. ed. atual São Paulo, SP:

Scipione, 2007.

Page 44: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

______. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade.

Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

______. The Informational City: Information Technology, Economic Restructuring

and the Urban-Regional Process. Malden/Massachusetts: Blackwell, 2002.

.

MATTA, Alfredo Eurico Rodrigues. Tecnologias de aprendizagem em rede e ensino

de história: utilizando comunidades de aprendizagem e hipercomposição. Brasília:

Liber Livro, 2006.

http://educarparacrescer.abril.com.br

ANEXOS

APÊNDICE A

- Questionário para os alunos

Prezado aluno sou estudante do 8º semestre de Letras com Inglês da Universidade do

Estado da Bahia, UNEB. E estou fazendo uma pesquisa. Necessito de sua atenção para

preencher este formulário. Com este questionário pretendo verificar ações e concepções

do processo da relação professor-aluno.

Nome__________________________________ Idade_________ Série/Ano_________

1. Como você define as aulas de Língua Inglesa

( ) Expositiva ( ) Prática ( )Demonstrativa ( )

2. A metodologia utilizada pelo professor facilita sua aprendizagem?

( ) Sim ( )Não ( ) As vezes

Page 45: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

43

Por que:____________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

.

3. Quais instrumentos o professor utiliza nas aulas?

( ) Filme ( ) Música ( ) Jogos ( )Nenhuma das anteriores ( )

Outro:________________

4. Enumere de 1 a 4 quais instrumentos o professor utiliza em sala?

1. Pouco utilizado

2. Muito utilizado

3. Utilizado frequentemente

4. Nunca utilizado

( ) Datashow ( ) Tevê ( ) Livro ( ) Quadro

5. O que mais aprende nas aulas?

( ) Tradução ( ) Gramática ( ) Leitura ( ) Escrita

1. Pouco utilizado

2. Muito utilizado

3. Utilizado frequentemente

4. Nunca utilizado

6. As aulas são lecionadas em Língua Inglesa?

( ) Sim ( )Não

7. Você se sente a vontade para fazer perguntas ao professor quando

não entende o conteúdo?

( ) Sim ( )Não

8. Sempre estudou na Zona Rural?

Page 46: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

( ) Sim ( )Não

9. Você utiliza transporte para ir à escola?

( )Sim ( ) Não

9.1. Sendo sim, aponte seu estado físico quando chega a escola

( ) Disposto ( ) Cansado ( )Motivado ( ) Estressado

9.2. Se sim, Você acredita que a distancia interfere no

aprendizado?

( ) Sim ( )Não

Por que:

________________________________________________________

___________________________________________________________

____

Questionário para a professora

Questionário para a professora

Introdução:

Nome completo:

Instituição de Ensino:

Nível que leciona:

Page 47: Monografia de Laisa Dioly da Silva Ferreira

45

Anos de magistério:

Perguntas:

Qual sua visão da profissão de professor atualmente?

Você encontra alguma dificuldade de passar conteúdo?

Você vê alguma diferença entre o ensino publico da zona rural e

da zona urbana? Cite-as

Como você lida com o desinteresse do alunado?

Qual sua visão do alunado da zona rural? São mais educados?

Qual sua forma de ensinar, você facilita o conteúdo?

Suas aulas são lecionadas em Inglês ou Português?

Quais os seus métodos de ensino?

Você faz uso de alguma estratégia de ensino?

Uma vez que são da zona rural, você muda seu discurso para

facilitar o aprendizado?

Você interage sua disciplina com outras?

Há algum projeto na escola voltado para a língua inglesa?

Qual sua visão sobre a importância de material tecnológico para

aquisição da Língua Inglesa?

Quais materiais você utiliza? Qual o que não utiliza? Por quê?