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SUBSTANTIVO / VERBO / SUJEITO / CONCORDÂNCIA VERBAL/ ORDEM DIRETA / HIPÉRBATO / ANÁSTROFE JONES L. AIRES

Morfossintaxe sujeito

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Page 1: Morfossintaxe sujeito

S U B S T A N T I V O / V E R B O / S U J E I T O / C O N C O R D Â N C I A V E R B A L / O R D E M D I R ET A / H I P É R B A T O / A N Á S T R O F E

J O N E S L . A I R E S

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VERBO

J O N E S L . A I R E S

É a palavra que permite identificar a PESSOA a quem se refere o

processo; que situa o enunciado no TEMPO, que indica o MODO como o

enunciador vê esse processo; se o elemento de que se declara o processo é

agente ou paciente, ou ambos, VOZ. Além da situação chamada ASPECTO

VERBAL.

Quanto à sintaxe: é a palavra que concorda com o núcleo do SUJEITO em

pessoa e número.

Semanticamente é a palavra que indica uma ação ou um estado

permanente, transitório ou em transformação.

Locução verbal: dois ou mais verbos que valem por um só. O

primeiro verbo (chamado auxiliar) é o que se flexiona. O último (verbo

principal), que fica sempre numa das formas nominais, é o que carrega a

significação. Se o último verbo for impessoal (invariável), transmite a

impessoalidade ao verbo flexionado (auxiliar). Ex: Houve faltas / tem havido

faltas / deve ter havido faltas. Compare com: Ocorreram faltas / Têm ocorrido

faltas / Devem ter ocorrido faltas.

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SUBSTANTIVO

J O N E S L . A I R E S

Onde se agrupam as palavras que dão nome a tudo

que existe e até ao que não existe, ao que criamos, ao que

imaginamos, ao que pensamos existir. Enfim, tudo que tem

um nome é um substantivo.

Portanto o substantivo é a classe dos nomeadores.

Varia para expressar gênero, número ou grau.

Trata-se de um inventário aberto, ou seja, novas

palavras serão acrescentadas à medida que novos nomes

forem sendo criados.

Consulte tabelas indicativas de femininos, plurais,

aumentativos, diminutivos, coletivos...

Page 4: Morfossintaxe sujeito

SUJEITO

J O N E S L . A I R E S

Sujeito da oração é o termo a que o verbo se refere, com que

concorda em pessoa e número e a quem dá a noção de tempo, de

estado ou mudança de estado.

considerando-se que predicado é tudo que se declara do

sujeito, teremos a simplificação: tudo o que não é predicado é sujeito.

Importante notar que o sujeito pode conter vários

determinantes que o definem, quantificam e caracterizam, de modo

que a identificação do núcleo do sujeito é fundamental, pois é com

esse núcleo que o verbo concorda. E o núcleo do sujeito será sempre

um SUBSTANTIVO, uma palavra substantivada (de qualquer classe,

determinada por pronomes ou artigos) ou um pronome substantivo.

Page 5: Morfossintaxe sujeito

SUJEITO NUNCA É PREPOSICIONADO

J O N E S L . A I R E S

O sujeito é um termo que não é preposicionado.

Por quê?

Porque a preposição sempre introduz termos regidos, termos

dependentes exigidos por palavras de sentido incompleto (verbos ou

nomes) e o sujeito é um termo independente, não-regido, de forma que

nunca será introduzido por preposição.

ORDEM DIRETA E ORDEM INVERSA

A ordem direta, normal, usual, é S (Subst./adjetivo)+ V ( objetos

/adjuntos).

Nosso idioma permite, no entanto, que os termos (e o sujeito)

ocupem várias posições na oração. Ao sair de ordem direta, pode-se

confundir o sujeito com os complementos verbais. Portanto, qualquer

análise dos termos obriga-nos a identificarmos primeiramente o sujeito e

depois os complementos verbais.

Page 6: Morfossintaxe sujeito

AS INVERSÕES (ORDEM INDIRETA)

Hipérbato.... transposição ou inversão da ordem natural das palavras de uma

oração, para efeito estilístico. Alteração da ordem direta, também chamado de

inversão, antecipação, sínquise.

Anástrofe... Anteposição em expressões nominais do termo regido ao termo

regente. inversão da ordem natural entre duas palavras dentro de um mesmo

constituinte ou sintagma (p.ex., seu olhar de ira cheio por seu olhar cheio de

ira ).

EXEMPLOS:

J O N E S L . A I R E S

Em teu seio formoso retratas / Este céu de puríssimo

azul.

Dos filhos deste solo és mãe gentil.

Já raiou a liberdade / No horizonte do Brasil. Foi o 20 de Setembro /O precursor da

liberdade.

Levas a plagas distantes / Feitos relevantes. Sirvam nossas façanhas /De modelo a toda

Terra.

O Brasil por seus filhos amado,

poderoso e feliz há de ser!

É teu passado, alvirrubro, motivo de festas em

nossos corações.

Correm os anos, surge o amanhã/ Radioso de luz. Vencido está de amor meu pensamento.

Em bola dividida não existe amigo. Dessas exceções vive a nossa irrenunciável

esperança.

Page 7: Morfossintaxe sujeito

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Para a análise de uma oração partimos do fundamento: oração é todo

enunciado que contém um verbo.

Esse verbo se referirá a algo ou a alguém: isso é o sujeito.

O verbo terá sua conjugação (flexão) concordando com a pessoa do

discurso em que está o núcleo do sujeito e tomará o número (singular

ou plural) desse núcleo. Isso é a concordância verbal.

O núcleo do sujeito será sempre um substantivo , pronome que o substitua

(pronome substantivo) ou uma palavra substantivada.

O sujeito pode estar em uma única palavra: o núcleo do sujeito.

O núcleo do sujeito pode estar acompanhado por palavras juntadas a ele

para melhor defini-lo, caracterizá-lo. São seus adjuntos adnominais ou

complementos nominais.

J O N E S L . A I R E S

Page 8: Morfossintaxe sujeito

CONSIDERAÇÃO IMPORTANTE:

PERÍODO é todo enunciado de sentido completo que contém orações (uma ou

várias). Simples, uma oração; composto, mais de uma oração.

O período terá tantas orações quantos forem os verbos presentes (uma locução

verbal conta apenas um verbo)

Cada oração terá o seu sujeito.

Muitas vezes, as provas de concursos procuram dificultar a identificação do núcleo

do sujeito distanciando-o do verbo com intercalações, inversões, hipérbatos.

Procedimentos para encontrar o núcleo do sujeito de qualquer oração:

1. Encontre o verbo da oração;

2. Verifique os substantivos presentes na oração;

3. Elimine os substantivos antecedidos por preposição;

4. Elimine os substantivos que estiverem em pessoa diferente daquela em que se

encontra o verbo;

5. Havendo, ainda, mais de um possível núcleo do sujeito, veja pelo sentido do

verbo qual é o núcleo que se “encaixa”;

6. Quando encontramos o sujeito, podemos colocar a oração na ordem direto, o

que facilita muito a compreensão do texto.

J O N E S L . A I R E S

Page 9: Morfossintaxe sujeito

OBS:

1. Não havendo substantivos, procure os pronomes que os

representam;

2. Se o verbo estiver conjugado em 1ª pessoa do sing. (eu), 2ª

pessoa do sing. (tu) ou 2ª pessoa do plural (vós), e o pronome

não aparecer na oração ele estará oculto, implícito pela

desinência verbal (também chamado desinencial ou elíptico);

3. Estando em 1ª pessoa do plural, pode aparecer outro

pronome como sujeito (ex: queremos todos a vitória, onde o

sujeito está explícito: todos).

EXEMPLOS:

“Em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte”

J O N E S L . A I R E S

Page 10: Morfossintaxe sujeito

J O N E S L . A I R E S

1. Verbo: desafia (3ª pessoa do singular);

2. Substantivos (possíveis núcleos do sujeito): seio,

liberdade, peito e morte.

3. Seio está preposicionado e liberdade é vocativo.

4. Peito e morte estão na 3ª pessoa do singular, como o

verbo.

5. Pelo sentido do verbo vemos que apenas o peito pode

desafiar a morte (aqui há uma metonímia, o peito

representa a pessoa que enfrenta a morte pela liberdade.

6. O ordem direta será: “O nosso peito desafia a própria

morte, em teu seio, ó liberdade”.

7. Se precisar classificar o sujeito: sujeito simples o nosso

peito ( um núcleo

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EXEMPLOS:

“Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil”.

1. Verbo: raiou (3ª pessoa do singular);

2. Substantivos (possíveis núcleos do sujeito): liberdade,

horizonte e Brasil.

3. Horizonte e Brasil estão preposicionados.

4. Liberdade está na 3ª pessoa do singular, como o verbo.

5. O ordem direta será: “A liberdade já raiou no horizonte do

brasil”.

6. Se precisar classificar o sujeito: sujeito simples a

liberdade ( um núcleo).

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J O N E S L . A I R E S

“Levas a plagas distantes

Feitos relevantes”

1. Verbo: Levas (2ª pessoa do singular). Nesse caso

procuramos o pronome tu. Se não aparecer é sujeito

oculto.

2. O ordem direta (sujeito, verbo, complementos verbais,

adjuntos) será: “(Tu) Levas feitos relevantes a plagas

distantes”.

3. Se precisar classificar o sujeito: sujeito simples ( um

núcleo) oculto (elíptico ou desinencial) tu.

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EXEMPLOS:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heroico o brado

retumbante”.

1. Verbo: ouviram (3ª pessoa do plural).

2. Substantivos (possíveis núcleos do sujeito): Ipiranga, margens, povo

e brado.

3. Ipiranga e povo estão preposicionados.

4. Brado está na 3ª do sing. Margens está na 3ª do plural, como o verbo,

logo é o núcleo.

5. O ordem direta será: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o

brado retumbante de um povo heroico.

6. Se precisar classificar o sujeito: sujeito simples as margens plácidas

do Ipiranga ( um núcleo).

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“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos lindos campos têm mais flores”

1. Verbo: têm (3ª pessoa do plural).

2. Substantivos (possíveis núcleos do sujeito): terra, campos e flores.

3. Terra está preposicionado.

4. Com os dois substantivos possíveis usamos o sentido do verbo: campos

podem ter flores? Sim. Flores podem ter campos? Não. Portanto o núcleo

do sujeito é campos.

5. O ordem direta será: Teus campos risonhos (e) lindos têm mais flores do

que a terra mais garrida (florida, vistosa).

6. Se precisar classificar o sujeito: sujeito simples Teus campos risonhos

(e) lindos ( um núcleo).