2
Atividade 2: Estudo dos usos políticos da História Questionário sobre uma notícia de jornal lida em sala 1º Bimestre Data: ____/_____/________ Componentes do Grupo Turma: __________ NOTÍCIA 2 Shinzo Abe completa seis meses no governo japonês, com baixa popularidade Patrícia Souza G1 26/03/2007 - http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1500154-5602,00.html Shinzo Abe completa hoje seis meses à frente do Governo japonês, com baixa popularidade em seu curto mandato, caracterizado por uma agenda nacionalista no âmbito da política externa que inquieta os países vizinhos. Em 26 de setembro, quando o Parlamento o escolheu como primeiro-ministro dias após ser designado líder do governamental Partido Liberal-Democrata (PLD), Abe tinha apoio popular de 67%. Atualmente, esse número é de 35%, segundo pesquisa do jornal "Mainichi Shimbun". Cresceu de 16% para 42% a porcentagem dos japoneses que desaprovam o atual Gabinete japonês, prejudicado pelo maior carisma do primeiro-ministro anterior, Junichiro Koizumi, cujos níveis de popularidade variavam em torno de 60%. (...) No primeiro semestre à frente do Executivo, Abe defendeu linha dura na negociação com a Coréia do Norte, maior papel para o Japão no contexto internacional e a revisão do regime imposto ao país após a Segunda Guerra Mundial, que inclui reformar a Constituição pacifista que limita o uso da força militar. Abe deu mostras de querer mudar a forma como o Japão é percebido no mundo, apesar de algumas de suas posições e comentários sobre a história recente tenham gerado alarme. O político, neto de primeiro-ministro e filho de ministro, começou o mandato com uma simbólica viagem à China para acabar com antigas rivalidades, e seguiu com uma viagem pela Europa, deixando de lado seu principal aliado, os Estados Unidos, que não deve visitar até abril. No entanto, o primeiro-ministro japonês trouxe à tona velhos fantasmas quando, há algumas semanas, disse que não há provas de que o Exército Imperial japonês tenha "forçado" escravas sexuais coreanas e chinesas na época da Segunda Guerra Mundial, posição que manteve apesar das críticas recebidas também de vários setores nos Estados Unidos. Abe negou os vínculos entre as autoridades japonesas e as "mulheres de conforto", eufemismo para definir as prostitutas forçadas asiáticas antes e durante a Segunda Guerra Mundial, mas disse que manteria a declaração de 1993 pela qual o Governo japonês pediu desculpas pelo ocorrido. As declarações criaram polêmica internacional e, como consequência, os Governos chinês e sul-coreano - os mais diretamente afetados - pediram que o Japão assumisse a responsabilidade e deixasse de negar a história. (...)

Notícia 2 - Shinzo abe completa seis meses no governo japonês, com baixa popularidade

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Notícia 2 - Shinzo abe completa seis meses no governo japonês, com baixa popularidade

Atividade 2: Estudo dos usos políticos da História

Questionário sobre uma notícia de jornal lida em sala

1º Bimestre – Data: ____/_____/________

Componentes

do Grupo

Turma:

__________

NOTÍCIA 2

Shinzo Abe completa seis meses no governo japonês, com baixa popularidade

Patrícia Souza

G1 26/03/2007 - http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1500154-5602,00.html

Shinzo Abe completa hoje seis meses à frente do Governo japonês, com baixa popularidade em seu

curto mandato, caracterizado por uma agenda nacionalista no âmbito da política externa que inquieta os países

vizinhos. Em 26 de setembro, quando o Parlamento o escolheu como primeiro-ministro dias após ser

designado líder do governamental Partido Liberal-Democrata (PLD), Abe tinha apoio popular de 67%.

Atualmente, esse número é de 35%, segundo pesquisa do jornal "Mainichi Shimbun". Cresceu de 16% para

42% a porcentagem dos japoneses que desaprovam o atual Gabinete japonês, prejudicado pelo maior carisma

do primeiro-ministro anterior, Junichiro Koizumi, cujos níveis de popularidade variavam em torno de 60%.

(...)

No primeiro semestre à frente do Executivo, Abe defendeu linha dura na negociação com a Coréia do

Norte, maior papel para o Japão no contexto internacional e a revisão do regime imposto ao país após a

Segunda Guerra Mundial, que inclui reformar a Constituição pacifista que limita o uso da força militar. Abe

deu mostras de querer mudar a forma como o Japão é percebido no mundo, apesar de algumas de suas posições

e comentários sobre a história recente tenham gerado alarme.

O político, neto de primeiro-ministro e filho de ministro, começou o mandato com uma simbólica

viagem à China para acabar com antigas rivalidades, e seguiu com uma viagem pela Europa, deixando de lado

seu principal aliado, os Estados Unidos, que não deve visitar até abril. No entanto, o primeiro-ministro japonês

trouxe à tona velhos fantasmas quando, há algumas semanas, disse que não há provas de que o Exército

Imperial japonês tenha "forçado" escravas sexuais coreanas e chinesas na época da Segunda Guerra Mundial,

posição que manteve apesar das críticas recebidas também de vários setores nos Estados Unidos.

Abe negou os vínculos entre as autoridades japonesas e as "mulheres de conforto", eufemismo para

definir as prostitutas forçadas asiáticas antes e durante a Segunda Guerra Mundial, mas disse que manteria a

declaração de 1993 pela qual o Governo japonês pediu desculpas pelo ocorrido. As declarações criaram

polêmica internacional e, como consequência, os Governos chinês e sul-coreano - os mais diretamente

afetados - pediram que o Japão assumisse a responsabilidade e deixasse de negar a história. (...)

Page 2: Notícia 2 - Shinzo abe completa seis meses no governo japonês, com baixa popularidade

QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

1

Qual foi a relação entre a baixa popularidade que o primeiro-ministro Shinzo Abe enfrentava nesse

período e sua insistência em uma agenda nacionalista no âmbito da política externa?

2

Qual foi o objetivo de Shinzo Abe em negar os vínculos entre o exército imperial japonês e a

existência de escravas sexuais coreanas e chineses durante a ocupação dessas regiões na Segunda

Guerra Mundial?

3

Como e porque os governos chinês e sul-coreano reagiram a essas declarações do então primeiro-

ministro japonês?