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Introdução e Conclusão Grupo: Aline Moraes Cinnara Cardoso Edenilton Santos Fabrício Arruda Juliana Jacome Katiuska Barrera Rejane Alves

O destino do jornal

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Trabalho sobre o livro "O destino do Jornal" de Lourival Sant´anna. 5º período de jornalismo 2012/1 (PUC Goiás)

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Page 1: O destino do jornal

Introdução e

Conclusão

Grupo:Aline Moraes

Cinnara CardosoEdenilton SantosFabrício ArrudaJuliana Jacome

Katiuska BarreraRejane Alves

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→ No inicio da década de 2000, os três principais jornais brasileiros – O Globo, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo – sofreram expressivas quedas na circulação. E em meados da mesma década, ela voltou a crescer. Porém longe de voltar a alcançar os recordes registrados em meados dos anos 90.

→ Os dados indicam que não só menos pessoas estão lendo jornais, como também o fazem por menos tempo – tanto no Brasil quanto em muitos países desenvolvidos. Essa queda coincide com o período de acirramento da concorrência de outros meios de informação: internet, TV’s por assinatura, as emissoras de rádios noticiosas, e as revistas semanais.

I n t r o d u ç ão

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→ O aumento da concorrência e a queda da circulação e de receitas ocorreram em momento em que as empresas que publicam os três mais importantes jornais brasileiros atravessavam dificuldades financeiras, resultantes de dividas assumidas na década de 90.

→ As dificuldades financeiras motivaram a profissionalização da gestão do Grupo Estado, e os membros da família Mesquita recuaram dos cargos de direção, o que já tinha ocorrido nas Organizações Globo, onde a família Marinho já havia efetuado essa transição. A família Frias, da Empresa Folha da Manhã, foi à única que se manteve na gestão da empresa.

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→ Essa mudança nas modalidades de gestão temimplicações importantes sobre a cultura da empresa. Executivos formados em outros setores tendem a demonstrar menos propensão a aceitar investimentos que não gerem rentabilidade.

→ Newpaper Association of America: numero de usuários que acessam páginas de jornais na internet aumentou 21% em 2005, na comparação com o ano anterior. Quanto ao numero de páginas visitas, o crescimento foi de 43%.

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→ As tecnológicas digitais de difusão de informação abrem novas possibilidades para os jornais, seja no sentido de sua convergência com outros meios, seja na incorporação e comercialização dos produtos jornal, isoladamente.

→ A interatividade na internet possibilidade uma troca sem precedentes entre as redações e os leitores, que podem contribuir com pautas, informações, e feedback sobre o produto do trabalho jornalístico.

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→ Hipertexto: vantagens no Jornalismo e na Publicidade.

→ Informação em rede: banco de dados permite o acesso a todos os conteúdos já veiculados anteriormente.

→ Questão como “Até que ponto o trabalho jornalístico pode estar integrado às estratégias comerciais de um veículo de informação?” surgem nas empresas de jornais impressos que disputam audiência e receita com os meios on-line.

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→ Surge figura do gerente responsável pela relação “pautas jornalísticas X estratégias de venda de espaço publicitário e de marketing”.

→ Mudanças do ofício do jornalista alteram o produto final jornalístico?

→ Ferramentas de apuração

→ Custos do jornal de papel e da internet

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→ Citação de Arthur Sulzberger, do jornal The New York Times: Não importa quando rodaremos nossa última edição de notícia impressa. Continuaremos sendo a grande fonte de notícias e de informação neste país e talvez no mundo. Vamos fazer na web. Vamos fazer na televisão. Vamos fazer no impresso.

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→ As empresas devem se adequar a esse processo virtual, em que os conteúdos do jornal impresso, agora são produzidos na internet. A gerente de Projetos Especiais da Associação Mundial (WAN), Martha Stone, diz que os consumidores do jornal impresso não são aqueles que compram nas bancas ou os que assinam. São também os que consomem os conteúdos produzidos pela internet. Stone, afirma que todos dependemos de multimídia.

→ A questão é: como os jornais devem reagir às novas oportunidades que esses recursos oferecem?

→ O jornal dá sentido à informação de uma maneira que a maioria dos outros meios, com exceção da revista semanal, não dá. O jornal é objetivo sem ser raso e reflexivo sem ser evasivo.

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→ Os grandes jornais têm usufruído um bom equilíbrio entre receitas e gastos correntes e investimentos. Suas redações são grandes. Sua estrutura logística é adequada. De todos os meios, os grandes jornais são, de longe, os que mais produzem conteúdo jornalístico, notícias e análises próprio.

→ Os anunciantes também identificam no jornal qualidades que lhes são caras. Seu público tem alto poder aquisitivo; os anúncios publicados nele emprestam o seu prestígio para as marcas dos anunciantes. Até características que poderiam ser consideradas limitações têm o seu lado positivo, como a circunscrição geográfica bem definida pela sua distribuição física, que permite ao anunciante estabelecer clara estratégia espacial. E os jornais têm um conhecimento relativamente bom do perfil de seu público.

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→ O reconhecimento de todos esses atributos leva os diretores dos jornais a acreditar que a melhor resposta ao acirramento da concorrência é o investimento nas qualidades que os distinguem dos outros meios.  → No conjunto dos meios de informação, os jornais ocupam papel de destaque, tanto dos pontos de vista político, social e cultural, quanto como objeto das ciências da comunicação. Os grandes jornais são os únicos meios, no Brasil, e geralmente em outros países também, cujas redações são formadas por centenas de jornalistas e são os meios mais estruturados para produzir apuração genuína de informação. Tanto que devido a isso, costumam pautar os demais meios.

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→ Neste trabalho, o autor enfoca três jornais: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. São os três maiores jornais do país e não somente no sentido quantitativo como também qualitativamente. São jornais que buscam cobrir os temas de relevância nacional e influir nas tomadas de decisão de políticos e empresários no plano nacional. São também jornais que se propõem a preservar a sua saúde financeira e a diversidade de suas carteiras de anunciantes.

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Um veiculo vulnerável do ponto de vista financeiro é mais suscetível de vergar sob o peso das pressões político-econômico que governos e grupos empresariais procuram exercer sobre os meios de informação.

A principal dificuldade do jornal e na tecnologia e na mudança do hábito de leitura e que é um grande desafio para lucratividade dos grandes jornais. Neste trabalho foi utilizado varias fontes coletas, as seguintes fora:

→ Levantamento de dados quantitativos e qualitativos;

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→ Revisão da leitura;

→ Entrevistas com os diretores de redação;Elas abordam o impacto das novas tecnologias, do acirramento da concorrência e das mudanças dos hábitos de leitura sobre os respectivos jornais. Além disso, dão sua visão sobre até que ponto seus jornais deverão trocar o suporte de papel pelo digital e como devem se qualificar para atrair os leitores.

→ Entrevistas com especialistas e pesquisadores internacionais.

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C o n c l u s ã o

→ Quando o projeto foi esboçado, no fim de 2003, os jornais estavam imersos em uma crise. Sua circulação caía desde o início da década.→ Dois anos depois, em 2005 quando os diretores de redação do Estado, da folha e do Globo concederam entrevistas para este livro, celebravam o aumento da circulação dos jornais e marcas inéditas de lucratividade.→ A crise dos jornais não é o tema deste livro. A tentativa, aqui, foi de identificar o que há de estrutural, para além do crítico.→ A tentação de extrapolar de um para o outro é grande.→ Há a decretação da morte do jornal. E há o seu oposto: a convicção de sua eternidade. A verdade provavelmente reside em algum ponto entre os dois extremos.→Dessa forma, trata-se aqui mais de uma mediação.

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→ Os três fatos identificados por este livro, em torno dos quais ele gravitou do início ao fim são: o acirramento da concorrência, a mudança nos hábitos de leitura e a inovação.→ Os picos de circulação observados nos anos 1990 não servem de comparação para avaliar, no nível estrutural, o comportamento do setor nesta década.→ Naquele período, os jornais não vendiam apenas notícias, colunas, artigos, fotografias, infográficos, informações de serviços e classificados, mas também coleções de livros, de filmes e de CDs. Portanto, aqueles padrões de circulação não eram estruturais, mas críticos.→ Na década de 2000, os dados quantitativos revelam que o número de exemplares de jornal por habitantes adultos está diminuindo aceleradamente. A queda foi de 29% no período de 2001 a 2005.

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→ Na pesquisa qualitativa, constatou-se como o jornal se vê obrigado a reacomodar-se no interior de uma c esta de meios de informação. O número de meios cresceu, e o tamanho da cesta ou permaneceu o mesmo ou diminuiu, devido ao trabalho, ao trânsito e aos afazeres cotidianos que competem pela atenção do público-alvo.→ A informação é reconhecida como produto vital, a do tipo utilitário, ganha importância. Nesse tipo de produto, jornais locais, sites na internet, emissoras de rádio e até alguns canais de TV a cabo são, em geral, mais eficazes do que jornais de circulação nacional.→ Por outro lado, a demanda por informação mais completa, pela contextualização das notícias pela análise e interpretação dos fatos, não se perdeu.

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C o n c l u s ã o

→ Nesse quadro, é difícil prever se, a curto prazo, a demanda pelos grandes jornais diminuirá, continuará estável ou aumentará. A médio e a longo prazos, a tendência parece ser a de queda dessa demanda.→ Mas é também razoável esperar que uma outra parcela, talvez majoritária, não o faça.→ Modificar o jornal em função das tendências observadas não seria uma tarefa fácil.→ Dentre todos os meios, o jornal é descrito como o mais completo e o de maior credibilidade, o que vai fundo. Ele dá sentido à informação. Não é quente demais e nem frio demais.→ De todos os meios, os grandes jornais são os que mais produzem conteúdo jornalístico – notícias e análises – próprio.

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C o n c l u s ã o

Jornal x Internet

→ A internet está roubando o espaço dos jornais, então possivelmente eles apostarão em versões online, em PDF ou HTML que não modificam a estrutura da matéria e os custos de produção e distribuição, geralmente muito elevados nas publicações tradicionais, são reduzidos sensivelmente na Internet.

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C o n c l u s ã o

O jornal em papel vai acabar?

Para evitar a “morte” dos jornais, é preciso investir mais. Precisamos de jornalistas com:

→ Experiência→ Formação→ Talento→ Responsabilidade → Condições de trabalho→ Influência→ Credibilidade

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C o n c l u s ã o

Mais da metade da população está conectada

→ O número de pessoas que lêem os jornais on-line aumenta dia após dia. → No Brasil 57,6% da população buscam notícias e informações na rede.

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C o n c l u s ã o

Lourival Sant’Anna desenvolve seu trabalho com base em três fatos estruturais das transformações no mercado jornalístico:

→ O acirramento da concorrência

→ A mudança dos hábitos de leitura

→ A inovação tecnológica

Usa como base da pesquisa os três jornais mais influentes do país (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo) e busca analisar como estes estão se posicionando nesse novo cenário. Em outras palavras, o autor discute o futuro do jornal impresso.

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O acirramento da concorrência

A diminuição da circulação dos jornais coincide com o surgimento de novas técnicas e meios de trabalho. Para Sant’Anna o que contribuiu para essa mudança foi:

→ O surgimento e a expansão da internet→ O crescimento da TV por Assinatura→ O aumento do espaço dado ao jornalismo nas emissoras de rádio

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A mudança dos hábitos de leitura

O autor mostra, através de pesquisas quantitativa e qualitativa, a mudança que ocorreu com os jornais que perderam público para as novas mídias.→ Entre o início de 2002 e final de 2005, a web ganhou 5,1 milhões de novos usuários, atingindo 33,4 milhões. Desses mais da metade (57,6%) busca notícias e informação na rede.

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C o n c l u s ã o

Para o autor, a inovação da tecnologia, modificou as técnicas de apuração e a maneira de se produzir notícia, e abre a possibilidade de convergência com outros meios. E mesmo que não ocorra muitas modificações das notícias do impresso para a internet, Sant’Anna mostra que os veículos parecem caminhar para a integração entre as redações de diários e seus portais.

A inovação tecnológica

→ A média de exemplares por mil habitantes adultos no Brasil, entre 2001 e 2005, foi de 64% para 45%, segundo a Associação Nacional de Jornais.→ O tempo em que os leitores de jornal se dedicam a ele mudou de 64 minutos em 2001 para 46 em 2006.

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C o n c l u s ã o

→ Nos três grandes jornais brasileiros, os gastos correntes de impressão e distribuição representam entre 30% e 40%do total. Com a migração para o on-line isso representa economia.→ A utilização do hipertexto conduz mudanças nas estratégias de venda de espaço publicitário e nas relações entre áreas editorial e comercial.→ A internet está “roubando” verbas publicitárias dos jornais.→ A publicidade representa 75% das receitas dos grandes jornais (50% em anúncios e 25% em classificados).

A inovação tecnológica

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B i b l i o g r a fi a

→ SANT'ANNA, Lourival. O destino do jornal. Rio de Janeiro: Record, 2008.