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O Império Brasileiro - Prof. Medeiros

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Segundo Reinado Período

Regencial

Primeiro

Reinado

1822 1889 1831 1840

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Independência ou Morte de Pedro Américo, 1888

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O Primeiro Reinado (1822-1831)

Pedro de Alcântara,

Francisco, Antônio, João,

Carlos, Xavier de Paula,

Miguel, Rafael, Joaquim,

José, Gonzaga, Pascoal,

Cipriano, Serafim, de

Bragança e Bourbon

(1798-1834) foi corado

com o título D. Pedro I;

Briga pelo poder:

grandes proprietários de terra (brasileiros) X

imperador, a corte e grandes comerciantes (portugueses);

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• Reconhecimento externo da independência:

- EUA (1824): Doutrina Monroe + mercados.

- Portugal (1825): indenização de 2 milhões de libras + título de Imperador Honorário do Brasil, para D. João VI.

- Inglaterra (1827): o Brasil assumiu a dívida portuguesa de 2 milhões de libras + renovação de tratados de 1810 (privilégios alfandegários) + fim do tráfico negreiro (não cumprido).

• Dependência econômica:

– Empréstimos e impostos.

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A Constituição de 1824

Outorgada pelo Imperador;

Monarquia constitucional hereditária;

Quatro poderes: Moderador, Executivo,

Legislativo e Judiciário;

Senadores com cargos vitalícios;

Voto indireto, masculino, aberto e

censitário, baseado na renda dos eleitores.

(Para votar era preciso ter renda anual de, pelo

menos mil-réis, e para ser candidato a deputado,

a renda mínima anual deveria ser de 400 mil-

réis; para senador, de 800 mil-réis.);

A Igreja Católica como “religião” oficial e submetida ao

Estado (Regime do Padroado).

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A Confederação do Equador – 1824 – Pernambuco

O D. Pedro I era muito autoritário e impopular,

provocando uma revolta na capitania de Pernambuco:

a Confederação do Equador.

Após a imposição da Carta de

1824, a elite rural pernambucana

e as camadas médias urbanas

uniram-se e proclamaram-se

independentes em relação ao

Brasil, criando a República da

Confederação do Equador.

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A Confederação do Equador – 1824 – Pernambuco

Principais líderes: o jornalista

Cipriano Barata e o frei Joaquim

do Amor Divino Rabelo Caneca.

O desfecho: com a ajuda da

Inglaterra, as tropas imperiais

reprimiram o movimento com

violência. Os principais líderes

foram executados. Frei Caneca

Causas: o autoritarismo de D.

Pedro I, a alta de impostos e a

pobreza generalizada.

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– Dificuldades financeiras (queda nas exportações,

empréstimos, falta de um produto significativo e

despesas militares).

– Autoritarismo de D. Pedro I.

– Críticas da imprensa.

– Questão Sucessória (Portugal – 1826).

• Medo da recolonização.

– Guerra da Cisplatina (Uruguai – 1828).

• Separação do Uruguai, 8 mil mortos e gastos inúteis.

– Assassinato de Frei Caneca e do jornalista Libero

Badaró.

– Impopularidade de D. Pedro I.

– Noite das garrafadas.

A Crise do Primeiro Reinado

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Com a situação cada vez mais radicalizada, o imperador decidiu

fazer uma série de viagens pelas províncias, na tentativa de

diminuir a oposição a seu governo. O primeiro destino, Ouro

Preto, em Minas Gerais, foi um verdadeiro fracasso. D. Pedro 1º

foi hostilizado pela população da cidade, que fechava as portas, em

sinal de protesto, quando passava a comitiva imperial.

Os portugueses residentes no Rio de Janeiro, então, decidiram

fazer uma grande festa em apoio ao imperador, que retornava de

Ouro Preto. A festividade lusitana, em contraste com o clima de

acirramento político, o assassinato de Líbero Badaró e o

autoritarismo do imperador, só agravaram a situação. Na noite do

dia 13 de março de 1831, o conflito chegou às ruas quando

brasileiros, de pedras e garrafas nas mãos, atacaram os

portugueses. Foi a Noite das Garrafadas.

A Crise do Primeiro Reinado

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O Fim do Primeiro Reinado

Dom Pedro I, ao tomar conhecimento do movimento

de desordem que ocorria nas ruas, ordenou ao

comandante do regimento de artilharia aquartelado

nas proximidades do palácio imperial, que ele e a tropa

fossem reunir-se aos seus camaradas, já que não era seu

desejo que alguém se sacrificasse por sua causa. Pouco

depois, no dia 7 de abril de 1831, redigiu o seu ato de

abdicação:

“Usando do direito que a Constituição me confere,

declaro que hei mui voluntariamente abdico

na pessoa do meu muito amado e prezado filho,

o senhor Dom Pedro de Alcântara”.

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O Período Regencial (1831-1840)

Conforme era previsto pela Constituição de 1824,

pela impossibilidade do herdeiro assumir o trono, foi

nomeado uma junta de regentes até que o monarca

pudesse assumir;

Eram políticos (os regentes) que formavam o

Legislativo e representavam a elite agrária brasileira;

A abdicação consolidou os ideais (“liberais”) que

norteavam a luta pela independência.

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O Período Regencial (1831-1840)

As Regências:

* Regência Trina Provisória (Carneiro de Campos,

Campos Vergueiro e Francisco de Lima e Silva);

* Regência Trina Permanente (Bráulio Muniz, Costa

Carvalho e Francisco de Lima e Silva);

* Regência Una de Padre Diogo Feijó;

* Regência Una de Pedro Araújo Lima.

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Alguns feitos (e características) desse período:

1831: Criação da Guarda Nacional;

1832: Aprovação do Código de Processo Criminal (ou

Penal);

1834: Alteração da Constituição com o Ato Adicional;

Bipolarização política entre os representantes das

classes ricas: liberais (federalização) e conservadores

(centralização);

Instabilidade política, com movimentos separatistas

regionais que colocaram em risco a unidade territorial.

O Período Regencial (1831-1840)

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A Guarda Nacional era uma tropa de

elite, organizada em âmbito municipal,

tendo como comandantes locais os

próprios grandes proprietários. Assim,

seu papel fundamental era o de

mantenedora da ordem interna,

entendendo-se por este termo o

predomínio da elite e o sufocamento a

qualquer foco de rebelião social.

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O Ato Adicional de 1834:

Implantou a Regência Una, eletiva e

temporária;

Suprimiu o Conselho de Estado;

Instituiu as Assembleias Legislativas

Provinciais;

O Rio de Janeiro tornou-se um município

neutro.

O Período Regencial (1831-1840)

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O Fim do Período Regencial:

O Período Regencial (1831-1840)

O Golpe da Maioridade aconteceu no dia

23 de Julho de 1840, com o apoio do

Partido Liberal, pondo fim ao período

regencial brasileiro.

Os liberais agitaram o povo, que por sua vez pressionou

o Senado a declarar o jovem Pedro II maior de idade

aos 14 anos.

Este golpe teve como principal objetivo dar o poder a

Dom Pedro II, para que o inexperiente jovem rei

cedesse aos caprichos dos liberais.

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O BRASIL EM PÉ DE GUERRA!

No Período Regencial, uma série de contradições

tornou particularmente tensas as relações entre o Rio

de Janeiro e algumas províncias.

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Sabinada 1837-1838

Rusga 1834

No geral, podemos

afirmar que as

Revoltas Regenciais

ocorreram

provocadas pelas

disputas políticas

entre as elites locais,

assim como, pelas

condições sociais e

econômicas de cada

província, que

passavam por um

momento difícil, de

grandes injustiças

sociais.

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BALAIADA Contexto: Revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841, no interior da

então província do Maranhão.

Fatores: Durante o período regencial Brasileiro, o Maranhão, região exportadora

de algodão, passava por uma grave crise econômica devido à forte concorrência

com o algodão produzido pelos Estados Unidos. Além disso, a fome e a miséria

assolavam a região e a falta de assistência da Regência deixou a classe média

insatisfeita politicamente.

Atores: Realizada por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros, essa

revolta teve como principais atores o Manoel Francisco dos Anjos Ferreira,

Cosme Bento (liberto), Raimundo Gomes e como combatente à Balaiada, o Barão

Caxias.

Objetivos: Proclamação dos seus ideais republicanos; Fim da fome e da miséria

na província do Maranhão; Redistribuição das terras (Reforma Agrária); Luta

pela abolição da escravatura.

Desfecho: O combate aos balaios foi bastante violento. O movimento de revolta

foi contido em 1841. Cerca de 12 mil sertanejos e escravos morreram nos

combates. Os revoltosos presos foram anistiados pelo imperador Dom Pedro II. A

vitória sobre a Balaiada levou o Coronel Luís Alves de Lima e Silva a ser

condecorado pelo imperador com um título de nobreza: Barão de Caxias.

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CABANAGEM Contexto: Entre 1835 e 1840, na província do Grão-Pará.

Fatores: No início do Período Regencial, a situação da população pobre do Grão-Pará era péssima.

Mestiços e índios viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de vida, os

cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios. Esta situação provocou o sentimento

de abandono com relação ao governo central e ao mesmo tempo, muita revolta. As lutas pela

independência na província tiveram um caráter popular, além da libertação. No Pará existiam

tradições de autonomia na Região do Grão-Pará, que estava ligado diretamente à Metrópole

portuguesa, relacionando-se pouco com o resto do Brasil. Tais tradições fizeram com que os

paraenses resistissem com freqüência às imposições do Rio de Janeiro.

Atores: Envolve os moradores pobres da cidade e dos vilarejos ribeirinhos (os cabanos): índios, ne-

gros e mestiços. Na liderança houve representantes das várias vertentes sociais como: o padre Batista

Campos, o jornalista Lavor Papagaio e o latifundiário Félix Malcher. Com o tempo, os governos

cabanos seriam exercidos por lideranças populares, como Francisco Vinagre e Eduardo Angelim.

Objetivos: Reivindicavam uma distribuição de terras e pediam à classe dominante, formada pelos

grandes fazendeiros e comerciantes portugueses de Belém, o fim da escravidão. A pressão das massas

sobre os governadores nomeados pelo Rio de Janeiro tornou-se cada vez maior. Então os cabanos

tomam o poder e passam a controlar Belém. O objetivo principal era a conquista da independência

da província do Grã-Pará. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho,

moradia, terra, comida...). Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam

obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.

Desfecho: O governo central enviou tropas para acabar com esse movimento. Vencidos na capital

pelas forças do governo, os cabanos reorganizaram as massas rurais, continuaram lutando até 1840,

quando pela violência e opressão, foram obrigadas a aceitar a pacificação. Para muitos historiadores,

a Cabanagem, mesmo reprimida e, ao final, derrotada, foi uma revolta popular que passou da

simples manifestação para uma ascensão efetiva ao poder.

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Monumento à Cabanagem, projetado por

Oscar Niemeyer, em 1985. Belém, Pará.

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SABINADA Contexto: A revolta se estendeu entre os anos de 1837 e 1838. Ganhou este nome, pois seu

líder foi o jornalista e médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.

Fatores: Os revoltosos eram contrários as imposições políticas e administrativas impostas

pelo governo regencial. Estavam profundamente insatisfeitos com as nomeações de

autoridades para o governo da Bahia, realizado pelo governo regencial. O estopim da

revolta ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento militar obrigatório

para combater a Guerra dos Farrapos, que ocorria no Sul do país.

Atores: Foi uma revolta feita por militares, integrantes da classe média e rica da Bahia. O

seu líder foi o jornalista e médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.

Objetivos: Os revoltosos queriam mais autonomia política e defendiam a instituição do

federalismo republicano, sistema que daria mais autonomia política e administrativa as

províncias. A Sabinada, liderada por Sabino Rocha Vieira, destacou-se pela visualização

de um separatismo provisório, isto é, a República Bahiense existiria somente até a

maioridade de D. Pedro II.

Desfecho: A cidade de Salvador Foi cercada e retomada pelas tropas militares enviadas

pelo governo central. Muita violência foi usada na repressão. Centenas de casa foram

queimadas pelas forças militares do Governo Federal. Entre revoltosos e integrantes das

forças do governo, ocorreram mais de 2 mil mortes durante a revolta. Mais de 3 mil

revoltosos foram presos. Assim, em Março de 1838, terminava mais uma rebelião do

período regencial. Francisco Sabino refugiou-se em Mato Grosso, foi morar em uma

fazenda próxima a Cáceres, a fazenda Jacobina.

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REVOLTA DOS MALÊS Contexto: Foi uma revolta que aconteceu na Bahia (1835) no período regencial e no início do

século XIX. O movimento de 1835 é conhecido como Revolta dos Malês, por serem assim

chamados os negros muçulmanos que o organizaram. A expressão malê vem de imalê, que na

lingua iorubá significa muçulmano.

Fatores: Os principais fatores relevantes a revolta do Malês, era um iniciativa contra a

escravidão da população negra que era de grande maioria na Bahia e a imposição do catolicismo

aos negros que tinham por constituição a religião Islâmica, ou seja, muito insatisfeitos com

preconceito e a escravidão africana que vinham a acontecer.

Atores: Inspirados por escravos e libertos Islâmico-Haussás, Mandigas e outros grupos

denominados genericamente de Malês, mas que contou também com a ampla participação de

negros de origem Nagô, entre os quais Licutam, Dandara, Ahuna, Luiz Sanin, Manoel Galafate,

são os principais líderes da revolta.

Objetivos: O Malês propunha o fim do catolicismo (religião que lhe era imposta), o assassinato e

confisco de bens de todos os brancos e mulatos e a implantação de uma monarquia islâmica, com

a escravidão dos não muçulmanos (brancos, mulatos e negros). De acordo com o plano de taque,

assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitória (atual bairro

da Barra em Salvador) “tomando a terra e matando toda a gente branca”. De lá rumariam para

a Água de Meninos e depois para Itapacipe, onde se reuniriam do restante das forças. O passo

seguinte seria a invasão dos engenhos do Recôncavo e a libertação com armas em punho.

Desfecho: O Malês lançava-se a luta apesar de terem perdido a vantagem da surpresa e, ao serem

derrotados, fugiram para o Recôncavo, atacando os coviais. Foram vencidos também nas áreas

rurais e submetidos a severas punições. Os castigos físicos mais violentos recaíram sobre os

libertos, pois os escravos eram valiosos bens de capital dos proprietários que passaram a vigiá-los

mais atentamente.

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RUSGA Contexto: Movimento Social ocorrido em Mato Grosso, no ano de 1834. Essa revolta aconteceu

durante o Período Regencial.

Fatores: Devido à instabilidade política presente no Império, duas sociedades ambicionavam a

tomada do poder provincial. De um lado os políticos liberais defendiam a autonomia política dos

provincianos e as reformas de antigas práticas. Do outro, os portugueses defendiam uma política

centralizada e manutenção de privilégios, respectivamente pela “Sociedade dos Zelosos Indepen-

dentes” e “Sociedade Filantrópica”. Além dos fatores sociais (miséria e desejo de expulsar os

portugueses), houve os econômicos (domínio do comércio) e também os políticos (poder local).

Atores: Liberais (“Sociedade dos Zelosos da Independência”) e conservadores (“Sociedade

Filantrópica”). João Poupino Caldas (Líder Liberal); Antonio Luis Patrício da Silva Manso

(Líder Conservador); o fazendeiro José Alves Ribeiro, o capitão da Guarda Nacional, José

Jacinto de Carvalho, o bacharel Pascoal Domingues de Miranda, o professor de filosofia Braz

Pereira Mendes e o vereador Bento Franco de Camargo; e populares.

Objetivos: Inicialmente, possuía objetivos políticos moderados, mas assumiu caráter violento,

pois os integrantes da Sociedade dos Zelosos da Independência desejavam tomar poder das mãos

de seus adversários (os bicudos). “Bicudo” era um termo depreciativo dirigido aos portugueses

que foi inspirado pelo nome do bandeirante Manuel de Campos Bicudo, primeiro homem branco

que se fixou na região.

Desfecho: Apesar de nenhum dos envolvidos sofrerem algum tipo de punição das autoridades, o

clima de disputa política continuava a se desenvolver em Cuiabá. O último capítulo dessa revolta

aconteceu em 1836, quando João Poupino Caldas, politicamente desprestigiado resolveu deixar a

Província. No exato dia de sua partida um misterioso conspirador o alvejou pelas costas com uma

bala de prata. Na época esse tipo de projétil era especialmente usado para matar alguém

considerado traidor.

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GUERRAS DOS FARRAPOS ou FARROUPILHA Contexto: A guerra iniciou em 1835, no Rio Grande do Sul, na época em que o Brasil

era governado pelo regente Feijó (Período Regencial), mas se estendeu por Santa

Catarina e terminou apenas em 1845, já no Segundo Reinado.

Fatores: O estopim para essa rebelião foi a grande diferença de ideais entre dois

partidos: um que apoiava os republicanos (Liberais) e outro que dava apoio aos

conservadores (Legalistas) o movimento foi deflagrado por causas político-econômico

como os altos impostos nas charqueadas, a escassez de moeda circulante no Rio

Grande do Sul durante todo o período colonial e o pagamento das dividas do governo

central da província.

Atores: Bento Gonçalves, Bento Manoel, Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi, Vicente

da Fontura, Pedro Boticário e David Canabarro.

Objetivos: Pretendiam conquistar maior parcela de autonomia política e econômica,

porém mantendo os vínculos com o império. Embora, durante o movimento, surgiu a

ideia de separatismo, possuíam consciência que o mesmo poderia significar a perda do

mercado brasileiro de charque. Eram a favor de um governo federativo e republicano.

Desfecho: Em novembro de 1836 os revolucionários proclamaram a República em

Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso foi nomeado presidente. Somente em 1837 após

fugir da prisão é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República

de Piratini. Após três anos de batalha e várias derrotas, os “Farrapos” tiveram que

aceitar a paz proposta por Duque de Caxias (o Tratado do Poncho Verde). Com isso,

em 1845 a rebelião foi finalizada.

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Segundo Reinado Período

Regencial

Primeiro

Reinado

1822 1831 1840 1889

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1840

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O Segundo Reinado (1840-1889)

Aproveitando o clima de instabilidade, os

liberais (inclusive com votos de parte dos

conservadores) aprovaram uma emenda

constitucional que antecipava a maioridade do

imperador Pedro II, então com 15 anos, para

que ele pudesse assumir o trono. Este fato ficou

conhecido como o Golpe da Maioridade;

Disputas políticas entre conservadores e

liberais;

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Revolução Praieira (1848-1849, em

Pernambuco): os liberais, liderados pelo

republicano Pedro Ivo da Silveira (e outros),

queriam a expulsão dos portugueses e a

nacionalização do comércio, a extinção do Poder

Moderador, a liberdade de pensamento e o

direito ao trabalho. Eram mudanças que

afetariam as estruturas social e política vigentes

no Brasil, por isso a repressão imperial foi

imediata;

O Segundo Reinado (1840-1889)

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Revolução Praieira (1848-1849, em

Pernambuco): os liberais, liderados pelo

republicano Pedro Ivo da Silveira (e outros),

queriam a expulsão dos portugueses e a

nacionalização do comércio, a extinção do Poder

Moderador, a liberdade de pensamento e o

direito ao trabalho. Eram mudanças que

afetariam as estruturas social e política vigentes

no Brasil, por isso a repressão imperial foi

imediata;

O Segundo Reinado (1840-1889)

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Parlamentarismo às avessas: O primeiro

ministro e os demais ministros eram escolhidos

pelo Imperador;

O Segundo Reinado (1840-1889)

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O Café:

o principal

produto de

exportação

brasileira do

período.

O Segundo Reinado

(1840-1889)

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O Café no Oeste Paulista O café passou a ser cultivado em São Paulo devido ao esgotamento do solo do Rio de Janeiro, pois sua produção era extensiva e não mecanizada. O rico solo de terra roxa de São Paulo foi o lugar ideal para que o cultivo continuasse. Essa área não corresponde exatamente ao oeste geográfico de São Paulo. Seguindo a linha férrea da Companhia Paulista, ela estende-se de Campinas a Rio Claro, São Carlos, Araraquara, Catanduva. Já pela estrada de ferro Mojiana, abrange de Campinas para Piraçununga, Casa Branca e Ribeirão Preto.

A forma de produção do Oeste e do Vale era bastante semelhante no começo. O que acabou levando a cafeicultura para o oeste foi, essencialmente, a disponibilidade de terras, que permitiu uma maior expansão dos plantios, também praticados de forma extensiva. Os cafeicultores do Vale, por terem limites geográficos maiores, provocaram um maior esgotamento do solo, diminuindo a produtividade.

Mas outros fatores também ajudaram para que a produção do Oeste Paulista se sobrepusesse à do Vale. As condições de solo e clima eram bem mais propícias para o café em São Paulo, aonde a planta chegava a ter cinco anos a mais de produtividade do que em outras regiões. Também o uso de uma tecnologia mais avançada foi muito importante para São Paulo. Através do arado e do despolpador – para descascar os grãos – aumentaram a eficiência da produção.

Quanto à mão-de-obra, o Oeste também usou a escrava africana. Contudo, por se desenvolver um pouco mais tarde, praticamente quando o tráfico negreiro já havia sido proibido, buscou-se outra forma de trabalho. Vieram os imigrantes.

Surgiu no Oeste Paulista, ainda, uma nova classe social, chamada de “Burguesia do café”. Esse nome foi dado porque nessa região começou a se desenvolver, no final do século XIX, uma economia capitalista. É importante ressaltarmos que os cafeicultores do Oeste não são mais “evoluídos” ou “modernos” que os do Vale. A época em que esses plantios se desenvolveram e as diferenças geográficas foram o que fizeram as diferenças entre as regiões.

Adaptado de Rafael Menezes

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A Guerra do

Paraguai.

O Segundo Reinado (1840-1889)

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A Guerra do Paraguai. Entre 1864 e 1870, o

Brasil envolveu-se na Guerra da Tríplice Aliança

(Brasil, Argentina e Uruguai) contra o Paraguai.

Por questões de fronteiras e para atender a

interesses da Inglaterra, que não aceitava a

independência econômica do Estado paraguaio,

os quatro países entraram em guerra. O

Paraguai foi derrotado e quase totalmente

destruído; sua economia nunca mais se

recuperou;

O Segundo Reinado (1840-1889)

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Consequências da Guerra do Paraguai para o

Brasil:

→ fortalecimento do Exército;

→ retorno da dependência com a Inglaterra;

→ Campanha Abolicionista/Republicana;

→ Fim do Império/Proclamação da República.

O Segundo Reinado (1840-1889)

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Solano Lopez, como

sanguinário. Caricatura de

Angelo Agostini na Revista

Fluminense, 12 06 1869.

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A destruição

causada

pela guerra.

Tela de Juan

Blanes,

1880. Museu

Nacional de

Montevidéu,

Uruguai.

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A transição do trabalho escravo para o

trabalho assalariado no Brasil: leis

abolicionistas e imigração de europeus;

Leis abolicionistas: Lei Eusébio de Queirós

(1850 – fim do tráfico negreiro); Lei do Ventre

Livre (1871 – previa a libertação dos filhos de

escravas nascidos a partir daquela data); Lei dos

Sexagenários (1885 – decretava a liberdade para

os escravos com mais de 60 anos de idade); Lei

Áurea (1888 – extinguir a escravidão oficial no

Brasil).

O Segundo Reinado (1840-1889)

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O Império entrou em crise: questão religiosa

(campanha da Igreja Católica contra a

intervenção do Estado); questão militar (embate

entre o exército e o governo imperial,

principalmente após a Guerra do Paraguai); e

questão da abolição da escravidão (os

escravocratas, que não receberam indenizações

com a Lei Áurea, deixaram de apoiar o

Império);

O Segundo Reinado (1840-1889)

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O Segundo Reinado (1840-1889)

A Crise do Império

A Questão Escravista: o fim da escravidão provoca desgaste na relação Monarquia/Escravistas;

A Questão Religiosa: Padroado e Beneplácito X Maçonaria;

A Questão Militar: fortalecimento do Exército, o Positivismo (Benjamin Constant) e os atritos do Estado com os militares.

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Benjamin Constant: Político e militar fluminense (18/10/1833-22/1/1891). Um dos fundadores da República, é autor da divisa Ordem e Progresso da bandeira brasileira. É também um dos divulgadores do positivismo no Brasil. Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasce em Niterói e em 1852 entra para o Exército. Estuda engenharia na Escola Central e astronomia no Observatório do Rio de Janeiro, na mesma época em que ensina matemática no Imperial Colégio Pedro II.

Em 1887 funda o Clube Militar, importante centro de propaganda republicana do qual se torna presidente. Em 9 de novembro de 1889 preside a sessão na qual os membros do Clube Militar decidem pela queda da monarquia.

Após a proclamação da República assume a pasta da Guerra no governo provisório e, em 1890, é aclamado general-de-brigada em comício público. Nesse mesmo ano passa a chefiar o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Elabora reforma no ensino baseada nos princípios do positivismo, corrente filosófica que considerava a educação prática anuladora das tensões sociais. Morre no Rio de Janeiro.

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Benjamin Constant: Político e militar fluminense (18/10/1833-22/1/1891). Um dos fundadores da República, é autor da divisa Ordem e Progresso da bandeira brasileira. É também um dos divulgadores do positivismo no Brasil. Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasce em Niterói e em 1852 entra para o Exército. Estuda engenharia na Escola Central e astronomia no Observatório do Rio de Janeiro, na mesma época em que ensina matemática no Imperial Colégio Pedro II.

Em 1887 funda o Clube Militar, importante centro de propaganda republicana do qual se torna presidente. Em 9 de novembro de 1889 preside a sessão na qual os membros do Clube Militar decidem pela queda da monarquia.

Após a proclamação da República assume a pasta da Guerra no governo provisório e, em 1890, é aclamado general-de-brigada em comício público. Nesse mesmo ano passa a chefiar o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Elabora reforma no ensino baseada nos princípios do positivismo, corrente filosófica que considerava a educação prática anuladora das tensões sociais. Morre no Rio de Janeiro.

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O Segundo Reinado (1840-1889)

O Movimento Republicano

“A proposta republicana ganhava espaço cada vez maior no país, ao mesmo tempo em que a Monarquia assumia um imagem retrógrada e incompatível com a nova realidade, inclusive internacional.”

O Manifesto Republicano;

A cisão dentro do Partido Liberal e a fundação do Partido Republicano Paulista (PRP);

O Federalismo (apoio das províncias);

O Apoio dos setores médios urbanos;

O Abolicionismo.

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O Segundo Reinado (1840-1889)

A Queda da Monarquia

A Monarquia em crise;

A propaganda republicana;

A aliança oligarquia cafeeira paulista e Exército;

A tentativa (fracassada) de Reforma da Monarquia com Visconde de Ouro Preto;

O Golpe de Estado em 15 de Novembro de 1889.

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Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, segundo imperador do Brasil, nasceu no Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1825. Assumiu o trono em 18 de julho de 1841, aos 15 anos de idade, sob a tutela de José Bonifácio e depois do Marquês de Itanhaém. Em 1843, casou-se como a princesa napolitana Tereza Cristina Maria de Bourbon, com quem teve quatro filhos, dos quais sobreviveram as princesas Isabel e Leopoldina. D. Pedro II consolidou a soberania nacional e incentivou o progresso do país. Homem culto e avesso à política, protegeu artistas, escritores e cientistas, havendo mantido correspondência com vários deles ao longo de sua vida. Fez inúmeras viagens ao exterior, tendo trazido para o Brasil modernas tecnologias, tais como o telégrafo e o telefone, além do selo postal. Muito preocupado com a ecologia, construiu um jardim botânico em Manaus e reflorestou parte do maciço da Tijuca, no Rio de Janeiro, criando a floresta do mesmo nome. Deixou o país dois dias após a proclamação da República, em 17 de novembro de 1889, vindo a falecer dois anos depois em Paris, aos 66 anos, debilitado pela diabetes.

Fonte: www.senado.gov.br

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