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Prof. ª. Esp. Luciana Soares da Cruz

O processo de independência da américa portuguesa

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Prof. ª. Esp. Luciana Soares da Cruz

1. Como ocorreu o processo de separação entre o Brasil e a Coroa Portuguesa nas primeiras décadas do século XIX?

2. Quais interesses estavam envolvidos nesse processo e quem foram os responsáveis pelo mesmo?

3. Como os grupos populares vivenciaram esse processo?

A IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA COLÔNIA PARA METRÓPOLE.

A INSEGURANÇA REINANTE NA EUROPA:

As pretensões imperialistas de Napoleão Bonaparte;

O Bloqueio Continental (1808).

Abertura dos portos (1808);

Tratado de Navegação e Comércio (1810);

Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarve (1815);

Reestruturação administrativa e urbana do Centro-Sul do Brasil;

Articulação econômica entre as regiões brasileiras;

Constituição de uma elite dirigente: portugueses e brasileiros (comerciantes, proprietários rurais, traficantes de escravos e funcionários da Coroa).

Norte e Nordeste Brasileiro:

Desprovidos dos cargos administrativos da Coroa;

Manutenção do monopólio português na região;

Cobrança abusiva de impostos;

Crise internacional do comércio do algodão e açúcar.

Insurreição Pernambucana (1817): PE, RN, CE e PI;

Queda do preço do açúcar e do algodão; Rivalidades entre os produtores locais e os

comerciantes lusitanos; Pensamento liberal e republicano; Proclamação da República e criação de um

governo provisório e Lei Orgânica; FRACASSO: Repressão violenta das autoridades portuguesa; Retirada do apoio dos grandes proprietários por

discordarem das propostas “radicais”.

Retirada das tropas napoleônicas em 1811;

Conselho de Governo do Reino era presidido por um marechal inglês:

Preponderância inglesa nos negócios do império.

Retorno imediato do Rei (D. João VI – 1816);

Fim da Monarquia Absolutista e criação de uma Monarquia Constitucional;

Recolonização do Brasil.

Não havia unidade de interesses:

Grupos dominantes:

1. Manutenção de privilégios conquistados a partir de 1808;

Afastamento do risco de radicalizações populares;

Liberdade econômica para continuar negociando com outras nações.

As divergências eram muitas: a elite do sul propunha uma monarquia dual; a baiana o retorno da sede a Salvador e o controle de Lisboa.

Resistir as tentativas de diminuição do poder absolutista;

Manutenção da economia brasileira, bem mais rentável que a da Coroa;

Manifestações no Brasil: vulnerabilidade às ideias revolucionárias; necessidade de retorno imediato a Portugal;

Aproximação de D. Pedro I às elites coloniais:

1. Resistência as ideias liberais.

2. Preservação da ordem estabelecida: escravidão e hegemonia política do sul.

3. Optar pelo reformismo à revolução.

Partido Português: Composto por comerciantes lusitanos, interessados na manutenção dos privilégios concedidos pela estrutura colonial. Defendiam o retorno do príncipe e a recolonização.

Partido Brasileiro: burocratas, comerciantes, grandes proprietários, advogados. Defendiam medidas reformistas.

Liberal Radical: Defendia a ruptura definitiva, a República e o fim da escravidão.

“Ao proclamar sua independência de Portugal em 1822, o Brasil herdou uma tradição cívica pouco encorajadora. Em três séculos de colonização (1500-1822), os portugueses tinham construído um enorme país dotado de unidade territorial, lingüística, cultural e religiosa. Mas tinham também deixado uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia monocultora e latifundiária, um Estado absolutista. À época da independência, não havia cidadãos brasileiros, nem pátria brasileira.”

(José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil, 2002).