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O Rapaz do Pijama às Riscas, John Boyne Eis um livro que já tinha visto nas livrarias, mas além da capa, nada mais me chamou à atenção, até que li algures, um pequeno resumo sobre o livro e do tema sobre o qual se debruça. Foi o suficiente, para em menos de uma semana comprar o livro e acabar de lê-lo. O livro é cativante, numa linguagem muito acessível, pois o narrador é uma criança de 9 anos. Bruno vê a sua vida mudar de repente. Deixa a sua casa maravilhosa em Berlim, de 5 andares, e os seus 3 melhores amigos, Martin, Karl e Daniel e muda-se para uma casa bem mais pequena em Acho-Vil, de 3 andares, isolada de outras casas, tendo apenas um campo vedado a alguma distância, onde todas as pessoas usam pijamas às riscas. E é através do olhar desta criança e da sua ingenuidade, que vamos entrando no modo de vida de dois mundos bem distintos: - o da casa nova, que é composto pelo pequeno Bruno, a sua irmã Gretel, a mãe e o pai que é Comandante, a executar uma tarefa muito importante a pedido do Fúria; os empregados, e vários oficiais que frequentam a casa e que têm uma braçadeira vermelha no braço, com um símbolo preto; - o campo vedado, onde todos usam um pijama às riscas, têm o cabelo rapado, são magros e têm cara de infelizes. O pequeno Bruno que numa primeira parte apenas observa o campo da sua janela, um dia, farto de estar em casa e sem ninguém para brincar, decide explorar o que existe do lado de fora e é quando encontra Shmuel, um rapaz também de 9 anos, mas que calhou estar do lado de dentro da vedação. E é esta amizade secreta que acompanhamos durante algum tempo, mostrando como afinal somos todos iguais e que as diferenças que nos impõe são tantas vezes absurdas. Ao longo do livro somos levados a pensar em tantas questões levantadas pelo pequeno Bruno. Dos livros que já li sobre esta temática, este é o que menos choca a nível das palavras/vocabulário, pois muitas vezes nem os termos usados são os correctos (embora as pistas estejam todas lá), mas a nível dos sentimentos é igualmente duro!

O rapaz do pijama às riscas

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Page 1: O rapaz do pijama às riscas

O Rapaz do Pijama às Riscas, John Boyne

Eis um livro que já tinha visto nas livrarias, mas além da capa, nada mais me chamou à atenção, até que li algures, um pequeno resumo sobre o livro e do tema sobre o qual se debruça. Foi o suficiente, para em menos de uma semana comprar o livro e acabar de lê-lo.

O livro é cativante, numa linguagem muito acessível, pois o narrador é uma criança de 9 anos. Bruno vê a sua vida mudar de repente. Deixa a sua casa maravilhosa em Berlim, de 5 andares, e os seus 3 melhores amigos, Martin, Karl e Daniel e muda-se para uma casa bem mais pequena em Acho-Vil, de 3 andares, isolada de outras casas, tendo apenas um campo vedado a alguma distância, onde todas as pessoas usam pijamas às riscas.E é através do olhar desta criança e da sua ingenuidade, que vamos entrando no modo de vida de dois mundos bem distintos: - o da casa nova, que é composto pelo pequeno Bruno, a sua irmã Gretel, a mãe e o pai que é Comandante, a executar uma tarefa muito importante a pedido do Fúria; os empregados, e vários oficiais que frequentam a casa e que têm uma braçadeira vermelha no braço, com um símbolo preto;- o campo vedado, onde todos usam um pijama às riscas, têm o cabelo rapado, são magros e têm cara de infelizes. O pequeno Bruno que numa primeira parte apenas observa o campo da sua janela, um dia, farto de estar em casa e sem ninguém para brincar, decide explorar o que existe do lado de fora e é quando encontra Shmuel, um rapaz também de 9 anos, mas que calhou estar do lado de dentro da vedação. E é esta amizade secreta que acompanhamos durante algum tempo, mostrando como afinal somos todos iguais e que as diferenças que nos impõe são tantas vezes absurdas. Ao longo do livro somos levados a pensar em tantas questões levantadas pelo pequeno Bruno.

Dos livros que já li sobre esta temática, este é o que menos choca a nível das palavras/vocabulário, pois muitas vezes nem os termos usados são os correctos (embora as pistas estejam todas lá), mas a nível dos sentimentos é igualmente duro!