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INTRODUÇÃO O presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado “APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A FILOSOFIA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos. É sabido que a formação acadêmica não se limita ao cotidiano da sala de aula, ou seja, assistir às aulas, fazer os trabalhos e ter um bom desempenho nas provas. Durante toda a experiência de vida acadêmica, e sobretudo, durante o exercício da prática profissional far-se-á necessária uma contínua atualização do conhecimento. É necessário que a universidade e seus respectivos professores rompe com certos paradigmas, objetivando a formar filósofos e pesquisadores, consolidando uma educação superior de qualidade, pautada na autonomia e construção própria do aluno, conectada com as exigências da modernidade. A construção da autonomia do pensamento se dá de diferentes formas e que favorece o indivíduo a ter pensamentos críticos-reflexivos, tornando-os autônomos de suas ideias e de seus ideais. Sua construção pode ser favorecida pelo processo da pesquisa. Como diz Demo (2006, p. 49) “[...] somente tem algo a ensinar quem pesquisa.”, demonstrando que a autonomia do professor e do aluno advém da elaboração própria. O professor que tem como norte de sua formação a pesquisa terá autonomia de pensamento. Uma forma apresentada para a construção da autonomia do pensamento é com a metodologia da aprendizagem significativa. A aprendizagem significativa apresenta metodologias variadas e que valorizam o aluno enquanto construtor do processo de aprendizagem. Para tal, o professor deve levar em conta as modalidades de aprendizagem de cada aluno. Uma dessas modalidades é a visual. Portanto, existem alunos que apreendem de maneira significativa com o uso de imagens e filmes. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS Apresentar as possibilidades da discussão filosófica e crítica com o uso de filmes em sala de aula como metodologia da aprendizagem significativa. Para isso é preciso discursar sobre a teoria da aprendizagem significativa, sobre a construção da autonomia do pensamento, como usar o filme em sala de aula de maneira teórica, crítica e que possibilite o debate a elaboração própria. METODOLOGIA Pesquisa qualitativa que segue o método materialismo histórico-dialético, de caráter bibliográfico e de coleta de dados nas escolas. O GEFOPI tem um projeto de extensão “Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala de aula” que promove a discussão do uso de filmes em sala de aula, nas escolas de São Luís de Montes Belos e cidades circunvizinhas. A coleta de dados é com os professores das escolas que participam do projeto de extensão. RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO Os filmes podem gerar nas crianças desde muito cedo um pensamento e uma visão crítica. Os mesmos não trazem somente divertimento ou para entreter, mas para O USO DE FILMES EM SALA DE AULA: uma possibilidade de aprendizagem significativa Kamilla Silva Sousa Fagundes 1 ; Andréa Kochhann 2 , João Roberto Resende Ferreira 3 1 Graduanda do Curso de Pedagogia da UEG, Bolsista de Iniciação a Pesquisa PIVIC/UEG , Câmpus São Luís de Montes Belos- Goiás; 2 Docende da Universidades Estadual de Goiás do Câmpus São Luis de Montes Belos, Orientadora do projeto, Coordenadora do GEFOPI. 3 Docente da Universidade Estadual de Goiás Câmpus CSEH, Orientador do projeto. Levando assim as crianças a apreenderem e a pensar por si próprio sobre o que estão assistindo. Formando assim desde pequenos cidadãos que pensam, refletem e analisam por si só, respeitando a criança como ser pensante e a leitura que a mesma faz do mundo, como esclarece Dürst (1998). Nesse contexto infere-se que o ato de filosofar se faz presente e possibilita a autonomia do pensamento. Apresentamos como sugestão de desenhos infantis o Madagascar, Aviões Dusty, Peppa, a Era do Gelo, Frozen, Carros e outros. A pesquisa foi realizada em uma apresentação do GEFOPI, na cidade de Firminópolis – GO, momento em que o grupo realizou discussões com os professores da escola. No final foi aplicado um questionário. Uma das questões foi sobre a postura do professor que viabiliza a autonomia do pensamento. Docente 01: “Entendo que o professor pode estar instigando os alunos a resolverem os conflitos, não dar as respostas prontas e incentivar os alunos construí-las.”. Docente 02: “O professor deve tentar construir na criança um senso crítico. Relacioná-los com a realidade de cada um.”. Docente 03: “Postura crítico-reflexiva, mediadora e transformadora dos conhecimentos.”. Docente 04: “Deve ser críticos e reflexivos construindo nas crianças uma reflexão crítica de pensar as várias versões de mundo e interpretar e dialogar dentro de suas capacidades.”. Docente 05: “Deve ser diversificado preocupando com as diferentes formas de aprender de cada aluno, entendendo a forma que cada criança tem uma aprendizagem diferente.”. CONSIDERAÇÕES FINAIS As reflexões aqui apresentadas foram com a intenção de inquietar os leitores no sentido do uso de filmes na sala de aula. Pode ser usada como metodologia para a utilização do cinema na educação, ficando a critério do professor a forma de trabalhar. O professor que apresenta uma postura holística e queira valer-se dessa metodologia pode trabalhar de acordo com as sua necessidades, de forma que venha favorecer a discussão dos conteúdos estudados. É importante que fique claro ao docente que o trabalho com filmes é complexo, contraditório e também problemático. Ele exige do professor grande capacidade de interpretação, de reflexão e de interação com os alunos. Encerramos aqui nossas linhas com os apontamentos e reflexões sobre a postura docente GEFOPI Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade

O uso de filmes em sala de aula e a aprendizagem significativa

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Page 1: O uso de filmes em sala de aula e a aprendizagem significativa

INTRODUÇÃOO presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado

“APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A FILOSOFIA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos.

É sabido que a formação acadêmica não se limita ao cotidiano da sala de aula, ou seja, assistir às aulas, fazer os trabalhos e ter um bom desempenho nas provas. Durante toda a experiência de vida acadêmica, e sobretudo, durante o exercício da prática profissional far-se-á necessária uma contínua atualização do conhecimento. É necessário que a universidade e seus respectivos professores rompe com certos paradigmas, objetivando a formar filósofos e pesquisadores, consolidando uma educação superior de qualidade, pautada na autonomia e construção própria do aluno, conectada com as exigências da modernidade. A construção da autonomia do pensamento se dá de diferentes formas e que favorece o indivíduo a ter pensamentos críticos-reflexivos, tornando-os autônomos de suas ideias e de seus ideais. Sua construção pode ser favorecida pelo processo da pesquisa. Como diz Demo (2006, p. 49) “[...] somente tem algo a ensinar quem pesquisa.”, demonstrando que a autonomia do professor e do aluno advém da elaboração própria. O professor que tem como norte de sua formação a pesquisa terá autonomia de pensamento. Uma forma apresentada para a construção da autonomia do pensamento é com a metodologia da aprendizagem significativa.

A aprendizagem significativa apresenta metodologias variadas e que valorizam o aluno enquanto construtor do processo de aprendizagem. Para tal, o professor deve levar em conta as modalidades de aprendizagem de cada aluno. Uma dessas modalidades é a visual. Portanto, existem alunos que apreendem de maneira significativa com o uso de imagens e filmes.

OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOSApresentar as possibilidades da discussão filosófica e crítica com o uso de

filmes em sala de aula como metodologia da aprendizagem significativa. Para isso é preciso discursar sobre a teoria da aprendizagem significativa, sobre a construção da autonomia do pensamento, como usar o filme em sala de aula de maneira teórica, crítica e que possibilite o debate a elaboração própria.

METODOLOGIA Pesquisa qualitativa que segue o método materialismo histórico-dialético, de caráter bibliográfico e de coleta de dados nas escolas. O GEFOPI tem um projeto de extensão “Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala de aula” que promove a discussão do uso de filmes em sala de aula, nas escolas de São Luís de Montes Belos e cidades circunvizinhas. A coleta de dados é com os professores das escolas que participam do projeto de extensão.

RESULTADOS E/OU DISCUSSÃOOs filmes podem gerar nas crianças desde muito cedo um pensamento e

uma visão crítica. Os mesmos não trazem somente divertimento ou para entreter, mas para que se possa associá-los com a realidade. E esse é um papel importante da escola. Ela deve gerar no aluno desde cedo um olhar crítico, um conceito, uma percepção sobre os fatos da sociedade e com eles um aprendizado, relacionando assim a ficção com a realidade. É importante que o aluno comece a perceber nos filmes e nos desenhos as histórias neles encontrados e como se relacionam com a realidade dessas crianças.

É papel do professor possibilitar que o aluno ainda criança reconheça a importância de conhecer e aprender através dos filmes ou desenhos, de uma forma clara e significativa. De acordo com Tassara (1998) enquanto as crianças aprendem a apreender o mundo são capazes de se posicionar e intervir socialmente no meio que vive. Elas são capazes de expressar por meio da fala no contexto social sobre determinado assunto, de uma forma precisa e única.

Segundo Rezende (1998) não há como negar que os filmes, desenhos e tudo que é exposto na televisão têm poder de gerar nas crianças uma visão de construção do mundo, mas tal não pode ser apreendida fora do seu contexto social. A programação que as crianças são submetidas devem ser usadas para o desenvolvimento do seu imaginário e não somente para divertir e brincar.

O USO DE FILMES EM SALA DE AULA: uma possibilidade de aprendizagem significativa

Kamilla Silva Sousa Fagundes1; Andréa Kochhann2, João Roberto Resende Ferreira3

1Graduanda do Curso de Pedagogia da UEG, Bolsista de Iniciação a Pesquisa PIVIC/UEG , Câmpus São Luís de Montes Belos- Goiás; 2Docende da Universidades Estadual de Goiás do Câmpus São Luis de Montes Belos, Orientadora do projeto, Coordenadora do GEFOPI. 3 Docente da Universidade Estadual de Goiás Câmpus CSEH, Orientador do projeto.

Levando assim as crianças a apreenderem e a pensar por si próprio sobre o que estão assistindo. Formando assim desde pequenos cidadãos que pensam, refletem e analisam por si só, respeitando a criança como ser pensante e a leitura que a mesma faz do mundo, como esclarece Dürst (1998). Nesse contexto infere-se que o ato de filosofar se faz presente e possibilita a autonomia do pensamento. Apresentamos como sugestão de desenhos infantis o Madagascar, Aviões Dusty, Peppa, a Era do Gelo, Frozen, Carros e outros.

A pesquisa foi realizada em uma apresentação do GEFOPI, na cidade de Firminópolis – GO, momento em que o grupo realizou discussões com os professores da escola. No final foi aplicado um questionário. Uma das questões foi sobre a postura do professor que viabiliza a autonomia do pensamento. Docente 01: “Entendo que o professor pode estar instigando os alunos a resolverem os conflitos, não dar as respostas prontas e incentivar os alunos construí-las.”. Docente 02: “O professor deve tentar construir na criança um senso crítico. Relacioná-los com a realidade de cada um.”. Docente 03: “Postura crítico-reflexiva, mediadora e transformadora dos conhecimentos.”. Docente 04: “Deve ser críticos e reflexivos construindo nas crianças uma reflexão crítica de pensar as várias versões de mundo e interpretar e dialogar dentro de suas capacidades.”. Docente 05: “Deve ser diversificado preocupando com as diferentes formas de aprender de cada aluno, entendendo a forma que cada criança tem uma aprendizagem diferente.”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS As reflexões aqui apresentadas foram com a intenção de

inquietar os leitores no sentido do uso de filmes na sala de aula. Pode ser usada como metodologia para a utilização do cinema na educação, ficando a critério do professor a forma de trabalhar. O professor que apresenta uma postura holística e queira valer-se dessa metodologia pode trabalhar de acordo com as sua necessidades, de forma que venha favorecer a discussão dos conteúdos estudados. É importante que fique claro ao docente que o trabalho com filmes é complexo, contraditório e também problemático. Ele exige do professor grande capacidade de interpretação, de reflexão e de interação com os alunos.

Encerramos aqui nossas linhas com os apontamentos e reflexões sobre a postura docente mediante o uso de filmes. Esperamos que o modelo do paradigma holístico alicerce a postura didática docente e vislumbre uma aprendizagem significativa em que o aluno seja o produtor do seu conhecimento.

REFERÊNCIAS DÜRST, Walter George. ESPECIALIZAÇÃO DA TV/ESPACIALIZAÇÃO DO SENTIDO. In: PACHECO, Elza Dias (Org.).TELEVISÃO, CRIANÇA, IMAGINÁRIO E EDUCAÇÃO. Campinas. SP: Papirus, 1998.DEMO, P. PESQUISA: princípio participativo e educativo. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2009.REZENDE, Ana Lúcia Magela de.TELEVISÃO: BABÁ ELETRÔNICA? In: PACHECO, Elza Dias (Org.). TELEVISÃO, CRIANÇA, IMAGINÁRIO E EDUCAÇÃO. Campinas. SP: Papirus, 1998.

GEFOPI Grupo de Estudos em

Formação de Professores e Interdisciplinaridade