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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE TEOLOGIA S. TIAGO DE FONTE ARCADA PORTO 2003

Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

FACULDADE DE TEOLOGIA

S. TIAGO DE

FONTE ARCADA

PORTO – 2003

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

FACULDADE DE TEOLOGIA

ORIGENS DA PARÓQUIA DE

S. TIAGO DE

FONTE ARCADA

Luís Filipe da Rocha Coelho Ferreira

Trabalho para a Cadeira de Metodologia Científica Leccionada pelo

Dr. ARLINDO MAGALHÃES CUNHA

PORTO – 2003

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................ 3

CAPÍTULO 1 – A ANTIGUIDADE DE FONTE ARCADA....................................... 4

1. A festa do mastro, permanência de um culto pagão...................... 4

2. A antiguidade do topónimo Fonte Arcada.................................... 5

CAPÍTULO 2 – QUEM VENERAMOS................................................................. 7

1. S. Tiago......................................................................................... 7

2. S. Domingos.................................................................................. 8

CAPÍTULO 3 – MARCAS DO PASSADO............................................................. 9

1. O mosteiro Beneditino.................................................................. 9

2. Os Templários em Fonte Arcada................................................... 10

3. Toponímia..................................................................................... 11

CAPÍTULO 4 – O SURGIMENTO DA PARÓQUIA................................................ 14

1. Fonte Arcada nas fontes bibliográficas......................................... 14

2. O Contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto............ 16

CONCLUSÃO….......................................................................................... 18

BIBLIOGRAFIA…...................................................................................... 19

1. Fontes............................................................................................ 19

2. Obras de Referência...................................................................... 19

3. Estudos.......................................................................................... 20

ANEXOS….................................................................................................. 21

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho académico, para a cadeira de Metodologia Científica, foi-me

proposto elaborar um trabalho sobre o momento da criação de uma Paróquia. Neste

âmbito, optei pela Paróquia que me viu nascer e crescer: S. Tiago de Fonte Arcada.

Fonte Arcada é uma freguesia pertencente ao Concelho de Penafiel, Distrito e

Diocese do Porto. Tem como Orago S. Tiago. Fica a 12 Km da sede de conselho1. Tem,

segundo os resultados preliminares dos Censos de 2001, 1589 habitantes em 503 edifícios2.

No primeiro capítulo procurarei falar da antiguidade de Fonte Arcada,

mencionando a permanência de um culto pagão, (A Festa do Mastro) e analisando o

topónimo (Fonte Arcada) que atestam bem essa antiguidade.

No capítulo segundo, o qual tem o nome “Quem Veneramos” farei, essencialmente,

uma apresentação do Orago S. Tiago, e do S. Domingos, ao qual se dedica a festa da terra.

Em terceiro lugar, num capítulo onde, fundamentalmente, pretendo apresentar a

riqueza do nosso passado, falarei do Mosteiro Beneditino, que aqui existiu, e da presença

dos Templários em Fonte Arcada. Darei, também, uma explicação para a origem de alguns

topónimos

No quarto e último capítulo, farei a apresentação das fontes, em que me apoiei, para

propor 1144, como data em que, a meu ver, é já possível existir a Paróquia de S. Tiago de

Fonte Arcada.

1 Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580.2 Cf. CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VI recenseamentogeral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1-Norte, p. 119.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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CAPÍTULO 1 – A Antiguidade de Fonte Arcada

Bastaria, para provar a antiguidade de Fonte Arcada, falar da região onde esta se

situa. Testemunhos arqueológicos como o Castro do Monte Mozinho, por exemplo, que

dista cerca de 5 Km de Fonte Arcada, atestam bem a antiguidade de toda esta região, que é

sem dúvida, habitada já desde os tempos mais remotos.

1. - A festa do mastro, permanência de um culto pagão

Mas reportando-nos

a Fonte Arcada, temos um

testemunho que nos diz

muito da sua antiguidade, é

ele, a festa do Mastro. Esta

festa começa no dia de S.

Tiago com o abate de uma

árvore que depois de

“limpa” é transportada

pelos homens da povoação

até ao alto do monte de S. Domingos. Após o descanso do percurso, que embora “regado”,

não é nada fácil, enfeita-se a árvore com flores e aí é levantada, onde permanecerá até

quinze dias após o fim da festa de S. Domingos. Esta festa tem raízes nos cultos pagãos,

que perduram até hoje. Jorge Dias diz que:

«Desconhecendo inteiramente a sua origem e sem lhe atribuir qualquer

significado, o povo (...) não vê, se não, nessas práticas uma maneira de festejar e

misturar facilmente as festas religiosas com restos de ritos mágicos, ou costumes

pagãos»3.

3 DIAS, Jorge – Rio de Onor, Comunitarismo Agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura, 1953, p. 337.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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Este ritual, que muitos dizem estar associado a um

costume local muito antigo, de se erguer um ramo de árvore

enfeitado, quando se terminavam as sachas do milho4, está de

acordo com a conceituada opinião de Mircea Eliade, segundo a

qual, se encontram árvores sagradas, e símbolos vegetais na

história de todas as religiões, nas tradições populares e nas

místicas arcaicas5. É minha opinião, e mesmo não conseguindo

atingir com segurança as origens de tal culto, que este é com

certeza um resquício de cultos antiquíssimos que provam a antiguidade da povoação de

Fonte Arcada.

2. – A antiguidade do topónimo Fonte Arcada

Embora neste capítulo o tema seja a antiguidade e não a

origem dos topónimos, (para esta temática ver o ponto três do

terceiro capítulo), parece-me, contudo, adequado e por uma questão

de comodidade, dar já uma explicação, neste ponto, para a origem do

topónimo Fonte Arcada.

O topónimo Fonte Arcada deriva de uma fonte “arcada” aí

existente que, como em outros exemplos no nosso país, dão nome às

povoações6. Esta povoação não será certamente excepção. Manuel

Ferreira Coelho, diz que estas fontes arcadas são assim chamadas

por serem em abóbada. Nestas fontes a água brotava do fundo duma arca ou cisterna, que

servia para consumo das populações7.

4 Esta opinião pude eu mesmo ouvir, recentemente, de vários moradores de Fonte Arcada, que se lembramdesta prática ser frequente, até á poucos anos.5 Cf. ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977, p. 324.6 Cf. GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960, Vol. XI, p. 580.7 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1987, Vol. 2, p. 44.

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Parece-me, portanto, bastante

seguro afirmar que o topónimo tem

origem na fonte existente no lugar de

Aldeia que, como se confirma pelas

fotografias apresentadas, tem as

características referidas. Ponho, no

entanto, a possibilidade de a origem do

topónimo não ser desta fonte, mas de outra que aqui possa ter existido, uma vez que não

me foi possível obter qualquer data desta fonte, (aliás, completamente abandonada pelas

entidades com muita pena da população). Contudo, penso que não há dúvidas sobre a

origem do topónimo Fonte Arcada.

O Padre José Monteiro de Aguiar8 no seu estudo; A Terra de Penafiel, diz que o

topónimo de Fonte Arcada é um nome romanizado, “fonte archatus”, o que parece indicar

que a sua origem é anterior à época do despovoamento entre os Séculos VIII e IX9. O

mesmo autor afirma a existência de Fonte Arcada já nos Séculos XI e XII:

«À terra de Penafiel pertenciam, nos séculos XI e XII, declaradamente, os lugares

de: Rio Mau e Melhundos; Figueira e Rande; Font`Arcada e Vila-Cova de

Perafita; (...)»10.

O que vem ajudar ao que tenho vindo a dizer neste capítulo sobre a antiguidade da

povoação de Fonte Arcada.

8 Sobre a vida deste ilustre penafidelense leia-se: SOUSA, D. Gabriel de, (OSB). – Padre José Monteiro deAguiar, Um Homem de Penafiel. In CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) –Confluência, Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº. 1, 89-103.9 Cf. AGUIAR, José Monteiro de (P.e.) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943, p. 5610 Ibidem, pp. 50-51.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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CAPÍTULO 2 – Quem Veneramos

Este capítulo chama-se, Quem Veneramos, porque essencialmente, o que aqui

procurarei fazer, é dar a conhecer melhor os Santos que veneramos. S. Tiago a quem é

dedicada a Igreja Paroquial (foto da capa), que conserva a orientação das igrejas

românicas, que devido a várias reconstruções posteriores perdeu totalmente o estilo de

origem11. E a S. Domingos, santo que dá nome à festa em Fonte Arcada e é também muito

venerado pelos fonte arcadenses.

1. - S. Tiago

S. Tiago – Apóstolo, que se celebra a 25 de Julho, segundo

o calendário Católico12, é o Orago da Freguesia. Marca o dia em

que começam as festas em Fonte Arcada, mas, como diz, José

Madureira Pinto:

«S. Tiago (...) limita-se a estar associado, na memória da

maior parte dos paroquianos, a um lugar, com pendão e

num andor, nas procissões do Domingo.»13.

S. Tiago é patrono de Espanha, onde é venerado o seu

túmulo desde o século IX, que segundo a tradição local está situado em Compostela.

Dizem alguns escritos apócrifos que Tiago teria vindo para Espanha evangelizar a Galiza.

Tiago, irmão de João Evangelista, era filho de Zebedeu. Assistiu, com Pedro e André, à

11 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 3012 MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 89413 PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nos Campos, Porto:Edições Afrontamento, 1985, p. 404.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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transfiguração do Senhor. Jesus chamava-lhe o “filho do trovão”, devido à sua

impetuosidade. Morreu às mãos de Herodes Agrippa (33 - 44) passado à espada14.

2. - S. Domingos

S. Domingos, que é celebrado a 8 de

Agosto15, é que dá o nome à festa que se realiza

em Fonte Arcada, apesar destas começarem

precisamente no dia do Orago. Só se designa festa

de S. Domingos o fim-de-semana, com noitada e

arraial, pois, verdadeiramente, a festa começa no

dia 25 de Julho com o abate da árvore que irá

servir de mastro. Por isso se chama também aos

dias que antecedem a festa de S. Domingos festa do mastro. As respectivas celebrações

religiosas realizam-se na capela (foto) de S. Domingos que foi erigida no ano de 1690,

vindo depois a ser restaurada, em 1962.

Domingos de Gusmão nasceu em Calaruega, na Diocese de

Osma, em Espanha, por volta do ano 1170. Participou no Concílio de

Latrão e fundou a Ordem dos Pregadores, que vive segundo a regra de

Sto. Agostinho. Instalam-se, primeiro em Paris, e a partir daí

multiplicam-se as fundações, espalhando-se por toda a Europa até ao

Próximo Oriente. Em 1220 realiza-se o primeiro capítulo geral que

estabelece as constituições dos Irmãos Pregadores, que ficaram mais

conhecidos por Dominicanos. Domingos de Gusmão morre em Bolonha,

a 6 de Agosto de 122116.

14 Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000, p.175.15 MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992], p. 90516 Cf. DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa: Terramar, 2000,pp. 65-66.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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CAPÍTULO 3 – Marcas do passado

1. - O Mosteiro Beneditino

Existiu um mosteiro Beneditino em

Fonte Arcada que foi incorporado no de S.

Bento de Avé Maria do Porto17 no século

XVI. Neste mosteiro viveu e professou

“Domna Froilla Hermingues”, riquíssima

senhora que fez grandes doações, em 1228,

aos Templários18. Maria José Chorão data a

fundação de um mosteiro Beneditino, em Fonte Arcada, entre 1085-108919. Saber onde se

localizava o mosteiro, a esta distância e sem documentos que provem a verdade de tal

localização, é tarefa difícil. Contudo apresento aqui fotografias, baseando-me na voz sábia

do povo, dos locais mais prováveis. Tenho tendência em preferir, a Casa da Cova (foto em

cima), devido à sua distância do resto da povoação e devido às terras férteis que a rodeiam,

sabemos como os mosteiros eram construídos em locais isolados e, preferencialmente, com

muita água.

A possibilidade de ser em Cimo de Vila

(foto à direita), parece-me menos provável,

embora, os locais altos fossem também

preferidos para a edificação dos mosteiros.

Contudo, não existiria neste local, à referida

data da edificação, o desejado isolamento. De

referir que a fonte é, precisamente, perto destes

17 O Mosteiro de S. Bento de Avé Maria estava situado onde, actualmente, se localiza a estação de S. Bentodos caminhos-de-ferro.18 Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, Vol. 8, p. 1200.19 Cf. CHORÃO, Maria José Mexia Bigotte – Mosteiros. In AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionárioda História da Igreja em Portugal, Rio de Mouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3, p. 274.

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locais. Se a fonte servia as povoações como já foi dito atrás, logicamente, estas não

viveriam muito longe deste local. Claro que é só uma hipótese, que mereceria muita mais

investigação e estudo que eu, devido à falta de documentação, pelo menos a que tivesse

acesso, não posso comprovar.

2. - Os Templários em Fonte Arcada

A Ordem Militar do Templo de Salomão (Templários) foi fundada por Hugo de

Payens, em Jerusalém, no ano de 1119. Recebe este nome, porque o rei de Jerusalém,

Balduíno II, lhes cedeu uma parte do seu palácio, construído sobre o antigo templo de

Salomão. Era objectivo desta ordem defender os peregrinos à Terra Santa dos ataques dos

Sarracenos. No Concílio de Troyes (1128) recebem como distintivo o manto branco com a

cruz vermelha. Devido ao grande poder económico que alcançaram, os Templários foram

vítimas de lutas pelo poder. Após um período de acusações, muitas vezes infundadas,

Clemente V, cedendo a pressões do rei de França, (Filipe, o Belo), acaba por suprimir a

ordem, no Concílio de Vienne, (1312)20. Após a sua extinção, D. Dinis, rei de Portugal,

aplicou os bens da extinta ordem à Ordem de Cristo, fundada em 131921. È por isto que

Fonte Arcada è, muitas vezes, mencionada como sendo uma comenda da Ordem de Cristo

depois de o ter sido da dos Templários22.

O Padre José Monteiro de Aguiar sobre a presença dos Templários no concelho de

Penafiel e referindo-se à comenda de Fonte Arcada diz o seguinte:

«É facto histórico, incontestável, a existência nesta freguesia de um Mosteiro,

Convento ou Casa da célebre Ordem Monástico – Militar do Templo, - dos

Templários.»23

20 Cf. ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura.- Lisboa: Editorial Verbo, 1975,Vol.17, pp. 1264-1266.21 Cf. Idem.22 Cf. PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico,Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico. – Lisboa: Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão,1875, Vol. 3, p. 208.23 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 28

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Segundo a autorizada opinião de Viterbo, a sua instalação em Fonte Arcada terá

sido antes de 1126 e deve-se a uma doação, de D. Teresa, da «Villa de Font`arcada com

todos os seus termos», aos Frades do Templo de Salomão. Antes de 1126, porque, não se

tem conhecimento de que D. Afonso Henriques tenha feito nova doação. Isto prova que o

rei reconhece que a doação de sua mãe é de uma legítima soberana, o que, como sabemos,

não o faria se esta tivesse sido feita antes de 1126.24 As Inquirições de 1258 confirmam

que, de facto, foi “Domina Regina Tarasia”25, (ver anexo – página 29) que fez esta

doação. Provado que está a sua instalação em Fonte Arcada, pelo que atrás foi dito, valerá

a pena falar do local onde estes terão residido. O Padre José Monteiro de Aguiar diz que:

«O lugar da Ordem (...) ergue-se sobre os alicerces das velhas construções

monásticas, utilizando os moradores até, pelo menos num caso, os restos dos alojamentos

primitivos. (...) O melhor edifício do lugar é a casa da renda, ou celeiro da Ordem, cujo

alicerce e soco são os primitivos, e, talvez, as duas portas arqueadas26, (...)27.

A juntar a isto, podemos referir, ainda o topónimo que nos dá alguma segurança,

para poder pensar que de facto eles residiram no lugar da Ordem.

3. – Toponímia

Aqui apresentarei a origem de alguns topónimos de Fonte Arcada28. Como seria

bastante difícil dar uma explicação para todos os topónimos, apresento, sobretudo, aqueles

que refiro ao longo do trabalho, mas também outros que acho que podem ajudar a

confirmar os factos históricos do passado de Fonte Arcada.

24 Cf. VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica por Mário Fiúza] Porto: LivrariaCivilização Editora, 1984, Vol.2, pp. 584-585.25 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae ScintiarumOlisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579.26 Pela descrição, penso que a casa a que se refere o autor é uma casa que é hoje propriedade do Sr. Antóniode Sousa Coelho. Infelizmente não tive ocasião de obter uma foto.27 AGUIAR, José Monteiro de, (P.e) – Os Templários no Concelho de Penafiel, A Comenda de Font`Arcada.In Relatórios Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I, p. 30-3128 Para esta breve apresentação do significado de alguns topónimos de Fonte Arcada, apoiar-me-ei, sempreque achar necessário nos volumes I, II, III e IV, do estudo Temas Penafidelenses, onde se publica a tentativaetimológica de Manuel Ferreira Coelho.

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Aldeia – vem do árabe Aldaiâ, significa: pequena povoação ou lugar pequeno29.

Anho Bom – é um topónimo retirado da fauna, vem do Latim Agnu (cordeiro) mais, bom.

O adjectivo dá uma expressão valorativa ao substantivo30. Arada – Terra que foi preparada

para cultivo31. De notar que este lugar compreende em si, praticamente, só terra para

produção agrícola, é até muitas vezes mencionado, com a quinta da Arada. Bacelo –

Deriva do substantivo latino Baculo (pau), seria um local onde haveria videiras, onde se

produziam pequenas videiras para plantio32. Bouças – Local vedado ou não, utilizado para

pastoriar animais33. Cimo de Vila – O lugar mais alto da “vila” que delimita o seu termo34.

Codessoso – Lugar onde há codessos, planta da família das leguminosas que dão um

pequena flor amarela35. Cova – Do Latim, Covu que significa côncavo, fundo36. Uma clara

referência à configuração do relevo que está situado num fundo, “numa cova”. Freimonte

– Terá, provavelmente, origem na junção da expressão medieval, Frede, Frey (paz) mais o

termo latino Mons, Montis (monte), resutaria então no bonito topónimo de Monte da Paz37.

Gateira – Indica um local de passagem, uma gateira é um local estreito de passagem38. De

facto, por este local passa o antigo caminho, hoje, praticamente, fora de uso, que servia a

povoação de Fonte Arcada39. Marmoiral – Terá, a ver com a possível existência em

tempos passados, neste local, de um memorial funerário. Lembramos, contudo que

Marmoural significa “terra alagadiça”40. Ordem – Do Latim ordine, com sentido de ordem

religiosa ou militar41. De facto, como já referi atrás, passaram por aqui os Templários. A

hipótese que avancei para o local onde estes residiram é, precisamente, no lugar da Ordem.

29 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985, Vol. I, p. 1630 Cf. Ibidem, pp. 20-2131 Cf. Ibidem, p.2232 Cf. Ibidem, p.3533 Cf. Ibidem, p. 4134 Cf. Ibidem, p. 9035 Cf. Ibidem, p. 9136 Cf. Ibidem. P. 9637 Cf. Ibidem, 1987, Vol. II, pp. 47-4838 Cf. Ibidem, p. 6939 Este caminho deixou de se usar quando foram abertos os caminhos camarários. Isto mesmo mo disse omeu Pai.40 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1989, Vol. III, p. 9741 Cf. Ibidem, 1991, Vol. IV, p. 15

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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Outeiro – Referência, assim como no lugar da Cova, à configuração do relevo. Outeiro

significa alto. Do Latim Altus. Pode significar também, pequeno monte ou colina42. Já

agora e a título de curiosidade a elevação do Outeiro com 228 metros de altura, só é

“batida” pelo monte de S. Domingos, com 294 metros, que é a elevação mais alta de Fonte

Arcada43. Preisal – Vem do termo Prasal, pelo facto de ser uma terra emprasada,

provavelmente pelos Templários. Emprasar era estabelecer um contracto, de que se pagava

de nove um. Era um género de escritura ajustada entre as partes44. Quintela – Formado de

quinta mais o sufixo –ela, da o sentido de quinta pequena.

42 Cf. Ibidem, p. 1743 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – As elevações de terreno do concelho de Penafiel. In SOUSA, AntónioGomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1985,Vol. I, p. 142-14344 Cf. COELHO, Manuel Ferreira – Toponímia Penafidelense. In SOUSA, António Gomes de; COELHO,Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses, Penafiel: Edição dos Autores, 1991, Vol. IV, p. 58

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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CAPÍTULO 4 – O surgimento da Paróquia

Tentar chegar à data precisa de quando foi criada uma Paróquia é o objectivo

principal deste trabalho. Tarefa talvez possível para algumas Paróquias, mas, quando a

Paróquia teve origem à vários séculos, devemos convir que a tarefa se complica. Contudo,

e com alguma documentação, a que consegui aceder, fui caminhando no sentido de poder

chegar a uma data, se não exacta, o mais aproximada possível. Para esta caminhada,

percorri algumas obras de extrema importância para o esclarecimento da origem das nossas

Paróquias. Por isso, farei uma apresentação dos documentos que consultei, pondo aqui os

excertos que achei importantes, para a minha conclusão.

1. - Fonte Arcada nas fontes bibliográficas

Fonte Arcada aparece, pela primeira vez, referida na Diplomata et Chartae num

documento datado de 1064. Este documento trata da doação duma quinta na terra de

Penafiel entre Fonte Arcada e Castromil, feita por Petrus Venegas e sua mulher Sancia ao

Mosteiro de Paço de Sousa.

«(...) palaciolo acisterio monasterium. Ego famulo dei petro unegas una cum uxor

mea domna sancia (...) Et damus (...) in terra penafiel una quinta inter fonte

archada et crestimir(...)»45.

Pelo que me parece, este é o mais antigo documento escrito que faz referencia a

Fonte Arcada, pois não aparece referido outro com data anterior em qualquer estudo a que

tive acesso, ou em alguma das referências bibliográficas, mais significativas. Obviamente

esta afirmação não deixa de estar condicionada pela expressão “pelo que me parece”, uma

vez que poderá existir algum documento mais antigo, mas ao qual eu não tenha tido

acesso.

45 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Diplomata et Chartae. Olissipone [Lisboa]: Iussu AcademiaeScientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I, pp. 275-276.

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Nas Inquisitiones ordenadas por D. Afonso III, em 1258, diz-se que Fonte Arcada

tinha 35 casais que, juntamente, com a Villa e a Igreja, eram coutados pela Ordem do

Templo. Este couto tinha-lhes sido dado pela Rainha D. Teresa. Fica claro nestas

inquirições que o Rei não recebia, daqui, qualquer colecta, uma vez que era tudo dos

Templários.

« Hic incipit inquisitio Ecclesie Sancti Jacobi de Fontarcada (...), juratus et

interrogatus cujas est ipsa Ecclesia et ipsa villa, dixit quod est Ordinis Templi (e)t

est de cautata. Interrogatus quot casalia habentur in ipso cauto, dixit quod xxxv.

Casalia sunt ominia ipsius Ordinis. Interrogatus unde Ordo habuit ipsa casali (...),

dixit quod Domina Regina Tarasia dedit (...), interrogatus si debent dare collectam

Domino Regi, dixit quod non. (...) 46.

No Catálogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos reinos de

Portugal e dos Algarves, feito em 1320 e 1321, a mando do Rei D. Dinis47. Fonte Arcada é

referida como sendo uma capelania da Ordem de Cristo, que tem a taxa de 13 libras e 10

soldos 48. Este catálogo foi feito para averiguar o rendimento de cada igreja, uma vez que,

D. Dinis tinha obtido do Papa João XXII o direito à décima parte das rendas para ajudar na

guerra contra os mouros49.

D. Balthezar Limpo, Bispo de Porto, para saber a quem pertenciam e o que pagava

cada Igreja, mandou fazer o Censual da Mitra do Porto50, em 154251. Também aqui Fonte

Arcada vem mencionada. È uma Igreja do padroado da Ordem de Cristo, quer isto dizer

que era a Ordem de Cristo, como padroeiro, que apresentava o clérigo para a dita Igreja.

46 PORTVGALIAE Monumenta Histórica: Inquisitiones. Olissipone [Lisboa]: Iussu Academiae ScintiarumOlisiponensis, MDCCCXCVII [1897], Vol. I, Fasc. VI & V, p. 579.47 Cf. ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal. [Nova edição preparada e dirigida porDamião Peres] Porto – Lisboa: Livraria Civilização – Editora, 1971, Vol. IV, p. 90.48 Cf. Ibidem, p.95.49 Cf. Ibidem, p.90.50 Cf. SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – Censual da Mitra do Porto: Subsídios para o estudo daDiocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da Câmara do Porto, 1973, p.3.51 Cf. Ibidem, p.12.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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Contudo, esta apresentação estava sujeita à confirmação ou não do Bispo52. Aliás, na

mesma fonte bibliográfica, consta um texto que vem confirmar tudo isto, e diz ainda, que a

capelania de Fonte Arcada, era taxada em 30 libras:

«CRHISTUS. Item a capelania de Samtiago de Fomte Arcada taxada em trimta

livras he da apresemtaçam Milicie Christi.

E da ordem de Christus.»53

2. – O contracto do Mestre do Templo com o Bispo do Porto

Propositadamente não mencionei, falhando a ordem cronológica, no ponto anterior

um documento do “velho códice gótico, coligido por João da guarda”54, ou seja, do

Censual do Cabido de Sé do Porto. Este “apógrapho do século XV,55” contem um

contracto onde eu me apoio para justificar o ano de 1144 como a data em que já existiria

em Fonte Arcada uma organização paroquial. Este documento, que aqui apresento, é um

contrato entre o Mestre dos Templários e o Bispo do Porto, efectuado no ano de 1144,

onde se estabelece o que deve ser dado ao Bispo, quando este visitasse pessoalmente a

«Igr.ª de S. Thiago de Fonte Arcada»56 junto a Paço de Sousa57.

De facto, é neste documento que aparece, pela primeira vez, Fonte Arcada referida

como Igreja. Além disso diz-se no contracto que, o que se estabelece através dele, é para

dar ao Bispo quando este for visitar a Igreja pessoalmente. Não podendo afirmar, com

certeza, posso no entanto afirmar que é possível que Fonte Arcada seja já uma Paróquia em

1144.

52 Cf. Ibidem, pp. 114-11553 Ibidem, p. 21854 Censual do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924, p.5.55 Cf. Ibidem, p. 656 Ibidem, p. 64757 Cf. Idem

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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Para um último esclarecimento do leitor, e antes de apresentar o documento,

convém esclarecer que a data apresentada no documento, 1182, corresponde à era de

César, a qual era utilizada na altura em que se elaborou o presente contracto. Temos,

portanto, de subtrair 38 anos à data apresentada, o que dá efectivamente 1144 d.C.

Vaij o Contr.to que fes o Bp.o D. P.o e M. M.e ( I ) e Irmaons Conv.to de Fonte Ar-da Ordem dos templo sobre a p.cam da Igr.a de S. Thiago de cada. Procuração.Fonte Arcada junto a Pazso de Souza que q.do o Bispo for pes-soalmente a d.a Igr.a por cauza de vez.a se lhe dara por p.cam 3quar. annonae pello buseo med.a do Porto e 5 Buzeos pella d.a

med.a de pam cozido e dous possaes de vinho pella medida deG.ez hua Libra de sera: hua reste de alhos et vnam de Sepis: e2 honças de pim.ta e meyo alq.e de mant.a 40 Ovos meyo aureoaos servos do Bp.o por foro.

Item se dem as carnes de hua Vaca no veram ou dous porcosde preço de hu maravedi e meyo no tp.o do Inverno: alem distomais tres carnr.os no verão ou no Inverno quatro bodes e quatroades e em qualquer tempo 12 galinhas; feito na era de 1182 -fol. LRIJ, verso.

( I ) Mestre.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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CONCLUSÃO

Chegado a esta etapa do trabalho penso poder dizer que consegui atingir os

objectivos, embora, para algumas questões, a resposta não tenha sido a mais satisfatória.

Ao longo do trabalho tive algumas dificuldades, primeiramente, pela inexperiência

na feitura de um trabalho como este, aliada à dificuldade em não encontrar tantas fontes

como pretendia. Algumas contradições na minha pesquisa fizeram com que o trabalho

fosse, por vezes, moroso e desanimador.

Mas apesar de todas as dificuldades, ficou claro, para mim, que Fonte Arcada é

uma Paróquia com vários séculos e com um grande passado. Tudo isto, foi motivo para

aprender mais sobre a minha terra, e sobre a forma como se deve elaborar um trabalho de

caracter científico.

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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BIBLIOGRAFIA

1. - Fontes

ALMEIDA, Fortunato de – História da Igreja em Portugal, [Preparada e dirigida porDamião Peres], Porto-Lisboa: Livraria Civilização - Editora, 1971, Vol. IV

CENSUAL do Cabido da Sé do Porto, Porto: Imprensa Portuguesa, 1924

PORTVGALIAE Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Olisipone [Lisboa]: IussuAcademiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXVII [1867], Vol. I

PORTVGALIAE Monumenta Historica: Inquisitiones, Olisipone [Lisboa]: IussuAcademiae Scientiarum Olisiponensis, MDCCCLXXXVII [1887], Vol. I, Fasciculi IV&V

SANTOS, Cândido Augusto Dias dos – O Censual da Mitra do Porto: Subsídios para oestudo da Diocese nas vésperas do Concílio de Trento, Porto: Publicações da CâmaraMunicipal do Porto, 1973

2. - Obras de Referência

COSTA, Américo – Diccionario Chorographico de Portugal Continental e Insular, Vilado Conde: Typographia Privativa do Diccionario Corographico, 1938, Vol. VI

COSTA, António Carvalho da (Pe.) – Corografia Portugueza e Descripçam Topografica,Lisboa: Valentim Costa Deslandes, MDCCVI [1706], Tomo I

ENCICLOPÉDIA Luso – Brasileira de Cultura, Lisboa: Editorial Verbo, 1969, 1973,1975, Vol. 8, 14, 17

GRANDE Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédica, 1960,Vol. XI

MISSAL Romano, Coimbra: Gráfica de Coimbra, MCMXCII [1992]

PORTUGAL Antigo e Moderno – Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico,Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico, Lisboa: Livraria EditoraTavares Cardoso & Irmão, 1875, Vol. 3

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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3. – Estudos

AGUIAR, José Monteiro de ( P.e. ) – A Terra de Penafiel, Porto: Edição do autor, 1943

AZEVEDO, Carlos Moreira (Dir.) – Dicionário da História da Igreja em Portugal, Rio deMouros: Círculos de Leitores, 2001, Vol. 3

CENSOS 2001: Resultados Preliminares: XIV recenseamento geral da população: VIrecenseamento geral da habitação, Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, 2001, Vol.1 –Norte.

CEPÊDA, Augusto Abreu Lopes; SOUSA, António Gomes de, (Dir.) – Confluência,Penafiel: Circulo Cultural Penafidelense, 1984, Nº.1

DAIX, Georges – Dictionnaire des Saints. [Tradução de Augusto Joaquim], Lisboa:Terramar, 2000

DIAS, Jorge – Rio de Onor, cumunitarismo agro-pastoril, Porto: Instituto de Alta Cultura,1953

ELIADE, Mircea – Tratado de História das Religiões, Lisboa: Edições Cosmos, 1977

PINTO, José Madureira, - Estruturas Sociais e Práticas Simbólico - Ideológicas nosCampos, Porto: Edições Afrontamento, 1985

RELATÓRIOS Camarários. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 1933, Rel. I

SOUSA, António Gomes de; COELHO, Manuel Ferreira (Dir.) – Temas Penafidelenses,Penafiel: Edição dos Autores, 1985, 1987, 1989, 1991,Vol. I, II, III, IV

VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de – Elucidário. [Edição crítica Mário Fiúza] Porto:Livraria Civilização Editora, 1984, Vol.2

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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ANEXOS

Descrição Pág.

Altares da Igreja Paroquial de S. Tiago de Fonte Arcada.............................................. 22

Capela e Imagem de S. Bartolomeu............................................................................... 23

Pórtico e Altar da Capela da Casa do Outeiro............................................................... 23

Mapa do Concelho de Penafiel e Brasão da Freguesia de Fonte Arcada...................... 24

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. Rosto.............. 25

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 275.................. 26

Portugaliae Monumenta Historica: Diplomata et Chartae, Vol. I, pág. 276.................. 27

Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. Rosto...... 28

Portugaliae Monumenta Historica: Inquisitiones, Vol. I, Fasc. IV&V, pág. 579.......... 29

História da Igreja em Portugal, Vol. VI, pág. Rosto...................................................... 30

História da Igreja em Portugal, pág. 95......................................................................... 31

O Censual da Mitra do Porto, pág. Rosto...................................................................... 32

O Censual da Mitra do Porto, pág. 114.......................................................................... 33

O Censual da Mitra do Porto, pág. 218.......................................................................... 34

Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. Rosto............................................................. 35

Censual do Cabido da Sé do Porto, pág. 647................................................................. 36

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Origens da Paróquia de S. Tiago de Fonte Arcada

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Altar do Sagrado Coração de Maria Altar do Sagrado Coração de Jesus

Altar da Nossa Senhora de Fátima

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Capela de S. Bartolomeu S. Bartolomeu(Reedificada em 1866)

Pórtico de Entrada da Casa do Outeiro Altar da Capela da Casa do Outeiro (Louvado seja o SS. Sacramento - 1720) (Imaculada Conceição - 1640)

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