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PARTE 7 11.7-APORTE. Fenômeno Parapsicológico em que a telergia exteriorizada desmaterializa e depois materializa novamente objetos; fazendo-os atravessar muros e outros obstáculos. (pedras caindo "do nada", agulhas no corpo, lágrimas e sangue em imagens, etc). O aporte existe e é relativamente frequente. Depende do homem e é produzido pela sua telergia. Pode-se até fazer a análise do que o inconsciente quer manifestar com esses fenômenos: desejo de chamar a atenção, de vingança, de comunicar uma notícia desagradável ou um perigo que adivinha, manifesta carência afetiva, inveja, etc. Mas como é que a telergia realiza o aporte? Ou seja, como é que a telergia faz objetos atravessarem sozinhos, corpos e obstáculos sólidos e depois fazer com que os objetos aparecerem novamente? Como é que um objeto pode sair de um lugar fechado e aparecer fora dele? Como é que um objeto se desloca sozinho de um lugar para outro? Como é que agulhas podem se desmaterializar, e em forma de energia entrar no corpo e logo se materializar de novo? Sem infecção, sem ferida, sem perigo... E a vítima corre, caminha...sem dor? Nenhum fisiólogo seria capaz de fazê-lo artificialmente. No entanto não há impossibilidade na física moderna. O problema é prático. Uma tentativa de explicação: a) Trata-se de um efeito físico: um corpo físico em movimento no espaço-tempo e através de obstáculos físicos. b) A extensão dos corpos (macroscópios, visíveis) é devida a velocidade em movimento circulatório das partículas que os constituem (em função de três variáveis: massa, energia e vetor velocidade). c) É pela maior ou menor velocidade das suas partículas que os objetos são mais ou menos extensos e que nos dão a ilusão de continuidade. d) Mas os corpos, na realidade profunda, são como redes de partículas microscópicas (massa- energia). e) A massa (quantidade de matéria, coeficiente de inércia) é mínima em relação à energia e velocidade. f) Ora, todo corpo é permeável para qualquer forma de energia e velocidade superiores à sua. Por exemplo, o magnetismo: a energia radiante do campo eletro magnético atravessa qualquer campo porque tem a velocidade da luz (300.000 km/s) que é superior à velocidade molecular (27.000 km/s) dos corpos atravessados. g) Mais ainda, a própria massa dos corpos em movimento varia com a velocidade, segundo um dos teoremas da teoria da relatividade de Einstein. h) Também está demonstrado por experiência de laboratório (desintegração de átomos, etc) que a massa pode se transformar em energia. i ) Se a velocidade de um obnjeto supera a velocidade molecular, então esseobjeto desintegra-se, porque vence a força de atração das partículas que o constituem. Tendo-se tudo isto em vista, o aporte seria explicado teoricamente pelo influxo do homem na velocidade. O doente parapsicológico poderia exercer um influxo dentro do seu campo de forças, em forma de energia neuropsíquica (dinâmica cerebral) sobre a velocidade e atração das partículas (ou moléculas) que constituem os objetos. Cabem três hipóteses: a) O doente parapsicológico imprime ao objeto do apore velocidade superior à das partículas que constituem determinada área do obstáculo: o objeto atravessa então esta área do obstáculo. b) Transforma a massa do objeto em energia: o objeto "desaparece" e a sua energia atravessa qualquer obstáculo. c) Exerce o influxo em determinada área do obstáculo, diminuindo ou neutralizando (durante um décimo de segundo), a velocidade molecular: essa área do objeto ficaria praticamente sem massa, permeável. É o caso, por exemplo, de dona Lucrecia, Lorena – SP. Seu corpo apareceu cheio de agulhas. Braços, pernas, barriga, tinha agulhas de todos os tamanhos. Numa radiografia foram constatadas, só no peito, mais de 200 agulhas. Segundo dona Lucrecia, um feiticeiro, um dia lhe fez propostas imorais que ela, aterrorizada, recusou. Depois de uns dias apareceu em sua porta um despacho, que ela, curiosa, abril e viu uma porção de agulhas de todos os tamanhos. Vingança do feiticeiro, ela pensou. Este fato é fácil de analisar psicologicamente. Mas como Explicar? Você já ouviu falar em aporte? É um fenômeno parapsicológico que se explica da seguinte forma: Nós temos uma força, uma energia corporal, somática, vital, que se transforma e se exterioriza, invisível. É dirigida pela vontade do nosso inconsciente. Esta força imprime tal velocidade nos átomos de um objeto que pode transformar esses pequenos objetos em energia. Essa energia pode atravessar qualquer obstáculo e pouco tempo depois, pelo processo inverso, o objeto volta ao seu formato normal. Com essa força chamada telergia, que todos os seres humanos tem, se explica o aporte, que é a explicação para muitos fenômenos que acontecem. Por exemplo, virgens que choram, Cristo que sangra, pedras que entram pelo telhado de uma casa que as pessoas chamam de mal-assombrada, agulhas e pregos que aparecem no corpo de uma pessoa, sem dor, etc. Este fenômeno freqüentemente é atribuído aos demônios, aos espíritos dos mortos ou a qualquer superstição que se queira. Mas a parapsicologia explica que é pela telergia de um ser humano vivo. O aporte só é possível sobre objetos pequenos, a menos de 50 metros de distância da que inconscientemente o realiza.

Parapsicologia [Parte 07]

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PARTE 7

11.7-APORTE.Fenômeno Parapsicológico em que a telergia exteriorizada desmaterializa e depois materializa novamente objetos; fazendo-os atravessar muros e outros obstáculos. (pedras caindo "do nada", agulhas no corpo, lágrimas e sangue em imagens, etc).O aporte existe e é relativamente frequente. Depende do homem e é produzido pela sua telergia. Pode-se até fazer a análise do que o inconsciente quer manifestar com esses fenômenos: desejo de chamar a atenção, de vingança, de comunicar uma notícia desagradável ou um perigo que adivinha, manifesta carência afetiva, inveja, etc.Mas como é que a telergia realiza o aporte? Ou seja, como é que a telergia faz objetos atravessarem sozinhos, corpos e obstáculos sólidos e depois fazer com que os objetos aparecerem novamente? Como é que um objeto pode sair de um lugar fechado e aparecer fora dele? Como é que um objeto se desloca sozinho de um lugar para outro? Como é que agulhas podem se desmaterializar, e em forma de energia entrar no corpo e logo se materializar de novo? Sem infecção, sem ferida, sem perigo... E a vítima corre, caminha...sem dor? Nenhum fisiólogo seria capaz de fazê-lo artificialmente. No entanto não há impossibilidade na física moderna. O problema é prático. Uma tentativa de explicação:a) Trata-se de um efeito físico: um corpo físico em movimento no espaço-tempo e através de obstáculos físicos. b) A extensão dos corpos (macroscópios, visíveis) é devida a velocidade em movimento circulatório das partículas que os constituem (em função de três variáveis: massa, energia e vetor velocidade).c) É pela maior ou menor velocidade das suas partículas que os objetos são mais ou menos extensos e que nos dão a ilusão de continuidade. d) Mas os corpos, na realidade profunda, são como redes de partículas microscópicas (massa-energia). e) A massa (quantidade de matéria, coeficiente de inércia) é mínima em relação à energia e velocidade. f) Ora, todo corpo é permeável para qualquer forma de energia e velocidade superiores à sua. Por exemplo, o magnetismo: a energia radiante do campo eletro magnético atravessa qualquer campo porque tem a velocidade da luz (300.000 km/s) que é superior à velocidade molecular (27.000 km/s) dos corpos atravessados. g) Mais ainda, a própria massa dos corpos em movimento varia com a velocidade, segundo um dos teoremas da teoria da relatividade de Einstein. h) Também está demonstrado por experiência de laboratório (desintegração de átomos, etc) que a massa pode se transformar em energia. i ) Se a velocidade de um obnjeto supera a velocidade molecular, então esseobjeto desintegra-se, porque vence a força de atração das partículas que o constituem. Tendo-se tudo isto em vista, o aporte seria explicado teoricamente pelo influxo do homem na velocidade. O doente parapsicológico poderia exercer um influxo dentro do seu campo de forças, em forma de energia neuropsíquica (dinâmica cerebral) sobre a velocidade e atração das partículas (ou moléculas) que constituem os objetos. Cabem três hipóteses:a) O doente parapsicológico imprime ao objeto do apore velocidade superior à das partículas que constituem determinada área do obstáculo: o objeto atravessa então esta área do obstáculo. b) Transforma a massa do objeto em energia: o objeto "desaparece" e a sua energia atravessa qualquer obstáculo. c) Exerce o influxo em determinada área do obstáculo, diminuindo ou neutralizando (durante um décimo de segundo), a velocidade molecular: essa área do objeto ficaria praticamente sem massa, permeável.É o caso, por exemplo, de dona Lucrecia, Lorena – SP. Seu corpo apareceu cheio de agulhas. Braços, pernas, barriga, tinha agulhas de todos os tamanhos. Numa radiografia foram constatadas, só no peito, mais de 200 agulhas. Segundo dona Lucrecia, um feiticeiro, um dia lhe fez propostas imorais que ela, aterrorizada, recusou.Depois de uns dias apareceu em sua porta um despacho, que ela, curiosa, abril e viu uma porção de agulhas de todos os tamanhos. Vingança do feiticeiro, ela pensou.Este fato é fácil de analisar psicologicamente. Mas como Explicar? Você já ouviu falar em aporte? É um fenômeno parapsicológico que se explica da seguinte forma: Nós temos uma força, uma energia corporal, somática, vital, que se transforma e se exterioriza, invisível. É dirigida pela vontade do nosso inconsciente.Esta força imprime tal velocidade nos átomos de um objeto que pode transformar esses pequenos objetos em energia. Essa energia pode atravessar qualquer obstáculo e pouco tempo depois, pelo processo inverso, o objeto volta ao seu formato normal.Com essa força chamada telergia, que todos os seres humanos tem, se explica o aporte, que é a explicação para muitos fenômenos que acontecem.Por exemplo, virgens que choram, Cristo que sangra, pedras que entram pelo telhado de uma casa que as pessoas chamam de mal-assombrada, agulhas e pregos que aparecem no corpo de uma pessoa, sem dor, etc.Este fenômeno freqüentemente é atribuído aos demônios, aos espíritos dos mortos ou a qualquer superstição que se queira. Mas a parapsicologia explica que é pela telergia de um ser humano vivo. O aporte só é possível sobre objetos pequenos, a menos de 50 metros de distância da que inconscientemente o realiza.

11.8-DERMOGRAFIA.A dermografia é uma ação cerebral sobre o sistema nervoso simpático que comanda os corpos capilares da pele. A seleção destes corpos em vias de representar um desenho, é uma "maravilha" bem fora da fisiologia normal. Agem em estados normais, de transe, de hipnose ou de exaltação profunda. É um fenômeno especial, à margem da fisiologia normal, parapsicológico.O termo é uma composição proveniente das palavras gregas (dermos = pele e grafia = escrita). Estigmas divinos e diabólicos.O fenômeno é tão antigo quanto a própria humanidade. Sua explicação esteve sujeita às mais diversas interpretações. Ora era tido como um sinal ou castigo de Deus, ora como uma atuação e demonstração do próprio poder do demônio. As interpretações variavam conforme a época e o misticismo próprio do meio sócio-religioso ou supersticioso. Certas dermografias eram atribuídas a Deus, como é o caso de muitos sinais dermográficos de estigmatizados. Outras dermografias eram atribuídas ao demônio, na época clássica da bruxaria. Exemplo: Eram variados os estigmas dos feiticeiros ou "endemoninhados" da Idade Média ou do Renascimento. Podiam consistir em "marcas" sob a forma de lua crescente, uma garra, um par de chifres, uma pata de gato ou de um sapo. Algumas vezes segundo afirmam as atas da Inquisição os "estigmata diaboli" estavam simulados sob a língua, por debaixo das pálpebras, no nariz, embaixo dos cabelos ou nas "partes secretas do corpo". Na concepção dos juízes e inquisidores, as marcas diabólicas podiam ser também frias e insensíveis. Costumava-se por isso, para descobrí-las, raspar o acusado, e introduzir agulhas nas regiôes suspeitas. Caso ele não gritasse em cada nova picada, era um aprova cabal de sua culpabilidade. Influência da imaginação.A preocupação, o medo, a angústia e outros sentimentos agem sobre o organismo. Os neurologistas Hacke e Tuke, Toussaint e Barthelemy, contam o caso de uma senhora, que vendo seu filho passar por um portão de ferro, que caiu no exato momento em que ele atravessava, assustou-se, receando que os pés do menino tivessem sido atingidos.

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Resultou que no corpo da mulher, nos lugares correspondentes a que ela imaginara o acidente, e principalmente nos calcanhares, apareveram riscas vermelhas. Outra mulher teve o pescoço marcado por um círculo eritemoso, por ter receado que um suporte de ferro da chaminé caísse sobre a nuca de seu filho. Nestes dois casos vemos claramente uma sinalização dermográfica relacionada com um sentimento, com uma imagem. Pesquisas feitas no "Antioch Colleg" (USA) resultam numa prova indireta a esse gênero de ocorrências, ainda muito contestadas. Com o auxílio de aparelhos registradores muito sensíveis, os fisiologistas do Instituto demonstram que dentro do útero materno, a criança reage por movimentos muito nítidos, à aceleração das batidas do coração ou soluços, a determinados estados psíquicos da mãe, tais como medo repentino, ansiedade, irritação e cólera. Um simples ruído pode provocar agitação na criança. O Dr. Sontag considera que à influência da cólera, da irritação ou do medo, o organismo materno projeta no sistema circulatório, uma quantidade maior de adrenalina e de acetilcona. Essas substâncias hormonais atravessariam a placenta e excitariam o sistema nervoso da criança. Sabe-se que a criança não só reage ante os estados psíquicos da mãe, como pode ficar seriamente influenciada e marcada por esses estados. Um medo, uma idéia fixa da mãe poderá não apenas afetar o psiquismo da criança, mas poderá afetar igualmente o próprio organismo em formação.E, não é de se admirar se tal influência pode verificar-se em seres humanos, quando influência idêntica é constatada até no reino animal. Um fato verdadeiro, espantoso foi estudado em 1921 pelo "Institut Metapsychique International". Em 1921, o Sr. Duquet, um dos veterinários mais conceituados de Nice, foi incumbido pelo jornal local, o "Eclaireur" de Nice, para examinar um fenômeno estranho ocorrido no interior de uma padaria da cidade. Uma gata tinha parido um gatinho marcado no peito com o número : "1921". O fato foi verificado pelo veterinário e publicado naquele jornal devidamente ilustrado por fotografias do local e dos números impressos no gatinho, que apareciam perfeitamente nítidos. O Instituto enviou ao local um dos seus correspondentes, o Sr. Prozor assistido pelos senhores Duquet e pelo secretário do Consulado da Rússia em Nice. No documento escrito ao Instituto, os encarregados declararam:" as manchas cinza-escuros estão dispostas como algarismos sobre um fundo mais claro e são formados por pelos naturais sem nenhum vestígio de corante". "Os algarismos, pela sua forma, imitam os que se encontram escritos nos sacos comprados em uma fábrica de massas alimentícias, pelo Sr. Davic, que é padeiro.Alguns desses sacos tem em cima do número, três estrelas. Verificamos também que o número constante no peito do gato apresenta em sua parte superior tres manchas pequenas. A ninhada à qual pertencia o gato, estavam ainda tres outros, dos quais um cinzento, igual à mãe e tem a mesma inscrição, localizada mais abaixo, atravessada na barriga, porém menos visível." "Fotografamos os dois gatos e os sacos. Atestamos formalmente que o exame por nós realizados, não dá margem à suposições ou a qualquer outra espécie de fraude". E qual havia sido o processo de formação? O Conde Prozor soube que já na metade da gestação, a gata perseguia um rato, que se escondeu atrás de um saco de farinha que não tinha nenhuma inscrição. Para impedir que a gata, com suas garras rasgasse o saco de farinha, a Sra. Davic jogou um saco vazio para proteger o cheio. Tendo sido sua caça parcialmente impedida, mesmo assim a gata não desistiu da caçada e durante horas a fio, ficou à espreita, com os olhos fixos no saco vazio que levava a inscrição "1921" e acima tres estrelas. A realidade da influência do pensamento, das idéias das mães sobre os filhos era conhecida das antigas matronas gregas e romanas. Acreditando que este fenômeno parapsicológico raro, fosse mais comum, passavam elas horas inteiras contemplando as estátuas de seus deuses e ídolos, certas de que esta contemplação produziria efeitos semelhantes nos fetos em gestação. Entre a classe média, era comum Ter no quarto, estátuas de rara beleza, na convicção de que a beleza da estátua se refletiria no filho mediante a contemplação da mãe. É chamada ideoplasmia das mães, que tanto pode ser positiva quanto negativa, dependendo da idéia dominante.Muito importante é o fato da pele, por sí, constituir um dos órgãos mais influenciáveis por ações psíquicas. As emoções, como nós todos estamos acostumados a observar, tornam o indivíduo pálido ou corado, com muita facilidade. Dado o contínuo desenvolvimento da ciência, a dermografia encontrou uma explicação humana: " Aos muitos fenômenos de estigmatização religiosa e demoníaca, pode-se acrescentar as inúmeras experiências de queimaduras, equimoses, dermografia por sugestão que foram realizadas ou estudadas por muitos pesquisadores. A pele pode apresentar manifestações patológicas, criadas tanto pela hipnose, quanto pela simples auto-sugestão inconsciente. Charcot, empregando a sugestão hipnótica, conseguiu obter grande inchação de uma das mãos, enquanto que a outra se conservava normal. Jendrassik fez a aplicação de um ferro, que provocou sinais de queimaduras, deixando inclusive cicatrizes, quando na realidade era pura sugestão.brunermann demontrou ser possível criar, por meio de sugestão hipnótica, furúnculos, eczemas, úlceras e outras manifestações cutâneas que também podiam desaparecer pelo emprego de sugestão contrária. Se a sugestão ou a auto-sugestão é capaz de produzir determinados efeitos sobre o próprio corpo, ou no caso de mães sobre a criança; a hipnose viria confirmar a realidade e traria uma enorme contribuição para a compreensão de fenômenos tidos como exclusivamente operados por Deus ou pelo demônio. Estas constatações produziram uma grande luz sobre o problemas dos estigmatizados. Possivelmente, o tema mais debatido na experimentação sobre a fenomenologia hipnótica, é o que se refere à possibilidade de obter bolhas cutâneas pela simples ação de estimular representações mentais. Grande precisão A vesicação hipnótica, como é chamada, foi suspeitada, no começo por diversos especialistas que buscam a explicação racional do fenômeno de estigmatização religiosa. Os doutores Bouru e Burot de Rochefort, Liebault e Focachon realizaram experimentalmente a estigmatização, sugerindo-a pura e simplesmente. Depois o fenômeno tem sido frequentemente repetido.Encontram-se numerosos exemplos nas obras sobre o hipnotismo médico. A precisão que se pode alcançar na vesicação sugerida, não fica devendo em nada aos estigmas religiosos. Para realizá-la, traça-se com a ponta de uma espátula, uma palavra, uma figura ou marca sobre a pele do hipnotizado e lhe sugere que sangrará em todos os lugares onde tiver sido tocado com a ponta da espátula. Ea inscrição, primeiramente invisível, vai gradativamente avermelhando-se; depois o sangue começa a aparecer.O professor Artigalas sugeriu a um paciente sujeito a hemorragias naturais pelos ouvidos e olhos, que o snague iria brotar das palmas das suas mãos. A sugestão surtiu efeito e foi preciso outra em sentido contrário para fazer desaparecer esses sintomas. Em 1885, os doutores Bouru e Burot apresentaram no congresso de Genoble o caso de um doente no qual provocaram por sugestão, uma dermografia intensa de exsudação sanguínea. Por outro lado, o Dr. Mabille obteve com toda facilidade, em Louis Viré, a aparição de um "V" sanguinolento no braço. Parece pois, completamente fora de dúvida que a dermografia é um processo ideoplasmático (idéia plasmada no organismo), possível de ser provocado com pessoas de tendências histéricas. O Dr. Eugene Osty pensava uma palavra ou um símbolo; a senhora Karl adivinhava às vezes, o pensamento de Osty, trascrevendo-o dermograficamente na pele.A dermografia demonstra categoricamente o poder espantoso do psiquismo sobre o organismo

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Que a causa da dermografia é o influxo do psiquismo sobre o organismo é evidente. Mas não se conhece, no estado atual da ciência, o processo desse influxo. O Dr. Osty, explicando as fantásticas dermografias da Sra. Kahl e logicamente, outras dermografias afirma: "acontece que ela, para realizar a dermografia de seu pensamento consciente ou inconsciente, deve por meio de um ato engenhosamente seletivo das células piramidais de seu cérebro, agir com tal precisão sobre a hierarquia dos centros vasculares do sistema nervoso vegetativo, centros estes dispostos nos núcleos cinzentos subcorticais, na protuberância, no bulbo, ne medula espinhal, nos gânglios da coluna vertebral, etc. resultando finalmente numa diatação dos únicos vaos capilares; devendo servir ao traçado do que deve ser inscrito, continuando a circulação sanguinea contígua a e efetuar-se normalmente, sem "codificação" do tonus. Ora, a exatidão atingida parece extraordinária, quando se sabe que a rede capilar microscópica excessivamente enovelada, que espalha a substância do sangue no interior dos tecidos, se fosse estendida na superfície cobriria aproximadamente sete mil e trezentos metros quadrados. O fisiologista Pavlov supõe que um novo caminho se forma entre os centros nervosos excitados pelas sensações que provocam o reflexo condicionado e o caminho normal que desencadeia o reflexo absoluto. E Robert Tocquet afirma: "Nos casos de estigmas, acontece a mesma coisa. A visão alucinatória de uma chaga, seja de Cristo ou de outrem, as sensações dolorosas imaginárias que se originam, permitem de maneira verossímel ao influxo nervoso de se abrir progressivamente um caminho até os centros cérebro-espinhais que comandam, por um lado, a irrigação vascular cutânea, e por outro lado, os fenomenos de fagocitose." "Aliás, existem chagas com aparência de estigmas provocada por uma doença da medula, e tendo uma origem nervosa. Seja como for, a sensação inicial provocará uma congestão local dos vasos, seu rompimento e a destruição da derme por fagocitose, sendo que este último fenômeno pode ser provocado pelo primeiro”.A dermografia é uma ação cerebral sobre o sistema nervoso simpático que comanda os corpos capilares da pele. A seleção destes corpos em vias de representar um desenho, é uma maravilha bem fora da fisiologia normal. Agem em estados normais, de transe, de hipnose ou de exaltação profunda. É um fenômeno especial, á margem da fisiologia normal, parapsicológico.