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O Estado Protege Universidade católica de Pernambuco Aluna: Sara Cristina dos Santos Silva Turma: MD4 sala: 807

Pesquisa de TPE

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O Estado Protege

Universidade católica de PernambucoAluna: Sara Cristina dos Santos Silva

Turma: MD4 sala: 807

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Do que se trata?

Este trabalho apresenta uma pequena definição do medo baseado em resumos e documentários feitos a cerca da violência no mundo, fazendo uma pequena passagem no medo na antiguidade e no medievo e chegando aos dias atuais, focando no medo do seu semelhante devido a falta de segurança oferecida pelo Estado que nos obriga que cada um que garanta a sua.

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O Estado Protege?

O sentimento de insegurança é ûnanim, seja em menor intensidade (aqueles que dispõem de algum sistema/circuito/dispositivo de segurança) ou em maior intensidade (estão mais sujeitos ao perigo e desprovidos de segurança). O Estado devia garantir a todos a segurança igualitária, contudo vemos que a situação é contrária a realidade vivida.

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Passado x Presente

Antes de chegar a atualidade é importante analisar como foi introduzido esse sentimento de medo na sociedade. O medo no passado advinha do desconhecido, daquilo que não controlamos. Hoje nós o conhecemos, não apenas o conhecemos como somos capazes de defini-lo.No passado tinha-se muito medo do mar (desconhecido), de doenças para qual não tinham cura (o que era comum), dos castigos impostos pela

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Passado x Presente

religião caso não a obedecesse, independente se duas ordens eram coerentes ou não, medo do satã, da irá de Deus.. Medo de coisas tão subjetivas, capaz de impor medo apenas a crianças, contudo aterrorizava e aterroriza homens feitos até seu último suspiro. Era um medo criado pelo nosso subconsciente, aquilo que incomodava era retratado e transformado no medo.

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Passado x Presente

Como afirmou Jean Delumeau, em seu livro Historia do Medo no Ocidente (um livro dedicado ao estudo do medo), “O distante, a novidade e a alteridade provocavam medo. Mas temia-se do mesmo modo o próximo, isto é, o vizinho.”, leva-nos a uma compreensão de que o medo não é tão abstrato assim, tampouco ausente de presença física. Tomando por base que para o imaginário popular no medievo, aquilo que eles temem estariam de alguma forma

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sempre presente, mesmo que nunca tivessem realmente presente visualmente, entretanto jamais se colocaria em questão sua existência. Dessa forma o medo era algo que poderia vir a aparecer a qualquer hora, mesmo que nunca chegasse a aparecer de fato.

Com o passar do tempo e surgimento de novas classes, as classes acimas eram vistas como “destemidos” por não sofrer tanto como o medo

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cavaleiros, nobres e senhores eram “destemidos”, sendo esse medo do abstrato deixado apenas as classe mais baixas da sociedade, exaltando a valentia, bravura e coragem de um ou outro.

Nos dias atuais, está comum o medo de nosso semelhante, da própria espécie, o sentimento de singularidade está cada vez mais distante do sentimento de coletivo. De certa forma o Estado incentiva isso, pois o individuo ajuda a fazer o serviço

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Passado x Presente

que seria designado a ele, ao ser obrigado a garantir sua segurança. Assim um individuo cria um sentimento de que cada um deve garantir sua segurança, já que o Estado não o faz.

Os muros altos das casas não são esteticamente colocados, assim como os enormes portões de condomínios, cercas elétricas e outros dispositivos, até mesmo a contratação de seguranças particulares, passando uma sensação de segurança. Dentro de sua

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casa, com as portas trancadas, protegido por inúmeros sistemas de segurança, a população se sente segura.

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O medo e suas consequências

A necessidade de proteção é necessária a todos, obviamente, e sempre esteve presente nas sociedades. O que difere é como se resolve. Hoje o medo tem um impacto externo muito forte sobre a sociedade afetando sua rotina e dominando-a. Os muros são construídos com o intuito de separar lados, nesse caso, o seguro do perigoso. A rua, o “lado de fora” de seu muro, é algo ameaçado, pois lá a sua segurança não depende mais de você depende do Estado.

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O medo e suas consequências

O mesmo devia assegurar que todo cidadão pudesse ir de vir para onde quisesse, ainda mais quando se trata de propriedades públicas, o qual não o faz com devida competência, resultando no esvaziamento do espaço público, como praças e parques. Assim levanta-se a questão, o Estado protege ou incentiva cada um a se proteger de melhor forma que puder? E se o cidadão não prover de condições que o proteja de maneira correta dos perigos? Fica a mercê da violência urbana.

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De quem é a culpa?

Importante ainda ressaltar que cada vez a sociedade se culpa mais pelos perigos que corre. Nos dias atuais, o cidadão que anda a noite por algum lugar pouco movimentado, mesmo que aquele seja um caminho necessário em seu trajeto, for assaltado foi descuido do mesmo. Descuido do cidadão ou incompetência do governo que não pode oferecer segurança, ainda mais no espaço público?

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Realidade

Foi acompanhado pela mídia recentemente, no Rio de Janeiro, o caso do médico de 56 anos, que foi morto por uma facada, enquanto andava de bicicleta, por volta das 18 horas, por jovens em uma tentativa de assalto. Como esse a muitos outros, parecidos e até iguais ao caso já citado e é inadmissível achar um outro culpado para tais acontecimentos que não o próprio Estado.

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Realidade

É interessante ainda, ver como existe lugares com níveis de violência absurda, como Honduras que registrou mais de 7000 assassinatos em 2012 e, em contrapartida, há lugares onde homicídios são tidos como casos raros como em Liechtenstein, localizado no centro da Europa, que passou anos sem ter um único caso de assassinato. Uma grande diferença entre lugares, é a forma como é tratada a violência, os presídios cumprem sua função de ressocialização

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Realidade

do cidadão que veio a cometer algum crime. Tais dados levam a questionar o porquê dessa disparidade nas diferenças de violência. Obviamente, outros motivos cabem ao fator de baixa violência, como cultura e história.. Contudo cabe ao Estado interpretar, planejar e implantar a melhor política para formar uma sociedade baseada na sua história.