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Câmara Municipal De Lisboa B A I X A P O M B A L I N A PLANO DA BAIXA POMBALINA 250 Anos Depois VIII Congresso Internacional das Cidades e Entidades do Iluminismo 6 a 8 Out 2011 Lígia Tavares, arquitecta da CML, Divisão de Planeamento Territorial

Plano da baixa pombalina 250 anos depois (lisboa)

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Ponencia presentada por la ciudad de lisboa en el marco del VIII Encuentro de AiCEi celebrado en Vila Real de Santo Antonio en octubre de 2011.

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Page 1: Plano da baixa pombalina 250 anos depois (lisboa)

Câmara Municipal De Lisboa

B A I X A P O M B A L I N A

PLANO DA BAIXA POMBALINA

250 Anos Depois

VIII Congresso Internacional das Cidades e Entidades do Iluminismo

6 a 8 Out 2011

Lígia Tavares, arquitecta da CML, Divisão de Planeamento Territorial

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B A I X A P O M B A L I N AIntrodução

Nesta perspectiva, é importante conhecer a cidade de Lisboa antes do Terramoto e como o Plano de Reconstrução elaborado entre 1755 - 58 foi determinante na sua reconstrução.

1. Lisboa antes do Terramoto

2. O Terramoto de 1755

3. O Plano de Reconstrução da Baixa

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O Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa PombalinaO Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina assume-se como a actualização da regulamentação aplicável assume-se como a actualização da regulamentação aplicável

ao Plano de Reconstrução da Baixa, incorporando as ao Plano de Reconstrução da Baixa, incorporando as alterações efectuadas ao longo de 250 anos e definindo as alterações efectuadas ao longo de 250 anos e definindo as

que ainda poderão ocorrer.que ainda poderão ocorrer.

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Vista de Lisboa no séc. XVI

B A I X A P O M B A L I N A Lisboa antes do Terramoto

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Planta de Lisboa em 1650

B A I X A P O M B A L I N A Lisboa antes do Terramoto

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Praça do Rossio antes do terramoto de 1755

B A I X A P O M B A L I N A Lisboa antes do Teramoto

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O Terreiro do Paço no séc. XVII

B A I X A P O M B A L I N A Lisboa antes do Terramoto

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O terramoto do 1º de Novembro de 1755

B A I X A P O M B A L I N A O Terramoto

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B A I X A P O M B A L I N A O Terramoto

Imagens da destruição do Terramoto

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B A I X A P O M B A L I N A O Terramoto

Obras de Voltaire, legendadas em alemão e francês que se referem ao Terramoto de Lisboa:

1756 1759

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B A I X A P O M B A L I N A

O Plano-piloto foi desenvolvido entre Dezembro de 1755 e Junho de 1758

Das 6 propostas apresentadas foi escolhida a Planta elaborada por Eugénio dos Santos e Carlos Mardel

A reconstrução da Baixa foi um acto de vontade planificadora e como tal Pensada , Programada e Edificada” (Walter Rossa, 2004)

O Plano de Reconstrução

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Eugénio dos Santos e Carlos Mardel (at.), Plano de reconstrução de Lisboa, 1755-58

B A I X A P O M B A L I N A O Plano de Reconstrução

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B A I X A P O M B A L I N A O Plano de Reconstrução

O Cartolário Pombalino

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B A I X A P O M B A L I N A O Plano de Reconstrução

O Plano de reconstrução de Lisboa revelou-se de um enorme valor inovador, introduziu:

Novo sistema construtivo anti-sísmico a Gaiola

Sistema de prevenção contra incêndios

O equilíbrio na relação entre a altura dos edifícios e a largura das ruas

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Câmara Municipal De Lisboa

B A I X A P O M B A L I N A O Plano de Reconstrução

Um sistema de saneamento de esgotos e águas pluviais;

Utilização de mecanismos de perequação

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B A I X A P O M B A L I N A“250 anos depois”

Câmara Municipal De Lisboa

Introdução de outras tipologias arquitectónicas e construtivas

Diversidade Tipológica contribuiu para valorização da Baixa;

Recente descaracterização das tipologias e da Baixa;

Apesar desta diversidade tipológica manteve a unidade do conjunto;

Capacidade de adaptação do plano ao longo dos tempos;

Centro da cidade até aos anos 60 do séc. XX;

Centro da cidade deslocou-se para norte

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B A I X A P O M B A L I N AP P de Salvaguarda

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A Baixa nos nossos dias :

edifícios devolutos e em mau estado de conservação

comércio em decadência

os serviços deslocaram-se para outras zonas da cidade

população residente é reduzida e idosa.

B A I X A P O M B A L I N A“250 anos depois”

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B A I X A P O M B A L I N A“250 anos depois”

Câmara Municipal De Lisboa

Revitalização da Baixa passa por diferentes níveis de intervenção:

repovoamento

recuperação do edificado

qualificação do espaço público

criação de actividades inovadoras e de qualidade

criação equipamentos

reestruturação da estrutura viária e da mobilidade.

B A I X A P O M B A L I N A“250 anos depois”

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B A I X A P O M B A L I N APP Salvaguarda

“É preciso reinventar a Baixa” (José Augusto França )

“Projecto de Revitalização da Baixa-Chiado” apresentado pelo Comissariado da Baixa e aprovado em 2007.

Foi elaborado o Plano de Salvaguarda conjuntamente com organismos que tutelam o Património (IGESPAR e DRCLVT) tendo sido assinado Protocolo entre a CML e estas entidades.

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B A I X A P O M B A L I N AP P de Salvaguarda

6 Objectivos do Plano:

A salvaguarda do património histórico, arqueológico, arquitectónico e urbanístico ;

Promover a revitalização do conjunto urbano da Baixa;

Restabelecer a segurança e salubridade do edificado;

Definir as condições e regras para a identificação, protecção e integração dos valores históricos e arqueológicos;

Estabelecer as regras para a conservação e reabilitação do edificado;

Regulamentar as condições de integração de usos de comércio, habitacionais, de serviços, e equipamentos;

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B A I X A P O M B A L I N AElementos constituintes do Plano

Planta de Implantação

Planta de Condicionantes

Regulamento e 5 anexos:

Anexo 1 – Alçados dos imóveis

Anexo 2 - Listagem das lojas Históricas/Emblemáticas

Anexo 3 – Regras específicas sobre fachadas, esplanadas, toldos e

elementos publicitários.

Anexo 4 – Listagem dos imóveis Direito de Preferência do Estado

Anexo 5 – Listagem dos imóveis Direito de Preferência do IGESPAR

São Elementos constituintes do Plano:

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B A I X A P O M B A L I N A Planta de Implantação

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B A I X A P O M B A L I N AANEXO 1 – Ficha de Alçados

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Anexo 1 do Regulamento – Ficha de alçados do quarteirão R. Augusta /R. dos Douradores /R.St.ª Justa /R. da Betesga

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B A I X A P O M B A L I N A Unidades de Execução

UE 1 – Edifício R. dos Fanqueiros / R. da Madalena

UE 2 – MUDE Museu do Design e da Moda R. Augusta

UE 3 – Terraços do Carmo UE 4 – Frente Ribeirinha Terreiro do Paço

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O Regulamento do Plano estabelece os seguintes principios de intervenção:

B A I X A P O M B A L I N ARegulamento - Princípios de intervenção

Principio geral de Intervenção :• Manutenção e conservação do existente

Princípio geral de distribuição de usos:• No R/C: Comércio, serviços, indústria compatível e equipamentos;• Nos pisos superiores: habitação ou serviços;

Princípios específicos de distribuição de usos:• No R/C e sobrelojas poderá haver áreas de armazenagem, sob condições;• Uso único no edifício desde que seja: habitação, comércio, serviços ou equipamentos;

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B A I X A P O M B A L I N ARegulamento - Princípios de intervenção

Princípios gerais para aceitação de alterações ao edificado que:

• não ponha em causa elementos patrimoniais;• reponha ou assegure a segurança do edificado;• reponha métricas ou corrijam anteriores intervenções a nível da linguagem;• vise salvaguardar os elementos patrimoniais existentes;• Proponha dotar de condições de habitabilidade os edifícios, nomeadamente em questões de salubridade e mobilidade;• vise repor as situações originais dos edifícios, quer a nível de cérceas, quer a nível de logradouros/saguões;• corrija materiais ou técnicas aplicadas;• restabeleça o equilíbrio volumétrico dos quarteirões;• proponha dotar o edifício de melhores condições térmicas e acústicas;• vise alterar o uso no seguimento das propostas do Plano.

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B A I X A P O M B A L I N A PP de Salvaguarda

O Plano propõe 2 Eixos Estruturantes de ligação entre a Baixa e as Colinas

R. de St.ª Justa R. da Vitória

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B A I X A P O M B A L I N APP de Salvaguarda

Na R. de St.ª Justa está prevista a Ligação Pedonal ao Largo do Carmo e aos Terraços da GNR

(projecto do Arq. Álvaro Siza Vieira)

A 1ª Fase do projecto estabelece a ligação do Pátio B ao Lg. do Carmo prevista no PP Zona Sinistrada do Chiado (1991)

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B A I X A P O M B A L I N APP de Salvaguarda

1ª Fase - Ligação do Pátio B ao Lg. do Carmo

Planta Cortes

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Rua do Carmo e Cç. do Sacramento Lg. do Carmo e Rua do Carmo

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B A I X A P O M B A L I N APP de Salvaguarda

2ª Fase - Ligação aos Terraços da GNR

•Demolição dos anexos da GNR •Requalificação dos terraços •Abertura do espaço exterior ao público e abertura de cafetaria •Articulação com o Museu Arqueológico do Carmo e futuro Museu da GNR•Inclusão de elevador em edifício camarário na R. do Carmo para aceder aos Terraços da GNR

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B A I X A P O M B A L I N APP de Salvaguarda

Na R. da Vitória está prevista uma ligação pedonal da Baixa ao Castelo

Edifício de acolhimento projecto instalação de meio mecânico entre a R. dos Fanqueiros e a R. da Madalena ( Arq. J. Falcão de Campos)

R. Fanqueiros

Piso 0

R. MadalenaPiso 4

Planta

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B A I X A P O M B A L I N AExemplos de Intervenção realizadas

2008

BANCO de PORTUGAL

BPI 2011 Museu da Moeda

Igreja de S. Julião

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B A I X A P O M B A L I N AExemplos de Intervenção realizadas

TERREIRO do PAÇO (Plano Geral de Intervenção da Frente Ribeirinha)

Projecto Arq. Bruno Soares

2011

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O Plano na reabilitação de imóveis propõe as seguintes intervenções:

Equipamentos:Residência assistida para idosos R. do Crucifixo 69-79Residência para jovens estudantesCrecheReabilitação e restauro do arco da Rua AugustaCentro de interpretação e acolhimento – Galerias RomanasMuseu do Design e da Moda MUDEMuseu do Banco de PortugalPátio da Galé e sala do RiscoCentro de Interpretação da Baixa Pombalina

Hotelaria:Hotel no Terreiro do PaçoHotéis na Praça do RossioHotel do Corpus Christi

B A I X A P O M B A L I N AExemplos de Intervenção

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B A I X A P O M B A L I N A

Espaços Comerciais:instalações do antigo Brás e Brásantigo edifício da loja caravelaRuas da Vitória e Sta. Justa

Edifícios habitacionais e/ou serviços/comércio:Acções previstas no âmbito do PIPARUAcções previstas no âmbito da intervenção na Frente Ribeirinha, pela Sociedade Frente Tejo: Ribeira das Naus, Campo das Cebolas e Terreiro do Paço .Intervenções particulares em edifícios privados.

B A I X A P O M B A L I N AExemplos de Intervenção

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Estacionamentos e Percursos pedonais assistidos:Requalificação do eixo da Rua da Vitória / Chão do LoureiroParque de estacionamento do Chão do LoureiroAcesso mecânico da Rua dos Fanqueiros à Rua da Madalena.Silo de estacionamento no Campo das Cebolas.Percurso Pedonal Assistido do Pátio B ao Lg. do Carmo e Terraços da GNR. Acesso mecânico da Rua do Carmo aos terraços da GNR

Espaço público:Ligação pedonal rua Garret/Páteo B ao Lg. do CarmoRequalificação dos Terraços do Carmo Reabilitação do elevador de Stª Justa.Acções previstas no âmbito do PIPARU.

B A I X A P O M B A L I N AExemplos de Intervenção

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B A I X A P O M B A L I N APlano Financiamento

Relativamente à implementação do Plano a CML está a estudar os modelos de gestão a instituir previstos no Regime Jurídico da Reabilitação Urbana.

Custos de reabilitação de imóveis ––––––– 653 M€Custos de reabilitação do espaço público – 64 M€

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INVESTIMENTO ESTIMADO (M€) 2010 - 2020

Acções previstas implementar Investimento estimado (M€)

2010 /2020

Reabilitação do Espaço Público incluindo infra-estruturas de subsolo e arruamentos 41

Sinalética e Mobiliário Urbano 3

Plano de Iluminação Pública 10

Percursos Pedonais Assistidos 9

Equipamentos 52

Hotelaria 95

Espaços Comerciais 74

Reabilitação Urbana - edifícios 433

TOTAL 717

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Património da Humanidade

Próximo passo

Candidatura da

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Muito Obrigada pela vossa atenção