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PLURALIDADE E DIVERSIDADE DO SUJEITO. .

Pluralidade e Diversidade do Sujeito

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PLURALIDADE E DIVERSIDADE DO SUJEITO..

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       Existem determinadas características que nós, sujeitos, possuímos e que raramente passam por uma consciência crítica. São aspectos encrustados nos atravessamentos sociais, e que fazem parte do processo conhecido como “subjetividade”, onde aquilo que somos/acreditamos ser é construído. Assim, raramente nos perguntamos por que sentimos isso ou aquilo, ou mesmo acreditamos serem fatores naturais, até mesmo biológicos os responsáveis por algumas de nossas formas de ser.Raramente questionamos as formas com que a sociedade se organiza em relação ao binarismo masculino/feminino. Nos parece algo muito normal que uma mulher aja de determinada maneira, o homem sinta determinados sentimentos. Inclusive questionar essa organização parece algo como ir contra a natureza. O fato é que na construção de gênero existe muito pouco ou nada de natural. odas as leis que determinam as formas com que um sujeito se comporta estão amarradas a construções sociais. Não existe nada em nossa biologia que determine que uma mulher tenda a gostar mais de rosa, ou um homem de azul. Nossos comportamentos são definidos de acordo com o que a sociedade construiu ao longo do tempo, e todo esse aprendizado é dado desde muito cedo. Talvez daí venha essa falsa compreensão natural do gênero. Afinal, não tenho consciência de em que momento foi nos ensinado que mulher deve cruzar as pernas e homem deve cortar o cabelo curto. São ensinamentos passados através de experiência, raramente por lições.

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“Espera-se que uma pessoa que nasceu com um pênis tenha identidade de gênero masculina e orientação sexual voltada para o sexo oposto apenas (heterossexual). Da mesma forma, espera-se que a pessoa nascida com uma vulva se entenda em uma identidade de gênero feminina e sinta atração por homens. O que vemos hoje é que estas “caixinhas” não são suficientes para abranger toda a pluralidade social. Ainda assim, aqueles que fogem a um desses quesitos são marginalizados.

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“Raramente vemos um negro bonito”

De onde nossos padrões vem? Nas revistas, existe um modelo de beleza sendo veiculado, e é esse modelo que nos acompanha, que constitui nossos gostos. Temos um referencial de beleza negra? Claro que temos alguns. Mas são ainda exceções.

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Um caso que ilustra esse nosso racismo é o do “mendigo gato”. Nada mais que um mendigo loiro de olhos azuis. Quantos moradores de rua existem no Brasil? Milhares, sem dúvida.Por que de repente uma dessas pessoas chama a atenção de todo um país, que fica abismado com o fato dele morar na rua? Por que ele era branco, loiro e tinha olhos azuis. Simples. As pessoas ficaram chocadas: como pode um homem tão bonito ser mendigo? Todos os outros são esquecidos, todos os mendigos “feios” são postos de lado. Mas essa maioria de mendigos feios é branca ou negra?

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Enfim, nossos padrões de beleza são racistas. E temos que levar isso à consciência crítica para estar atento e não reproduzir esse tipo de pensamento. Se hoje alguém diz que raramente vemos uma pessoa negra bonita, é porque nossa sociedade estabeleceu que o padrão de beleza é o da pessoa branca. E nós vamos levando a vida achando que o fato de acharmos geralmente pessoas brancas mais bonitas do que negras se deve a um fator natural. É gosto, e gosto não se discute. Importante falar que isso é algo que faz parte da construção de todas as pessoas, negras ou brancas

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Pluralidade e diversidade do sujeito