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Poetas Goianos

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Page 1: Poetas Goianos

Poetas Goianos

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Elizabeth Caldeira Brito

Nasceu em Goiânia – GO. Formou-se em Educação Física e em Psicologia . Fez pós-graduações nos dois cursos. Foi professora de dança na UniversidadeCatólica de Goiás (UCG), e no Centro Livre de Artes,tendo sido aprovada em primeiro lugar em concurso público, foi sua diretora por nove anos. É membro da UBE-GO, da Comissão Goiana de Folclore,da associação Goiana da Imprensa, da Academia de Letras Ciências e Artes de Campo Formoso, da Academia Belavistense de Letras e Artes. É Chefe de Gabinete do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás onde é Sócia Titular. É Conselheira do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de Goiânia. Recebeu o título de Personalidade Cultural do Ano-2005 pela UBE-Goiás. Publicou os livros: Dimensões do Viver, Quatro Poetas Goianos e Um Pintor Francês e O Avesso das Horas e Outros (edição trilingue: português, espanhol e francês). Participa de várias Antologiasnacionais. Representou o Brasil em Encontros culturais no Chile, Peru e Argentina.

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BIPOLAR 

O kamikazemergulha

em vôo errático,no vale da morte.

 E fica, enquanto

a sombra do que épermanece.

 E quando a vidarevés retorna,emerge parao outro pólo.

 Então sorri,

da desgraça de si. 

Assim vai vivendomar adentro,

procurando o caminho, o equilíbrio, o centro.

Elizabeth Caldeira brito

 

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Erico curado (1880 — 1961)

Nasceu em Pirenópolis (GO), em 18 de maio de 1880; e faleceu em Goiânia, em 11 de janeiro de 1961. Comerciante, mas nunca deixou os estudos. Formou-se em Direito e foi eleito para a Academia Goiana de Letras. Andrade Muricy estuda a obra de Erico Curado em seu grande afresco sobre o Simbolismo. Bernardo Élis, em entrevista ao Jornal Opção, relembra: Nasci numa família abastada. Morávamos numa casa antiga. Meu pai, Erico Curado, era poeta e assinava os mais importantes jornais da época, comprava todos os bons livros que eram anunciados nos jornais. Líamos bastante. A vida era muito pasmada, mas era agradável. (...) Aprendi a ler com minha mãe. Meu pai tentou me ensinar, mas não tinha paciência, nem método. Queria que progredíssemos rapidamente e ficava irritado com qualquer falha. (...) Meu avô, por parte de pai, foi casado duas vezes. Na primeira vez, com uma parente dos Bulhões. Na segunda, com uma mulher da família Lobo, filha de Bernardo Lobo, um homem rico, que tinha uma fazenda em Pirenópolis. Meu pai foi criado lá. O nome Bernardo vem daí.

 

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À tarde, nuvens de rosas 

À tarde, nuvens de rosasFranjam de sangue o horizonte,Um monte além outro monte,Entre sombras misteriosas.

 As águas cantam ruidosas,Luzindo à sombra da ponte.São frescas águas da fonte,

Que vão cantando saudosas... 

Em bandos passam morcegos,As rãs coaxam nos regos

Geme o vento em disparada... 

E entre as estrelas, no poente,O arco-de-ouro do CrescenteÉ uma foice ensangüentada! 

  Erico Curado

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Eugenio santana

Natural de Paracatu, Minas Gerais, onde nasceu em 1956. É jornalista profissional,

redator publicitário, escritor, poeta e editor. Viveu nas cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Niterói, São Paulo, Uberaba, Goiânia e Florianópolis e atualmente reside em Anápolis, Goiás, Brasil. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (1977), sócio da UBE- SC, fundador da União Literária Anapolina (ULA) . Livros publicados: Asas da Utopia (1993), Guiado pelos Pássaros (1994) e Florestrela (2002).

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PÉS ALADOS 

              Caminhos das nuvenslenhador de sonhos

é roteiro abertopara colher flores

                — estrelas.

 Esquálido e contente,

Guerreiro errante,com os pés alados

sigo a rota do inocente. 

Pássaro argênteoVôo sem rumolançando Asas

ao Infinito!Eugenio Santana

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Félix de bulhões

Nasceu na cidade de Goiás (GO). Após longa estadia fora de sua terra natal, retorna a Goiás em julho de 1884, onde desempenhou relevante papel cultural, lutando pela imprensa livre, pela escola gratuita e pelo

desenvolvimento do saber, revivendo o "Gabinete Literário". Em 02 de julho de 1879, ainda magistrado no interior goiano, funda, juntamente com o presidente da Província, Aristides Spindola, a Sociedade Emancipadora de Escravos. Estabelecido na capital, erige, em 1885, o Centro Libertador de Goyaz cujo jornal seria "O Libertador". Escreveu diversos poemas sobre os males e a desumanidade da escravidão, evocando ideais de igualdade e de respeito ao próximo, embasados nos ensinamentos cristãos. Destacam-se as poesias: "Os Sexagenários", "Hino Abolicionista" e "Hino Libertador". Tais obras eram publicadas principalmente no "Libertador" e no jornal "Goyaz". Em 1901, sua mãe Antônia Emília Rodrigues Jardim, reuniu suas poesias e publicou, através da Tipografia do jornal Goyaz, a obra "Poesias do Desembargador Félix de Bulhões". Morreu em 29 de março de 1887, de cirrose hepática.

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O GOIANO DA GEMA  

O goiano da gema, o da cidade, é sempre ou quase sempre um bom sujeito, para o trabalho sério — pouco jeito; para a intriga — bastante habilidade.

  Se não tem que fazer, por caridade, tosa na vida alheia sem respeito;

e acredita estar muito em seu direito apoquentar assim a humanidade.

  Se vai dar-te uma prosa, por brinquedo,

arruma-te um cacete, que te pisa, qual se fora de ferro ou de rochedo,

  e, cousa que aborrece e encoleriza, visita a gente de manhã bem cedo, quando se está em fralda de camisa.

  Félix de Bulhões

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Gabriel nascente

GABRIEL NASCENTE é o nome literário de Gabriel José Nascente. É de Goiânia (GO), onde nasceu a 23 de janeiro de

1950. Jornalista. Morou em São Paulo, apadrinhado pelo poeta Menotti Del Picchia. Autor de quase três dezenas de livros publicados, em sua maioria, poesia. Ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura. Em setembro de 1978, a Academia Paraibana de Poesia lhe outorgou o título de “O Embaixador da Poesia Brasileira”. Conquistou, em 1996, um dos prêmios mais cobiçados de todo país, o "Cruz e Sousa de Literatura", de Santa Catarina, com o livro inédito de poemas A lira da lida. E obteve também outras premiações de âmbito nacional. Seu nome figura hoje em diversas antologias da poesia brasileira, inclusive em edição bilíngüe.

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MOVIMENTOS DE UMA TARDE  

A tarde se debruça sobre os ombros da cadeira.Andorinha faz xixi no muro, ninguém aplaude.

 o céu empurra seu quinhão de nuvens

para o sossego das varandas.  

É caseiro esse fim de domingo no olhar do povo, no perfil das árvores.

 Maçã-de-amor, picolés, perfumes vagabundos:o povo passeia livre dos onívoros da pátria.

 E na varanda a folhagem (suprema lembrança

do verde) está suspensa: será que o céu lhe dá socorro?

 Barão, o querençoso cão de casa,entrevou-se na velhice e chora

como alguém de costas para a vida.  Gabriel Nascente

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Natália marques

Nasceu em Americano do Brasil, e viveu sua infância e sua adolescência aqui. Concluiu o Ensino Médio no Colégio Estadual Benedito Brás. Um de seus livros chama-se Fios de Esperança contendo belíssimas poesias.