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Políticas de Inclusão e Educação Bilíngue para Surdos

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Trabalho apresentado no 7º Encontro Internacional de Formação de Professores e o 8º Fórum Permanente de Inovação Educacional, Formação de Professores e os Desafios da Prática da Educação Contemporânea, na UNIT.

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POLÍTICAS DE INCLUSÃO E EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS

GT9 − Políticas Públicas e Gestão Socioeducacional

Profª Esp. Danielle de Souza Silva

Prof.ª Esp. Iranilde dos Santos Rocha Souza

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O objetivo desta pesquisa foi discutir as políticas inclusivas e educação bilíngue para surdos.

A justificativa para realização da mesma está baseada nas leis de acessibilidade à comunicação e à educação que durante mais de dez anos ainda não foram efetivadas, porque faltam profissionais qualificados para o desenvolvimento de melhorias no quadro educacional dos surdos.

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De fato, o bilingüismo ou, como mais recentemente denominado, o multilinguismo, é cada vez mais comum e a nossa tomada de consciência sobre o fato de que a habilidade de usar duas ou mais línguas além de nossa língua materna parece ser a regra, e não a exceção, se deve, entre outros fatores, à aceleração recente de um processo de globalização cultural e econômica, que aproxima culturas e línguas com uma rapidez e facilidade nunca vistas antes [...] (MOTA, 2008, p.3)

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Na metodologia da pesquisa bibliográfica, o estudo foi dividido em quatro capítulos: no primeiro apresenta-se o tema e a problematização, assim como o objetivo da pesquisa, no segundo, há uma discussão das políticas inclusivas, no terceiro capítulo continua a discussão com a educação bilíngue para surdos e finalmente na conclusão percebeu-se que apesar de os surdos terem avançado em alguns aspectos como o reconhecimento da Libras como língua oficial e ter direitos aos serviços de intérpretes em todas as repartições públicas não é o que efetivamente está acontecendo, levando os surdos a exigirem seus direitos através de movimentos públicos contando com a participação e apoio dos ouvintes conhecedores da sua história e preocupados com a sua educação e seus direitos.

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Percebe-se que hoje existe uma noção de descrença ao se falar de políticas públicas sobre determinado assunto, o Brasil de certa forma copia os modelos políticos de outros países sem levar em consideração as especificidades locais, ocasionando, muitas vezes, perda de tempo e progresso devido a uma medida política incompatível com os interesses sociais.

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As políticas envolvem confusão, necessidades (legais e institucionais), crenças e valores discordantes, incoerentes e contraditórios, pragmatismo, empréstimos, criatividade e experimentações, relações de poder assimétricas (de vários tipos), sedimentação, lacunas e espaços, dissenso e constrangimentos materiais e contextuais.

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Na prática as políticas são frequentemente obscuras, algumas vezes inexequíveis, mas podem ser, mesmo assim, poderosos instrumentos de retórica, ou seja, formas de falar sobre o mundo, caminhos de mudança do que pensamos sobre o que fazemos.

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As políticas, particularmente as políticas educacionais, em geral são pensadas e escritas para contextos que possuem infraestrutura e condições de trabalho adequada (seja qual for o nível de ensino), sem levar em conta variações enormes de contexto, de recursos, de desigualdades regionais ou das capacidades locais. (BALL e MAINARDES, 2011, p. 13)

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As políticas educativas deverão levar em conta as diferenças individuais e as diversas situações. Deve ser levada em consideração, por exemplo, a importância da linguagem de sinais como meio de comunicação para os surdos, e ser assegurado a todos os surdos o acesso ao ensino da linguagem dos sinais do seu país. Face às necessidades específicas de comunicação de surdos e de surdo-cegos, seria mais conveniente que a educação lhes fosse ministrada em escolas especiais ou em classes ou unidades especiais nas escolas comuns. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, capítulo II, artigo 21 1994).

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Na prática, as políticas educacionais quase ignoram outras possibilidades, ou talvez interpretem a palavra “preferencialmente” como “exclusivamente” na rede regular de ensino. Assim, prevê-se o atendimento das pessoas consideradas socialmente como deficientes na rede regular de ensino com serviço de apoio especializado (classes especiais e salas de recursos). Esse discurso e essa prática de exclusividade não têm sido contestados por parte do governo, mas encontram-se alunos (aqui me refiro aos surdos) e educadores “evocando e/ou denunciando” as contradições observadas nas políticas integracionistas. (MACHADO, 2002, p.20)

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Uma educação bilíngue para surdos seria aquela que incluísse em seu currículo a língua de sinais e a língua portuguesa como uma segunda língua em sua completude, incluísse métodos de ensino focados na característica visual e na cultura dos surdos no momento de apreensão do conhecimento. Para tanto, são necessários profissionais habilitados e com consciência da diferença linguística e cultural dos surdos, além de uma política linguística aditiva.

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Os pais e familiares precisam saber mais sobre os surdos, a maneira mais adequada seria uma intervenção das escolas através de palestras e oficinas para os pais informando e orientado em todas as deficiências, inclusive a surdez, oferecendo curso de Libras gratuitos para toda a população, inclusive professores, equipe escolar, pais e os próprios surdos.

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Uma ressalva é importante: as escolas adotaram o método bilíngue, mas ninguém da equipe escolar sabe Libras nem se interessa em saber. Que tipo de inclusão é essa? Do tipo que o aluno surdo fica esquecido no canto da sala e não interage com ninguém. Então, as escolas assumam que não podem e não conseguem dar conta dos alunos surdos ou outros deficientes, não fiquem fantasiando uma inclusão que não existe.

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O estudo revelou que uma inclusão escolar de qualidade para os surdos necessita da presença constante de professor bilíngue em todas as disciplinas, evidenciando os saberes e desafiando as potencialidades dos surdos. Devido à complexidade do ensino não dá para ser traduzido simultaneamente. A tradução compromete a qualidade do ensino, a relação de professor/aluno/colegas de turma e consequentemente a aquisição do conhecimento, não basta traduzir é preciso interação constante.

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É importante que a proposta curricular mais apropriada para as escolas que adotaram o bilinguismo na educação dos surdos, direcione, prioritariamente, da base da diferença cultural, pautando-se na representação política da identidade surda. Isso fará a grande diferença na educação dos surdos e favorecerá a verdadeira inclusão, porque os surdos serão respeitados não só no direito linguístico, como vem acontecendo, eles terão todos os direitos de um ouvinte, respeito à cultura e identidade surda.

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Implantação, no currículo escolar, da disciplina de língua de sinais como primeira língua para os alunos surdos, em todos os níveis de ensino e como segunda língua para os alunos ouvintes em algumas das séries do ensino fundamental, seria uma oportunidade dos alunos ouvintes aprenderem a língua de sinais e possibilitar uma maior interação com os alunos surdos e ouvintes.

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As conquistas, até o momento, encontram sua equivalência e destaque maior no referido Decreto nº 5.626 (BRASIL, 2005) que, regulamentou a Lei nº 10.436 (BRASIL, 2002), oportunizando a consolidação de iniciativas existentes, como a proposta bilíngue, entre tantas outras no Brasil, também possibilitou repensar, em uma nova dimensão e contexto, o currículo para educação de surdos, com a participação opinativa da comunidade surda.

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Dessa forma, percebe-se, que sempre vai haver muito para se pesquisar e discutir sobre as políticas inclusivas e a educação bilíngue dos surdos, pesquisas estas que precisam de tempo e recursos, mas que fazem parte da construção de uma educação de qualidade cuja necessidade é imediata e precisa ser efetivada, pois muito tempo já foi perdido.

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ALVEZ, Carla Barbosa; FERREIRA, Josimário de Paula; DAMÁZIO, Mirlene Macedo. Educação Especial Perspectiva da Educação Escolar: Abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Brasília: MEC, 2010.

  BALL, Stephen J.; MAINARDES, Jefferson. (Org.). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo:

Cortez, 2011.   BRASIL. MEC/SEESP. Educar na diversidade material de formação docente. (Org.): – Cynthia Duk.- Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.   ______________. Documento sobre a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva. Brasília: SEESP, 2008.   BRASIL. Lei n 10.436, de 24 de abril de 2002. Brasília: Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para

Assuntos Jurídicos. Disponível em http//www.presidencia.gov.br/ccivil/leis2002/L10436.htm. Acesso em 18 agosto de 2013.

  ______________.Decreto n 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Brasília: Presidência da República, Casa

Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em http//www.presidencia.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em 18 agosto de 2013.

 

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