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Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas! Ação formativa promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) e realizada pela Universidade de Brasília (UnB). ESCOLA DOCE LAR DA CRIANÇA – FEIRA DE SANTANA – BA PROJETO: DROGAS, NÃO! RUTE ANA DE OLIVEIRA TELES Março /2013

Prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas

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Os educadores que participam do curso irão ao longo dos próximos meses estudar, pesquisar e em união com toda a comunidade formar uma rede de parcerias e planejar um projeto para desenvolver a prevenção na prática.

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Page 1: Prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas

Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas!

Ação formativa promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

(SENAD) do Ministério da Justiça em parceria com a Secretaria de Educação Básica do

Ministério da Educação (MEC) e realizada pela Universidade de Brasília (UnB).

ESCOLA DOCE LAR DA CRIANÇA – FEIRA DE SANTANA – BA

PROJETO: DROGAS, NÃO!

RUTE ANA DE OLIVEIRA TELES

Março /2013

Page 2: Prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas

1. Introdução

O pequeno alunado da escola Doce lar da Criança, formado por menos de 250

alunos, tem na sua maioria crianças com menos de 12 anos. São alunos de educação

infantil e fundamental I, mas como qualquer outra apresenta seus pontos fortes (fatores

de proteção) e pontos fracos (fatores de risco).

Natural para a adolescência, a curiosidade e a influência dos amigos são os

fatores de risco que mais levam as pessoas a utilizar drogas e em nossa comunidade não

acreditamos que seja diferente. A existência de problemas familiares, dificuldade em

enfrentar e/ou aguentar situações difíceis, a exclusão social, a falta de oportunidades de

trabalho (no caso dos pais) e de lazer, bem como a falta de regras claras acerca das

mesmas, são alguns dos fatores de risco que estão presentes em nossa comunidade como

um todo. Todo esse conjunto de fatores de risco precisa ser trabalhado na escola com os

fatores de proteção, visando favorecer o crescimento pessoal, amparando e fortalecendo

o desenvolvimento do aluno e contrabalanceando as vulnerabilidades, tomando o

alunado com menos chances de assumir esses comportamentos.

Entre os fatores de proteção destacados na nossa escola está o estímulo à prática

de atividades escolares, o estímulo às relações abertas e honestas entre professores,

alunos, funcionários e toda a comunidade escolar, que contribuirá para um forte vínculo

entre tais. A presença da afetividade e confiança no ambiente escolar também cooperará

para a descoberta de talentos e todos estes fatores gerarão o bom desempenho escolar

que também é um dos pontos fortes da escola onde atuamos.

Enquanto os fatores de proteção estão entrelaçados, dependendo de um trabalho

coletivo com esta finalidade na escola, pode-se observar que os fatores de risco podem

também estar vinculados, muito embora também possam estar separados, isto é, serem

independentes uns dos outros.

A política de educação é considerada como a principal política na prevenção do

uso indevido de drogas. Nela pode e deve-se desenvolver projetos internos que

envolvam todos aqueles que a compõem fazendo uso de subsídios por parte das

políticas públicas, verificando os fatores de risco, os fatores de proteção. O objetivo não

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é lutar contra as drogas, mas sim contra os fatores que torna o adolescente vulnerável a

essas substâncias.

2. Referencial teórico

O uso indevido de drogas é uma das questões mais problemáticas enfrentadas

por pessoas de diferentes classes sociais. E isso vem passando pelos séculos, levando

em conjunto os seus problemas e implicações de uso, que são diversas.

De acordo com Brasil (2012), as drogas podem ser classificadas em três grandes

grupos: depressoras, estimulantes e perturbadoras da atividade do sistema nervoso

central.

As drogas depressoras diminuem a atividade do SNC (Sistema Nervoso Central),

levando-o a funcionar de forma mais lenta, aparecendo, com isso os sintomas e

vestígios dessa diminuição, tais como sonolência, falta de forças e lentificação

psicomotora. Estas substâncias são úteis como medicamentos para epilepsias, insônia,

muita agonia, ansiedade, etc. Entre as drogas depressoras estão o álcool, os hipnóticos

(produzem sono) como Comital, Gardenal e Nembutal, entre outras.

As drogas estimulantes, utilizadas algumas vezes como moderador de apetites

(para emagrecer), são as que excitam a atividade do cérebro, provocando o estado de

vigília, diminuindo o sono e consequentemente causando nervosismo e aumento da

capacidade da atividade motora. Em doses elevadas, chegam a causar sinais

perturbadores do SNC, como delírios e alucinações. Neste grupo está um elemento que

não tem uso médico: a Cocaína.

As drogas perturbadoras são aquelas que perturbam a fisiologia do SNC,

gerando uma mudança considerável no seu funcionamento. Dessa forma, alterações na

mente como delírios, ilusões e alucinações, por exemplo, são causados por essas drogas.

Nesse grupo estão vegetais como maconha, cogumelos, substâncias sintéticas como o

LSD (dietilamida do ácido lisérgico) e diversos remédios anticolinérgicos, a cafeína e o

tabaco.

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Em todos os lugares, inclusive no ambiente escolar, as drogas têm chegado

provocando desgraças de todos os tipos, atingindo desde a pessoa-usuária, que vive

atada a um sistema de criminalidade para apanhar/comprar a droga, sua família com a

angústia de acompanhar um ente arrasar a própria vida, o Estado, por auxiliar sua

autoridade sendo insultada e confrontada pela atuação dos traficantes e a sociedade, que

vive assombrada pelas atuações criminais, movidas em volta do tráfico de drogas:

furtos, roubos e assassinatos, entre outros.

A melhor maneira de se conseguir que o jovem entenda a mensagem antidrogas

é pôr a cargo do município as atuações de prevenção contra as drogas, desenvolvendo

projetos tendo como objetivos concretizar as atribuições do CONAD - Conselho

Nacional de Políticas sobre Drogas, SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas para

Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e PNAD - Política Nacional sobre

Drogas, lembrando que é em cada município que a juventude está inserida, que se deve

buscar o resgate ético da dívida criada pelas gerações anteriores, que permitiram sua

vulnerabilidade às drogas.

Para enfrentamento das questões das drogas são necessárias efetivas políticas

tanto no sentido do controle e redução da oferta de substâncias quanto para as ações de

redução de demanda. O Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituído pelo Decreto n.

6286, de 5 de dezembro de 2007, que afirma em seu artigo 1º, o seguinte texto: “Fica

instituído, no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde, o Programa Saúde na

Escola (PSE), com finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da

rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à

saúde”.

A escola é um espaço potencialmente propício para a construção da vida em uma

sociedade democrática. É o primeiro palco de experiências de vida comunitária fora da

família. A escola é onde começa a vida em sociedade e, portanto, deve abordar a

temática das drogas. Nesse contexto, pois, além de representar espaço protegido,

também permite assumir responsabilidades coletivas no aprendizado das relações

democráticas, base da constituição do sujeito cidadão. A escola tem papel fundamental

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na prevenção do uso de drogas e na promoção da saúde integral de crianças e

adolescentes, graças às suas ações de educação para a saúde.

A promoção de saúde na escola engloba a prevenção do uso de drogas e caminha

em direção a um bem-estar global, individual e coletivo. Diferentes ações têm sido

tomadas como forma de combater ao uso de drogas e a escola tem um papel relevante

neste momento num trabalho em parceria com a família, podendo contar também com a

parceria de Profissionais de Equipe de Saúde, Comunidade de Bairro e Igrejas, entre

outros, tendo como principal objetivo promover o conhecimento e ajudar na prevenção

de uso de drogas, lembrando que é preciso conscientizar os jovens e adolescentes, pais e

educadores, unindo toda a comunidade, para discutir o assunto com bravura, disposição

e espírito reflexivo.

3. Objetivos

3.1 Objetivo Geral

Informar e sensibilizar os estudantes para fornecer subsídios que auxiliem a

formação de um bem definindo consciência critica sobre o uso das drogas e suas

consequências para o usuário, sua família e a sociedade.

3.2 Objetivos específicos

Envolver a escola, a família e a sociedade na problemática das drogas;

Desenvolver a autoestima dos alunos para facilitar a comunicação com os pais,

não só de modo geral, principalmente sobre a questão das drogas;

Buscar parcerias com a rede externa da escola;

Mobilizar a conscientização para o conhecimento sobre o perigo de consumo de

drogas;

Sensibilizar as crianças e os adolescentes levando-os a reconhecer e resistir às

influências que poderão estimulá-los a conhecer/usar drogas;

Identificar as causas facilitadoras do primeiro contato do jovem com as drogas;

Mostrar para a comunidade escolar como é a ação do tráfico e suas

consequências;

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Fornecer informações sobre os principais tipos de drogas e seus riscos;

Recolher informações que possam ajudar na política de segurança pública;

Diminuir o público consumidor de drogas.

4. Sujeitos do Projeto

Professores e equipe de funcionários da escola, ministrando oficinas

pedagógicas adaptadas à realidade da clientela, com atividades diversificadas,

como: lúdicas, recreativas, participativas, artísticas e cooperativas;

Alunos, que estarão fazendo reflexões e atividades diferenciadas, tirando

também suas dúvidas;

Famílias dos alunos e comunidade de bairro, participando das palestras

oferecidas pelos profissionais de saúde, convidados pela escola;

Igrejas, enviando representantes para oferecer palestras aos alunos, famílias e

comunidade escolar;

Profissionais de Equipe de Saúde, oferecendo palestras e minicursos sobre o

tema.

5. Metodologia

O método utilizado neste trabalho será através de parcerias que possam

favorecer a melhoria na disciplina de sala de aula, bem como o trabalho interdisciplinar,

envolvendo toda a comunidade escolar, desde professores e equipe gestora, até grupo

discente, além de comunidade extraescolar, como líderes religiosos locais e secretaria

de saúde.

No decorrer do projeto serão desenvolvidas atividades como:

Buscar parcerias com diferentes segmentos sociais como Padres, Pastores e

Secretaria Municipal de Saúde para palestrar para alunos, pais e professores sobre

princípios e valores como a disciplina e responsabilidade social, prevenção contra o

uso e tráfico de drogas;

Leitura de textos e notícias atuais sobre drogas;

Pesquisas e debates em sala de aula sobre o assunto “drogas”;

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Confecção de cartazes e murais com base nas pesquisas feitas, contendo informações

sobre os diversos tipos de drogas, seus efeitos e consequências maléficas à vida;

Criação e apresentação de peças teatrais e composição de poemas e musicas;

Exibição de vídeos que tratem do perigo no uso e tráfico de drogas;

Apresentação de filmes e slides para reflexão e discussão;

Estudos sobre o tema em apostilas, com grupos de alunos e professores;

Detectar os alunos multiplicadores e incentivar os mesmos;

Palestras e debates com participação de autoridades religiosas;

Caminhada de alerta envolvendo a comunidade escolar e outras instituições alertando

para a prevenção e o combate às drogas;

Momento esportivo e cultural apresentando o lazer e o esporte como uma forma de

prevenção contra as drogas.

6. Recursos Materiais e Humanos

6.1 Recursos Materiais

Bolas de futebol e basquete

Cestas de basquete

Redes de futebol

Jogos de Dama

Data show para as reuniões

Panfletos e cartazes informativos

Papel ofício

Giz de cera

Hidrocor

Tinta guache

Pinceis

Vídeos

DVD/TV

Data show

Som/microfone e caixa amplificada

Máquina fotográfica/filmadora

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6.2. Recursos humanos

Professores e outros funcionários da escola

Palestrantes: líder religioso, profissionais da segurança e da saúde

Alunos

Pais

Instrutores de futebol e/ou outro esporte

7. Cronograma do Projeto Prevenção do Uso de Drogas

ETAPAS /ATIVIDADES MESES

Março Abril Maio Junho Julho Agosto SetembroApresentação do Projeto aos professores

X

Estudo com o corpo docente

X X X X

Abertura do projeto com as turmas de 4º e 5º ano

X

Palestra com agente de saúde

X

Realização de debates

X X

Palestra com agente de segurança

X

Atividades esportivas, artísticas e culturais.

X X

Palestra com representante religioso

X

Atividades com o tema transversal nas disciplinas

X X X X X

Apresentação de vídeos

X X

Atividade de culminância

X

Avaliação do Projeto

X

Obs.: Para as palestras serão convidadas também as famílias e comunidades de bairros.

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9. Referencial Bibliográfico

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_content&view=article&id=14887&Itemid=817>. Acesso em: 14 de dez. 2012.

______. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Curso de prevenção ao uso de drogas para educadores de escolas públicas. Ministério da Educação. 5º ed. Brasília: Ministério da Justiça, 2012.

CAVALCANTE, Antonio Mourão. Drogas: esse barato sai caro. Rosa dos Tempos. 5ª ed. Rio de Janeiro: 2003.