48
Problemas de/na pesquisa e a memória das/nas interfaces Gustavo Daudt Fischer UNISINOS PPGCC

Problemas de/na pesquisa e a memória das/nas interfaces

Embed Size (px)

Citation preview

Problemas de/na pesquisa e a

memória das/nas interfaces

Gustavo Daudt Fischer

UNISINOS PPGCC

webshot

Código-fonte Youtube – abril 2005:

• <PARAM NAME="movie" VALUE="youtube.swf?video_id=LTnHMRwRLrA&video_title=Dr.+J+Reincarnated&video_length=12&user_id=0&my_gender=m&gender=a&age_min=18&age_max=45&counter=1908316035&author_id=4&author_username=Kaizenamazen&author_profile=I+like+videos.++When+I%27m+not+watching+videos%2C+I%27m+working%2C+running%2C+eating+out%2C+and+scheming+to+take+over+the+world.++Please+share+your+videos+with+me%21&author_description=Hi%2C+I%27m+Kaizenamazen%21+I%27m+a+26+year+old+straight+male+from+California+&author_lastlogin=13+hours+ago" codebase="http://download.macromedia.com/" WIDTH="690" HEIGHT="475" id="player">

1994

2010

2004

2010

1999 2001 2003 2005 2006

Wendy Chun

• Mídias digitais nem sempre estão lá, nos esperando com o conteúdo. Sofremos frustrações diárias com nossas fontes digitais que simplesmente desaparecem. Mídias digitais são degenerativas, esquecíveis, apagáveis. (...) O dispositivo e seu conteúdo são assíncronos, não se esvaem juntos. (p. 192-193).

Arqueologia da mídia – construir histórias alternativas

• Segundo Huhtamo e Parikka (2011), os arqueologistas da mídia, baseados em suas descobertas, começaram a construir histórias alternativas das mídias suprimidas, negligenciadas e esquecidas “vasculha arquivos textuais, visuais, sonoros; assim como coleções de artefatos, enfatizando tanto as manifestações discursivas como materiais da cultura.”

Arqueologia da mídia – recorrência e escavação

• Erikki Huhatmo (1997) • Dois objetivos:1) estudo dos cíclicos e recorrentes elementos e motivos

que subjazem e guiam o desenvolvimento da cultura da mídia.2) “escavação” de formas nas quais essas formulações e

tradições discursivas foram marcadas em máquinas de mídia específicas, em diferentes contextos históricos. Esse tipo de aproximação, segundo Huhtamo, daria ênfase a um desenvolvimento cíclico e não cronológico e também reforçaria a ideia de recorrência ao invés de “inovação única”.

• I don´t wanna be buried in an app cematary –reflexões sobre arqueologia da mídia onlineentre histórias de aplicativos derrotados.

“Ok, Google...”

• Where apps go to die?

• http://www.geek.com/apple/where-iphone-apps-go-to-die-689422/

• http://boredzo.org/killed-iphone-apps/

Mr. Jobs replied :Even though my personal

political leanings are

democratic, I think this app

will be offensive to roughly

half our customers. What’s

the point?

Steve

Duas escavações e ressurreições

• Peter Hosey – o “coveiro”

• Eu tentando “reencontrar” o cemitério.

Há uma memória da web (e de outros objetos técnicos, midiáticos, comunicacionais), inserida na própria web. Como ouvi-la? O que ela diz sobre a nossa tecnocultura? O que ela diz sobre nossas imagens da memória/memória das imagens? O que ela lembra e esquece?

Memória das/nas interfaces web: do audiovisual às audiovisualidades

soterradas.

[gracias, CNPq]

One Terabyte of the Kilobyte Age (Olia Lialina and Dragan Espenschied)

• Geocities (1995 – 26/10/2009)

• O “Archive Team” salvou quase 1 TB de páginas do Geocities antes de seu “falecimento”.

• Lialina e Espenschied resolveram fazer download deste material e criaram um blog e depois um tumblr para reunir os achados de sua escavação (outras exibições se seguiram).

• http://contemporary-home-computing.org/1tb/

• http://oneterabyteofkilobyteage.tumblr.com/

Equipamentos

• Camtasia Studio

• Internet Download Manager

• Snag-It

Possíveis soterramentos, primeiras pistas.

• Imagens-coleção

• Devir preservacionista

• Arquivo / Banco de dados

• Scroll infinito e a biblioteca “total”.

• Sites zumbis (Wayback Machine)

• Regeneração / Degeneração (Chun)

• Interfaces tecnoculturais

Algumas questões e desafios nos procedimentos metodológicos

• Ironizar a busca (“Where do apps go to die?”)• Efeito Bob Dylan (“I´m not there”)• Ler as camadas de código? Como?• Printscreens, Plug-ins, Wayback, como salvar?• Condição de usuário-pesquisador,

– usuário-cartógrafo-dissecador

obrigado

• @gusfischer

[email protected]

• Slideshare.net/gusfischer

• Academia.edu/gfischer

• www.gustavofischer.com.br

• www.tcav.com.br

ReferênciasBERGSON, Henri. Matéria e Memória. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

CHUN, Wendy Hui Kyong. On software, or the persistence of visual knowledge. In: grey room, n. 18,

p. 26-51, 2004.

CHUN, Wendy Hui Kyong. The Enduring Ephemeral, or the Future Is a Memory. In: Huhtamo, E.

& Parikka, J. (orgs).

Media Archeology: Approaches, Applications, and Implications. Berkeley, California: University of

California Press. 2011.

DAMASCENO, Alex. _________________. Da imagem-lembrança à imagem-recordação. In: X

Congresso Intercom norte, 2011, Boa vista. Intercom norte 2011, 2011b.

FISCHER, G. D. Tecnocultura: aproximações conceituais e pistas para pensar as

audiovisualidades. In: Kilpp, Suzana; Fischer, Gustavo Daudt. (Org.). Para entender as imagens:

GALLOWAY, Alexander R. The interface effect. Polity, 2012.

HUHTAMO, E., JUSSI, Parikka. Media Archeology: Approaches, Applications, and Implications.

Berkeley, California: University of California Press. 2011.

HUHTAMO, E. From Kaleidoscomaniac to Cybernerd: Notes Toward an Archaeology of the

Media. Leonardo, vol. 30, 3/1997.

KILPP, Suzana. Panoramas televisivos. UNIrevista (UNISINOS. Online), v. 1, p. 1-11, 2006.

MANOVICH, Lev. The Language of New Media. Massachusetts: The MIT Press, 2001.

______________. Database as a Genre of New Media. AI & Soc (2000)14: p.176-183.

MCPHERSON, Tara. Reload: Liveness, mobility and the web. In: Chun, Wendy; Keenan, Thomas.

New Media, Old Media. New York, Routledge, 2006. (versão para Kindle)

PIERRE, NORA. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Les Lieux de Mémorie. I

La Republique, Paris, Gallimard, 1984, pp. XVIII-XLII. Tradução Yara Aun Khoury.

SHAW, Debra Benita. Technoculture: The Key Concepts. New York: Berg. 2008. Versão para Kindle.