Aula (09 Setembro) – Aspectos e Problemas Fundamentais Da Memória Para a Informação

8/18/2019 Aula (09 Setembro) – Aspectos e Problemas Fundamentais Da Memória Para a Informação

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Aspectos eproblemas

fundamentais damemória para a

informação

Texto principal


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Sobre a autora: Joanne Garde-Hansen

Professora Associada no curso de Cultura,Mídia e comunicação, dirige o Mestrado emGlobal Media e Comunicação no Centro destudos de Políticas Culturais da !ni"ersidadede #ar$ic% &'() Sua pes+uisa e ensino focamna mídia, memria, ar+ui"os e patrim-nio) lapublicou no &digital( Mídia e Memria, com foconas grandes economias políticas e culturais+ue sustentam ino"aç.es nos discursos damídia, formas e pr/ticas, explorando aspossibilidades emergentes e excitantes +ue amídia digital est/ tra0endo para a nossacompreensão do passado &nossas 1eranças

sociais, culturais, raciais, nacionais e pessoais(,assim como a comunidade local) la 2colaboradora da Academia 3 e foi nomeadopara a National Teaching Fellowship in 2005)Atualmente, ela est/ trabal1ando com colegasdo 4rasil na !ni"ersidade de São Paulo e doMuseu da Pessoa sobre a teoria e a pr/tica de

uma tecnologia social &digital( de mídia ememria)


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Sobre o livro

• As relaç.es multifacetadas entre mídia ememria ter sido ob5eto de um crescente corpode literatura em ambos os meios decomunicação e estudos de memria) 'o entanto,apesar do aumento centralidade do tema nodiscurso acad6mico, incluindo cursos dedicados7s diferentes manifestaç.es da memria na eatra"2s da mídia, não 1ou"e um li"ro +ue

sinteti0e esta in"estigação, e +ue possa serusado como um li"ro de texto introdutrio sobreo tema &8eren Tenenboim9#einblatt, ;


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Introdução: Mediar o passado

3istria e &a( Mídia

= passado est/ em toda parte) Ao nosso redor

permanecem aspectos +ue, como ns mesmose nossos pensamentos, t6m antecedentes maisou menos recon1ecí"eis) >elí+uias, 1istrias,memrias impregnadas da experi6ncia 1umana

?)))@) Se 2 comemorado ou re5eitado, atendidoou ignorado, o passado 2 onipresente&=#'T3AB,


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• Mídia como principal fonte deconstrução, disseminação epreser"ação da 1istria para o s2culo

FFB &impressos, tele"isão, cinema,fotograa, r/dio e Bnternet(H

• Ioco recente na relação da mídia com

a 1istria &4audrillard


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versus


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• Mídia ecrã Con/"elN H• Ouest.es importantes Tele"isão:

autenticidade, realidade, e"id6ncia,

2tica, propaganda e comerciali0ação dopassadoH

• 3istria como o repositrio de memria

partil1ada &SC3AMA, ;;L p) Q(H• A mídia obriga um ponto nal na

1istria e no início de memria &p) Q()


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Mídia: = primeiro pro5eto da3istria

• = efeito C'' Mídia ao "i"o impactosna 1istria 9 5ornalista tem papel centralH

• Bnternet >econguração dos papeis

T$itter !su/rios tamb2m são produtoresda 1istriaH

• Portanto, não 2 o suciente pararecon1ecer +ue registram e"entos demídia como eles acontecem Bsso seriademasiado simplista e ignoraria os usosati"os e criati"os de mídia, produtores e

cidadãos interessados em fa0er e marcar a1istria


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a !istória " memória

• = passado 2 entendido &consumido( pormeio da mídia &discursos, formul/rios,tecnologias e pr/ticas(H

• A compreensão do passado da nação oucomunidade &coleti"o( est/ ligadointimamente 7s 1istrias de "ida&indi"idual(H

• Algumas culturas não ocidentais aindaresistem a esse modelo 9 mesmo "i"endodentro de um espaço ocidental,

conseguem compartil1ar e se en"ol"ercom suas memrias a m de reser"ar o


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a !istória " memória

• 'ão obstante 9 'ossa compreensão de1istrias pessoais e pVblicas est/estruturada atra"2s do +ue Wose "an Ui5c%

c1amou de Xmemrias mediadasX &;;J(H• Uenição: A memria 2 um processo físico e

mental e 2 exclusi"o para cada um de ns en+uanto a mídia são extens.es da

memriaH• Mediar o passado atra"2s de canais de

1istria &document/rios e lmes de3ollY$ood( parece em desacordo com

e"entos tele"isionados ao "i"o, como a


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#uestão para discussão

• Ser/ +ue como nos lembramos?pode ser@ mais importante do

+ue a+uilo +ue se lembraN


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$apítulo %&studos de Memória e &studos de Mídia

• Memria e lembrança 1istrico dos estudosH• Surto da memória: acesso e críticas de "ers.es

ociais da 1istria atra"2s de refer6ncia a "ers.es nãoociaisH recuperação de memrias reprimidas de

comunidades, naç.es e indi"íduos cu5as 1istriasforam ignoradas, escondidas ou destruídasH aberturados existentes e 7 criação de no"os ar+ui"os para oescrutínio pVblico e pri"adoH explosão da in"estigaçãoe das narrati"as genealgicas de famíliaH crescimento

de museus e indVstria da 1erançaH o dese5o decomemorar, lembrar e memori0ar de outras maneiras,al2m de est/tuas e monumentos pVblicosH 6nfasecrescente sobre trauma, triste0a, emoção, afeto,cognição, conssão, reconciliação, pedido de

desculpas e terapiaH desen"ol"imento e in"estimento


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' (ue ) memória*

• A memria 2 uma esp2cie de lmefotogr/co, exposto &+ue implicam( porum amador e desen"ol"ido por um

trapaceiro, e tão desgurado por riscos e"alores9lu0 imprecisas &CA>>!T3>S,;;D, p)


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' (ue ) memória*

• Memria do uZ: ordenada ecronolgica x fuga0 e desordenadaH

• >esumo studos da memriaZ: – [ interdisciplinar: relação entre

disciplinasH – [ multidisciplinar: exige uma gama de

saberes disciplinaresH – [ cross9disciplinar ou transdisciplinar:

ignora as fronteiras disciplinares dosestudos de memria

–

[ indisciplinado: exige o acesso a bases


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+ma ,reve História dos &studosmemória

• Uesen"ol"imentos mais recentes nain"estigação da memria a partir dad2cada de


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Fase 1: Algumas Ideias Fundamentais

• Maurice 3alb$ac1s, A memriacoleti"a &?


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• Maurice 3alb$ac1s &socilogo e lsofo(: – in^uente nas /reas de mídia, cultura,

comunicação, estudos patrimoniais, losoa,museologia, 1istria, psicologia e sociologiaH

– inspirado por seu tutor mile Uur%1eim &


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• 3enri 4ergson &lsofo(: – trabal1o focado muito mais na memria do

indi"íduo como um e &in( consciente de funçãopercepti"aH

– o indi"íduo, como um centro da açãoX,seleciona experi6ncias como signicati"as +uet6m "alor imediato em termos de essa açãoH

– 's s percebemos esses estímulos +ue atuam

sobre ns e sobre o +ual podemos agir) = resto2 mat2ria) Sua percepção 2 seleti"a em relação7s suas experi6ncias passadas, formandoassim memriaH

–

>elação com os estudos de mídia 9 a memriaem termos de espaço ao in"2s de tempo)


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• Pierre 'ora &1istoriador(: – lida com o estudo da construção da identidade

nacional francesa atra"2s dos lugares menosusuais de memria: placas de rua, receitas erituais di/riosH

– le caracteri0ou o seu esforço de produ0ir uma1istria em mVltiplas "o0es, como re"elador da1istriaH

–

'ora enfati0a duas unidades fundamentais notrabal1o em memor!ma"ing ! uma unidadepara não es+uecer, para arma0enar e gra"arem todos os ní"eis da sociedade e outra +ue

seria o XlugarX e a locali0ação onde desen1a osestudos de memria a importRncia da


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• Wac+ues e Go]: – foco acad6mico no mundo medie"alH – tamb2m esta"a interessado na relação e as

tens.es entre 1istria e memriaH – relação entre 1istria e memria com um foco

em cima do mito, testemun1o, "i"endomemria, oralidade e experi6ncia +ue todosem certa medida, constituindo uma ameaça

para a pala"ra escrita de 1istoriadoresH – a memria tornou9se a sua arma de escol1a,

in"ocando, assim, a memria autobiogr/ca,memria "i"a, a memria popular e memriacoleti"a como uma c1amada direta para osbraços para uma 1istria "ista de baixo)


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Fase 2: # In$cio dos estudos damem%ria

• =utros campos começaram a se conectar com otema da memria explosão de bolsas de estudoH

• xemplos: Ua"id o$ent1al &


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• Seus trabal1os tem abordado 1istria, patrim-nio,museus, 1erança, trauma, lembrar, es+uecer,amn2sia, ar+ui"os, memoriais e nostalgia, tudo apartir de Rngulos diferentes e de maneiras

diferentes 9 síndrome de falsas memrias &deabuso sexual(, estudos do 3olocausto, memriasde guerra e outrosH

• n"ol"imento com os estudos de mídia e estudos

culturaisH• Paul >icoeur em Memria, 3istria e

s+uecimento &;;L( 1erança, 2tica, política,pro"a, representação, recon1ecimento,autenticidade, +ualidade do ser, morte, culpa eperdãoH


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• Paul >icoeur &lsofo(: – ns representamos um acontecimento do

passado ou temos dele uma imagem +ue podeser "isual ou auditi"a, entendendo +ue a

linguagem fa0 da memria uma pro"íncia daimaginaçãoH

– as coisasZ aprendidas ou ad+uiridas, assimcomo os acontecimentos de +ue trata a

1istria document/ria, assumem proposicional+ue l1es confere o estatuto de fato, +ue secaracteri0am como sendo do passadoZcomum de nossas lembranças)

– ele acredita +ue 1/ es+uecimento onde 1ou"emarca, por isso se relaciona com a memria e


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• 'o contexto do >eino !nido e dos !A dein"estigação, estudos de memriaculturais são susceptí"eis de abranger

mídia, cinema, literatura e das artes) Comisso em mente, uma con"erg6ncia muitomais clara de estudos de mídia e estudosde memria começa a se desen"ol"erH

• =utros tericos fundamentaisaprofundaram o terreno comentendimentos detal1adas de diferentesconceitos de memria para mídia eestudos culturais)


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Fase &: No'as e (mergentes )one*+esentre m$dia e mem%ria

• A primeira d2cada do s2culo FFB testemun1ou acultura museolgica cada "e0 mais "ora0 ou o ,oom da memria H

• Tecnologias de mídia fome de memria

desen"ol"imento em uma "elocidade "ertiginosa pr/ticas de prosumers &produtores9consumidores( +uemediam os seus mundos, tanto pVblicos +uantopri"ados de maneiras cada "e0 mais ricas e c1eias denuancesH

•

Wose "an Ui5c% &;;J( forneceu o primeiro paradigmaabrangente de Xmemria mediada_H• Mudanças conceituais 9 diferentes maneiras de

entedimento: memria do trabal1o ou refer6ncia&Assmann ;;\(, caracteri0ada por pr/ticas

mnem-nicas &=lic% ;;D( memrias lí+uidas e slidas

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