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Produtos da Aprendizagem

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Produtos da Aprendizagem

Produtos da AprendizagemToda

aprendizagem resulta em alguma mudança ocorrida no comportamento daquele que aprende. Observa-se mudanças nas maneiras de agir, de fazer coisas, de pensar em relação às coisas e às pessoas e de gostar, ou não gostar, de sentir-se atraído ou retraído.

Produtos da Aprendizagem Os produtos da aprendizagem são agrupados em

automatismos (predominam os elementos motores), elementos cognitivos (ideativos) e elementos afetivos (apreciativos);

O indivíduo que aprende pensa sobre o que faz, ao aprender; forma uma noção geral do significado desse processo: se é interessante, se constitui uma forma adequada de socialização. Ao mesmo tempo, adquire alguns sentimentos acerca da atividade: aprecia ou despreza, detesta ou valoriza, e a atividade adquire uma conotação positiva ou negativa, o atrai ou o repele;

Aprendizagem Cognitiva

Aprendizagem Cognitiva Predominam os elementos de natureza intelectual (percepção, memória, raciocínio, etc.); Aprendizagem do tipo ideativo, pois envolve a utilização dos processos intelectuais ou cognitivos;

Fatores Determinantes

da Aprendizagem

Fatores Determinantes

A forma que um indivíduo interpreta os estímulos do meio; Utiliza sua experiência, sua vivências anteriores e sua necessidades presentes; O funcionamento dos órgãos dos sentidos e a atividade mental são necessários para a percepção;

1 - Percepção:

A interpretação por quem percebe é determinada por:

Sua experiência anterior; Seu interesse nos estímulos

no momento (motivação); Sensibilidade dos órgãos dos

sentidos para aqueles estímulos particulares;

Fatores Determinantes

Faz com que entre muitos estímulos do meio, o indivíduo selecione e perceba somente alguns aspectos ambientais;

2- Atenção:

Vários fatores, tanto no estímulo, quanto no indivíduo, contribuem para essa focalização:

Intensidade do estímulo; Subtaneidade da mudança; Novidade; Relevância para as necessidades

individuais.

Fatores Determinantes

Nenhuma situação problemática poderá ser solucionada se o indivíduo não puder perceber os elementos nela envolvidos, pois a mesma nem será percebida como um problema;

3- Problemas da Percepção:

Os fatores motivacionais, a experiência anterior e o estado emocional do momento influenciam nos processos de percepção e de pensamento.

Fatores Determinantes

Atividade mental que leva à aquisição de conhecimentos organizados, os conceitos;

4- Formação de Conceitos: Generalização

O resultado da percepção, refere-se a uma situação individual, particular ou específica. O conceito é geral, ou universal; aplicando-se a todos os indivíduos da mesma espécie, embora apresentem diferenças individuais; Etapas na formação de um conceito:

Percepção de um objeto; Mais tarde, na ausência do objeto, sua

imagem é evocada. A perfeição dessa imagem mental depende de uma completa e segura percepção original;

Fatores Determinantes

As imagens mentais levam à formação de um significado geral ou conceito;

4- Formação de Conceitos: Generalização

Os conceitos são expressos através de símbolos (números) ou palavras, mas a simples memorização de uma palavra, não resultará na formação de um conceito; A linguagem é o meio pelo qual o indivíduo expressa seus conceitos, sendo essencial aprender os significados para cada palavra usada na comunicação social.

Fatores Determinantes

Constitui um dos fatores que colabora para o exercício das funções do raciocínio e da generalização;

5- Memória

Possibilita a memorização dos conceitos necessários para as atividades mentais, faz com que aquilo que está sendo aprendido seja assinalado, retido e depois lembrado pelo indivíduo, isto é, evocado ou reconhecido quando aparece em seu campo de consciência;

A aprendizagem, contudo, não pode não basear-se apenas na memória, porque suas funções não envolvem os demais processos necessários para a compreensão da realidade;

Fatores Determinantes5- Memória

É importante ressaltar que a evocação está, também, sujeita a condições emocionais do indivíduo. A falta de evocação pode resultar de uma atitude de defesa contra a lembrança da imagem ou de uma percepção desagradável ao sujeito.

Processos de Aprendizagem

Cognitiva

Processos de Aprendizagem

A aprendizagem de ideias está intimamente ligada à interpretação da situação, dependente em grande parte da percepção;

1 - Insight:

É a percepção de todas as relações existentes em uma situação problemática, integrando os elementos em um todo, de forma que subitamente, compreende a situação;

Processos de Aprendizagem O discernimento súbito,

significa que a pesquisa mental, através da concentração, da atenção, da observação, da associação de ideias, foi bem sucedida, levando a compreensão da situação; A aprendizagem por insight é inteligente, interpretativa e integrativa. Leva à organização de princípios gerais, aplicáveis a outras situações semelhantes e não apenas à repetição.

Processos de Aprendizagem

Aprendizagem pela seleção de respostas bem sucedidas;

2 – Ensaio e Erro

Descoberta da resposta certa, pela eliminação das respostas erradas, ou seja, comprovação das diferentes hipóteses e seleção da hipótese adequada; É uma aprendizagem dirigida para algum objetivo, e cada passo no processo, se bem sucedido ou não, é planejado; Não deve ser identificada como mera atividade ao acaso; Envolve sempre a observação, mesmo no tipo mais elementar, até na aprendizagem animal;

Processos de Aprendizagem Fatores necessários a uma situação de aprendizagem por ensaio e erro:

Estímulo chave (problema encontrado); Estímulo interior (motivo ou necessidade

do indivíduo); Observação necessária para a percepção

das relações na situação problemática; Descoberta da resposta certa pela

eliminação das erradas; Integração da resposta certa na conduta

do indivíduo, modificando seu comportamento.

Esse processo é utilizado tanto no processo de aprendizagem ideativa, quanto na motora.

Aprendizagem de

Automatismos

Aprendizagem de Automatismos Propicia ao aprendiz meios de adaptação às

situações da vida, sem exigir muito trabalho mental. A aquisição de automatismos libera a atividade mental do indivíduo para a solução de problemas mais complexos;

Os automatismos são padrões fixos de conduta que permitem o indivíduo enfrentar situações constantes e rotineiras da vida e da profissão, com agilidade, rapidez e economia de tempo e esforço

Aprendizagem de Automatismos Os automatismos podem ser tanto motores,

quanto mentais: Observação, a retenção mnemônica, a leitura rápida, etc.

Os automatismos podem ser também sociais: a cortesia, o cavalheirismo, a cooperação, etc.

Caracterização da Aprendizagem de

Automatismos Os padrões de desenvolvimento motor, que possibilitam a formação de automatismos motores são classificados em:

Primários: Movimentos globais do corpo, como andar, correr, saltar, atirar, nadar, etc.;

Secundários: Envolvem o controle dos músculos menores, como escrever e usar instrumentos que requerem a coordenação de pequenos músculos;

É necessário apresentar ao aprendiz as dificuldades de forma gradativa, nos exercícios, para que possam ser percebidos e automatizados por aquele que aprende.

Processos de Aquisição de Automatismos

Os automatismos NÃO podem ser aprendidos sem a prática, o exercício; Um princípio, um conceito, uma ideia podem ser adquiridos, apenas em uma experiência vivenciada, mas um automatismo não pode; Ninguém aprende a escrever, a falar uma língua estrangeira, a digitar, a repetir os números, etc. sem a repetição dos movimentos coordenados, exigidos para aquisição da habilidade desejada.

1 – A prática ou experiência ou treino

Processos de Aquisição de

Automatismos É a execução do automatismo diante do aluno; Na fase inicial o professor deve dar uma explicação geral da habilidade a ser praticada; Em uma segunda fase, deve realizar a demonstração de cada etapa, enfatizando as partes mais difíceis da tarefa; Finalmente, o aluno deve ser levado à execução da atividade e o professor deve supervisionar seus movimentos, suas coordenações, corrigindo os erros; Poderão ser apontados ao aprendiz também, os elementos passíveis de transferência de aprendizagem para outra.

2 – A Demonstração Didática

Processos de Aquisição de

Automatismos Não se reduz somente à repetição automática de um ato, mas constitui um processo mais complexo através do qual se realiza tanto a aprendizagem de automatismos quanto a apreciativa; A imitação é definida como a tendência para repetir as ações observadas em outros; A imitação pode se consciente ou inconsciente; Na educação a imitação direta ou consciente se faz das habilidades de rotina, como a escrita, postura, linguagem;

3 – A Imitação

Processos de Aquisição de

AutomatismosAtravés da imitação

consciente ou inconsciente, os comportamentos habituais, as habilidades e os códigos morais do meio social são integrados na personalidade da criança. A conduta dos pais, a personalidade do professor, do líder escoteiro, da literatura lida, dos filmes constituem poderosos modelos para imitação dos mais jovens.

3 – A Imitação

Processos de Aquisição de Automatismos

É considerado fundamental, porque o aprendiz ainda não tem uma percepção clara da habilidade a ser aprendida; O primeiro passo no desenvolvimento da habilidade, caracteriza-se por muitos movimentos desnecessários e pelo gasto de uma grande quantidade de energia; A segunda etapa é de gradativa eliminação das respostas infrutíferas e a seleção das bem sucedidas. Onde cada tentativa bem sucedida é um passo no caminho do progresso; A terceira etapa será constituída pela repetição e prática dos movimentos selecionados, que conduzirem ao êxito;

4 – O ensaio-e-erro

Processos de Aquisição de Automatismos

O ensaio-e-erro, para ser mais econômico e eficiente, precisa ser suplementado pela direção verbal do professor. Por exemplo, a maneira de segurar o lápis, de colocar o papel, posição na carteira, etc. contribuem para o sucesso do aluno em aprender a escrever. O professor mostrará a técnica ideal, que deve ser demonstrada para o aluno imitar.

4 – O ensaio-erro

Aprendizagem Apreciativa / Afetiva ou Emocional

Aprendizagem ApreciativaAtualmente, a

escola pretende contribuir para a equilibrada formação da personalidade do aluno e sua integração ao ambiente sociocultural, através do ajustamento de seus sentimentos, atitudes e ideais aos do grupo a que o mesmo pertence.

Aprendizagem ApreciativaDiante de um novo

conhecimento ou habilidade a atitude do aprendiz pode variar, revelando-se positiva, negativa ou mesmo indiferente. A aprendizagem apreciativa, emocional ou afetiva sempre acompanha as demais, isto é, é concomitante às outras aprendizagens, ultrapassando o currículo escolar e seguindo pela vida a fora.

Aprendizagem ApreciativaA aprendizagem

apreciativa compreende atitudes e valores sociais, traduzidos por gostos, preferências, simpatias, costumes, crenças, hábitos e ideais de ação, que constituem os princípios mais gerais de conduta humana. Sem emoções, sentimentos, valores e ideais, a vida não teria sentido. Sem essas reações as palavras felicidade e desgraça, prazer e dor, amor e ódio seriem inteligíveis

Aprendizagem ApreciativaA aprendizagem

apreciativa resulta em respostas afetivas que poderão ser proveitosas ao indivíduo e à sociedade. Muitos dos estados afetivos no homem, como o amor, o respeito, a admiração, o sentimento de justiça, são em grande proporção, fruto da experiência e da educação. A escola e a família devem exercitar essas respostas afetivas e outras, que desempenham papel da maior relevância social.

Aprendizagem ApreciativaA aprendizagem apreciativa pode ser

positiva se cria uma reação individual favorável ou negativa, se provoca reação de agressividade, inibição ou aversão. Esse tipo de aprendizagem, possibilita a formação do caráter do aprendiz, o que se expressa na sua maneira constante de agir, diante das diferentes situações.

Aprendizagem ApreciativaO melhor índice da educação e cultura

de um indivíduo não está na sua habilidade para fazer coisas, nem na massa de informações e conhecimentos por ele armazenados, mas na qualidade e intensidade de seus ideais, suas atitudes e preferencias, em relação à vida, à cultura e ao meio social e profissional em que vive.