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Proteção, Promoção e Desenvolvimento SERVIÇO SOCIAL Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro PAULA SOUSA, 2014/15

Proteção, promoção e desenvolvimento

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Page 1: Proteção, promoção e desenvolvimento

Proteção, Promoção e

Desenvolvimento

SERVIÇO SOCIAL

Universidade de Trás-os-Montes

e Alto Douro

PAULA SOUSA, 2014/15

Page 2: Proteção, promoção e desenvolvimento

O Programa PORTUGAL 2020

Será o sucessor do anterior Quadro de

Referência Estratégica Nacional (QREN)

que entrará em vigor no início do 2º semestre

de 2014, e enquadrará os apoios estruturais

da União Europeia entre 2014 e 2020.

Primeiros concursos para acesso aos

fundos do Portugal 2020

em Novembro, 2014.

Page 3: Proteção, promoção e desenvolvimento

Portugal 2020

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-

ministerios/ministro-adjunto-e-do-

desenvolvimento-

regional/galeria/videos/20140311-madr-sedr-

portugal-2020.aspx

Page 4: Proteção, promoção e desenvolvimento

http://www.pt-2020.pt/

O Portal Portugal 2020 está estruturado nas

seguintes áreas:

Apresentação do Acordo de Parceria 2014-2020

Legislação comunitária e nacional

Balcão 2020

Projetos Media e Eventos FAQ –

https://www.iefp.pt/noticia?item=1376650#sthash.

Qky6ITaG.dpuf

Page 5: Proteção, promoção e desenvolvimento

Programas Operacionais (PO)

Page 6: Proteção, promoção e desenvolvimento

Quatro PO temáticos no Continente:

i)Competitividade e internacionalização;

ii)Inclusão social e emprego;

iii)Capital humano;

iv)Sustentabilidade e eficiência no uso de

recursos.

Page 7: Proteção, promoção e desenvolvimento

PO ISE

PO Inclusão Social e Emprego

Page 8: Proteção, promoção e desenvolvimento

Eixo prioritário 3

– Promover a inclusão social e

combater a pobreza e a

discriminação

Page 9: Proteção, promoção e desenvolvimento

2.3.1 Prioridade de investimento:

Inclusão ativa, com vista à promoção da

igualdade de oportunidades e da participação

ativa e a melhoria da empregabilidade

2.3.2 Prioridade de investimento:

Luta contra todas as formas de discriminação e

promoção da igualdade de oportunidades

2.3.3 Prioridade de investimento:

Melhoria do acesso a serviços sustentáveis, de

grande qualidade e a preços comportáveis, incluindo

cuidados de saúde e serviços sociais de interesse

geral

Page 10: Proteção, promoção e desenvolvimento

2.3.1 Prioridade de investimento

Inclusão ativa, com vista à promoção

da igualdade de oportunidades e da

participação ativa e a melhoria da

empregabilidade

Page 11: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivos específicos e

resultados esperados

Page 12: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 1

Promover o desenvolvimento e o

reconhecimento de competências pessoais,

sociais e profissionais de grupos

potencialmente mais vulneráveis,

potenciando a sua empregabilidade e o

reforço das oportunidades para a sua

integração socioprofissional e cultural.

Page 13: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

As ações a desenvolver no âmbito deste

objetivo deverão permitir: i) aumentar de forma

evidente o número de pessoas integradas no

mercado de trabalho após a participação nas

ações aqui enquadradas; ii) aumentar as

competências dos adultos pertencentes a

grupos vulneráveis, designadamente em termos

de competências básicas de leitura, escrita,

cálculo, uso de TIC e domínio da língua

portuguesa.

Page 14: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 2

Aumentar o número de territórios vulneráveis

abrangidos e reforçar a coesão social.

Page 15: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Pretende-se aumentar a cobertura de territórios

vulneráveis com abordagens locais de

desenvolvimento social, focadas nesses territórios

ou em grupos-alvo que se concentram em alguns

dos mesmos (e.g. imigrantes e seus descendentes

e comunidades ciganas), as quais assentam na

prevenção, capacitação, formação, apoio,

acompanhamento e intervenção social, através da

descentralização e prestação de serviços a

contratualizar com base numa articulação estreita

entre as diferentes entidades sedeadas nesses

territórios.

Page 16: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 3

Reforçar a abordagem da intervenção social

com base no voluntariado.

Page 17: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Com a implementação do Plano Nacional de

Voluntariado (PNV), pretende-se aumentar o

número de entidades e pessoas envolvidas

em atividades de voluntariado, sendo

expectável que a taxa de cobertura de

pessoas e organizações que adiram a

iniciativas nesta área aumente nos setores

social e cooperativo, privado com fins

lucrativos e público.

Page 18: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 4

Promover iniciativas para a inovação e a

experimentação social que facilitem a

dinamização de estratégias de inclusão ativa.

Page 19: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Desenvolvimento e experimentação de

soluções inovadoras com vista a promover a

inclusão social ativa de grupos mais

desfavorecidos, envolvendo designadamente

diferente regiões menos desenvolvidas do

país e, sempre que adequado, parceiros de

outros Estados Membros

Page 20: Proteção, promoção e desenvolvimento

Tipos de ações a financiar

Page 21: Proteção, promoção e desenvolvimento

2.3.2 Prioridade de investimento:

Luta contra todas as formas de

discriminação e promoção da igualdade

de oportunidades

Page 22: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivos específicos e

resultados esperados

Objetivo específico 5

Page 23: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 5

Sensibilizar a população, as instituições e

formar os seus quadros para o combate à

discriminação, a desconstrução de

preconceitos e estereótipos, o combate à

violência de género, doméstica e ao tráfico de

seres humanos, a promoção da igualdade de

género, a promoção da educação, o diálogo

intercultural, e inter-religioso, a igualdade de

oportunidades e a inclusão de comunidades

marginalizadas.

Page 24: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Aumento dos níveis de sensibilização das

instituições, dos seus quadros e da

população portuguesa para as questões do

combate à discriminação, desenvolvendo um

conjunto alargado e diversificado de ações

de sensibilização que desconstruam

preconceitos e estereótipos e criem maior

sensibilidade e capacidade para a gestão da

diversidade e o encontro de culturas,

promovendo a igualdade de oportunidades.

Page 25: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 6

Reforçar a capacidade de intervenção das

entidades públicas e privadas na execução

das políticas públicas na área da igualdade

de género e da prevenção e combate à

violência doméstica e de género e ao tráfico

de seres humanos, bem como reforçar a

capacidade de resposta ao nível da proteção

das vítimas de violência de género,

doméstica e de tráfico de seres humanos.

Page 26: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Pretende melhorar-se as capacidades técnicas dos

profissionais que atuam nas áreas da igualdade

de género, violência doméstica e tráfico de seres

humanos, através de ações de formação

destinadas a profissionais que intervêm nestas

áreas, bem como aumentar o número de

pessoas abrangidas/apoiadas por projetos na

área da igualdade de género e na área de

prevenção e combate à violência doméstica e de

género e ao tráfico de seres humanos.

Page 27: Proteção, promoção e desenvolvimento

Tipos de ações a financiar

Page 28: Proteção, promoção e desenvolvimento

2.3.3 Prioridade de investimento:

Melhoria do acesso a serviços

sustentáveis, de grande qualidade e a

preços comportáveis, incluindo cuidados

de saúde e serviços sociais de interesse

geral

Page 29: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivos específicos e

resultados esperados

Objetivo específico 7

Page 30: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 7

Diversificar a oferta de serviços sociais e de

saúde e aumentar a qualidade das respostas

sociais e de saúde disponíveis.

Page 31: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Os resultados a alcançar variam em função dos

diferentes públicos abrangidos pelos serviços e

respostas a apoiar, onde se priorizam as crianças e

famílias, as pessoas com deficiências e

incapacidades e as pessoas idosas. De forma

transversal, pretende-se alargar a oferta de serviços

sociais, adequando-os a necessidades emergentes

e potenciando a transição de cuidados institucionais

para cuidados de proximidade, bem como melhorar

o acesso e a qualidade das respostas no âmbito dos

sistemas de saúde, de ação social e prestação de

cuidados, e de promoção e proteção das crianças.

Page 32: Proteção, promoção e desenvolvimento

Tipos de ações a financiar

Page 33: Proteção, promoção e desenvolvimento

2.3.4 Prioridade de investimento:

Promoção do empreendedorismo social e

da integração profissional nas empresas

sociais e da economia social e solidária

para facilitar o acesso ao emprego

Page 34: Proteção, promoção e desenvolvimento

Objetivo específico 8

Melhorar a capacidade de resposta das

Organizações da Economia Social (OES) e a

sua sustentabilidade. Inclui a melhoria da

capacitação institucional dos Parceiros do

Conselho Nacional para a Economia Social

(CNES).

Page 35: Proteção, promoção e desenvolvimento

Resultados esperados

Pretende-se reforçar a capacidade de atuação

das OES melhorando a qualidade dos serviços

prestados, inovando nas atividades

desenvolvidas, melhorando os níveis de

satisfação dos seus clientes/utentes,

reforçando a, sua sustentabilidade financeira.

Assim sendo, perspetiva-se um reforço das

metodologias e processos de modernização e

inovação ao nível da gestão e da prestação de

serviços sociais.

Page 36: Proteção, promoção e desenvolvimento

Tipos de ações a financiar

Page 37: Proteção, promoção e desenvolvimento

Balcão 2020

Balcão 2020 constitui o ponto de acesso aos

FEEI (Fundos Europeus Estruturais e de

investimento) para todas as entidades que se

pretendam candidatar a financiamento

destes Fundos.

Page 38: Proteção, promoção e desenvolvimento

Para além da consulta de informação

relevante sobre o Portugal 2020,

disponibilizada de forma intuitiva em função

das escolhas do utilizador, este balcão virtual

permite o registo do beneficiário e o acesso a

um conjunto de serviços de suporte, desde a

submissão da sua candidatura, com pré-

preenchimento e interação, até ao

acompanhamento dos seus projetos nas

suas diversas fases.

Page 39: Proteção, promoção e desenvolvimento

Após registo e autenticação no Balcão 2020, o beneficiário

poderá contar com um conjunto de funcionalidades,

independentemente da natureza do projeto, a região ou o

programa operacional a que pretende candidatar-se, com

destaque para:

Submissão de candidaturas

Registo de contratos e procedimentos de

contratação pública

Pedidos de pagamento/adiantamento ou

reembolso

Pedidos de reprogramação

Conta-corrente dos projetos

Page 40: Proteção, promoção e desenvolvimento

O Balcão 2020 estará disponível depois da

aprovação dos Programas Operacionais.

http://www.pt-2020.pt/Balcao2020

Page 41: Proteção, promoção e desenvolvimento

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-

ministerios/ministro-adjunto-e-do-

desenvolvimento-

regional/galeria/videos/20140311-madr-sedr-

portugal-2020.aspx

Page 42: Proteção, promoção e desenvolvimento

Portugal Inovação Social:

Fundo de apoio a instituições e projetos

de empreendedorismo social.

Page 43: Proteção, promoção e desenvolvimento

Apoio ao

empreendedorismo social

O montante oriundo dos fundos europeus

destinado à inclusão social, excluindo o

emprego, quase que vai triplicar para 1,4 mil

milhões de euros até 2020, face aos 580

milhões de euros do último período.

Page 44: Proteção, promoção e desenvolvimento

objetivo do executivo é “investir mais e

com mais inovação” nas matérias

relacionadas com a inclusão social

Através da criação de um “instrumento

novo

destinado a apoiar o empreendedorismo

social”.

Page 45: Proteção, promoção e desenvolvimento

Refere-se ao fundo Portugal Inovação Social,

que contará com uma dotação na ordem dos

150 milhões de euros.

“Há uma preocupação especial com a

inclusão social, daí o lançamento deste

fundo inovador que pode fazer com que

Portugal marque o passo neste capítulo a

nível europeu”, afirmou Mota Soares.

Page 46: Proteção, promoção e desenvolvimento

“É um fundo dirigido à capacidade de

estimular o empreendedorismo social, em

áreas como a saúde e a educação.

O objectivo é trabalhar a sustentabilidade

da ação social”.

A resposta social acaba por ser mais eficaz

quando a cargo das instituições de

solidariedade.

Page 47: Proteção, promoção e desenvolvimento

“Este fundo não esgota as verbas

[destinadas à inclusão social], mas é uma

novidade muito importante”.

Fonte: Agência Lusa

Page 48: Proteção, promoção e desenvolvimento

Miguel Poiares Maduro salientou que a

inovação social é uma das grandes

apostas do próximo ciclo de fundos

comunitários, a vigorar entre 2014 e 2020.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/governo-vai-

atribuir-fundos-a-projetos-de-inovacao-

social=f790215#ixzz3FSTeexFk

Page 49: Proteção, promoção e desenvolvimento

"Portugal vai ser o primeiro Estado-membro

[que] vai ter um fundo de inovação social, que vai apoiar projetos de empreendedorismo

social, projetos económicos com dimensão

social, mas também os chamados títulos de

impacto social", que envolvem ações

contratualizadas entre o Estado e entidades

como Instituições Particulares de

Solidariedade Social (IPSS), Organizações

Não Governamentais ou autarquias.

Page 50: Proteção, promoção e desenvolvimento

Os projetos apoiados serão pagos de acordo

com a concretização dos objetivos

sociais estabelecidos.

Os objetivos sociais podem envolver, por

exemplo, a redução do abandono escolar, a

redução da reincidência da criminalidade ou a

reintegração de ex-presidiários, em troca de

uma compensação financeira.

Page 51: Proteção, promoção e desenvolvimento

«[Os promotores] assumem o risco pelo

resultado que dizem que vão conseguir

e depois esse fundo [de inovação social]

paga-lhes a obtenção desse resultado».

A ideia é envolver também investidores

privados.

Page 52: Proteção, promoção e desenvolvimento

"Se o objetivo for atingido, o Estado paga às

entidades e estas re-embolsam os seus

investidores. É a isto que se chama títulos de

impacto social",

um instrumento de financiamento de políticas

sociais que pode abranger a saúde, a justiça,

a educação, o ambiente ou outros domínios

públicos.

Page 53: Proteção, promoção e desenvolvimento

O fundo que terá 122 milhões de euros

disponíveis vai ter outros instrumentos

inovadores como apoios a projetos de

filantropia ou à capacitação dos atores

sociais.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/governo-vai-

atribuir-fundos-a-projetos-de-inovacao-

social=f790215#ixzz3FSUc7Hgz

Page 54: Proteção, promoção e desenvolvimento

MPPO

Metodologia de Planeamento

de Projetos por Objetivos

Page 55: Proteção, promoção e desenvolvimento

MPPO -

é uma ferramenta de diagnóstico,

planeamento, acompanhamento de

implementação e avaliação de projetos

realizados num determinado contexto.

Page 56: Proteção, promoção e desenvolvimento

1. Princípios balizadores da

utilização da MPPO

Estes princípios não são exclusivos da

MPPO.

São um percurso teórico subjacente a uma

série de metodologias similares, ou não, à

MPPO e onde esta está sustentada.

Page 57: Proteção, promoção e desenvolvimento

PRIMEIRO: Princípio da participação

Transversal à intervenção baseada na

MPPO, a participação é uma forma de

aceder à diversidade de conhecimentos,

perspectivas, ideias, identidades e valores

dos elementos que vivenciam um

determinado contexto. Dessa forma é

possível enriquecer a visão dos factos e a

solução dos problemas.

Page 58: Proteção, promoção e desenvolvimento

SEGUNDO: A situação grupal torna

os indivíduos mais criativos.

A investigação na área da Dinâmica de

Grupos tem demonstrado que a situação

grupal torna favorável o pensamento

divergente e “quebra” a rigidez na análise de

problemáticas. Em muitos momentos da

intervenção baseada na MPPO é proposta a

situação de grupo, tendo em vista a procura

de perspectivas criativas e inovadoras.

Page 59: Proteção, promoção e desenvolvimento

TERCEIRO: Orientação para objetivos.

O estabelecimento de objetivos funciona,

para os diversos atores envolvidos nas

intervenções, como “motivo para a ação” e

fator de coesão. Os objetivos desempenham

um papel de marcadores, orientadores para

metas projetadas no tempo. A intervenção

organizacional/social baseada em objetivos

está subjacente à utilização da MPPO.

Page 60: Proteção, promoção e desenvolvimento

QUARTO:

Diagnóstico antes do Planeamento.

A qualidade dos resultados alcançados numa

determinada intervenção tem subjacente

uma análise sustentada da situação de

partida. A qualidade do diagnóstico

proporciona um espaço-tempo de reflexão

sobre os meios/soluções para minorar

problemas e alcançar melhorias.

Page 61: Proteção, promoção e desenvolvimento

QUINTO:

As técnicas de visualização possibilitam

a visão partilhada do projeto.

A utilização de mecanismos que possibilitam a

visualização esquematizada do "fio condutor" do

projecto é, por si só, facilitador da partilha dos

pontos de vista, dos conhecimentos e dos valores

dos elementos envolvidos na intervenção.

Estes mecanismos podem ser cartões que são

colocados em placares ou post-its colados em

quadros, numa lógica racional e que pode ser

visualizada pelo grupo, funcionando como

catalizador de ideias, análises e raciocínios sobre

o campo de intervenção.

Page 62: Proteção, promoção e desenvolvimento

SEXTO:

O planeamento e a implementação não

podem estar separados

O planeamento das atividades de um projeto serve

para a previsão de recursos (financeiros, materiais,

humanos, temporais) e para a antecipação de

possíveis constrangimentos. Estes devem ser

considerados no decorrer da implementação de um

projeto para se ampliar a eficiência da intervenção.

A fase de implementação, em si mesma, continua a

ser um momento de re-planemaento, de re-

diagnóstico, possibilitando obter ganhos de

eficiência e eficácia em contínuo.

Page 63: Proteção, promoção e desenvolvimento

SÉTIMO: O contexto de intervenção é

um sistema complexo.

Partimos do princípio de que o contexto da

intervenção - organizacional, social ou outros

- é um sistema complexo, onde diversas

variáveis contribuem para os acontecimentos

significativos, ou não, que afetam

determinantemente, ou não, o seu

quotidiano.

Page 64: Proteção, promoção e desenvolvimento

2. Visão global da MPPO

A MPPO tem como base o "Ciclo de

Projetos".

Uma intervenção de cariz organizacional ou

social deve partir de um diagnóstico, devendo

ser planeada para ser implementada com

eficiência, não deixando de ser efetuada a

avaliação da sua eficácia.

Page 65: Proteção, promoção e desenvolvimento

Fig. 1 - O Ciclo de Projeto.

DIAGNOSTICO

PLANEAMENTO

IMPLEMENTAÇÃO

AVALIAÇÃO

Em cada uma das fases do "Ciclo de Projetos" há um conjunto de

ações e ferramentas/outputs a elas associadas.

Page 66: Proteção, promoção e desenvolvimento

Fig. 2 - As ações e ferramentas/outputs

da MPPO no Ciclo de Projetos.

Diagnóstico 1. Listagem de problemas

2. Árvore de problemas

Planeamento 3. Quadro de medidas

4. MPP (Matriz de Planeamento de

Projeto)

Implemenção Avaliação

Page 67: Proteção, promoção e desenvolvimento

A FASE DE DIAGNÓSTICO

Começa pela elaboração de uma Listagem de

Problemas.

A tarefa seguinte é relacioná-los entre si

através de uma técnica de visualização a que

chamamos Árvore de Problemas, que

consiste numa representação esquemática de

situações a melhorar no campo de intervenção.

Page 68: Proteção, promoção e desenvolvimento

A FASE DE PLANEAMENTO

Corresponde à definição das medidas de

resolução dos problemas no Quadro de

Medidas e à criação de um tableau de bord

com orçamentos, resultados e objectivos a

alcançar, a Matriz de Planeamento de

Projectos.

Page 69: Proteção, promoção e desenvolvimento

A FASE DE IMPLEMENTAÇÃO

Consiste em aplicar as medidas planeadas,

tendo como guia a

Matriz de Planeamento de Projetos.

Page 70: Proteção, promoção e desenvolvimento

Por fim,

a FASE DE AVALIAÇÃO

Corresponde à aferição do alcance dos

resultados previstos na

Matriz de Planeamento de Projetos.

Page 71: Proteção, promoção e desenvolvimento

O Diagnóstico segundo a MPPO

diagnóstico

Fase Estabelecer um esquema de relacionamento entre problemas existentes num campo de intervenção, de forma a poder ser analisado, discutido, partilhado e melhorado com medidas adequadas.

Objetivo

Page 72: Proteção, promoção e desenvolvimento

a) Delimitar o campo de intervenção

A MPPO tem como ponto de partida a

clarificação e definição do campo de

intervenção. Trata-se de definir o espaço-

tempo em que é realizada a inter-venção, e

pode ser (1) de âmbito organizacional - uma

empresa, um departamento, uma equipa de

trabalho, um posto de trabalho - ou (2) de

âmbito social - uma rede de cooperação, um

bairro, um grupo social.

Page 73: Proteção, promoção e desenvolvimento

b) Levantamento de problemas

Fase

• diagnóstico

Etapa

• I. Listagem de problemas

• 2. Arvore de Problemas

Objetivo

• Obter um conjunto de problemas a partir dos quais se construirá a Arvore de Problemas.

Page 74: Proteção, promoção e desenvolvimento

Depois de delimitado o campo de intervenção

é necessário auscultar os elementos que detêm

“conhecimento”, “saber” sobre o seu

funcionamento.

Este "saber" deve ser abrangente e

diversificado. Referimo-nos a "saber téc- nico",

"saber prático", "saber formal", "saber informal",

"saber" independentemente da sua

proveniência cultural, religiosa e moral.

.

Page 75: Proteção, promoção e desenvolvimento

Os métodos de recolha de dados que podem

ser utilizados neste processo são:

questionários, entrevistas e sessões em grupo

(por exemplo, as técnicas de focus-group6 e

brainstorming7).

Seguindo os princípios da utilização da MPPO,

devem ser utilizadas técnicas informais, que

privilegiem a flexibilidade e a criatividade, como

o focus-group e o brainstorming, não sendo de

excluir a entrevista não estruturada.

Page 76: Proteção, promoção e desenvolvimento

c) O que é "problema" segundo a MPPO?

Na recolha de dados, através das técnicas

do brainstorming, focus-group e entrevista

não estruturada, poderão aparecer

descrições de problemas que não são reais.

Existem regras e critérios a seguir na

definição dos problemas.

Page 77: Proteção, promoção e desenvolvimento

Em primeiro lugar vamos definir "problema"

Segundo a MPPO:

tratasse de uma situação vivida no momento

da intervenção da qual é perspetivada uma

melhoria possível, para uma outra situação

desejada.

Page 78: Proteção, promoção e desenvolvimento

SITUAÇÃO ACTUAL

Melhoria a obter

SITUAÇÃO DESEJADA

Page 79: Proteção, promoção e desenvolvimento

Critérios para considerar um

"problema" e regras para a sua

formulação

Page 80: Proteção, promoção e desenvolvimento

CRITÉRIOS PARA CONSIDERAR UM

PROBLEMA :

1º. O problema deve ser concreto.

2º. O problema deve ser sustentado.

REGRAS PARA FORMULAR UM PROBLEMA:

1ª. O problema deve estar formulado na

negativa.

2ª. O problema deve estar formulado de forma

sintética.

Page 81: Proteção, promoção e desenvolvimento

O problema formulado na negativa.

A situação problemática deve ser formulada como

sendo passível de melhoria, isto é, na negativa.

Por exemplo, relativamente à formulação

"absentismo do pessoal". Aparentemente esta

formulação está na negativa.

Mas não é assim, pois "a redução do absentismo"

é a situação desejada, devendo o problema ser

formulado como "excesso de absentismo".

Page 82: Proteção, promoção e desenvolvimento

d) Construção da "Árvore de Problemas"

A Árvore de Problemas é feita a partir da

Listagem de Problemas realizada.

Não é imprescindível que todos os atores

envolvidos no levantamento de problemas

participem na construção da "Árvore de

Problemas", mas deve ser partilhada e

validada, para que seja considerada como

correspondente à realidade que vivenciam no

respetivo quotidiano.

Page 83: Proteção, promoção e desenvolvimento

Também não é aconselhável que este

processo de construção da "Árvore de

Problemas" seja feito por uma só pessoa.

A partilha e discussão de pontos de vista

garantem a prevalência da razão e da lógica

no estabelecimento das relações de

causalidade entre os problemas.

Page 84: Proteção, promoção e desenvolvimento

d) Construção da "Árvore de Problemas"

Fase

diagnóstico

Etapa

I. Listagem de problemas

II. Arvore de Problemas

Objetivo

Obter um conjunto de problemas a partir dos quais se construirá a

Arvore de Problemas.

Estabelecer relações de causalidade entre os diversos problemas, até se chegar aos

problemas de raiz.

Page 85: Proteção, promoção e desenvolvimento

Procedimento-tipo para a construção da

“Árvore de Problemas”

1º PASSO:

Colocar os problemas da lista em post-its.

Page 86: Proteção, promoção e desenvolvimento

2º PASSO:

Determinar o problema que resulta da

existência de todos os outros.

Page 87: Proteção, promoção e desenvolvimento

O problema que resulta da existência de

todos os outros é o "PROBLEMA CENTRAL".

O mecanismo que sugerimos para o determinar é

o da análise exaustiva das relações de

causalidade entre todos os problemas da lista.

Se colocar um post-it (problema) na posição em

que está o "problema A" na Fig. 5, em posição de

destaque na parte superior do quadro/parede

(“local de trabalho”), pode verificar-se que cada

um dos problemas que estão na parte inferior

contribui direta ou indiretamente para a

existência do problema central. Se assim for,

então está encontrado o PROBLEMA CENTRAL.

Page 88: Proteção, promoção e desenvolvimento

Nesta fase não pode haver precipitações.

Convém fazer a análise para todos os

problemas que não são o problema central.

Pode, por exemplo, colocar um problema na

parte inferior daquele que julga ser o problema

central e perguntar a si próprio: "Será que este

problema contribui para a existência do

problema central?" Se sim, está a trabalhar

bem. Se não, pode inverter as suas posições e

voltar a colocar a mesma questão.

Este procedimento deve ser exaustivo para

todos os problemas.

Page 89: Proteção, promoção e desenvolvimento

Não pode haver mais do que um problema

central. Este facto é relevante porque a "Árvore

de Problemas" é um meio de debate e

discussão sobre o campo de intervenção.

Assim, caso haja dúvidas entre dois problemas,

contacte os elementos que contribuíram para a

lista de problemas no sentido de procurar

identificar uma consequência desses dois

problemas no contexto da intervenção. Dessa

forma vai acabar por encontrar o problema

central.

Page 90: Proteção, promoção e desenvolvimento

NOTA IMPORTANTE: A lista de problemas

nunca está concluída. Em qualquer momento

é possível acrescentar/descobrir problemas

que não foram levantados na primeira etapa

(“Levantamento de problemas”).

Page 91: Proteção, promoção e desenvolvimento

3º PASSO

Determinar os problemas que contribuem

diretamente para a existência do

problema central.

Page 92: Proteção, promoção e desenvolvimento

Nesta fase da construção da "Árvore de

Problemas" podem surgir dúvidas relativas às

linhas de causalidade entre problemas.

Note que o aspecto da árvore pode ser pouco

atractivo, mas é importante que seja

consensual e lógico que os problemas que

estão DIRECTAMENTE abaixo de outros - em

termos de posicionamento na árvore -

contribuam directamente para os que estão

acima.

Este procedimento deve repetir-se até se

esgotarem os problemas.

Page 93: Proteção, promoção e desenvolvimento

Ao longo deste processo a análise é profunda e

exaustiva, devendo prevalecer a lógica do

raciocínio.

Procure ter sempre presente a questão

enunciada: "Será que este problema contribui

para a existência deste outro?" Se sim, está a

trabalhar bem.

Tenha também em atenção que a listagem de

problemas não está encerrada, podendo sempre

acrescentar problemas, desde que sejam reais.

Page 94: Proteção, promoção e desenvolvimento

Na construção da "Árvore de Problemas" há

três regras que devem ser consideradas.

REGRA 1

O número de problemas que contribuem para

um outro é normalmente de 3 a 4.

Page 95: Proteção, promoção e desenvolvimento

São 3 a 4 os problemas que normalmente

contribuem para a existência de um outro

problema.

Page 96: Proteção, promoção e desenvolvimento

REGRA 2

Não deve existir um único problema a

contribuir para um outro.

Page 97: Proteção, promoção e desenvolvimento

REGRA 3

Um problema só pode contribuir para um

problema.

Um problema não pode aparecer na árvore como

contribuindo para mais que um problema.

Page 98: Proteção, promoção e desenvolvimento

Perante a situação de surgir na árvore um

problema a contribuir para a existência de

dois, poderá colocar a si próprio, e aos

atores que estão a constituir a árvore

consigo, uma questão do género:

"para qual deles é mais claro que está a

contribuir?".

Pode assim tomar a decisão, sendo que é

imprescindível que haja lógica na leitura

global da árvore.

Page 99: Proteção, promoção e desenvolvimento

e) Leitura e análise da "Árvore de

Problemas"

A "Árvore de Problemas" depois de estabilizada

deve ser partilhada e discu tida com os diversos

actores que tiveram um papel activo no

levantamento de problemas.

Ela deve ser apresentada para que haja a

apropriação da informação nela contida.

Nessa apresentação pode fazer a leitura da

árvore de cima para baixo referindo sempre "os

problemas que resultam da existência de outros

problemas".

Page 100: Proteção, promoção e desenvolvimento

Representação da leitura da árvore, no

sentido da contribuição para existência

dos problemas em cadeia.

Page 101: Proteção, promoção e desenvolvimento

Outra forma de fazer a apresentação da árvore é

através da sua leitura de baixo para cima,

referindo "os problemas que quando resolvidos

contribuem para a resolução de outros

problemas".

Page 102: Proteção, promoção e desenvolvimento

A terminologia usada na leitura da “Árvore

de Problemas” é a seguinte:

PROBLEMA CENTRAL: Aquele que resulta da

existência de todos os outros (aparece representado

na parte superior da árvore);

PROBLEMA DE 1º NÍVEL: Aqueles que contribuem

diretamente para a existência do problema central;

PROBLEMAS DE 2º NÍVEL: Aqueles que contribuem

para os problemas de 1º NÍVEL;

(e assim sucessivamente, 3º NÍVEL, 4º NÍVEL, etc.)

PROBLEMAS TERMINAIS: Aqueles que aparecem na

árvore sem problemas a contribuírem para a sua

existência (são os problemas de raiz).

Page 103: Proteção, promoção e desenvolvimento

Localização do PROBLEMA CENTRAL,

PROBLEMAS DE 1º E 2º NÍVEL e

PROBLEMAS TERMINAIS.

Page 104: Proteção, promoção e desenvolvimento

PRESTE ATENÇÃO:

Coloque cada problema num post-it: durante a

construção da árvore será necessário mudar a

posição relativa dos problemas/post-its.

Encontre o problema central: analisando os

problemas, vai tentar encontrar aquele que resulta

de todos os outros.

Encontre os problemas que contribuem

directamente para o problema central: procure

aqueles que parecem contribuir de forma mais

veemente para o problema central.

Page 105: Proteção, promoção e desenvolvimento

Encontre as "causas das causas": encontrados

os problemas que contribuem de forma directa

para o problema central procure as causas

deste último. Este procedimento deve ser

repetetido até esgotar os problemas que estão

em post-its.

Valide a árvore: partilhe-a com os diversos

actores envolvidos no projecto, discuta-a e

prepare-se para passar para a pesquisa de

soluções.

Page 106: Proteção, promoção e desenvolvimento

O Planeamento

do projecto

Page 107: Proteção, promoção e desenvolvimento

Planeamento

planeamento

Fase

Estabelecer medidas para a resolução de problemas, subdividindo-as em ações, com orçamentação, definição de resultados e objetivos, com formas de verificação de impactos e limitados no tempo.

Objetivo

Page 108: Proteção, promoção e desenvolvimento

Antes de tudo deve mudar a forma de pensar

a intervenção.

Nesta fase da aplicação da MPPO é menos

útil o pensamento analítico devendo haver

um esforço no sentido de adotar uma postura

resolutiva e criativa. Por essa razão é natural

que os atores com competências criativas e

espírito inovador tenham mais destaque.

Page 109: Proteção, promoção e desenvolvimento

A primeira ação a realizar é focalizar a

atenção dos diversos atores nos

OBJECTIVOS.

Por isso o próximo passo é construir a

"Árvore de Objetivos".

Page 110: Proteção, promoção e desenvolvimento

a) Construção da "Árvore de Objetivos"

SITUAÇÃO ACTUAL (problema)

Melhoria a obter

SITUAÇÃO

DESEJADA

(objetivo)

Page 111: Proteção, promoção e desenvolvimento

Para construir a "Árvore de Objetivos" basta

reescrever cada um dos problemas pela positiva,

obtendo assim uma árvore simétrica à "Árvore

de Problemas".

Page 112: Proteção, promoção e desenvolvimento

Árvore de Problemas

Satisfação aquém do possível com as

condições da sala de formação

Mas condições físicas da sala de

forma ao

Cheiros desagradáveis

(alcatifa)

Temperatura desadequada (Verão

e Inverno)

Excesso de barulho exterior

Baixa funcionalidade da sala de forma ao

Dificuldades na utiliza ao da luz da sala

(interruptor no exterior)

Dificuldades de desloca ao dos

formandos na sala de forma ao

Page 113: Proteção, promoção e desenvolvimento

b) Construção do quadro de

medidas

Fase

• Planeamento

Etapa

• 3 - Quadro de Medidas

• 4 - Matriz de Planeamento de Projecto

Objetivo

• Encontrar medidas resolutivas dos problemas terminais da "Arvore de Problemas".

Page 114: Proteção, promoção e desenvolvimento

O "Quadro de Medidas" define-se como

sendo "uma matriz de duas entradas, com os

problemas terminais no topo e as respectivas

soluções na coluna à esquerda".

Page 115: Proteção, promoção e desenvolvimento

PASSOS necessários para a construção do

"Quadro de Medidas":

1º PASSO

Colocar os problemas terminais na linha de topo

do Quadro de Medidas.

Este quadro tem como primeira utilidade permitir

focalizar a atenção de todos os atores envolvidos

no projeto na resolução dos problemas, para que

possam dar sugestões de soluções/medidas.

Page 116: Proteção, promoção e desenvolvimento
Page 117: Proteção, promoção e desenvolvimento

2º PASSO

Pesquisar medidas que possam fazer com

que a "situação problema" se trans- forme na

"situação desejada".

Page 118: Proteção, promoção e desenvolvimento

As medidas são as acções que vão permitir

alcançar os objectivos do projecto.

Page 119: Proteção, promoção e desenvolvimento

É novamente necessário a "abertura ao outro",

evitando a censura de sugestões que vão sendo

apresentadas.

Mais uma vez, aconselha-se a realização de

sessões de brainstorming ou focus-group. Num

primeiro momento interessa o aparecimento de

ideias, e num segundo momento estas devem

ser analisadas, fazendo-se uma primeira pré-

seleção das medidas do projeto.

Page 120: Proteção, promoção e desenvolvimento

3º PASSO

Colocar as medidas na coluna da esquerda

do "Quadro de Medidas".

Page 121: Proteção, promoção e desenvolvimento

As medidas na coluna à esquerda do

Quadro de Medidas.

Page 122: Proteção, promoção e desenvolvimento

4º PASSO

Fazer uma primeira análise do impacto das

medidas nos problemas terminais.