Prova de língua portuguesa da FCC resolvida e comentada

Manoel Neves

provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas Língua Portuguesa, SEAPS-MA 2009, Superior

REALE JR, Miguel. O estado de São Paulo. A2. 6 de dez. de 2008. Adaptado.

QUESTÃO 01 provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas

SOLUÇÃO COMENTADA provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas

O texto em análise, de caráter exposiAvo e argumentaAvo, fala sobre Direitos Humanos, Direitos do Homem e do Cidadão e de como a educação pode, segundo a perspecAva adotada pelo autor, corroborar na formação de cidadãos autônomos e críAcos que respeitem e convivam com o diferente e com a diferença. Por isso, deve-‐se assinalar a alternaAva “c”.

teorias que subjazem à construção da questão intencionalidades, sen2do global, um mesmo tema visto por perspec2vas diversas

Em tempo: a) a perspecAva adotada pelo locutor não é de descrença, mas de defesa do papel da educação na formação de cidadãos críAcos; b) não há críAca a perspecAva alguma; o tom do texto é de defesa de um ponto de vista; d) a discussão não é abrangente: fala-‐se apenas de um dos aspecto da educação; e) não se fala dos conflitos que atravessam todo o século; fala-‐se apenas das duas guerras.



O paradoxo presente na arAculação textual foi explicitado no úlAmo parágrafo e diz respeito ao seguinte quesAonamento feito pelo locutor: como promover o respeito à diferença em uma sociedade que iguala a todos pelo consumo [desenfreado]? Está, pois, incorreto o raciocínio apresentado na alternaAva “a”.

Dentre os procedimentos argumentaAvos uAlizados ao longo do texto, destacam-‐se a citação literal e a citação parafrásAca. Por intermédio de tais estratégias, o autor ora adapta ora expõe literalmente o mote de sua argumentação. Assinale-‐se, portanto, a letra “b”.

É falso o que se afirma na alternaAva “c”, pois não há referência a situações de conflito entre potências em um território. Existe, no segundo parágrafo, referência à práAca do extermínio nazista levado a cabo durante a Segunda Grande Guerra. Em momento algum, o autor se declara incapacitado para analisar aquilo que se propõe. Pior: a análise é bastante bem arAculada e coerente. Não há contradição. O autor não hesita ao desenvolver seus argumentos. É possível perceber que a perspecAva argumentaAva adotada pelo locutor segue a mesma linha ideológica presente nos documentos que se referem aos direitos humanos. É, pois, incorreto o que se afirma tanto em “d” quanto em “e”.

teorias que subjazem à construção da questão intencionalidades, sen2do global, organização e estratégias argumenta2vas



No segundo parágrafo, o autor vale-‐se de palavras de opinião [tais como “fracasso”, “ilusão” e “morAcínios"] para veicular seu posicionamento acerca do tema. Para validar sua opinião, o locutor usa três estratégias argumentaAvas, a saber: a trajetória histórica, prova concreta [ao apresentar dados acerca da II Guerra Mundial e da Declaração Declaração de Direitos do Homem, de 1948] e argumento de autoridade [citação parafrásAca]. É, pois, correto o que se afirma no item I.

A perspecAva argumentaAva adotada pelo autor tanto no segundo parágrafo quanto no restante do texto é de defesa intransigente dos Direitos Humanos. Posto isso, é incorreto afirmar que haja críAca a tais garanAas. Apesar de, na primeira frase do parágrafo em análise, o locutor se referir ao desrespeito aos direitos humanos ocorrido durante a Segunda Guerra, logo depois, ele apresenta nova tentaAva de fazer valer as garanAas individuais e o respeito à pessoa humana. Ademais, o texto em questão estrutura-‐se em nove parágrafos e trata do papel da educação na promoção dos valores e dos direitos humanos. Se o autor se revelasse céAco quanto à possibilidade de se mudar a mentalidade acerca de tal tema, sua argumentação e seu texto seriam vãos. Posto isso, deve-‐se considerar incorreto o que se afirma em III.

Marque-‐se, pois, a letra “a”.

teorias que subjazem à construção da questão estratégias argumenta2vas; tema geral; ar2culação de ideias no parágrafo



A estrutura em destaque refere-‐se a uma ideia mencionada no parágrafo anterior – a necessidade de respeitar os direitos humanos. Marque-‐se, portanto, a letra “b”.

teorias que subjazem à construção da questão elementos de retomada ou referência [pronome]



Realmente, o pronome “este” garante a coesão e a coerência, na medida em que liga os parágrafos três e quatro e em que retoma, no quarto parágrafo, a palavra “educação”. Está, portanto, o correta a alternaAva “a’.

Os dois pontos indicam que, a seguir, serão especificadas as duas linhas referidas anteriormente. É, pois, correto o que se afirma em “b”. As aspas duplas indicam transcrição literal de documento referido no parágrafo anterior. É correto, portanto, o que se afirma em “c”. O sujeito de “deve seguir” é “este processo educacional”. Marque-‐se, pois, a letra “d”. É correto o que se afirma na alternaAva “e”, pois: primeiro, vêm a compreensão e a tolerância; depois, o desenvolvimento da personalidade humana e o fortalecimento dos direitos do homem.

teorias que subjazem à construção da questão elementos de retomada; pontuação; concordância verbal; estratégias argumenta2vas

INSTRUÇÃO provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas Releia o quinto parágrafo para responder às duas questões seguintes.



No fragmento em análise, aparecem três funções: a) referencial, pois o autor apresenta fragmentos da Declaração dos Direitos do Homem; b) emoAva, na medida em que o locutor apresenta, de certa, forma, sua perspecAva acerca da educação; c) metalinguísAca, pois, usam-‐se palavras para explicar a palavra “educação”. Assina-‐se a letra “e”, pois a intencionalidade do parágrafo em análise é explicar o senAdo da palavra educação. Evidentemente, há conceitos [citação] e há opinião. Atente-‐se ao fato de que à arAculação do parágrafo subjaz a metalinguagem.

teorias que subjazem à construção da questão funções da linguagem



“Por conseguinte” significa “portanto”, “por tudo isso”, “logo”. Trata-‐se de um arAculador conclusivo. Marque-‐se a letra “c”.

teorias que subjazem à construção da questão coesão textual; valor dos ar2culadores

INSTRUÇÃO provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas Releia o sé2mo parágrafo para responder às duas questões seguintes.



As duas perguntas retóricas que estruturam o parágrafo em análise deixam entrever que não basta haver compreensão e tolerância, pois as formas de viver são múlAplas, os valores são díspares, há valorização do descartável e desprezo às diferenças. Como disse anteriormente, as perguntas são retóricas. Elas servem apenas para apresentar a nulidade da compreensão e da tolerância. Posto isso, defende-‐se, implicitamente, uma ação que vise a resguardar o respeito e a convivência com aqueles que são diferentes. Tal ação, evidentemente é o ato de educar.

Marque-‐se, pois, a letra “e”.

teorias que subjazem à construção da questão estratégias argumenta2vas



O parágrafo em análise (séAmo) dá prosseguimento à argumentação que estava sendo desenvolvida anteriormente. A manutenção temáAca é realizada, dentre outros, pela repeAção da palavra “tolerância”. Assinale-‐se, pois, a letra “a”.

teorias que subjazem à construção da questão estratégias argumenta2vas

INSTRUÇÃO provas da Fundação Carlos Chagas resolvidas e comentadas

Considere o fragmento a seguir para responder às questões 10 e 11



No fragmento destacado no comando da questão, existe um nome [substanAvo] que pede complemento [quem faz promoção, faz promoção de alguma coisa]. Em todas as alternaAvas, há nomes que pedem complemento [b) obediência a algo; c) respeito a alguma coisa; d) práAca de algo], exceto na letra “e”.

teorias que subjazem à construção da questão regência nominal



O verbo “potencializar”, no contexto destacado, é VTD, tal qual a forma verbal “facilita”, presente na alternaAva “d”.

teorias que subjazem à construção da questão transi2vidade verbal



Apenas a frase transcrita na alternaAva “c” admite que o emprego da expressão “de que”. Nas demais alternaAvas, a lacuna deveria ser preenchida por: a) a que [quem se refere, refere-‐se a]; b) para que [prazo para que algo fosse feito]; d) que [quem percebe, percebe algo]; e e) com que [quem conta, conta com algo, com alguém ou com alguma coisa].

teorias que subjazem à construção da questão regência e emprego de pronome rela2vo



Só não há erro de regência e do emprego do acento [grave] indicador de crase na alternaAva “a”. Nas demais alternaAvas, encontram-‐se os seguintes erros: b) não se usa crase antes de advérbio nem de verbo; c) pronome repele crase; d) pronome repele crase; e) crase é a fusão da preposição “a” com o arAgo “a”: no contexto frasal em análise, não há preposição.

teorias que subjazem à construção da questão regência e crase



Há erros grosseiros de concordância verbal em todas as alternaAvas, exceto na letra “b”. Veja: a) “o respeito… são”; c) “desequilíbrios deve ser visto”; d) “que se respeite as diretrizes”; e) “não foi posto efeAvamente em práAca… os ideais”.

teorias que subjazem à construção da questão concordância verbal



Não há ambiguidade na frase transcrita na alternaAva “d”. Nas demais: a) familiares de quem [do locutor ou do amigo]?b) quem estava molhado [mendigo/calçadão]?; c) casa de quem [João/Tiago]?; e) problemas de quem [pais de alunos/professores]?

teorias que subjazem à construção da questão ambiguidade

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