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Este arquivo faz referência à prova de Professor II - Sociologia do órgão SEE/SP, aplicada por FCC no ano 2011 Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade com o MEIO AMBIENTE.

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Este arquivo faz referência à prova de Professor II -

Sociologia do órgão SEE/SP, aplicada por FCC no ano 2011

Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade com o MEIO AMBIENTE.

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N do CadernooN de Inscriçãoo

ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

Nome do Candidato

Professor Educação Básica II e Professor IISociologia

Processo de Promoção dos Integrantes do Quadro do Magistérioda Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

13_Julho/2011GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Objetiva

DissertativaPROVA

INSTRUÇÕES

VOCÊ DEVE

ATENÇÃO

- Verifique se este caderno:

- corresponde a sua opção de cargo.

- contém 60 questões, numeradas de 1 a 60.

- contém a proposta e o espaço para o rascunho da questão dissertativa.

Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

Não serão aceitas reclamações posteriores.

- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.

- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.

- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.

- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.

- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.

- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

- Ler o que se pede na Prova Dissertativa e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.

- Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta preta.

- Marque apenas uma letra para cada questão; mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.

- Responda a todas as questões.

- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.

- Você deverá transcrever a dissertação, a tinta, na folha apropriada. Os rascunhos não serão considerados em

nenhuma hipótese.

- Você terá 4 horas para responder a todas as questões, preencher a Folha de Respostas e fazer a Prova

Dissertativa (rascunho e transcrição).

- Ao término da prova devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente com sua Folha de Respostas e a folha

de transcrição da Prova Dissertativa.

- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

A C D E

Caderno de Prova ’2300’, Tipo 001 MODELO

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MODELO1

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FORMAÇÃO GERAL

1. Para Andy Hargreaves (2004), cada vez mais governos, empresas e educadores estão exigindo que os professores, na so-

ciedade do conhecimento, se comprometam com

(A) a aprendizagem baseada em padrões, na qual todos os alunos, e não apenas alguns, tenham bons desempenhos. (B) o aluno e suas necessidades, para atender às diversas demandas que os estudantes e as famílias trazem para a sala de

aula. (C) a pesquisa acadêmica, para que desenvolvam habilidades que garantam uma atuação adequada aos novos eventos na

ciência. (D) a tecnologia educacional, visando a favorecer o desenvolvimento de habilidades de raciocínio de ordem mais elevada. (E) o ensino, tornando público um saber restrito, que em cada época é tido socialmente como necessário.

2. Na sociedade de hoje, são indesejáveis tanto a exclusão pela falta de acesso a bens materiais quanto a exclusão pela falta de

acesso ao conhecimento e aos bens culturais. No Brasil essa tendência caminha paralelamente à democratização do acesso a níveis educacionais além do ensino obrigatório. Nesse quadro ganha importância redobrada

(A) o acesso aos meios de comunicação e informação. (B) o conhecimento e os bens culturais. (C) a qualidade da educação oferecida nas escolas públicas. (D) o aluno e suas necessidades psicossociais. (E) as condições econômicas e sociais dos alunos.

Atenção: Leia o texto abaixo apara responder às questões de números 3 e 4.

Fazia parte da pauta de uma reunião de HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) a organização de uma visita aos

principais museus da cidade. Enquanto os professores discutiam a programação da atividade, uma professora comenta: − Que

bobagem essa história de conhecer museu, para que isso? Nós devíamos nos preocupar com as atividades curriculares e não com as

extracurriculares. É só para perder tempo! Uma outra professora rebate dizendo: − Você quer dizer que há dissociação entre cultura e

conhecimento? Quer dizer que atividades culturais não promovem aprendizagens curriculares relevantes para os alunos?

3. Tendo em vista a situação relatada e considerando as políticas de currículo da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo

é correto afirmar que

(A) as atividades extraclasse são extracurriculares, pois nem sempre se consegue articular cultura e conhecimento. (B) as atividades extracurriculares são pontuais e não promovem aprendizagens curriculares relevantes para os alunos. (C) nem todas as atividades da escola são curriculares, daí a denominação "atividades curriculares". (D) o currículo é a expressão de tudo o que existe na cultura científica, artística e humanista transposta para uma situação de

aprendizagem e ensino. (E) as atividades culturais na escola tendem a ser dispersas e mais confundem do que promovem aprendizagens relevantes.

4. Em uma escola com vida cultural ativa, o conhecimento torna-se um prazer que pode ser aprendido, ao se aprender a aprender.

Nessa escola, o professor é

(A) a referência para ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos tidos como relevantes, devendo suprir os alunos de saberes culturais.

(B) o parceiro de fazeres culturais, aquele que promove, de muitas formas, o desejo de aprender, sobretudo com o seu próprio

entusiasmo pela cultura humanista, científica, artística e literária. (C) o principal responsável por favorecer o acesso ao conhecimento e aos bens culturais da sociedade moderna e contempo-

rânea. (D) aquele que favorece o acesso à informação e ao conhecimento e à pratica cultural resultante da mobilização desses sa-

beres nas ciências, nas artes e nas humanidades. (E) a referência para ampliar, localizar e contextualizar as informações disponíveis nos meios mediáticos e tidas como

essenciais para a vida cotidiana.

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Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 5 a 7.

A Proposta Pedagógica representa a identidade da escola. Trata-se de um documento oficial em que estão registrados todos os procedimentos, recursos e metas da escola. Segundo o que está prescrito legalmente, esse documento orienta todas as ações da escola e é a base para a realização dos ajustes necessários. Mesmo considerando que a Proposta Pedagógica pode ser organizada de formas diferentes, é essencial constar dela os fundamentos legais que dão amparo para as suas ações, os planos anuais de ensino para todas as disciplinas e anos/séries e a avaliação da aprendizagem. 5. Em relação aos fundamentos legais, é correto afirmar que

(A) a legislação não se aplica igualmente a todas as escolas. (B) as ações da escola são definidas pela equipe gestora. (C) as escolas estaduais são regidas pelas normas nacionais e estaduais. (D) o conhecimeto da legislação sobre a educação escolar é restrito à equipe gestora. (E) as mudanças na legislação não precisam ser incorporadas na Proposta Pedagógica.

6. Em relação aos planos anuais de ensino para todas as disciplinas e anos/séries, é correto afirmar que

(A) servem de guia para o professor elaborar os planos das aulas e os instrumentos de avaliação da aprendizagem dos alunos e, ainda, possibilitam o acompanhamento da implementação do currículo pelo coordenador.

(B) devem ser reapresentados pelos professores, para o cumprimento das normatizações previstas e submetidos à leitura

crítica dos pares e do coordenador pedagógico, buscando obter melhores resultados. (C) a equipe escolar deve elaborar seu diagnóstico institucional, criticar seu projeto pedagógico e, ainda, traçar ações substan-

tivas para melhorar o desempenho nas avaliações internas e externas. (D) é necessário que os professores formulem seus planos anuais, considerando as possibilidades e ajustes, em relação

àqueles indicados nas Propostas, cuidando para que, durante os bimestres, não haja alterações. (E) os conteúdos de ensino não precisam ser ordenados em sequência, pois não há uma proposta articulada, de referência

oficial, e, com isso, as decisões quanto às formas de organização dos planos são de responsabilidade do professor. 7. Na Proposta Pedagógica da escola, no Regimento e no plano de cada professor, a avaliação está presente. Desse modo, com

base no conhecimento daquilo que já está registrado na Proposta Pedagógica, é fundamental que a equipe gestora promova dis-cussões coletivas que favoreçam

(A) o conhecimento da definição já instaurada de avaliação na escola, que deve ser conhecida por professores, pais e alunos. (B) a compreensão das diferentes modalidades de avaliação, que se fundamentam na observação e no registro do desenvolvi-

mento dos alunos, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais. (C) a adoção, pelos professores, da avaliação formativa, que permite verificar a adequação dos padrões pretendidos e das

tarefas propostas. (D) a definição de padrões claramente estabelecidos do que é necessário aprender e de seu caráter funcional, para que o

aluno possa aplicá-lo em seu contexto de desenvolvimento pessoal. (E) a reflexão sobre o que a escola entende por avaliação, como os processos de avaliação acontecem de fato e de que forma

eles são assimilados pelos atores do processo ensino aprendizagem. 8. Durante os encontros de planejamento do ano letivo em uma escola, discutiu-se sobre a necessidade de prever estratégias de

ensino que possibilitem estabelecer os vínculos entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios do aluno. Para tanto, é preciso

I. determinar que interesses, motivações, comportamento, habilidades etc. devem constituir o ponto de partida. II. esclarecer ao aluno que o sucesso da aprendizagem implica dedicação e esforço e que, nem sempre, as atividades que

realiza satisfaz a alguma necessidade. III. gerar um ambiente em que seja possível que os alunos se abram, façam perguntas e comentem o processo que seguem,

por meio de situações de diálogo e participação. IV. promover atividades comunicativas que fomentem a competitividade entre os estudantes e lhes permitam adquirir, pro-

gressivamente, mais possibilidades de atuar de forma autônoma.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

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9. Dada a diversidade dos alunos, o ensino não pode se limitar a proporcionar sempre o mesmo tipo de ajuda e intervenção − é preciso diversificar os tipos de ajuda: fazer perguntas ou apresentar tarefas que requeiram diferentes níveis de raciocínio e realização; possibilitar respostas positivas, melhorando-as quando são insatisfatórias; não tratar de forma diferente os alunos com rendimento abaixo do esperado; estimular constantemente o progresso pessoal etc. Para que tudo isso seja possível, é preciso

(A) organizar a turma pelo rendimento dos alunos e formar equipes fixas, para que os alunos com melhor rendimento não se

sintam desmotivados. (B) aplicar avaliações regulares para intervir e oferecer apoio em atividades que não estejam ao alcance da turma, com

especial atenção aos erros cometidos pelos alunos. (C) tomar medidas de organização do grupo, de tempo e de espaço e, ao mesmo tempo, de organização dos próprios

conteúdos, que possibilitem a atenção às necessidades individuais. (D) oferecer apoio e assistência de natureza emocional e intelectual durante as atividades propostas, para que os alunos se

sintam acolhidos pelo professor. (E) oferecer, com frequência, o mesmo tipo de ajuda e intervenção para que os alunos possam avançar nos conhecimentos e

sintam necessidade de fazer perguntas. Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 10 a 12.

No recreio, um grupo de alunos de 4o ano está conversando. Um deles diz: − Não adianta a gente ficar brava com os alunos do

4o ano B. Só piora as coisas. Eles são muito ruins e fazem coisas más. Só que não adianta a gente querer revidar. Outro responde:

− É isso aí: a gente tem que fingir que está na maior calma. Outro, ainda, fala: − Eu acho melhor rezar...'

10. Se escutasse essa conversa, você

(A) deixaria o assunto de lado, na medida em que esse é um assunto que só diz respeito aos alunos. (B) procuraria o grupo e diria que ouviu a conversa e gostaria de conversar sobre isso. (C) esperaria a visita da supervisora de ensino, para relatar-lhe o fato e se aconselhar. (D) comunicaria o fato ao Conselho Tutelar, para que ele notificasse os pais do 4o ano B. (E) comentaria, na HTPC, que a falta de educação familiar traz o bullying para a escola.

11. Reconhecendo que essa é uma situação muito comum atualmente no dia a dia das escolas, você

(A) proporia uma gincana, na qual grupos rivais seriam forçados a fazer as pazes. (B) exporia a situação na sala de aula, para que todos pudessem condenar essa conduta. (C) comunicaria à direção que há alunos na escola que gostam de humilhar os outros. (D) incluiria, em seu plano de aula, espaços para discutir com seus alunos os motivos da violência. (E) discutiria a necessidade de se contar, na escola, com maior vigilância policial.

12. Você, ao ouvir a conversa, decide que é muito importante que esses alunos

(A) saibam que é possível e desejável que reajam na mesma medida, dando uma lição aos colegas e colocando um ponto final nessa situação triste e humilhante.

(B) entendam que raiva e frustração são sentimentos que prejudicam a aprendizagem, levando à indisciplina, à revolta e à

agressividade na escola. (C) reflitam sobre o que pode estar levando os colegas a agirem de modo violento, fazendo um exame de consciência para

verificar se, por acaso, não os ofenderam. (D) entendam que toda conduta pode ser justificada e perdoada, de modo que o melhor a fazer é desculpar a ação dos

colegas e evitar entrar em novos conflitos. (E) participem de um projeto em sala de aula, sob sua orientação, para refletir sobre a experiência, examinar posições e

ampliar o entendimento da questão.

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Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 13 e 14.

As professoras de uma escola paulista, ao tomarem ciência de que os resultados de seus alunos no SARESP foi muito abaixo

do esperado, comentam que não estão espantadas. Uma delas falou que esperar mais, de alunos desinteressados, imaturos e

carentes, seria absurdo. Outra disse que concordava integralmente, pois, além disso tudo, os pais não acompanhavam os estudos

dos filhos e nem valorizavam a escola. Uma outra afirmou ser impossível ensinar, quando as classes estavam superlotadas. Segui-

ram-se outras falas, mas o tom continuou o mesmo.

13. A diretora, procurando direcionar a discussão, salientou, corretamente, que essas falas revelam que o problema da avaliação

está no fato destes professores adotarem uma fala simplista, que (A) mascara a necessidade de se avaliar constantemente o que os alunos aprenderam, para que tão logo surjam as dificulda-

des, elas sejam sanadas. (B) leva a uma preocupação maior com a nota do que com a desqualificação do trabalho docente diante da famílias dos alu-

nos e da sociedade mais ampla. (C) impede a apreensão de que a função da avaliação é, justamente, identificar os alunos cujo mérito deve ser reconhecido e

aclamado. (D) oculta o fato de a avaliação ser uma técnica útil e necessária para classificar o rendimento dos alunos, devendo ser

constantemente aprimorada. (E) desconsidera que a avaliação cumpre, em si mesma, um papel central na escola, que é o de orientar os alunos para

estudar mais. 14. A coordenadora pedagógica afirma que o importante, em termos de avaliação, é:

(A) pedir aos alunos que repitam, corretamente, o que foi ensinado em sala de aula, para evitar os resultados embaraçosos

que a escola teve. (B) compreender que obter bons resultados em avaliações externas é sempre muito difícil, pois as questões não são dirigidas

a um aluno real. (C) pedir à Secretaria Estadual de Educação − SEE que tome as medidas cabíveis para superar as lacunas entre a concepção

de avaliação e sua realidade. (D) explicar aos alunos que os resultados das avaliações são sempre muito sérios, pois podem afetar sua vida na escola. (E) averiguar constantemente a aprendizagem dos alunos e de várias maneiras, porque isso melhora a prática docente e a

aprendizagem dos alunos. 15. Na HTPC, uma professora perguntou o que é avaliação externa. A coordenadora pedagógica respondeu que essa avaliação

busca subsidiar a tomada de decisão no âmbito dos sistemas de ensino, ao fornecer informações sobre (A) as estratégias de ensino dos professores e o perfil de aprendizagem dos alunos. (B) as modalidades de gestão e os recursos disponíveis para implementá-las. (C) o nível maturacional dos alunos e seu grau de desenvolvimento cognitivo. (D) as competências e habilidades dos alunos e a adequação do currículo em vigor. (E) os fatores familiares e sociodemográficos implicados na aprendizagem discente.

16. Os professores estavam na dúvida sobre as semelhanças entre o IDEB e o IDESP. Uma das mais jovens informou seus cole-

gas, corretamente, que os dois índices procuram (A) fornecer um sistema transparente de bonificação para professores e gestores. (B) propor mecanismos para se alocar, de maneira equilibrada, recursos às escolas. (C) estabelecer uma comparação saudável entre as escolas. (D) estimular os alunos a apresentarem um melhor rendimento escolar, seja no país ou no estado. (E) traçar metas a serem atingidas a cada ano, por todas as escolas.

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17. Um aluno do oitavo ano comenta com a coordenadora pedagógica que está gostando muito das aulas da professora Sonia e acrescenta: − Às vezes a gente faz grupos, porque uns têm dificuldade e uns têm facilidade. Ela coloca dois que têm facilidade e dois que têm dificuldade juntos. Por exemplo, eu explico para um aluno que tem mais dificuldade e, outro, que tem mais facilidade que eu, explica pra mim. É uma coisa de um ajudar o outro. Essa dinâmica possibilita

(A) a cooperação intelectual, no sentido de operar junto, em benefício da aprendizagem. (B) o reconhecimento das diferenças intelectuais como algo permanente em alguns e ausente em outros. (C) a ressignificação da prática docente pelo professor e pelos alunos. (D) o controle do processo de aprendizagem e da avaliação do rendimento dos alunos. (E) o posicionamento do professor diante da classe como interlocutor dos alunos no processo de aprendizagem.

Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 18 e 19.

Cláudia acaba de assumir a gestão de uma escola situada na região central de uma cidade de médio porte que atende alunos

dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, nos três turnos de funcionamento. Isso significa que, num mesmo horário,

a faixa etária dos alunos é diversa (dos 11 aos 18 anos). A escola tem apresentado muitas dificuldades para atender às diferenças de

características e necessidades desses alunos. E, para agravar esse quadro, a escola recebe alunos de diferentes regiões da cidade.

No primeiro contato que teve com o corpo docente, Claudia ouviu muitas queixas: os professores reclamaram dos problemas de

indisciplina, do pouco interesse dos alunos em aprender. Ela ficou impressionada com o clima de insatisfação na escola e com as

queixas de que os papéis de cada um não estavam claramente definidos.

18. Nessa situação, é fundamental que a gestora proponha a reelaboração da Proposta Pedagógica da escola, a qual representa

(A) as formas de organização da escola e do conhecimento oficial que será objeto de estudo dos alunos em atendimento às especificidades de cada um.

(B) a compreensão da escola sobre seu papel e suas finalidades, buscando o atendimento das necessidades do mundo

contemporâneo. (C) o registro do planejamento coletivo e de um amplo processo de negociação com todos os atores da escola (gestores,

professores, pais, alunos, funcionários). (D) as práticas de ensino e de aprendizagem desenvolvidas pela escola, com especial atenção ao currículo da rede de ensino. (E) o conjunto de ações de natureza administrativa, que buscam garantir a qualidade do ensino e o atendimento às normati-

zações vigentes. 19. Tendo em vista as diferenças de faixa etária e de situações socioeconômicas em que vivem os alunos da escola, a equipe

escolar deverá discutir e definir ações considerando

(A) a importância de não usar diferentes e flexíveis modos de organização do tempo, do espaço e de agrupamento dos alunos para favorecer e enriquecer seu processo de aprendizagem.

(B) as necessidades de cuidados e a forma peculiar de aprender, desenvolver-se e interagir socialmente dos alunos em cada

etapa de sua escolaridade. (C) as relações entre ensino e aprendizagem e o uso de diferentes estratégias de comunicação dos conteúdos buscando

atingir igualmente todos os alunos. (D) importância de conhecer cientificamente os adolescentes, para favorecer a ação autônoma dos alunos e sua participação. (E) a necessidade de estimular e reconhecer que a participação em grêmios pode ser uma prática educativa importante na

formação da cidadania. 20. Ah! Bons tempos aqueles em que a gente podia reter os alunos de uma série para a outra − falou um professor na reunião de

HTPC. A coordenadora pedagógica que acompanhava a reunião percebeu que alguns docentes concordaram com a fala do professor e ficou preocupada. Resolveu que seria necessário aproveitar esse espaço para discutir com o corpo docente que o regime de progressão continuada exige um novo tratamento para o processo de avaliação na escola, transformando-o em

(A) um aplicativo que permita sinalizar as heterogeneidades entre os alunos. (B) uma ferramenta que permita a promoção automática dos alunos. (C) um instrumento para classificar e seriar os alunos de acordo com o rendimento escolar. (D) um instrumento-guia essencial para a observação da progressão do aluno. (E) um mecanismo seguro de ajuste dos objetivos educacionais à realidade dos alunos.

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FORMAÇÃO ESPECÍFICA

21. De Cicco e Gonzaga (2009) conceituam analiticamente o Estado a partir de seus elementos constitutivos, que são

(A) população, órgãos legislativos e governo. (B) população, território e governo. (C) governo, órgãos legislativos e judiciário. (D) governo, soberania e instituições parlamentares. (E) população, território e órgãos legislativos.

22. No Brasil, atualmente, o sufrágio, como participação do povo na formação do governo, é universal, pois todos os cidadãos são

considerados capazes de escolher um candidato,

(A) a partir dos 16 anos. (B) somente a partir dos 18 anos. (C) a partir dos 21 anos. (D) com exceção dos analfabetos. (E) com exceção dos analfabetos e dos presidiários.

23. No Brasil, a escolha dos chefes do Poder executivo é feita pelo sistema majoritário por maioria absoluta. Isso significa que é

eleito o candidato que obtiver

(A) a maioria dos votos dados ao seu partido político. (B) a metade dos votos válidos que compõem o colégio eleitoral. (C) uma maioria de votos inferior à soma dos votos obtidos pelos candidatos dos demais partidos. (D) a maioria dos votos que compõem o colégio eleitoral. (E) mais da metade dos votos válidos que compõem o colégio eleitoral.

24. As análises do exercício dos direitos políticos e sociais da Independência aos anos finais da Primeira República, nos textos de

Tânia Regina de Luca (in Pinsky, J.; Pinsky C. B., 2003) e de José Murilo de Carvalho (2010), evidenciam uma distância entre as disposições legais e a sua efetivação prática, expressa por fatores tais como

(A) alta porcentagem de população com baixa renda, controle político das oligarquias e alta taxa de analfabetismo. (B) alta taxa de analfabetismo, grande abstenção nos processos eleitorais e proibição do voto dos analfabetos. (C) alta taxa de analfabetismo, maioria da população vivendo em áreas rurais, sob controle político dos grandes proprietários e

também dos comandantes da Guarda Nacional nas zonas urbanas. (D) inexistência de tensões sociais entre grupos sociais diferentes e, portanto, reduzida participação política da população. (E) reduzida participação política da população e satisfação da população com os governos locais.

25. Segundo José Murilo de Carvalho (2010), a cidadania plena ou o cidadão pleno pressupõe a posse, entre outros, dos direitos

civis. Estes constituem os direitos

(A) à justiça, à igualdade perante a lei e ao voto. (B) a organizar partidos políticos, a votar e a ser votado. (C) à educação, ao trabalho e à saúde. (D) à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei. (E) à liberdade de opinião, à organização política e ao voto.

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26. A luta do movimento operário pelos direitos de se organizar politicamente, de escolher o trabalho, de fazer greve, de liberdade e autonomia sindical, de redução do horário de trabalho, de regulamentação do trabalho da mulher e das crianças representou um avanço nos direitos

(A) políticos, civis e humanos. (B) sociais, políticos e econômicos. (C) civis, sociais e políticos. (D) civis, sociais e econômicos. (E) humanos, sociais e políticos.

27. Entre os desfavorecidos pela cidadania incluem-se as mulheres, que só tardiamente tiveram acesso aos direitos concedidos aos

homens. Mas a luta pelos direitos das mulheres avançou com a ampliação do movimento feminista, que pode ser entendido como um movimento que luta

(A) pela alteração das relações entre homens e mulheres. (B) pela afirmação da assimetria sexual entre homens e mulheres. (C) pela conciliação das atividades de trabalho e domésticas. (D) pelo crescimento dos movimentos de mulheres. (E) pela transformação radical da sociedade.

28. Pode-se definir violência como atos que

(A) afetam a vida das pessoas apenas diretamente. (B) se restringem a agressões físicas. (C) resultam em danos materiais. (D) provocam acidentalmente ferimentos em outros indivíduos. (E) causam não só danos físicos, mas também psicológicos e morais.

29. Recentemente, o autor da morte de várias crianças em uma escola no Rio de Janeiro tentou justificar o crime planejado com as

seguintes palavras: Eu era agredido, humilhado, ridicularizado. Esse tipo de violência que ocorre hoje nas escolas é chamado de bullying e pode ser entendido como

(A) atitudes agressivas não intencionais que causam sofrimento, angústia e que podem ter até consequências físicas e

psicológicas. (B) atitudes agressivas intencionais e repetidas adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), que causam sofrimento,

angústia e que podem ter até consequências físicas e psicológicas. (C) atitudes agressivas intencionais e passageiras adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), que causam

sofrimento, angústia e que podem ter consequências físicas e psicológicas. (D) atitudes agressivas intencionais e repetidas adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), que podem até causar

sofrimento e angústia, mas que não têm consequências físicas e psicológicas. (E) uma brincadeira característica da adolescência que não acarreta nenhuma consequência para os jovens que dela são

vítimas. 30. Pesquisas recentes constataram que o preconceito e a discriminação são fenômenos com marcante incidência na escola

pública, sendo as vítimas preferenciais os pobres, os negros, os homossexuais e os portadores de necessidades especiais. Pode-se concluir, portanto, que a discriminação desses alunos

(A) não interfere em seu desempenho escolar e tampouco traz consequências para o seu relacionamento com colegas e

professores. (B) restringe-se ao universo escolar e não interfere em outras esferas de suas vidas. (C) não traz nenhuma consequência para sua vivência escolar, por também ser vivenciada fora da escola. (D) contribui para a reprodução da violência escolar, por ser vivenciada dentro e fora da escola. (E) é vista como natural, dada as condições de vida da maior parte dos alunos.

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31. Leia o seguinte trecho:

A atitude natural é a atitude da consciência do senso comum precisamente porque se refere a um mundo que é comum a muitos

homens. O conhecimento do senso comum é o conhecimento que eu partilho com os outros nas rotinas normais, evidentes da

vida cotidiana. A realidade da vida cotidiana é admitida como sendo a realidade.

(Berger, P.; Luckmann, T., 2006)

Da leitura do trecho conclui-se que

(A) o conhecimento de senso comum é uma forma tão válida para a interpretação científica da realidade social quanto a teoria sociológica.

(B) o conhecimento do senso comum é objeto da reflexão sociológica, mas não deve ser confundido com a atitude teórica

científica, pois o papel do sociólogo é analisar a realidade da vida cotidiana. (C) o senso comum pressupõe a existência de infinitos pontos de vista, e, por isso, a sociologia deve adotar uma atitude

metodológica individualista. (D) a sociologia da vida cotidiana estuda o mundo intersubjetivo: não é possível outra forma de conhecimento que não tenha

surgido espontaneamente a partir do senso comum partilhado pelos agentes. (E) a realidade da vida cotidiana é a única possível de ser estudada pela sociologia que, ao contrário de outras ciências,

prescinde da necessidade de verificação. 32. Leia os seguintes textos:

A realidade da vida cotidiana é partilhada com outros. Mas, de que modo experimento esses outros na vida cotidiana? Ainda

aqui é possível estabelecer diferenças entre vários modos desta experiência. A mais importante experiência dos outros ocorre

na situação de estar face a face com o outro, que é o caso prototípico da interação social. Todos os demais casos derivam

deste. (...) Sem dúvida, o outro pode ser real para mim sem que eu o tenha encontrado face a face, por exemplo de nome ou por

me corresponder com ele. Entretanto, só se torna real para mim no pleno sentido da palavra quando o encontro pessoalmente. (Berger, P.; Luckmann, T., 2006)

O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet,

como os sites Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Segundo Robin

Dunbar, professor de antropologia evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da

existência desses sites. Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que

o tamanho do neocortex humano − a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem − limita a capacidade

de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo. Sua experiência se

baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades − de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório

contemporâneos. Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com

quem mantém contato pelo menos uma vez por ano. (...) Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho

dos círculos sociais, ele percebeu que não. "É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha

o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos

no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times. "As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a

verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros." (Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais, diz

estudo. Segundo cientistas, sites de relacionamento não expandiram número de amigos que cérebro humano é capaz de

administrar.).

Extraído de: http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia,cerebro-so-consegue-administrar-150-amigos-em-redes-sociais-diz-estudo,501061,0.htm. 25.01.2010).

Uma interpretação adequada sobre os sites de relacionamento a partir da teoria de Berger e Luckmann é:

(A) Os sites de relacionamento são interpretados por Dunbar como o novo “caso prototípico da interação social”, que Berger e Luckmann não puderam prever por terem escrito antes do advento da internet.

(B) As conclusões de Dunbar sobre o neocórtex humano confirmam a tese de Berger e Luckmann de que a realidade da vida

cotidiana é limitada pela capacidade dos seres humanos de administrar círculos sociais muito amplos. (C) A limitação do círculo íntimo a que faz referência Dunbar se deve à impossibilidade de estabelecer uma interação social

com o outro sem que haja um contato pessoal, tal como afirmam Berger e Luckmann. (D) Enquanto Dunbar afirma que é impossível um círculo íntimo maior do que 150 pessoas, Berger e Luckmann não veem

problema que milhares de amizades se estabeleçam em um sentido pleno sem a interação face a face. (E) Os sites de relacionamento analisados por Dunbar podem ser interpretados, à luz das teorias de Berger e Luckmann,

como experiências de interação social, mesmo que não se constituam a partir do contato face a face.

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33. Leia atentamente os seguintes trechos do livro de Harry Braverman (1987):

[...] nada tenho contra a definição de classe trabalhadora, com base na sua "relação com os meios de produção", como aquela

classe que não possui, ou, pelo contrário, [não] tem acesso à propriedade dos meios de trabalho, e deve vender sua força de

trabalho à classe possuidora dos meios de trabalho. Mas, atualmente, quando quase todas as pessoas foram colocadas nesta

situação, a ponto de que a definição englobe camadas ocupacionais das mais diversas espécies, não é a definição estéril o que

importa, mas sua aplicação (p. 32).

[...] as ocupações de engenheiro, por um lado, e de porteiro-zelador, de outro, seguiram curvas semelhantes de crescimento

desde o início do século, cada qual tendo começado a um nível entre 50.000 e 100.000 (nos Estados Unidos, em 1900), e

expandindo-se até cerca de 1,25 milhões por volta de 1970. Ambas alinham-se entre as maiores ocupações nos Estados Unidos

e ambas se têm desenvolvido em resposta às forças do crescimento industrial e comercial bem como da urbanização. Por que

deve uma ser considerada “nova classe trabalhadora” e a outra não? (p. 33).

Da leitura pode-se concluir:

(A) O autor buscava negar a teoria das classes sociais marxista por sua inaplicabilidade para explicar a divisão social do trabalho do pós-guerra no contexto de um capitalismo monopolista.

(B) Para o autor, aqueles que executam o trabalho qualificado e mais bem remunerado, como o caso do porteiro-zelador e

engenheiro, podem ser classificados na categoria de nova classe trabalhadora, enquanto o trabalho alienado e mal pago pode ser pensado como a velha classe trabalhadora.

(C) O autor, sem negar a definição clássica de classe trabalhadora proposta pelo marxismo, busca problematizar sua

aplicação para a situação da divisão social do trabalho no contexto do capitalismo monopolista do século XX. (D) Para o autor, a nova classe trabalhadora é composta pelas categorias profissionais surgidas após a II Guerra Mundial,

que contam com um conhecimento especializado na produção e na administração, como engenheiros, professores etc., e por isso seu abandono das categorias de burguesia e proletariado.

(E) Para o autor, tanto os porteiros-zeladores quanto os engenheiros pertencem à mesma categoria de nova classe trabalha-

dora, pois a distinção entre trabalho manual e qualificado não é válida para explicar a divisão social do trabalho a partir da segunda metade do século XX.

34. Harry Braverman trata da nova classe média como aquela que [...] ocupa sua posição intermediária não porque esteja fora do

processo de aumento do capital, mas porque, como parte desse processo, ela assume características de ambos os lados. Não apenas ela recebe suas parcelas de prerrogativas e recompensas do capital como também carrega as marcas da condição proletária. Para esses empregados, a forma social assumida por seu trabalho, seu verdadeiro lugar nas relações de produção, sua condição fundamental de subordinação como tantos outros empregos assalariados, se fazem cada vez mais sentir [...] (1987, pp. 344-345).

Segundo tal concepção, os profissionais que podem ser enquadrados sob a interpretação do conceito de nova classe média são

(A) os engenheiros e os professores. (B) os operários fabris e os funcionários públicos. (C) os administradores de empresas e os trabalhadores da economia informal. (D) os profissionais liberais e os pequenos proprietários. (E) os trabalhadores de escritório e os arrendatários.

35. Leia atentamente o seguinte trecho, do livro de Harry Braverman (1987):

Concorda-se geralmente que o capital monopolista teve início nas últimas duas ou três décadas do século XIX. Foi então que a

concentração e centralização do capital, sob a forma dos primeiros trustes, cartéis e outras formas de combinação, começaram a firmar-se; foi então, consequentemente, que a estrutura moderna da indústria e das finanças capitalistas começou a tomar forma. Ao mesmo tempo, a rápida consumação da colonização do mundo, as rivalidades internacionais e os conflitos armados pela divisão do globo em esferas de influência econômica ou hegemonia inauguraram a moderna era imperialista. Desse modo, o capitalismo monopolista abrange o aumento de organizações monopolistas no seio de cada país capitalista, a internacionalização do capital, a divisão internacional do trabalho, o imperialismo, o mercado mundial e o movimento mundial do capital, bem como as mudanças na estrutura do poder estatal (p. 215).

É correto afirmar que o autor

(A) identificou, de maneira precursora, o fim do Estado-nação e o processo de internacionalização econômica, chamado nas

décadas seguintes de globalização. (B) definia capitalismo monopolista como sinônimo de imperialismo em sua era moderna, tal como analisado primeiramente

por Lênin. (C) aprofundou a análise do processo de trabalho fordista-taylorista descrito por Marx n’O Capital no capítulo sobre A

maquinaria e a grande indústria. (D) identificava o processo de centralização do capital e o imperialismo como aspectos indissociáveis do capitalismo

monopolista. (E) contrapunha-se ao conceito de capitalismo e imperialismo de Marx, pelo fato de que este não tenha vivido as últimas

décadas do século XX.

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36. Segundo Denys Cuche (2002), Se a cultura não é um dado, uma herança que se transmite imutável de geração em geração, é porque ela é uma produção histórica, isto é, uma construção que se inscreve na história e mais precisamente na história das relações dos grupos sociais entre si. Para analisar um sistema cultural, é então necessário analisar a situação socio-histórica que o produz como ele é.

É coerente com a abordagem do autor afirmar que

(A) as culturas podem ser divididas em estáticas e dinâmicas, de acordo com as mudanças que experimentam a cada

geração. (B) os sistemas culturais mudam continuamente, de modo que a cada nova geração se constitui uma cultura completamente

diferente da anterior. (C) as culturas são dinâmicas e não podem ser analisadas separadamente das circunstâncias históricas. (D) a cultura é um fato social que se impõe aos indivíduos e, por isso, não possui qualquer relação com outras instâncias da

realidade social, como a economia. (E) a cultura se constrói a partir da ação social dos indivíduos, que forjam suas identidades a partir de trajetórias biográfico-

subjetivas. 37. Denys Cuche (2002) sustenta que As culturas nascem de relações sociais que são sempre relações desiguais. Desde o início,

existe então uma hierarquia de fato entre as culturas que resulta da hierarquia social. Pensar que não há hierarquia entre as culturas seria supor que as culturas existem independentemente umas das outras, sem relação umas com as outras, o que não corresponde à realidade.

Nesse trecho, o autor

(A) defende o ponto de vista etnocêntrico ao afirmar que é possível falar em culturas superiores e inferiores. (B) recusa a noção antropológica de relativismo cultural, pois de fato há culturas inferiores, como as indígenas. (C) sustenta que as culturas podem ser classificadas em avançadas, como as ocidentais, e primitivas, como as orientais. (D) afirma que a diferença entre as culturas é a origem das desigualdades sociais. (E) afirma que existe um sistema cultural desigual e hierárquico a partir do qual é possível identificar relações conflituosas

entre as culturas. 38. Para construir sua reflexão sobre a noção de cultura dominante e cultura dominada, Denys Cuche (2002) apoia-se

(A) na noção de que a cultura dominante é sempre a cultura da classe dominante, presente tanto em Marx como em Weber. (B) no conceito de capital de Marx, já que Weber não tratava das relações sociais a partir de seus conflitos. (C) no conceito de "espírito do capitalismo" de Weber, pois a noção de exploração em Marx levava em conta apenas os

aspectos ideológicos. (D) no conceito de classe social de Weber, que se baseia em aspectos econômicos como o estilo de vida e o nível de

escolaridade. (E) no conceito de anomia de Durkheim, que permite identificar a função que cada cultura cumpre para a manutenção da so-

ciedade. 39. Leia o seguinte trecho, da obra de Denys Cuche (2002):

Se a identidade é uma construção social e não um dado, se ela é do âmbito da representação, isto não significa que ela seja

uma ilusão que dependeria da subjetividade dos agentes sociais. A construção da identidade se faz no interior de contextos

sociais que determinam a posição dos agentes e por isso mesmo orientam suas representações e suas escolhas. Além disso, a

construção da identidade não é uma ilusão, pois é dotada de eficácia social, produzindo efeitos sociais reais. A identidade é uma

construção que se elabora em uma relação que opõe um grupo aos outros grupos com os quais está em contato.

Nesse trecho, Denys Cuche (2002) I. afirma que separar as instâncias de análise em concepções objetivistas e subjetivistas pode ser útil para interpretar as

construções identitárias. II. ressalta a importância de se analisar a relação entre identidade e alteridade de maneira inseparável. III. procura ressaltar a importância das concepções objetivistas e subjetivistas de acordo com o objeto e o sujeito abordado.

Está correto o que se afirma em

(A) II, apenas. (B) III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

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40. Em sua obra, Roberto DaMatta (1987) afirma que [...] nas ciências sociais trabalhamos com fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendemos estudar eventos humanos, fatos que nos pertencem integralmente. [...] Quando eu estudo baleias, estudo algo radicalmente diferente de mim. Algo que posso perceber como distante e com quem estabeleço facilmente uma relação de "objetividade".

Nesse trecho, o autor

(A) busca mostrar que, atualmente, a fronteira entre as ciências sociais e naturais já não é tão grande como antes.

(B) afirma que nas ciências sociais, embora se busque a perspectiva do estranhamento na análise, a relação entre investigador e sujeito investigado é mais complexa, pois ambos partilham experiências humanas.

(C) defende que a etnologia, por se encontrar na interface entre a biologia e a psicologia, deve fazer estudos comparativos entre o comportamento de animais e seres humanos.

(D) afirma que o antropólogo deve se distanciar de sua realidade cotidiana, estudando povos distantes de sua própria cultura.

(E) sustenta que a antropologia, ao estudar as culturas humanas, pode atingir o mesmo tipo de objetividade das ciências naturais.

41. Leia o seguinte trecho, de Roberto DaMatta (1987):

(...) o social (e cultural) é tudo aquilo que independe da natureza interna (genética ou quadro genético) ou externa (fatores

ambientais, naturais). Ou seja, todos aqueles fatos que não podem ser razoavelmente resolvidos por estes fatores, sendo mais

adequadamente tratados quando são estudados uns em relação aos outros. Se tal formulação não é definitiva, deixando em

aberto muitos problemas, ela pelo menos tem a enorme vantagem de situar, à maneira de Durkheim, um campo (ou um objeto)

dentro do qual podemos trabalhar com essa realidade que estamos tomando como sociológico e que é nosso alvo deslindar.

Nesse trecho, o autor defende

(A) o determinismo geográfico, segundo o qual as culturas refletem as condições externas do meio natural.

(B) o etnocentrismo, que busca compreender a cultura dos outros com referência aos valores e ideias da cultura de origem do investigador.

(C) o determinismo biológico, que busca explicações para comportamentos e valores na natureza dos indivíduos, entendida como sua raça ou suas heranças genéticas.

(D) o relativismo cultural, segundo o qual as culturas humanas só podem ser compreendidas em relação a si mesmas.

(E) a perspectiva relacional, que busca estabelecer uma demarcação entre os fatores social e biológico estudando a relação dos seres humanos com a natureza.

42. Roberto DaMatta (1987) comenta que se pode [...] ver uma sociedade de formigas em funcionamento. Mas formigas não

produzem obras de arte que marquem diferenças entre formigueiros específicos. Em outras palavras, embora a ação das formigas modifique o ambiente − sabemos que elas são, em muitos casos, uma praga − esse ambiente é modificado sempre do mesmo modo e com o uso das mesmas matérias químicas, caso se trate de uma mesma espécie de formigas.

Com esse exemplo, o antropólogo afirma que

(A) é possível falar em sociedade de formigas (e de outros animais sociais), mas não de cultura em qualquer sociedade que não seja humana.

(B) não se pode falar de sociedade nem de cultura entre animais, pois estes não constroem qualquer tipo de relação baseada na coletividade.

(C) é possível falar em culturas entre as formigas, embora estas sejam mais estáticas que as culturas humanas.

(D) não se pode falar em cultura entre as formigas, mas sim entre alguns animais que possuem a capacidade de construir relações simbólicas e estéticas.

(E) não é possível falar em cultura entre os animais, pois estes não apresentam qualquer divisão de trabalho, sexo e idade.

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43. Claude Dubar (2005) afirma que [...] a "formação" se tornou uma componente cada vez mais valorizada não somente do acesso aos empregos mas também das trajetórias de emprego e das saídas de emprego. [...] No entanto, isso não significa que seja necessário reduzir as identidades sociais a status de emprego e a níveis de formação. É evidente que, antes de se identificar pessoalmente a um grupo profissional ou a um tipo de formação, o indivíduo, já na infância, herda uma identidade sexual, mas também uma identidade étnica e uma identidade de classe social, que são as de seus pais, de um deles ou de quem tem a incumbência de educá-lo.

A partir do trecho destacado e da leitura do livro de Dubar (2005) é correto afirmar que o autor

(A) nega a abordagem psicanalítica centrada na construção da identidade individual. (B) opõe-se à importância da escola e da família como espaços de construção da identidade social na infância. (C) afirma que na situação de desemprego os indivíduos perdem seus laços identitários. (D) defende a ideia de que o trabalho, o emprego e a formação constituem aspectos importantes para os processos de

identificações sociais. (E) sustenta que as identidades de gênero, classe social e etnia determinam os processos identitários de modo definitivo.

44. Claude Dubar (2005) define o conceito de socialização como

(A) o desenvolvimento psicogenético da criança. (B) o aprendizado da cultura, tal como abordado pela antropologia funcionalista. (C) a incorporação de um habitus de classe e das identidades étnicas. (D) um processo de construção, desconstrução e reconstrução de identidades. (E) a identificação profissional construída desde a infância na escola.

45. Ao tomar como exemplo os esquimós e os lapões, habitantes da calota polar norte, R. Laraia (2009) fornece elementos para

refutar a tese

(A) do determinismo geográfico. (B) do determinismo cultural. (C) do difusionismo cultural. (D) do etnocentrismo cultural. (E) da diversidade cultural.

46. Anthony Giddens (2008) apresenta o que chama de sistemas básicos de estratificação nas sociedades humanas. Segundo o

autor, fazem parte dessa categoria

(A) a classe operária, a classe média e a classe capitalista. (B) a escravidão, o feudalismo e o capitalismo. (C) a casta, o estamento e a classe. (D) a classe, a casta e os partidos. (E) o pobre, o rico e a classe média.

47. Ao tratar das teorias de classe de Karl Marx e Max Weber, Anthony Giddens (2008) afirma que

(A) Weber, além da classe, considera o status e o partido como aspectos da estratificação. (B) a definição do conceito de classe a partir da propriedade ou não dos meios de produção é comum tanto em Marx quanto

em Weber. (C) a classe para Weber é definida segundo o estilo de vida e o posicionamento político. (D) o proletariado, para Marx, é o conjunto dos trabalhadores industriais submetidos à exploração de mais-valia. (E) Weber privilegia o aspecto cultural para definir as classes sociais, enquanto em Marx a classe se define em termos

econômicos.

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48. Baseado no conceito de imaginação sociológica do sociólogo estadunidense Wright Mills, Anthony Giddens (2008) apresenta a seguinte reflexão sobre a disciplina: Estudar sociologia não pode ser apenas um processo rotineiro de adquirir conhecimento. Um sociólogo é alguém capaz de se libertar da imediatidade das circunstâncias pessoais e apresentar as coisas num contexto mais amplo.

Corresponde à concepção defendida por Giddens:

(A) O sociólogo deve se preocupar com o processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade para estabelecer leis

gerais de explicação das regularidades universais presentes na vida social. (B) Qualquer aspecto da vida social, mesmo os mais rotineiros e familiares, pode ser pensado a partir de um ponto de vista

sociológico, pois está relacionado a diferentes aspectos da vida social (políticos, econômicos, ideológicos etc.). (C) A sociologia é uma ciência positiva, que deve definir com critérios objetivos os fatos sociais a serem estudados. (D) O sociólogo deve estudar somente questões sociais familiares e relacionadas a seu entorno. (E) A sociologia se diferencia da biologia e da psicologia porque estuda a cultura e a sociedade, e não a natureza ou o

indivíduo. 49. Observe atentamente a tirinha abaixo.

(Quino. Toda Mafalda. Martins Fontes, 2000)

Está correto com relação às atuais tendências na divisão social e sexual do trabalho:

(A) As desigualdades de gênero no mercado de trabalho e nas atividades domésticas eram comuns até a década de 1970,

mas atualmente deixaram de existir. (B) Atualmente as mulheres ocupam, de forma simétrica aos homens, cargos políticos e posições ocupacionais mais

privilegiadas, embora na atividade doméstica as disparidades de gênero persistam. (C) Ainda que no mercado de trabalho já não existam diferenças entre mulheres e homens que ocupam os mesmos postos de

trabalho, a divisão doméstica do trabalho segue desigual. (D) Ainda que atualmente a divisão sexual do trabalho doméstico tenha se tornado igualitária, a sobrecarga horária nos postos

ocupados no mercado de trabalho pelo sexo masculino segue sendo maior. (E) Apesar das mudanças significativas verificadas nas últimas décadas, a divisão social do trabalho e a divisão doméstica do

trabalho seguem sendo marcadas por disparidades relacionadas ao sexo. 50. Erving Goffman (2009) comenta o uso do conceito de representação : Venho usando o termo ‘representação’ para me referir a

toda atividade de um indivíduo que se passa num período caracterizado por sua presença contínua diante de um grupo particular de observadores e que tem sobre estes alguma influência. Será conveniente denominar de fachada à parte do desempenho do indivíduo que funciona regularmente de forma geral e fixa com o fim de definir a situação para os que observam a representação. Fachada, portanto, é o equipamento expressivo de tipo padronizado intencional ou inconscientemente empregado pelo indivíduo durante sua representação.

Com base no trecho acima e na leitura do livro (Goffman, 2005), é correto afirmar que o autor

(A) trata das representações ideológicas construídas pelos indivíduos a partir de sua inserção de classe, o que o aproxima da

teoria social marxista. (B) fundamenta-se, por um lado, na teoria social de Weber por construir tipos de ética religiosa, mas, por outro, parte da teoria

de Durkheim, por tratar os fenômenos como coisas. (C) analisa as interações sociais entre os indivíduos, nas quais estes buscam dirigir as impressões dos observadores,

operando conceitos construídos a partir de metáforas teatrais como representação, papel social, plateia etc. (D) analisa o comportamento dos atores a partir de uma metáfora arquitetônica que, além do conceito de fachada, inclui outras

categorias como estrutura, edifício, alicerce e cimento social. (E) constrói analogias cênicas para desvendar as situações sociais em que os indivíduos cometem atos falhos, sendo um

importante referencial para a psicanálise.

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51. Abordando situações que por vezes irrompem no fluxo da vida cotidiana, Erving Goffman (2009) apresenta os seguintes exemplos: Quando um ator irrefletidamente faz uma contribuição intencional que destrói a imagem de sua própria equipe, podemos falar de ‘gafes’ [...]. Se um ator põe em risco a imagem de sua personalidade projetada pela outra equipe, falamos de ‘mancada’ ou dizemos que o ator ‘meteu os pés pelas mãos'. Nesse trecho, o autor se refere

(A) a formas de rupturas involuntárias da representação dos atores quando, nas interações sociais, buscam manipular as

impressões causadas nos observadores. (B) a técnicas de controle cotidianas, utilizadas intencionalmente pelos atores para revelar segredos e características

negativas dos oponentes. (C) aos tipos ideais de atos falhos, que revelam os conflitos de interesses entre as diferentes equipes, mas negam as

intenções reais do protagonista. (D) a técnicas de controle social presentes na cena política, nas quais os atores buscam, intencionalmente, expor seus

adversários a situações vexatórias como forma de intimidá-los. (E) a regras de etiqueta cotidianas que os atores devem seguir para não agir com indiscrição diante de seus oponentes,

mantendo o segredo necessário para a convivência social. 52. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo, em

16/04/2011, mostram que, no primeiro trimestre deste ano, a periferia da zona sul da capital aparece como a região mais violenta da cidade: os distritos do Parque Santo Antonio (17 vítimas), Campo Limpo (11) e Capão Redondo (9) ocupam os três primeiros lugares em termos do número de homicídios. Esses dados permitem concluir que

(A) o risco de ser vítima de homicídio é significativamente superior nos bairros que apresentam taxas maiores de urbanização. (B) as taxas de homicídios não apresentam nenhuma correlação com o local das moradias das vítimas. (C) não se pode associar pobreza e local de moradia à taxa de criminalidade. (D) o risco de ser vítima de homicídio é significativamente superior entre aqueles que habitam áreas, regiões ou bairros com

déficits sociais e de infraestrutura urbana. (E) a convivência muito próxima com o mundo do crime não interfere na vida dos moradores das periferias.

53. [...] diferenças fenotípicas entre indivíduos e grupos humanos, assim como diferenças intelectuais, morais e culturais, não podem

ser atribuídas, diretamente, a diferenças biológicas, mas, devem ser creditadas a construções socioculturais e a condicionantes ambientais.

A partir desse texto, extraído do livro de Antonio Sergio Guimarães (2009), está correto que

(A) as desigualdades sociais podem ser explicadas tanto pelas diferenças biológicas quanto pelas culturais, morais e intelec-

tuais. (B) as diferenças biológicas ainda são significativas para a definição dos grupos humanos. (C) os grupos raciais atualmente são vistos como diferentes biologicamente, ainda que pertencentes a uma mesma cultura e

sociedade. (D) os condicionantes culturais e ambientais definem as diferenças biológicas e raciais. (E) o conceito de raça é, desde os anos 1960, recusado pela biologia e deve ser entendido como uma construção social.

54. A elaboração e expansão de uma doutrina que justificava a desigualdade entre os seres humanos (seja em situação de cativeiro

ou de conquista), não pela força ou pelo poder dos conquistadores (justificativa política que acompanhou todas as conquistas anteriores), mas pela desigualdade imanente entre as raças humanas (inferioridade intelectual, moral, cultural e psíquica dos conquistados ou escravizados) é entendida por Antonio Sergio Guimarães como

(A) racialismo. (B) racismo. (C) relações raciais. (D) desigualdades sociais. (E) estereótipos raciais.

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55. Roque Laraia (2009) transcreve, ao final de seu livro, um texto do antropólogo estadunidense Ralph Linton sobre o despertar diário do homem americano para esclarecer o conceito de

(A) difusão cultural. (B) cultura de massa. (C) elementos da cultura. (D) variações culturais. (E) diversidade cultural.

56. Com a afirmação de que os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes

das diferenças culturais, Roque de Barros Laraia (2009) refuta a tese do

(A) geneticismo. (B) difusionismo cultural. (C) etnocentrismo. (D) diferencialismo cultural. (E) determinismo biológico.

57. Claude Dubar (2005), em sua análise do processo de socialização e construção da identidade, refere-se a dois processos de

construção de configurações identitárias, o de

(A) socialização primária e secundária. (B) atribuição de identidade pelo outro e o de incorporação da identidade pelos próprios indivíduos. (C) comunicação e o de incorporação de identidade pelos próprios indivíduos. (D) relação social e o de participação social. (E) rotulagem e o de preconceito.

58. No texto de Brym et al. (2008) são apontados como agentes de socialização, além das famílias,

(A) igrejas, sindicatos e meios de comunicação de massa. (B) organizações não governamentais, clubes e grupos de colegas. (C) escolas, grupos de colegas e meios de comunicação de massa. (D) escolas, clubes e organizações não governamentais. (E) escolas, igrejas e meios de comunicação de massa.

59. No livro de Brym et al. (2008) encontra-se a seguinte pergunta: o que para Durkheim explicaria a variação nas taxas de suicídio?

A resposta correta é que as taxas de suicídio variam

(A) conforme a nacionalidade dos indivíduos. (B) devido às adversidades que afetam a vida dos indivíduos. (C) devido às taxas de desordem psicológica que afetam os grupos sociais. (D) devido às diferenças no grau de solidariedade social. (E) conforme o grau de civilização de uma sociedade.

60. Weber, em seu livro A ética protestante e o espírito do capitalismo, recorre a dois elementos teológicos fundamentais para

esclarecer a influência do protestantismo sobre o capitalismo moderno:

(A) a secularização e o calvinismo. (B) o desencantamento do mundo e a secularização. (C) o conceito de vocação e a doutrina da predestinação. (D) o fordismo e o desencantamento do mundo. (E) a estratificação social e a secularização.

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PROVA DISSERTATIVA

Atenção: A Prova Dissertativa deverá ter extensão mínima de 20 e máxima de 30 linhas.

É começo do ano letivo e você vai lecionar os conteúdos de Sociologia para o 2o ano do Ensino Médio, em uma escola

situada em um bairro periférico de sua cidade. Após aplicar aos alunos uma avaliação diagnóstica, você verificou que os

desempenhos foram muito diversificados, em termos de conhecimentos necessários para acompanhar a proposta dessa

disciplina para esse nível e ano de ensino. Você, então, elaborou um plano de trabalho para atender a todos os alunos,

levando-os a avançar em seu aprendizado nos conteúdos previstos. Em seguida, você explicou suas razões para o

diretor.

Apresente um plano de trabalho que contemple a articulação de conteúdos e estratégias de ensino e as justificativas que deu ao

diretor para implementá-lo.

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