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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Estado de São Paulo
Secretaria Municipal de Educação ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO PROFESSORA ALCINA DANTAS FEIJÃO
Reflexões sobre a questão das águas: O colapso hídrico
Professora Catarina Troiano geografia - Ensino médio
A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar,
porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: “Tudo é um”.
Friedrich Nietzsche,[[1873], 1989, p. 11-12.
Reflexões sobre a questão das águas:
O colapso hídrico
1. A água no mundo 2. Geopolítica da água 3. Brasil: o mito da abundância 4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS 5. Os recursos hídricos de são Paulo 6. Colapso ou crise hídrica? 7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE 8. um copo de consciência 9. referências bibliográficas 10. Anexos
ONDE PODEMOS ENCONTRAR ÁGUA NO PLANETA TERRA?
ÁGUA
Nos continentes, rios, lagos e aquíferos
Na atmosfera sob a forma de nuvens
Oceanos, calotas
polares e geleiras
Em todos os organismos
vivos
O ciclo hidrológico ou ciclo da água é o movimento das massas líquidas na natureza. Este movimento é infinito e circular, pois ocorre através do processo de evaporação das águas da
superfície (rios, lagos, oceanos, etc.) do planeta Terra e também pela transpiração dos seres vivos
A DINÂMICA DAS ÁGUAS: O CICLO HIDROLÓGICO
A água passa por transformações no ciclo hidrológico. Ela evapora dos mares, oceanos, rios, do solo e das plantas e forma nuvens, precipita-se sobre o continente, como chuva, e infiltra-se no solo. Pode, então, alcançar e abastecer um lençol subterrâneo, chegar a um rio ou lagoa e, por diferentes vias, retornar ao oceano. Ao final, a água evapora-se tanto dos oceanos quanto do solo e volta a formar nuvens.
Estamos acostumados a pensar na água
como um recurso inesgotável. Nada
mais falso. Os recursos hídricos, ainda
que renováveis, são limitados, pois para
se renovarem requerem um tempo muito maior do que o das atuais necessidades das
sociedades humanas.
CICLO HIDROLÓGICO
RECURSO RENOVÁVEL RITMO GEOLÓGICO
(LENTO)
RENOVÁVEL INESGOTÁVEL
A escassez de água pode levar a conflitos, pois os recursos hídricos, ainda
que renováveis, são limitados.
≠
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio
ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra.
2. GEOPOLÍTICA DA ÁGUA
X DISPONIBILIDADE FÍSICA ESCASSEZ ECONÔMICA
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio
ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra.
“As Nações Unidas estimam que, até 2025, dois terços da população mundial sofrerão escassez, moderada ou severa, de água. Essa situação tem sido interpretada como resultante da falta física de água doce para o atendimento da demanda das populações da Terra. Entretanto, no plano geral, há água suficiente no mundo (...) para satisfazer as necessidades de todos. De fato, este cenário de escassez significa que, no ano 2025, apenas um terço da humanidade deverá dispor de dinheiro suficiente para pagar o serviço de abastecimento d’água decente, isto é, com regularidade de fornecimento e qualidade garantida da água”. Aldo REBOUÇAS (Professor e pesquisador da área de recursos hídricos do Instituto de Estudos Avançados da USP), 2003, p. 206.
Privatização da água: Encontro com Milton Santos ou o mundo global visto do lado de cá
DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS:
CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2008.
DISTRIBUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS:
CAPACIDADE EM M³ PER CAPITA
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME, 2008.
PRINCIPAIS AQUÍFEROS DO BRASIL “A humanidade se tornou uma usuária
tão sedenta das águas subterrâneas do planeta que essa
exploração pode ser responsável por um quarto do aumento anual do nível dos
oceanos. O dado vem de um artigo aceito para publicação na
revista científica Geophysical Research
Letters”. Reinaldo José Lopes
(Folha de São Paulo, 27/09/2010).
Segundo os dados dessa revista científica, nas últimas quatro décadas a exploração para o consumo humano das águas subterrâneas dobrou,
contudo a poluição ambiental também vem
crescendo em todo Planeta.
A disputa pela água, recurso essencial para a sobrevivência, é uma marca histórica nas regiões mais secas do mundo. Nas últimas décadas, o crescimento demográfico e as pressões econômicas da globalização acirram as tensões nesses locais. Os mananciais são focos
potenciais de disputas, guerras e revoltas, principalmente em regiões áridas de fronteiras. O controle de fontes de água pode se tornar um dos principais motivos de guerras no século XXI.
A maior fonte de degradação de água do planeta é o uso intensivo em sistemas produtivos industriais e agrícolas e a devolução dessa água ao
ambiente sem tratamento (RIBEIRO, 2003).
Além da importância de fornecer água de qualidade para atender as necessidades básicas da população, toda atividade industrial e agrícola dependem desse recurso. De toda água que consumimos apenas 10% destina-se para uso humano, 70% vai para a
agricultura e 20% é utilizada pela indústria. Portanto, os impactos econômicos da escassez de água podem ser mais graves do que os da falta de petróleo.
A maior parte da água consumida no país vai para o setor de agricultura e para a pecuária (Fonte: Guia do Estudante: ATUALIDADES, 2014).
Distribuição dos recursos hídricos, da superfície e da população por regiões
(em % do total Brasil).
Recursos hídricos
Superfície
População
3. Brasil: o mito da abundância O Brasil tem um nível
bastante elevado (12% do total mundial), mas essa água está distribuída de maneira desigual. “Ela é
abundante na escala nacional, mas é muito
escassa em locais como a região metropolitana de São Paulo”, apontou o
geógrafo Wagner Costa Ribeiro, da Universidade de
São Paulo. Porvir, 23/10/2014.
Faz-se necessário compreender
melhor a relação entre a disponibilidade de água doce e a sua
distribuição para consumo humano.
12% DE TODAS AS RESERVAS DE ÁGUA DOCE DO MUNDO
4. SÃO PAULO, UMA HISTÓRIA ENTRE RIOS “Se uma cidade produz mais
e mais riqueza, mas as disparidades econômicas no
seio de sua população aumentam; se a riqueza
assim produzida e o crescimento das cidades se
fazem às custas da destruição de ecossistemas
inteiros e do patrimônio histórico-arquitetônico; se a conta da modernização vem sob a forma de níveis cada
vez menos toleráveis de poluição, de estresse, de congestionamentos, se é
assim, falar de desenvolvimento é ferir o
bom senso” (SOUZA, 2005, p. 101).
Século XX Crescimento acelerado das cidades
A sociedade entendia a natureza como uma fonte inesgotável de recursos, pronta para ser modificada de acordo com os interesses
econômicos dos homens.
O documentário Entre Rios conta a história da produção
do espaço urbano de São Paulo, observa as profundas transformações em ritmo acelerado que ocorrem no espaço
geográfico da cidade e seu entorno ao longo do século XX, além da nossa relação com as águas.
Rio avenidas Ferrovia fábrica
São Paulo em 1924: é possível observar o traçado original dos principais rios,
o Tietê, o Tamanduateí e o
Pinheiros.
Esquema teórico Radial Concêntrico de São Paulo elaborado por João Florence de Ulhôa Cintra e publicado no
PLANO DE AVENIDAS de Preste
Maia. Inspirado nas cidades de Paris, Moscou e Berlim (MAIA, 1996 [1930];
TOLEDO, 1996).
FRANCISCO PRESTES MAIA Prefeito de São Paulo de 1938 a 1945 e de 1961 a 1965.
Paris Moscou Berlim
Plano de Avenidas da cidade de São
Paulo, 1930
Francisco Saturnino Rodrigues de Brito
Para a boa circulação dos veículos, do ar e das águas, quanto valores estéticos, é preciso respeito ao patrimônio cultural das áreas urbanas mais antigas, às singularidades da topografia, da
hidrografia e da cobertura vegetal (BRITO, 1922).
Antiga Fazenda São Caetano do TIJUCUÇU Monges Beneditinos
1877 – Fundação do Núcleo Colonial
• Imigrantes tinham direito à posse de terra. • Localizado nas proximidades do Rio Tamanduateí
O que facilitava o escoamento dos produtos alimentícios para o Mercado Municipal em São Paulo. Além dos tijolos, telhas e porcelanas que também eram enviados à Capital.
Tijucuçu (tyîuka – pântano, lodo) Palavra de origem tupi que
significa grande lamaçal, barreiro, charco, atoleiro.
Enquanto isso, no ABC Paulista... Final do Século xix, início do XX
Com seus 15 km², São Caetano do Sul é abastecida em 100% pelo Sistema Cantareira da Sabesp, que por sua vez é alimentado, principalmente, pelos rios Jaguari e Jacareí, cujas nascentes estão localizadas no Estado de Minas Gerais. Da nascente até sua torneira, a água percorre aproximadamente 140 quilômetros. Nesse percurso, recebe as águas de mais três rios: o Cachoeirinha, o Atibainha e o Juqueri. Passa por quatro reservatórios e é bombeada para um reservatório artificial, situado a 120 metros de altura, e finalmente chega à Estação de Tratamento do Guaraú, onde é tratada. Após tratamento, segue para a Estação Elevatória do Cadiriri, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde é enviada para nossa cidade. Na entrada de São Caetano é dividida em três reservatórios setoriais: Santa Maria (8 mil m3), Oswaldo Cruz (10 mil m3) e Vila Gerty (20 mil m3), que juntos possuem capacidade total para armazenar 38 mil metros cúbicos. Agora sim, a partir destes reservatórios, a água é distribuída para os 15 bairros do município por meio dos 446 quilômetros de rede do DAE.
São Caetano do Sul: uma cidade entre rios e nascentes
São Paulo
Cidade Centro
Subúrbio Periferia
Olaria familiar ao longo do Rio dos Meninos, SCS, 1910.
Fonte: MIESP, 2012.
Enquanto isso, no ABC Paulista...
São Caetano do Sul
• Chegada das famílias dos imigrantes europeus; • São Caetano do Sul abastecia a cidade de São Paulo
com produtos de hortifruti, vinho, pães, gêneros alimentícios em geral, além de tijolos, telhas e porcelanas.
FABRETTI, 2013, p. 221.
Jair Bendazolli em foto próxima à Lagoa dos Parentes, onde as crianças gostavam de nadar. Posteriormente foi aterrada e hoje no local funciona o Clube Esportivo Recreativo Pedro Furlan (Tamoyo). Foto de 1958. Fonte: Acervo Fundação Pró-Memória, Revista Raízes.
“Podemos considerar os recursos hídricos sob três aspectos distintos, em função de sua utilidade:
• Como elemento ou componente físico da natureza; • Como ambiente para a vida (ambiente aquático); • Como fator indispensável para a manutenção da
vida terrestre” (BRANCO, 2003, p. 58-59).
O que são RECURSOS HÍDRICOS?
Água = fonte de vida
5. Os recursos hídricos de são Paulo
Antes da chegada do serviço de água corrente encanada em São Paulo, a coleta se dava principalmente nos vários chafarizes espalhados pela cidade, ou ainda, fontes e bicas das nascentes naturais.
Coleta de água em
chafariz de São Paulo, século XIX.
DO CHAFARIZ À ÁGUA ENCANADA
FINAL DO SÉCULO XIX 1877 - Sistema privado: Companhia Cantareira de Água e Esgotos 1878 - Sistema público: Repartição de Águas e Esgotos da Capital (RAE)
Processo de ocupação irregular Urbanização acelerada Degradação dos recursos ecológicos Crescimento e concentração demográfica
A RMSP nos últimos 100 anos multiplicou exponencialmente o
número de sua população e destruiu todo os seus sistemas
ecológicos e ambientais.
De 1878 a 1881, a companhia realizou obras da primeira caixa d’água de abastecimento da cidade, no Alto da Consolação, abastecida por canos que, partindo das nascentes nas montanhas da Cantareira, ao norte da cidade, percorriam 14,5 quilômetros até o reservatório.
• São Paulo, na década de 1890, contava com três adutoras: Ipiranga, Cantareira e Guaraú, que enviava água para Mooca, Tatuapé e São Caetano.
• Apesar do aumento do volume de água para abastecer a população, em 1903 ocorreu outra estiagem na cidade e novamente os 250 mil habitantes viveram uma grave crise de abastecimento. Todo esse investimento não modificou, entretanto, a vida das populações pobres.
Enquanto os bairros mais prósperos recebiam água encanada, naqueles em que se concentravam as moradias operárias e os cortiços a água era ainda escassa e as
epidemias proliferavam.
O Cantareira já era motivo de chacota no início do século XX.
Mas, Por quê?
A vazão da água não dava conta da crescente demanda paulistana.
SÉCULO XX
Publicado na Folha de S.Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 1971
O SISTEMA DA CANTAREIRA, CONFORME SE VÊ NO ESQUEMA, É COMPOSTO POR:
• Cinco reservatórios de regularização de vazões: Jaguari e Jacareí (interligados), Cachoeira, Atibainha e Juquery (ou Paiva Castro).
• Túneis e canais de interligação para transferência de água de uma represa para outra mais à jusante.
• Uma estação elevatória de água (Santa Inês), responsável por recalcar a água dos cincos reservatórios captada no último deles.
• Um reservatório (Águas Claras), que, pela capacidade e a vazão por ele veiculada, pode ser considerado “tipo pulmão”, com a finalidade de manter o fluxo contínuo de água para ETA Guaraú, uma estação de tratamento de água.
A vida intensa de S.Paulo, seu passado e presente. Publicado na Folha de S.Paulo, 25 de janeiro de 1971 .
Gente demais
Da nascente até sua torneira, a água
percorre aproximadamente 140 quilômetros. Nesse percurso,
recebe as águas de mais três rios: o Cachoeirinha, o
Atibainha e o Juqueri. Passa por
quatro reservatórios e é bombeada para
um reservatório artificial, situado a
120 metros de altura, e finalmente chega à Estação de
Tratamento do Guaraú, onde é tratada. Após
tratamento, segue para a Estação Elevatória do
Cadiriri, no bairro da Mooca, em São Paulo, onde é
enviada para São Caetano do Sul (DAESCS, 2015).
São Caetano do Sul
Em 1925, foi projetada a construção da adutora Rio Claro finalizada em 1930. Em 1933, foi elaborado um plano para sua ampliação e da adutora de Santo Amaro. Em 1956, foram tomadas medidas para adução da Represa de Guarapiranga e, logo depois, o aproveitamento do Rio Grande (Represa Billings). No Grande ABC, seis das sete cidades da região são abastecidas pelo Sistema Rio Grande, com exceção de São Caetano do Sul, abastecida pelo Sistema Cantareira.
A cor esverdeada das águas da represa Billings indicam a presença de cianobactérias, que podem originar toxinas
Além dos impactos na Billings com a ocupação desenfreada às margens da represa, a
construção do rodoanel também agride diretamente a qualidade de suas águas.
Para ampliar o processo de interligação entre os mananciais, o governo paulista vai transferir a
poluída água da Billings para o sistema Rio Grande, hoje a maior reserva potável na Grande São Paulo. Para isso, contará com três bombas gigantes iguais
às que são utilizadas para captação do volume morto do sistema Cantareira.
Análise feita a pedido da Folha de
São Paulo pela Universidade
Municipal de São Caetano do Sul
apontou concentração de coliformes fecais
cem vezes maior do que o estabelecido
pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
6. Colapso ou crise hídrica? CRISE = estado momentâneo,
imprevisível e passageiro
COLAPSO = significa falência, esfacelamento e
esgotamento, não é passageiro e é
perfeitamente previsível
A demora para admitir a crise fez com que as chances de agir a tempo diminuíssem. A
capacidade do sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo,
chegou a 5,1% nesta sexta-feira (30/01/2015). Pelo cálculo de especialistas, se nada for feito
para diminuir o consumo, a água deverá se esgotar completamente antes de abril.
Fonte: Guia do Estudante, Jan. 2015.
O PROBLEMA É CONHECIDO
DESDE O FINAL DOS ANOS 90!
No limiar do colapso, Alberto Dines fala sobre a questão hídrica em São Paulo no programa Observatório da Impresa.
Segundo a mestre e doutora em Ecologia Aplicada, Micheli Kowalczuk Machado,
“se não forem realizadas mudanças na forma como os recursos hídricos são geridos, teremos apenas medidas paliativas que terão resultados por um curto período de tempo, além de novos episódios de escassez, talvez ainda piores e que afetarão a economia, a qualidade de vida e o meio ambiente”.
NÃO SE TRATA SOMENTE DE UM PROBLEMA DE FALTA DE CHUVAS
O colapso hídrico.. Vontade política
Demanda crescente pelo uso da água
Degradação ambiental dos
mananciais
Expansão urbana desordenada
Desperdício no próprio sistema
Falta de um real envolvimento e
conhecimento da população acerca da realidade existente
Sistema Juqueri
Projeto para abastecimento de
água para 9,5 milhões de habitantes
no ano 2.000.
É O ANTIGO NOME DO SISTEMA CANTAREIRA
Reportagem de
1963 revela que o
Governo do
Estado de São
Paulo já conhecia
de longa data as
necessidades da
metrópoles em
relação as águas.
7. POLÍTICAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE
Fauna e flora
interdependência
BIODIVERSIDADE
Manutenção da vida em todos os
ecossistemas
não é uniforme
maior em ambientes em que há abundância de luz solar e
de água e clima estável.
As florestas tropicais, que ocupam apenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos os
seres vivos do planeta.
O documentário aborda a importância das florestas, FAUNA e FLORA, para a
conservação das águas levantando os problemas que serão causados com o novo
Código Florestal aprovado no Congresso.
Em meio à crise hídrica que afeta o Estado de São Paulo, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei
Nº 219/2014, que institui o Programa de Regularização
Ambiental (PRA) previsto no Código Florestal Nacional.
Onde tem floresta chove!
REDE DE APRENDIZAGEM SOBRE CONSUMO CONSCIENTE
TRAZER AS QUESTÕES SOBRE O USO DA ÁGUA PARA O COTIDIANO DO ALUNO, COMO O RISCO DE DESPERDÍCIO DENTRO DA PRÓPRIA ESCOLA E EM CASA
ANALISAR O MODELO DE GESTÃO HÍDRICA ADOTADO NA CIDADE
A "CULPA" NÃO É DA POPULAÇÃO. NOSSA RESPONSABILIDADE É APRENDER A USAR MELHOR A ÁGUA E COBRAR OS GOVERNANTES PELA NEGLIGÊNCIA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
desenvolvido por estudantes e
professores do Ensino Médio da EME Profª Alcina Dantas Feijão
* 2015*
"Na minha casa um galão é utilizado para armazenar a água da máquina de lavar, com o objetivo de reaproveitar para outras tarefas, como: lavar o quintal, dar descarga entre outros". Guilherme D., 1ºH.
Idealizado pelas professoras Maiberte Brogliato e Silvana de Santis
Fotos da galera
economizando água
Disponível no Blog Seeds of love
Ações registradas
pelos estudantes dos
1ºs anos do Ensino Médio
em suas residências
9. Referências bibliográficas AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ALMANAQUE ABRIL. Meio Ambiente. In: Almanaque Abril On-line. Edição Brasil, 2014. Disponível na URL: <http://www.almanaque.abril.com.br>. Data de acesso: 10/06/2014. BRANCO, Samuel Gurgel. Água: origem, uso e preservação. São Paulo, Moderna, 2003. BRITO, F. S. R. O saneamento de uma cidade em 1922. [1922]. In: Obras completas de Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1943. v. IV, p. 377-461. FOLHA DE SÃO PAULO. A vida intensa de S. Paulo, seu passado e presente. In: Folha de São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 1971. Disponível na URL: http://almanaque.folha.uol.com.br/cotidiano2_25jan1971.htm. Data de acesso 25/02/2015. FPMSCS - Fundação Pró-Memória São Caetano do Sul. [On-Line] In: Acervo digital. Disponível na URL: <http://www.fpm.org.br>. Capturado em 25/09/2015. FRABETTI, Giancarlo Livman. A metropolização vista do subúrbio: metamorfoses do trabalho e da propriedade privada na trajetória de São Caetano do Sul. Geografia Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado, 2013, 379 p. On-line in: Biblioteca digital USP. Disponível na URL: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08112013-112906/en.php>. GIROTTO, Eduardo Donizete. A produção do espaço urbano em São Caetano do Sul, SP: limites e possibilidades na construção do direito à cidade. Inédito, 2009. GIROTTO, Eduardo Donizete. Escola, lugar e poder: uma análise geográfica a partir de São Caetano do Sul - SP - Brasil. In: GEOUSP - Espaço e Tempo. FFLECH: São Paulo, Nº 30, p. 77-89, 2011. LOPES, Marina. Como falar na sala de aula sobre a falta de água. In: Porvir, publicado em 23/10/14. Disponível On-line na URL: <http://porvir.org/porfazer/como-falar-sobre-crise-hidrica-na-sala-de-aula/20141023>. Capturado em 17/02/2015. LOPES, Reinaldo José. Mundo dobra uso de água subterrânea em quatro décadas. In: Folha de São Paulo. Caderno Ambiente. 27/09/2010. Disponível On-line na URL: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/805187-mundo-dobra-uso-de-agua-subterranea-em-quatro-decadas.shtml>. Data de acesso: 10/01/2014. MAIA, Francisco de Prestes. Estudo de um Plano de Avenidas para a cidade de São Paulo. São Paulo: Cia. de Melhoramentos, 1930. NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na época trágica dos gregos, § 3. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Os Pré-socráticos, São Paulo: Nova Cultural, 1989, Coleção “Os Pensadores”, pp. 10-12. NUNES, Marcos Roberto & Saconi, Arminda. Água: fonte de vida. Recife: Unicap, 2005. REBOUÇAS, Aldo. O ambiente brasileiro: 500 anos de exploração. In: RIBEIRO, Wagner Costa. (Org.) Patrimônio Ambiental Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2003. RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia política da água. Editora Annablume, 2003. ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005. SABESP. Distribuição do Capital Social. In: SABESP. Disponível On-line na URL: <http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=4&proj=investidoresnovo&pub=T&db=&docid=1C3C5C495E396CD0832570DF006A4017&docidPai=1698C08F24239E5A8325768C00517EF8&pai=filho3>. Capturado em 26/02/2015. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006. TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. TOLEDO, Benedito Lima. Prestes Maia e as origens da urbanismo moderno em São Paulo. São Paulo: Empresa das Artes, 1996. UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. An Overview of the State of the World’s Fresh and Marine Waters. 2nd Edition, USA, Kenya: 2008. Disponível On-line na URL: <http://www.unep.org/dewa/vitalwater/article75.html>. Capturado em 14/02/2015. Uso da imagem autorizado por: Copyright © 2008, United Nations Environment Programme.
1. O problema não é de agora: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2903200101.htm 2. A manipulação dos dados: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,pisa-na-sabesp-imp-,1621074 3. O posicionamento do terceiro setor: https://medium.com/a-conta-da-agua/ensaio-sobre-a-cegueira-hidrica-2759ec839c74 4. Direito a informação e grandes consumidores: http://apublica.org/2015/01/sabesp-se-nega-a-publicar-contratos-de-empresas-que-mais-consomem-agua/ 5. Rodízio e redução de pressão são problemas, não soluções: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1577040-sp-deve-mirar-curto-prazo-na-luta-contra-crise-da-agua-diz-pesquisadora.shtml 6. Os conflitos a jusante: https://medium.com/a-conta-da-agua/nao-beba-agua-beba-cerveja-815dfe9eb5eb 7. Os lucros estratosféricos: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1078/noticias/nao-da-nem-para-racionar 8. O descaso político: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/10/1532662-cpi-sobre-falta-de-agua-e-teatrinho-diz-presidente-da-sabesp-a-vereador.shtml 9. Os prejuízos não são iguais para todos: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/01/1582054-possivel-rodizio-em-sp-vira-piada-em-condominio-sem-agua-ha-11-dias.shtml 10. Bastaria, ao menos, fazer o óbvio: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/nova-york-venceu-crise-de-agua-sem-gastar-muito-dinheiro.html 11. App Mananciais SP: https://aoquadrado.catracalivre.com.br/impacto/app-te-ajuda-a-acompanhar-a-situacao-dos-mananciais-de-sao-paulo/ 12. De onde vem a água: http://util.socioambiental.org/deondevem/ 13. Uso da Billings é criticado por especialistas: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/02/1593001-uso-da-billings-e-criticado-por-especialistas.shtml
Links para pesquisar
10. anexos MANANCIAIS são fontes de
água, superficiais ou subterrâneas, que
compreendem toda área percorrida pelo curso
d´água, das nascentes dos rios até onde são
represadas. Utilizados para o abastecimento de água
nas cidades, eles podem ser prejudicados caso haja avanço da urbanização onde estão localizados
O principal poluente do lixo que afeta a qualidade da água dos mananciais de superfície e subterrâneos é o chorume, líquido
resultante da lavagem dos lixões pelas águas das chuvas. O lixo lançado nos córregos (como na foto), servem de substrato para as larvas de mosquitos e impedem o fluxo da água, sendo uma das
principais causas das enchentes urbanas.
Aquíferos Aquífero é um reservatório subterrâneo de água, caracterizado por camadas ou formações geológicas suficientemente permeáveis, capazes de armazenar e transmitir água em quantidades que possam ser aproveitadas como fonte de abastecimento para diferentes usos. A classificação dos aquíferos está intimamente ligada ao tipo de rocha e sua porosidade armazenadora, que podem ser granular (sedimentar), fissural (fraturado) ou cárstico.
Cerca de 96% da água potável a nível mundial encontra-se em aquíferos subterrâneos, foram pela primeira vez cartografados e divulgados pela UNESCO
no ano de 2008, como mostra o mapa a seguir.
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPs):
São áreas que devem ser protegidas, cobertas ou não por
vegetação nativa, pois tem funções ambientais como
preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, além de proteger o solo e assegurar o
bem-estar das populações humanas que vivem no local.
Na nova lei, são admitidos alguns usos, desde que considerados de interesse
social ou de baixo impacto.
As APPs já representam cerca de 20%
do território nacional.