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CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO SECUNDÁRIO REGULAMENTO GERAL Artigo 1.0 Enquadramento jurídico O presente Regulamento visa desenvolver e complementar o regime jurídico instituído pelo Decreto-Lei n.° 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-Lei 107/2008, de 25 de Junho, e pelo Decreto-Lei 230/2009, de 14 de Setembro, e pelo Decreto-Lei 43/2007, de 22 de Fevereiro, e demais legislação aplicável, bem como pelo Regulamento Geral dos Segundos Ciclos de Estudos da Universidade do Porto, aprovado pelo despacho reitoral GR.05/11/2009, de 24 de Novembro de 2009. Artigo 2.° Âmbito de aplicação O presente regulamento aplica-se ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário, na especialidade prevista na referência 9 do Anexo do Decreto-Lei 43/2007, de 22 de Fevereiro. Artigo 3.° Grau de Mestre 1. A Universidade do Porto, através da Faculdade de Letras, confere o grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário aos que tenham obtido 120 créditos na especialidade prevista no Anexo do Decreto-Lei 43/2007, de 22 de Fevereiro, através da aprovação em todas as unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de mestrado (não conferente de grau) e aprovação no acto público de defesa do relatório da unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada. 2. Ao grau de mestre em Ensino e Filosofia no Ensino Secundário devem corresponder as seguintes competências fundamentais: a) Possuir conhecimentos aprofundados na(s) área(s) científica(s) de docência, respectiva didáctica e formação educacional geral, com recurso à actividade de investigação, de inovação e de exercício de competências profissionais; b) Capacidade de compreensão e de resolução de problemas em situações novas ou em contextos alargados e multidisciplinares, no âmbito da sua actividade profissional especializada c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, A o

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Page 1: Regulamento mefil

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE

MESTRE EM ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO SECUNDÁRIO

REGULAMENTO GERAL

Artigo 1.0

Enquadramento jurídico

O presente Regulamento visa desenvolver e complementar o regime jurídico instituído

pelo Decreto-Lei n.° 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-Lei n° 107/2008, de 25

de Junho, e pelo Decreto-Lei n° 230/2009, de 14 de Setembro, e pelo Decreto-Lei n°

43/2007, de 22 de Fevereiro, e demais legislação aplicável, bem como pelo Regulamento

Geral dos Segundos Ciclos de Estudos da Universidade do Porto, aprovado pelo despacho

reitoral GR.05/11/2009, de 24 de Novembro de 2009.

Artigo 2.°

Âmbito de aplicação

O presente regulamento aplica-se ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em

Ensino de Filosofia no Ensino Secundário, na especialidade prevista na referência 9 do Anexo

do Decreto-Lei n° 43/2007, de 22 de Fevereiro.

Artigo 3.°

Grau de Mestre

1. A Universidade do Porto, através da Faculdade de Letras, confere o grau de mestre

em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário aos que tenham obtido 120 créditos na

especialidade prevista no Anexo do Decreto-Lei n° 43/2007, de 22 de Fevereiro, através da

aprovação em todas as unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de

mestrado (não conferente de grau) e aprovação no acto público de defesa do relatório da

unidade curricular relativa à prática de ensino supervisionada.

2. Ao grau de mestre em Ensino e Filosofia no Ensino Secundário devem corresponder as

seguintes competências fundamentais:

a) Possuir conhecimentos aprofundados na(s) área(s) científica(s) de

docência, respectiva didáctica e formação educacional geral, com recurso à actividade

de investigação, de inovação e de exercício de competências profissionais;

b) Capacidade de compreensão e de resolução de problemas em situações

novas ou em contextos alargados e multidisciplinares, no âmbito da sua actividade

profissional especializada

c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas,

A

o

Page 2: Regulamento mefil

desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou

incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e

sociais que resuftem dessas soluções e desses juízos ou os condicionem;

d) Capacidade de comunicar as suas conclusões, os conhecimentos e

raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas e,

sobretudo, aos alunos, de uma forma clara e sem ambiguidades;

e) Capacidades que permitam uma aprendizagem autónoma ao longo da vida.

Artigo 40

Direcção do ciclo de estudos

1. O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino

Secundário tem um director, uma comissão científica e uma comissão de acompanhamento.

2. O Director tem as competências definidas no artigo 4.° do Regulamento Geral dos

Segundos Ciclos de Estudos da Universidade do Porto, aprovado pelo despacho reitoral

GR.05/11/2009, de 24 de Novembro de 2009.

3. A Comissão Científica e a Comissão de Acompanhamento têm a constituição e as

competências definidas no artigo 4.° do Regulamento Geral dos Segundos Ciclos de Estudos

da Universidade do Porto, aprovado pelo despacho reitoral GR.05/11/2009, de 24 de

Novembro de 2009.

4. Compete à Comissão Científica do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em

Ensino de Filosofia no Ensino Secundário:

a) Promover a coordenação curricular do ciclo de estudos;

b) Pronunciar-se sobre as propostas de organização ou de alteração dos

planos de estudo;

c) Pronunciar-se sobre as necessidades de serviço docente;

d) Pronunciar-se sobre propostas de regimes de ingresso e de numerus

clausus;

e) Elaborar e submeter ao director da FLUP o regulamento do ciclo de

estudos;

f) Colaborar activamente com o Conselho Executivo na elaboração e no

estabelecimento de protocolos de colaboração com a rede de escolas cooperantes do

ensino básico e secundário e na selecção dos Orientadores cooperantes, conforme

definido nos Artigos 18° e 19° do Decreto-Lei n° 43/2007;

g) Colaborar na coordenação de todo o trabalho de supervisão da prática

pedagógica dos estudantes do ciclo de estudo nas escolas básicas e secundárias;

h) Colaborar na criação de uma parceria formal, estável, qualificada e

qualificante com estabelecimentos de educação básica e de ensino secundário;

2

Page 3: Regulamento mefil

3

1) Colaborar na definição de indicadores para a avaliação da prática de ensino

supervisionada, prevista no artigo 21° do Decreto-Lei n° 43/2007, de 22 de

Fevereiro.

5. A Comissão de Acompanhamento do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre

em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário é constituída pelo Director do ciclo de estudos,

que preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes do ciclo de estudos,

cooptados pelo Director do ciclo de estudos, ouvida a Comissão Científica.

6. À Comissão de Acompanhamento compete verificar o normal funcionamento do ciclo

de estudos.

Artigo 5.°

Duração do ciclo de estudos

O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino

Secundário tem 120 créditos ECTS e uma duração normal de quatro semestres curriculares

de trabalho dos estudantes, quando em regime de tempo integral.

Artigo 6.°

Organização do ciclo de estudos

1. O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino

Secundário organiza-se pelo sistema de créditos europeu (European Credit Transfer and

Accumulation System — ECTS) e integra:

a) Um curso de especialização, denominado curso de mestrado (não

conferente de grau), correspondente aos dois primeiros semestres e a um conjunto

de unidades curriculares que totalizam 60 créditos ECTS;

b) Um relatório de estágio, original e especialmente realizado para este fim, a

que correspondem 60 créditos ECTS.

2. Para a obtenção do grau de Mestre, o estudante deve perfazer um total de 120 créditos

ECTS.

Artigo 7.°

Regras sobre o ingresso no ciclo de estudos

1. As regras sobre o ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em

Ensino de Filosofia no Ensino Secundário obedecem ao estipulado nos artigos 10° e 11° do

Decreto-Lei n° 43/2007, de 22 de Fevereiro.

2. As condições e os critérios de verificação do domínio oral e escrito da língua

portuguesa, bem como as restantes condições de natureza académica e curricular de

candidatura, os critérios de selecção e seriação e ainda o processo de fixação e divulgação

3

Page 4: Regulamento mefil

4

das vagas e dos prazos de candidatura são da responsabilidade da comissão científica do

ciclo de estudos e devem ser conhecidas com, pelo menos, seis meses de antecedência

relativamente à data de abertura das candidaturas à frequência do ciclo de estudos.

Artigo 8.°

Regras específicas de ingresso no ciclo de estudos

1. As condições de candidatura para a especialidade prevista no Anexo do Decreto-Lei

no 43/2007 são as que estão previstas nos números 3, 4 e 5 do art. 110 do referido

documento legal.

2. Cabe ao órgão legal e estatutariamente competente da FLUP responsável pelo ciclo de

estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário

verificar, para efeitos de ingresso no mesmo, se os créditos de formação na área de

docência, exigidos aos candidatos nos termos do n° 3 do art° 11 do Decreto-Lei n° 43/2007,

correspondem às exigências do perfil específico de ensino em cada especialidade.

Artigo 90

Estrutura currícular do ciclo de estudos

O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino

Secundário integra:

a) Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de

unidades curriculares, denominado curso de mestrado (nao conferente de grau), a

que corresponde um mínimo de 50% do total de créditos ECTS do ciclo de estudos;

b) Um estágio de natureza profissional, constituído essencialmente pela

iniciação à prática de ensino supervisionada, objecto de relatório final, a que

correspondem 50% do total dos créditos ECTS do ciclo de estudo, respeitando o

mínimo de 4O% de créditos para a iniciação à prática profissional de acordo com o

art° 16°, ponto 8 do Decreto-Lei n° 43/2007;

c) O Regulamento Específico da Iniciação à Prática Profissional prevista no

artigo 2° do Decreto-Lei n° 74/2006, de 24 de Março, e do Decreto-Lei n° 43/2007,

de 22 de Fevereiro, encontra-se Anexo a este Regulamento geral.

Artigo 10.°

Orientação do estágio

1. A realização do estágio deve ser orientada por um ou dois professor(es) da

Faculdade de Letras da Universidade do Porto ou por especialista(s) de mérito reconhecido

pelo(s) órgão(s) competente(s) da unidade orgânica, ouvida a comissão científica do ciclo de

estudos conducente ao grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário, na área

4

1.

Page 5: Regulamento mefil

5

científica do domínio de docência.

2. A nomeação do orientador e do co-orientador, caso exista, será feita pelo órgão

estatutariamente competente da unidade orgânica sede do ciclo de estudos conducente ao

grau de mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário depois de ouvidos o estudante

de mestrado e o orientador a nomear.

3. As regras a observar na orientação encontram-se definidas no Regulamento

Específico da Iniciação à Prática Profissional, em Anexo.

Artigo 11.°

Júri de avaliação do relatório de estágio

1. Compete à comissão científica do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em

Ensino de Filosofia no Ensino Secundário a proposta de constituição do júri do relatório de

estágio, para aprovação pelo reitor, ou pelo vice-reitor ou director em quem o reitor

delegue.

2. O júri é constituído por 3 a 5 membros, incluindo o orientador ou o co-orientador,

com a seguinte composição:

a) Director do ciclo de estudos, que preside, podendo delegar nos termos

previstos no n° 4 do presente artigo;

b) Orientador(es) do estágio pedagógico;

c) Um ou dois professor(es) ou especialista(s) na(s) área(s) de docência em

que se insere o relatório de estágio.

3. Sempre que possível, pelo menos um dos membros do júri pertencerá a outra

instituição de ensino superior.

4. O director do ciclo de estudos poderá delegar a presidência do júri num professor ou

num investigador doutorado da área cientíl9ca do relatório, de preferência pertencente à

comissão científica do ciclo de estudos.

5. As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o constituem,

através de votação nominal justificada, não sendo permitidas abstenções.

6. Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de cada um dos

seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser comum a todos ou a alguns

membros do júri.

Artigo 12.°

Prazos para realização do acto público

1. O prazo limite para a entrega do relatório de estágio profissional, acompanhado do(s)

parecer(es) do(s) orientador(es), é o final do último semestre, quando em regime de tempo

integral.

5

Page 6: Regulamento mefil

6

2. O estudante deverá entregar seis exemplares do relatório e duas cópias em formato

digital.

3. O acto público de defesa do relatório de estágio terá de ocorrer até ao 900 dia depois

da sua entrega.

Artigo 13.°

Regras sobre as provas públicas

1. A discussão pública do relatório de estágio não pode ter lugar sem a presença do

presidente e da maioria dos restantes membros do júri.

2. O candidato iniciará a prova pela apresentação inicial do relatório de estágio, com

uma duração não superior a trinta minutos.

3. Na discussão pública subsequente, cuja duração nunca poderá exceder sessenta

minutos, deve ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos membros do

júri.

4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, compete ao presidente do júri

estabelecer, no início da prova, a ordem e duração concreta de cada uma das intervenções,

bem como resolver quaisquer dúvidas, arbitrar eventuais contradições, velar para que todos

os direitos sejam respeitados e garantir a dignidade do acto.

5. Ao relatório de estágio será atribuída uma classificação da escala numérica inteira de

O a 20, podendo ainda ser atribuída uma menção qualitativa nas classes previstas no art°

17° do Decreto-Lei n° 42/2005, de 22 de Fevereiro.

Artigo 14.°

Processo de atribuição da classificação final

1. Ao grau académico de mestre é atribuída uma classificação final, expressa no

intervalo 10-20 da escala numérica inteira de O a 20, com o seu equivalente na escala

europeia de comparabilidade de classificações, incluindo o percentil relativo aos últimos três

anos.

2. A classificação final é calculada pela média ponderada pelos créditos ECTS das

classificações obtidas nas unidades curriculares que constituem o plano de estudos e no acto

público de defesa do relatório de estágio, considerando o número de créditos ECTS em cada

unidade curricular.

3. As classificações quantitativas finais podem ser acompanhadas de menções

qualitativas, conforme previsto no art° 17° do Decreto-Lei n° 42/2005, de 22 de Fevereiro.

Artigo 15.°

Diploma do curso de mestrado

6

Page 7: Regulamento mefil

7

1. O curso de mestrado (não conferente de grau) (especialização correspondente ao

conjunto organizado de unidades curriculares e com o mínimo de 60 créditos ECTS), com

denominação diferente da do grau de mestre, pode ser titulado por um diploma ou certidão

de registo emitido pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

2. A emissão do diploma ou da certidão de registo a que se refere o número anterior é

acompanhada do respectivo suplemento ao diploma nos termos do Decreto-Lei n° 42/2005,

de 22 de Fevereiro, e dos artigos 39° e 40° do Decreto-Lei n° 74/2006, de 24 de r1arço,

alterado pelo Decreto-Lei n° 107/2008, de 25 de Junho, , e pelo Decreto-Lei n° 230/2009,

de 14 de Setembro.

3. Os prazos para emissão do diploma não poderão ultrapassar os 30 dias.

Artigo 16.°

Titulação do grau de mestre

1. O grau de mestre é titulado por uma certidão de registo emitida pela FLUP e/ou, se

requerida pelo estudante, por uma carta de curso emitida(s) pelo órgão legal e

estatutariamente competente da Universidade do Porto.

2. A emissão da certidão de registo e da carta de curso, é acompanhada da emissão de

um suplemento ao diploma elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei n°

42/2005, de 22 de Fevereiro.

3. A carta de curso, acompanhada do suplemento ao diploma, será emitida no prazo de

180 dias após a conclusão do ciclo de estudos.

4. As certidões de registo e o suplemento ao diploma serão emitidos até trinta dias

depois de requeridas.

Artigo 17.°

Propinas

A fixação do valor das propinas está sujeita ao definido no Regulamento de Propinas da

Universidade do Porto.

Artigo 18.°

Casos omissos

As situações não contempladas neste Regulamento seguem o preceituado no Decreto

Lei no 74/2006, de 24 Março, alterado pelos Decretos-Lei n° 107/2008, de 25 de Junho, e

230/2009, de 14 de Setembro, e demais legislação aplicável, sendo os casos omissos

decididos por despacho do reitor.

Artigo 19.°

7

Page 8: Regulamento mefil

8

Entrada em Vigor

O presente Regulamento entra em vigor logo que aprovado e publicitado nos termos

legais.

Page 9: Regulamento mefil

9

ANEXO

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL DO CICLODE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE

Mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário

1. A iniciação à prática profissional do ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre emEnsino de Filosofia no Ensino Secundário da FLUP integra o Estágio Pedagógico (Práticade ensino supervisionada, objecto de relatório final) e o Seminário Integrador, doravantedesignado Seminário.

2. A prática de ensino supervisionada (PES) organiza-se em leccionações (sessões lectivas)supervisionadas, em observações lectivas (às aulas do orientador e de colegasestagiários) e outras colaborações na docência e em seminários teórico-práticos, quedecorrem nas Escolas de Ensino Básico e/ou Secundário cooperantes.

2.1. As actividades de escola desenvolvidas pelos estagiários decorrem entre 1 de Setembroe 31 de Maio.

2.2. O trabalho de estágio desenvolvido pelos orientadores cooperantes decorre entre 1 deSetembro e 30 de Junho.

3. Os estagiários do ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Filosofiano Ensino Secundário da FLUP organizam-se em núcleos de estágio.

3.1.Os núcleos de estágio terão três estagiários, podendo, excepcionalmente, ser constituídopor um número inferior de estagiários.

3.2. Os núcleos de estágio funcionam habitualmente numa escola cooperante, embora, atítulo de excepção e por necessidade de formação, possam estar adstritos a duas escolascooperantes.

4. A orientação de cada núcleo de estágio é cometida a:4.1. Docentes da FLUP do ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de

Filosofia no Ensino Secundário (Orientadores);4.2. Docentes da escola cooperante onde decorre o estágio (Orientadores cooperantes);

4.3. O(s) orientador(es) da FLUP referido(s) em 4.1. reúnem, para coordenação dasactividades, com os orientadores cooperantes, pelo menos no início de cada ano lectivo,no início de Março e no mês de Junho.

5. São atribuições dos orientadores da FLUP:5.1. Coordenar a elaboração, a eventual reformulação e a implementação do plano de

formação de cada estagiário, garantindo a iniciação e o desenvolvimento profissionaldeste no quadro das potencialidades da(s) escola(s) cooperante(s), numa lógica deequidade e de co-responsabilização;

5.2. Desenvolver ciclos de formação constantes do plano de formação capazes de maximizaras potencialidades do estagiário (encontro pré-observação, observação propriamentedita, análise de dados/encontro pós-observação);

5.3. Aprofundar os saberes e as competências do estagiário (os conteúdos científicos dadisciplina, os conhecimentos pedagógico-didácticos, os saberes curriculares e astecnologias da educação);

5.4. Promover a dimensão analítica, reflexiva e interpessoal da formação inicial;5.5. Avaliar e classificar os estagiários dos diversos núcleos.

6. São atribuições dos orientadores cooperantes:6.1. Cooperar na elaboração do plano de formação de cada estagiário;6.2. Apoiar e orientar os estagiários na planificação das actividades escolares constantes do

plano de formação;

9

Page 10: Regulamento mefil

10

6.3. Coordenar as leccionações supervisionadas nas suas turmas de dois anos deescolaridade diferentes.

6.4. Observar os estagiários no desempenho das actividades de formação e proceder à suaanálise numa perspectiva reflexiva, formativa e de forma contínua;

6.5. Promover o reforço da cultura e actuação pedagógico-didáctica dos estagiários, quer de

forma individualizada, quer mediante acções e sessões de trabalho em que aquelesestejam directamente envolvidos;

6.6. Participar nas acções de formação destinadas a orientadores cooperantes programadas

pela FLUP;6.7. Participar nas reuniões de coordenação programadas pela FLUP;

7. Os orientadores cooperantes e os orientadores da FLUP têm de assistir a leccionaçõessupervisionadas do estagiário;

7.1. Os orientadores da escola assistem a todas as leccionações de cada estagiário - nomínimo o correspondente a quinze blocos de noventa minutos por cada estagiário;

7.2. As leccionações supervisionadas têm início em Novembro de cada ano lectivo.7.3. A assistência a leccionações supervisionadas por parte do(s) orientador(es) da FLUP

contempla, no mínimo, o correspondente a três blocos de noventa minutos por cadaestagiário, se possível em dois anos de escolaridade ou níveis diferentes;

7.4. As assistências referidas em 7.1. e 7.3. são previamente acordadas com os estagiários,devem constar do plano de formação e ser confirmadas com a antecedência mínima deuma semana.

8. Em cada núcleo de estágio e em cada disciplina são realizados, semanalmente, comhorário fixo, seminários teórico-práticos de acompanhamento pedagógico e didáctico,com vista a planificação, preparação e apreciação de actividades de estágio.

8.1. Os Seminários teórico-práticos têm uma carga horária mínima correspondente a umbloco de noventa minutos semanais e neles devem participar o orientador cooperante etodos os estagiários;

8.2. Dos Seminários teórico-práticos devem ser elaborados registos escritos, assinados portodos os participantes.

9. São atribuições de cada estagiário:9.1. Conceber o seu plano de formação;9.2. Prestar o serviço de regência docente que lhe for distribuído, de acordo com o plano de

formação, em turmas de anos de escolaridade diferentes;9.3. Assistir às aulas do orientador da escola e a aulas de regência dos outros estagiários do

núcleo, de acordo com o plano de formação, sendo obrigatória a assistência aocorrespondente a 40 blocos de noventa minutos, metade dos quais obrigatoriamente aaulas do orientador;

9.4. Realizar as outras actividades que constem do plano de formação;9.5. Participar em sessões de natureza científica, cultural e pedagógica realizadas no núcleo

de estágio, na escola ou na faculdade;9.6. Participar, na qualidade de observador, em reuniões de órgãos de gestão da escola

destinadas à programação e avaliação da actividade lectiva ou noutras em que oorientador da escola possa colaborar ou participar, desde que inscritas no âmbito doplano de formação;

9.7. Elaborar o seu portefólio de estágio pedagógico com vista à elaboração do relatório

final;9.8. Participar nas reuniões com o orientador, conforme horário e calendarização

estipulados;9.9. Independentemente das justificações para as ausências, cada estagiário deverá cumprir

pelo menos 75% das atribuições previstas (lectivas e outras);9.10. Conceber e redigir o seu relatório final de estágio.

Page 11: Regulamento mefil

11

10. A avaliação do trabalho de estágio que decorre na escola (Prática de ensino

supervisionada - PES) é da responsabilidade do(s) orientador(es):10.1. No mês de Setembro de cada ano lectivo será dado a conhecer, aos estagiários e aos

orientadores cooperantes, o Referencial de Avaliação específico para a(s) disciplina(s)

em que se realiza o estágio.10.2. A avaliação dos estagiários deve valorizar o empenho e a responsabilidade, o rigor e a

adequação (científica e didáctica), a reflexão, a sistematicidade e a progressão, acriatividade e a autonomia, incidindo sobre as seguintes dimensões:

10.2.1. Sentido de responsabilidade deontológica;10.2.2. Organização, gestão e realização do processo de ensino-aprendizagem, nas suas

componentes científica e pedagógico-didáctica;10.2.3. Iniciação ao desenvolvimento profissional ao longo da vida.10.3. No início de Março realiza-se uma avaliação intercalar qualitativa de cada estagiário;10.4. Em Junho tem lugar a avaliação e classificação da prática de ensino supervisionada.10.5. Para as avaliações dos estagiários a que se reportam os números anteriores são

necessariamente ouvidos:a) O orientador cooperante;b) O coordenador do departamento curricular ou o coordenador do conselho de docentes

da escola;c) O estagiário.

10.6. Considera-se reprovado na prática de ensino supervisionada o estagiário que obtenhaclassificação inferior a dez valores.

10.7. A classificação da prática de ensino supervisionada será expressa num número inteiroda escala de zero a vinte valores.

11. A classificação final da prática de ensino supervisionada não é passível de recurso oumelhoria de nota.

12. O Seminário Intecirador/de Acompanhamento é leccionado por docentes da FLUP e visapermitir ao estudante:

12.1. Aprofundar as suas competências científicas e pedagógico-didácticas;12.2. Estabelecer de forma coerente uma articulação entre a teoria e a prática, entre a

Formação Educacional Geral, a área disciplinar específica, a Didáctica Específica e aprática docente;

12.3. Desenvolver capacidades e atitudes conducentes a um desempenho profissionalreflexivo, problematizador, crítico e em permanente aperfeiçoamento;

12.4. Analisar, reflexivamente, experiências implementadas em cada Núcleo de Estágio;12.5. Realizar pequenos trabalhos práticos susceptíveis de aplicação na área disciplinar de

docência.

13. O Seminário de integração científico-pedagógica decorre nas instalações da FLUP aolongo de um ano lectivo, em sessões semanais únicas, com uma duração de três horascada.

13.1. A frequência do Seminário é obrigatória, regendo-se pelas normas em vigor na FLUPpara o regime de Avaliação Contínua, obrigando à presença em, pelo menos, 75% dassessões realizadas.

14. Os trabalhos de Seminário podem ser desenvolvidos em grupo ou a título individual, deacordo com o critério definido pelos docentes no início de cada ano lectivo.

14.1. Os docentes do Seminário devem esclarecer, junto dos elementos que integram estacomponente curricular, a estrutura e regras de funcionamento do mesmo.

14.2. Os docentes do Seminário devem estabelecer, de comum acordo com os inscritos, acalendarização das actividades.

15. Avaliação do Seminário:

11

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12

15.1. O Seminário funciona em regime de avaliação distribuída sem exame final.15.2. A avaliação do Seminário deve ter em linha de conta os seguintes parâmetros:15.2.1 Participação nas actividades desenvolvidas no Seminário ao longo do ano lectivo;15.2.2. Qualidade científica e pedagógico-didáctica dos trabalhos desenvolvidos.15.3. A classificação final do Seminário será expressa em número inteiro da escala de zero a

vinte valores.

16. A classificação final do Seminário não é passível de recurso ou melhoria de nota.

17. O relatório final de estádio é objecto de discussão pública por um júri nomeado pelaFLUP, nos termos do art° 110 do Regulamento Geral.

17.1. A sua orientação caberá a docentes da FLUP que estejam habilitados para tal nostermos da lei, designados pela Comissão Científica do ciclo de estudos. Admite-se aexistência de co-orientação por parte de professor(es) ou especialista(s) nas áreas dedocência em que se insere o relatório de estágio, nos termos do artigo 21° do Decreto-Lei no 74/2006, de 24 de Março, alterado pelo Decreto-Lei n° 107/2008, de 25 de Junho,e pelo Decreto-Lei n° 230/2009, de 14 de Setembro.

17.2. O relatório deve ser um texto original, inovador, actualizado sob o ponto de vistabibliográfico e correcto em termos de metodologia científica e domínio da língua. Deveráconfigurar-se como um trabalho de projecto individual de pesquisa-reflexão-acção de formaa estabelecer uma articulação entre a teoria e a prática.17.3. Contempla duas componentes essenciais:17.3.1.- Identificação/caracterização do problema/questão/ tema escolhido, directamenteassociado com a disciplina que leccionou, durante o estágio, com recurso a umafundamentação teórica actualizada;17.3.2- Proposta de uma prática docente relacionada com a superação do problema e/ou aimplementação da questão/ do tema escolhido, directamente relacionada com os programasdo Ensino Básico e/ou do Ensino Secundário da disciplina onde realizou estágio.

18. O relatório deve contemplar: nome do autor, título, dedicatória (facultativa), resumo(máximo de 1 página ou 350 palavras), agradecimentos (facultativos), sumário, introdução,capítulos(s) com enquadramento/identificação/caracterização do problema/questão/ temaescolhido; capítulo(s) com a proposta de uma prática docente relacionada com a superaçãodo problema e/ou a implementação da questão/ do tema escolhido; conclusões, referênciase bibliografia, anexos (facultativos e podendo aparecer em suporte digital — CD).

19. O Júri deve ter em conta os seguintes aspectos:a) Apresentação global;b) Apresentação e qualidade da informação e referências;c) Ortografia e outros aspectos gramaticais;d) Estrutura e desenvolvimento lógico;

e) Contextualização teórica actual, diversificada e fundamentada;f) Análise consistente do tema identificado, revelando originalidade, inovação e

actualidade nas fontes utilizadas:g) Clareza no resumo, na forma e no conteúdo.

19.1. Na Apresentação oral e discussão, deve considerar-se o seguinte:a) Organização e clareza na apresentação do conteúdo;b) Profissionalismo e atitude;c) Respeito pelo tempo concedido para a apresentação;d) Grau de segurança e confiança nas respostas dadas à arguição;e) Apresentação de exemplos adicionais relevantes para as respostas (se oportuno);f) Consistência e qualidade global das respostas dadas.

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20. São condições necessárias para a admissão à discussão pública do relatório:a) a aprovação no trabalho desenvolvido ao longo do estágio (PES);b) o(s) parecer(es) favorável(is) do(s) orientador(es) do relatório para permitir adiscussão pública.

20.1. O relatório será entregue até ao final do último semestre, quando em regime detempo integral.

20.1.1. Devem ser entregues na FLUP seis exemplares do relatório e duas cópias emformato digital.

20.2. A prova pública decorre de acordo com o disposto no art° 13° do Regulamento doCiclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino.

20.3. O júri atribui uma classificação de acordo com o ponto 5 do art° 13° do Regulamentodo ciclo de estudos.

§ único — Qualquer situação excepcional, relativamente ao prazo de entrega, só podeser decidida pelo director do ciclo de estudos, mediante requerimento do interessado.

21. Para o cálculo da classificação final da Iniciação à Prática Profissional é utilizada aseguinte fórmula:

Classificação Final do IPP = (Cl. Prática de Ensino Supervisíonada x 0,52) + (Cl. DeSeminário x 0,13) + (Cl. Relatório x 0.25) + (CI. Discussão x 0.10), sendo o resultadoarredondado às unidades.

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