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Renascimento, Humanismo e Classicismo

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Movimento cultural que se desenvolveu na Europa ao longo dos séculos

XV e XVI, com reflexos nas artes, nas ciências e em outros ramos da

atividade humana.

O Renascimento não surgiu em todos os pontos da Europa ao mesmo

tempo; as cidades italianas foram pioneiras neste movimento intelectual,

que em alguns países se estendeu até ao século XVII. O Renascimento

teve um outro grande centro na região da Flandres.

No centro da transformação intelectual renascentista encontra-se a

passagem de uma mentalidade teocêntrica (isto é, que colocava Deus no

centro da reflexão humana) a uma mentalidade antropocêntrica (que tinha

o homem como centro). Esta proposta correspondia a um reconhecimento

e a uma crença otimista nas capacidades e no valor do

ser humano, contrapondo-se à visão medieval do mundo.

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O termo Renascimento está ligado ao facto de, neste período, os eruditos

europeus terem voltado a sua atenção para as grandes obras da

antiguidade clássica, que consideravam terem sido esquecidas durante a

Idade Média. Nelas encontravam as raízes das questões básicas que

pretendiam desenvolver e respostas a alguns dos seus problemas. As

obras clássicas (na arquitetura, na literatura) eram também modelo para

as obras que pretendiam criar.

O interesse pela cultura clássica está fortemente ligado ao facto de o

Renascimento ter tido início em Itália, uma vez que nesse país os

vestígios das antigas civilizações eram, mais do que noutros locais da

Europa, abundantes. Ao mesmo tempo, as cidades comerciais italianas

alcançaram um grau elevado de riqueza; os seus príncipes criaram gosto

pelo luxo, pretendendo rivalizar entre si no embelezamento das cidades e

no brilho e animação das cortes, chamando a si artistas e figuras

intelectuais importantes. A estes apoiantes do desenvolvimento cultural

deu-se o nome de mecenas. 3/10

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Doutrina centrada nos interesses e valores humanos, sobrepondo-seestes a valores religiosos ou transcendentais.Num sentido mais restrito, o termo designa também um movimentointelectual europeu do Renascimento, que influenciou a cultura daépoca nas vertentes literária e artística. Caraterizou-se pelavalorização do espírito humano e por uma atitude crescentementeindividualista e inquiridora, a par de um grande interesse pelaredescoberta das obras artísticas e literárias da antiguidade clássica.Estabeleceu-se então o ideal do homem renascentista, que deveria sersimultaneamente um poeta, um erudito e um guerreiro. Erasmo é umexemplo do humanista renascentista.Nesta aceção, o humanismo teve origem nos estudos literários levadosa cabo nos séculos XIII e XIV por homens de letras como Petrarca. Naépoca, o humanismo ganhou maior peso com os estudos de textosliterários do passado, resultando na redescoberta, para o ocidente, dogrande acervo da literatura grega clássica.

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Termo cuja utilização se generalizou, ao longo do século XIX, paradesignar uma tendência estética, geralmente por oposição aomaneirismo e ao barroco, e, mais tarde, ao modernismo. O termoclassicismo é ainda, sob uma perspetiva histórica mais alargada, tidocomo abarcando também o barroco e o maneirismo, considerando-seque apenas o Romantismo introduz conceções artísticas radicalmentediferentes. O classicismo toma por modelos as formas, regras e temasda arte da antiguidade greco-romana (arte como imitação da natureza;cânones de proporção e medida, simetria, equilíbrio; importância damitologia). A sua linguagem formal, desenvolvida ao longo do séculoXVI e até finais do século XVIII, encontra paralelismos na pintura, naarquitetura e na literatura, sem, no entanto, corresponder a ummovimento unitário ou concertado no tempo ou no espaço.

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Poema narrativo ou ciclo de poemascujo tema é um grande feito -frequentemente a fundação de umanação ou a construção da unidadenacional -, que utiliza muitas vezestemas religiosos e cosmológicos.

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Para conhecermos a origem deste género literário, temos de

remontar à Grécia dos séculos IX a VII a.C., época provável da

composição dos poemas épicos a Ilíada e a Odisseia, atribuídos a

Homero.

A matéria destes dois poemas narrativos prende-se com a célebre

Guerra de Tróia. Segundo a tradição grega, Helena, a lindíssima

mulher do rei de Esparta (Menelau), foi raptada, na ausência do

marido, por Páris, filho do rei de Tróia. Para a reaver e punir este

rapto ultrajante, uma grande expedição de povos Aqueus (Gregos),

comandados por Agamémnon, rei de Micerias e irmão de Menelau,

pôs cerco a Tróia. Ao fim de dez anos de cerco, Tróia foi tomada,

graças à astúcia de Ulisses, e totalmente destruída.

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As peripécias desta guerra, contadas pelos que as viveram, fizeram

florescer numerosas narrativas épicas orais que mantiveram viva ao longo

de séculos, amplificada pela lenda, a glória de Heróis – Ulisses, Aquiles,

Heitor, Ajax, Eneias, …

A destruição de Tróia situa-se por volta dos séculos XIII ou XII a.C.

Decorreram pois alguns séculos entre os factos históricos e a elaboração

literária do conteúdo lendário saído desses factos.

A Ilíada e a Odisseia surgem, assim, como o ponto culminante de uma

longa e ininterrupta tradição oral (sempre presente ao poeta) e o seu mais

esplêndido fruto.

As história e heróis épicos eram tão populares

que os utensílios domésticos eram muitas vezes decorados com

elementos dessas histórias.

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O que é a Epopeia?

A epopeia é um género narrativo em verso.

Como qualquer narrativa, tem uma ação que envolve personagens situadas num

determinado espaço e tempo. No entanto, a narrativa épica tem caraterísticas

específicas.

No que chegou até nós da Poética de Aristóteles, filósofo grego do século III

a.C., encontramos algumas normas que devem presidir à elaboração de uma

epopeia:

- a ação épica deve ter grandeza e solenidade, deve ser a expressão do

heroísmo;

- o protagonista (rei, grande dignitário, herói), além da sua alta estirpe social,

deve revelar grande valor moral;

- o início da Narração apresenta-nos a ação já numa fase adiantada (“in mediares”);- a epopeia deve ter unidade de ação (para não quebrar essa unidade, as

narrações retrospetivas e profecias surgem frequentemente nas epopeias para

contar factos passados e futuros em relação à ação fulcral);

- os episódios não só dão à epopeia extensão como a enriquecem, sem quebrar

a unidade de ação;

- o maravilhoso deve intervir na ação da epopeia;

- o género épico utiliza o modo narrativo; o poeta narra em seu próprio nome ou

assumindo personalidades diversas;

- a intervenção do poeta, tecendo considerações em seu próprio nome, deve ser

reduzida.

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Narração

História de

Portugal

(plano encaixado)

Viagem de Vasco da

Gama

(plano fulcral)

Intervenção dos

deuses

(plano paralelo)

Narração histórica Narração mitológica

Para além destes três planos narrativos, há ainda o plano dasintervenções do poeta, normalmente situadas nos finais dos Cantos e queconstituem reflexões, críticas, lamentações, exortações.

CantoI

Canto II

Canto III

Canto IV

Canto V

Canto VI

Canto VII

Canto VIII

Canto IX

Canto X

Intervenção dos deuses

Viagem de Vasco da Gama

História de Portugal

Intervenções do poeta