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A comunicação está presente em praticamente quase todos os aspectos da vida, logo quando se nasce o individuo recebe uma palmada do médico que mais parece uma pergunta sobre a saúde do bebê, no que este chora em uma expressão que parece dizer “está tudo bem comigo!”. “manifestar nosso pensamento sobre o mundo, tanto nosso mundo subjetivo de sentimentos e desejos, como o mundo objetivo exterior a nós” (MARTINS 2003, p.30) Para Martin essa é capacidade da língua, importante meio que maximiza a comunicação entre pessoas e as ajuda expressar com mais detalhes seus pensamentos. Dentro da relação ensino-aprendizagem é interessante se notar que estão presentes, como não poderia ser diferente, aspectos ligados tanto a língua, quanto a interação, que poderiam ser sintetizados como comunicação. É interessante dizer ainda, que a dita relação ensino-aprendizagem não possui mais, como se pensava ou ainda pensam alguns teóricos, uma função predefinida, ou seja, tanto o professor ensina e aprende, quanto o aluno aprende e ensina. O professor e o aluno não são mais emissores e receptores, mas agora são co-enunciadores que constroem juntos o processo ensino aprendizagem. Sendo assim o professor é visto como se fosse um agricultor que semeia e acompanha o crescimento de uma planta, podando quando necessário e dando subsídio quando perceber que o processo não está seguindo da forma adequada. Esta parábola demonstra a função do professor como provocador e não como “dador de aula”. Este levanta os questionamentos, começa a construção do saber esperando que os alunos interajam para que esse processo seja efetivo. E as formas para que esta interação

resumo

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Page 1: resumo

A comunicação está presente em praticamente quase todos os aspectos da vida, logo

quando se nasce o individuo recebe uma palmada do médico que mais parece uma pergunta

sobre a saúde do bebê, no que este chora em uma expressão que parece dizer “está tudo bem

comigo!”.

“manifestar nosso pensamento sobre o mundo, tanto nosso mundo subjetivo de

sentimentos e desejos, como o mundo objetivo exterior a nós” (MARTINS 2003, p.30) Para

Martin essa é capacidade da língua, importante meio que maximiza a comunicação entre

pessoas e as ajuda expressar com mais detalhes seus pensamentos.

Dentro da relação ensino-aprendizagem é interessante se notar que estão presentes,

como não poderia ser diferente, aspectos ligados tanto a língua, quanto a interação, que

poderiam ser sintetizados como comunicação. É interessante dizer ainda, que a dita relação

ensino-aprendizagem não possui mais, como se pensava ou ainda pensam alguns teóricos,

uma função predefinida, ou seja, tanto o professor ensina e aprende, quanto o aluno aprende

e ensina. O professor e o aluno não são mais emissores e receptores, mas agora são co-

enunciadores que constroem juntos o processo ensino aprendizagem.

Sendo assim o professor é visto como se fosse um agricultor que semeia e acompanha

o crescimento de uma planta, podando quando necessário e dando subsídio quando perceber

que o processo não está seguindo da forma adequada. Esta parábola demonstra a função do

professor como provocador e não como “dador de aula”. Este levanta os questionamentos,

começa a construção do saber esperando que os alunos interajam para que esse processo seja

efetivo. E as formas para que esta interação seja alcançada não podem engessadas, elas

devem ser mutáveis e abertas a adaptações a depender dos alunos envolvidos.

Assim é necessário que o professor na sua função de intermediador, torne a sala de

aula um espaço de interação e construção mútua de conhecimento. Para tanto, agregar novas

metodologias para o ensino da língua que motivem a leitura e a produção de texto na sala de

aula. Um exemplo é a experiência relatada pelo artigo da professora Claudia Vanessa Bergoni,

onde relata e propõe metodologias interessantes para o ensino da língua e produção de

textos, pois por meio de histórias em quadrinhos obteve resultados satisfatórios quanto à

produção de textos dos alunos que com muita criatividade criaram um final para a história que

ficara em aberto. A partir de experiências como a dessa professora pode-se perceber que tudo

é uma questão de encontrar metodologias que incentivem aos alunos e os faça perceber que a

língua ou a linguagem é bem mais que regras e normas, mas que se pode criar, imaginar e

expressar uma opinião , uma ideia. E para o professor essa criação por parte dos alunos torna-

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se um meio de detecção de possíveis lacunas ou até mesmo valores a ser desenvolvidos. Para

tanto é interessante que o professor tenha sensibilidade e flexibilidade para a construção de

um plano de aula mutável, mas que agregue todos os conhecimentos necessários.

Outro aspecto a ser lembrado é a importância que tem o ensino da língua portuguesa,

pois é a partir desse conhecimento que todos os outros podem e são construídos. Apesar de

parecer óbvia essa conclusão, é interessante que se perceba que a língua perpassa todos os

outros conhecimentos e sem um conhecimento suficiente dela, acaba-se por mirrar todos os

demais conhecimentos.

Ademais, já que a língua é um conhecimento que é repassado desde muito cedo por

vários canais, é interessante ressaltar que não se pode ignorar o conhecimento anterior ao da

sala de aula, pois isso pode causar um distanciamento aluno/professor. É óbvia a necessidade

de se transmitir a norma culta, mas sem coloca-la como superior a língua falada no cotidiano.

Deve-se, portanto, utilizar esse conhecimento anterior- conhecimento do aluno – para

fundamentar o novo conhecimento.

Todas essas sugestões visam demonstrar que a construção mútua é muito mais

benéfica, tanto para o aluno quanto para o professor do que aqueles métodos decorebas

outrora praticados. O professor que interage tem o benefício de uma aula mais atrativa,

menos cansativa e uma atenção maior dos alunos; os alunos em contrapartida tem seu

conhecimento maximizado e tornam-se mais críticos, aprendendo que também tem

conhecimentos a partilhar.

REFERÊNCIAS:

BERGAMINI, Claúdia Vanessa. “Concepções de linguagem e ensino de língua

portuguesa: uma abordagem em sala de aula”; Disponível em: <

http://www2.unopar.br/sites/cantodasletras/complementos/claudia_vanessa_bergamini.pdf

> acesso em 07 de setembro 2012.