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AGRUPAMENTO de ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES CÓDIGO – 170719 TESTE INTERMÉDIO DE HISTÓRIA 9º ANO RESUMOS TEÓRICOS CONTEÚDOS: A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA.( 7º ano) A Península Ibérica: Dois mundos em presença- a formação dos reinos cristãos no processo da Reconquista. Localização no espaço: 1

Resumos Teóricos Teste Intermédio História 9ºano 2013

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A mnha professora de história elaborou este resumo e, como ela não fez upload eu decidi compartilhar. Este resumo é composto por textos informativos e imagens. Serve de prepara para o teste intermédio e história 9ºano de 2013 (apenas está de acordo com a matriz do ano de 2013). BOA SORTE ;)

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AGRUPAMENTO de ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES

CÓDIGO – 170719

TESTE INTERMÉDIO DE HISTÓRIA 9º ANO

RESUMOS TEÓRICOS

CONTEÚDOS:

A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA.( 7º ano)

A Península Ibérica: Dois mundos em presença- a formação dos reinos cristãos no processo da Reconquista.

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PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XVII E XVIII ( 8º ano)

Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens- o Antigo Regime português na primeira metade do século XVIII.Localização no espaço:

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A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX.

Hegemonia e declínio da influência europeia- Primeira Grande Guerra; as transformações económicas do pós- guerra no mundo ocidental. ( 9º ano)

O IMPERIALISMO E O COLONIALISMO; A PARTILHA DO MUNDOO movimento da Revolução industrial durante o século XX teve o seu arranque em Inglaterra, difundindo- se depois por outros países da Europa, como a Alemanha, a França e a Bélgica.Na sequência desse movimento industrializador , a Europa era, no início do século XX, o continente mais desenvolvido, detendo a hegemonia mundial, não só ao nível económico, mas também cultural e político.Os países europeus possuíam colónias em várias zonas do globo. Contudo, para além das potências europeias, começava a verificar- se a ascensão dos EUA e do Japão que, no início do século XX, competiam com o « velho continente» na conquista dos mercados mundiais. O desenvolvimento da industrialização e crescente concorrência entre as potências europeias levou- as a procurar matérias- primas cada vez mais baratas e, sobretudo, novos mercados para escoar os seus produtos. Por isso, procuravam dominar cada vez mais territórios, gerando- se, assim, uma nova vaga de colonialismo, assente no poder económico dos países mais ricos sobre os mais pobres.A esta corrida cada vez maior dos países industrializados na tentativa de submissão do Universo à sua língua e aos seus costumes, ou seja, na conquista de novos territórios e no aumento das suas áreas de influência sobre os países subdesenvolvidos, chama- se imperialismo. Baseados no racismo, os países europeus julgavam então ter o direito a conquistar e subordinar territórios menos desenvolvidos.

O continente africano foi um dos mais disputados no que diz respeito ao Imperialismo das potências europeias, particularmente devido à riqueza que possuía ao nível das matérias- primas.Por essa razão, os conflitos provocados pela posse de territórios africanos tornaram- se frequentes. O chanceler alemão Bismarck decidiu então convidar os países com interesses em África, entre eles Portugal, para se reunirem numa Conferência, em Berlim, 1884-85.

A Conferência de Berlim decidiu o princípio da ocupação efetiva dos territórios em África, isto é, esses territórios pertenciam aos países que os ocupassem de facto, ou seja, deixava de prevalecer o direito histórico, o direito de descoberta.Se este princípio protegia os interesses das grandes potências europeias, prejudicava, por outro lado, países como Portugal, que não possuíam capacidades , quer económicas quer humanas, para uma ocupação efetiva dos territórios.Para afirmar a sua presença em África, Portugal organizou expedições militares para Angola e Moçambique, pretendendo mesmo ocupar a vasta

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zona entre as duas colónias, unindo- as, como ilustra o conhecido mapa cor de rosa.Mas este projeto, formar um domínio que unisse Angola e Moçambique, colidia com os interesses de Inglaterra, que pretendia estabelecer um império britãnico que o Cairo ao Cabo.Neste contexto, a 11 de Janeiro de 1890, a Inglaterra enviou ao Governo Português um ultimato, exigindo a retirada portuguesa do território entre Angola e Moçambique.Portugal cedeu a estas exigências, o que causou o descontentamento na sociedade portuguesa, colocando em causa o poder e a credibilidade do rei D. Carlos.

A Primeira Grande GuerraPara além da disputa pela posse de colónias, ou seja, de mercados noutros continentes, no início do século XX, agudizaram- se os valores do nacionalismo nos países europeus, isto é, os valores da exaltação patriótica que glorificavam o passado e os valores nacionais, o que aumentou o clima de rivalidades políticas na Europa.Assim, entre as potências europeias, sentiam- se vários focos de tensão:

A Alemanha disputava a supremacia na Europa e a posse de territórios com a França e a Grã- Bretanha;

A França ambicionava recuperar a Alsácia e a Lorena, ganha pela Alemanha na guerra Franco- Prussiana ( 1870-71);

A Itália reclamava os territórios a norte da Península Itálica e no Império Austro- Hungaro e ambicionava ocupar novas terras em África;

Nas Balcãs, sentia- se o principal foco de tensão europeu; os povos dessa região desejavam tornar- se independentes do Império Austro- Hungaro, mas deparavam- se com a oposição da Sérvia , que era apoiada pela Rússia, interessada em ter acesso ao mar Mediterrâneo.Estes e outros conflitos localizados criaram um clima de insegurança que conduziu à formação de duas alianças políticas: a Tríplice Aliança ( 1882) , constituída pela Alemanha, Austro- Hungria e Itália; e a Tríplice Entente( 1907) constituída pela Grã- Bretanha, França, Rússia e, mais tarde, a Itália.Embora a paz se mantivesse ainda durante algum tempo, vivia-se na Europa um clima de « paz armada », durante o qual os dois blocos corriam aos armamentos.Este clima de tensão agravou- se quando. Em 1914, o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono Austro- Hungaro, foi assassinado por um estudante sérvio.A Áustria responsabilizou o governo sérvio pelo atentado e, com o apoio da Alemanha, declarou guerra à Sérvia, que tinha a Rússia a seu lado. Era o início da Primeira Guerra Mundial, com declarações mútuas de guerra entre os países membros das mencionadas alianças. Formava- se assim, o Bloco das Potências Centrais( países menbros da tríplice Aliança) e o Bloco dos Aliados ( países membros da Tríplice Entente).

AS FASES DA GUERRAAs tropas de ambos os blocos partiram para este conflito seguras de si, confiantes numa rápida vitória sobre o inimigo. Mas a guerra veio a durar vários anos e, na Europa, os dois blocos confrontaram- se em três frentes:

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• FRENTE OCIDENTAL- do mar do Norte à fronteira norte da Suíça e desta ao mar Adriático;

• FRENTE ORIENTAL- do mar Báltico ao mar Negro;• FRENTE BALCÂNICA- do mar Adriático à Turquia.

Esta guerra conheceu diferentes fases. De início os alemães pensaram dominar a França em pouco tempo, realizando para isso movimentos rápidos. Nesta fase da guerra( Guerra dos Movimentos), a Alemanha conseguiu ocupar quase toda a Bélgica e marchou sobre Paris, mas foi travada pelos franceses na Batalha de Marne.

Depois deste período de avanços rápidos de ambos os lados, a partir de 1915, os países beligerantes estabilizaram as posições e passaram a defender as regiões já ocupadas, impedindo- se de avançar mutuamente.. Para se protegerem do inimigo, as tropas de cada um dos lados do confronto escavaram uma extensarede de vales e abrigos – as trincheiras- onde os soldados viveram sem qualquer tipo de higiene, dando origem a um elevado número de mortos. Foi a fase da guerra das trincheiras.

Foi também nesta fase que a guerra adquiriu contornos mais dramáticos, devido ao uso de artilharia, cada vez mais pesada e mortífera: carros blindados, submarinos, tanques, canhões de grande alcance e, já no final da guerra, os aviões. Foi ainda um período marcado pelo uso de armas químicas, como os gases tóxicos.

A mundialização do conflito e a vitória dos Aliados

Em 1916, Portugal entrou na guerra ao lado dos Aliados, devido, sobretudo, aos ataques alemães às colónias africanas portuguesas. Mas a entrada de Portugal na guerra é apenas um esemplo da mundialização que o conflito atingia: muitos outros países, como a Bulgária e o Império Turco( do lado das Potências Centrais), a Itália , a China, o Brasil, ou o Japão( Bloco dos Aliados), entre outros, aderiram ao conflto.

Em 1917, a 1ª Guuerra Mundial conheceu momentos decisivos:

Os EUA decidiram entrar no conflito, ao lado dos Aliados, sobretudo devido aos ataques alemães aos navios americanos que abasteciam, de mantimentos e armas, os Aliados. A sua entrada favoreceu muito este bloco, reforçando- o com cerca de um milhão de soldados e com um poderoso armamento. Fortalecidos, os Aliados avançaram novamente – foi o regresso à guerra de movimentos;

A Rússia decidiu nesse mesmo ano, após a vitória comunista retirar- se do conflito, assinando, com a Alemanha, o Tratado de Brest- Litosvk( 1918).

Em 1918, os Aliados lançaram a sua ofensiva decisiva. A Alemanha, isolada devido à progressiva rendição dos países do seu bloco, solicitou o fim do conflito e, a 11 de Novembro de 1918, foi assinado o armistício. Ou seja, suspensão das operações militares . Era o fim da Primeira Guerra Mundial.

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A PAZ PRECÁRIA – O TRATADO DE VERSALHES

Em 1919, na Conferência de Paz, os países vencedores reuniram- se e estabeleceram a nova ordem europeia. entre os vários tratados assinados, destaca- se o Tratado de Versalhes, no qual a Alemanha, considerada responsável pelo conflito, foi profundamente visada:

Restitui os territórios de Alsácia e Lorena á França; Entrega das suas colónias aos países vencedores; Pagamento de pesadas indemnizações aos países ocupados durante a

guerra; Redução do armamento e o seu exército; Desmilitarização das margens esquerda e direita do rio Reno num raio de

50 km .

Além do Império Alemão, também os Impérios Austro- Hungaro, Russo e Otomano foram desmembrados, dando origem a um conjunto de novos Estados, que, na sua maioria, democracias parlamentares.

A SOCIEDADE DAS NAÇÕES

A Sociedade das Nações ( SDN), criada no contexto do após- guerra, era uma organização internacional com sede em Genebra, que se propunha:

Salvaguardar a paz e as relações internacionais; Defesa do direito à autodeterminação dos povos; Apelo ao desarmamento; Cooperação económica, social e cultural entre os países; Protecção da minorias nacionais.

Apesar das intenções, a SDN não conseguiu atingir os seus objetivos, como comprovou o eclodir da Segunda Guerra Mundial. Este fracasso em muito se deveu ao facto dos EUA se terem recusado a aderir a esta organização e da Alemanha ter sido excluída da mesma, na sua fase inicial.

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As transformações económicas do pós- guerra no mundo ocidental.

No final da 1ª Guerra Mundial, a Europa estava profundamente afetada e destruída. Para além do elevado número de mortos e feridos , nos países envolvidos no conflito , as fábricas, os campos de cultivo, as vias de comunicação , entre outros exemplos, estavam destruídos. O continente europeu atravessava uma crise económica e assistiu ao consequente aumento do desemprego.A Europa estava ainda numa situação de devedora, dadas as elevadas dívidas contraídas para pagamento de despesas durante a guerra, nomeadamente em armamento.Com a crise industrial e agrícola , a produção de bens não era suficiente para a procura, surgindo uma inflação galopante., ou seja, um aumento generalizado dos preços.Era, assim, o fim da supremacia do continente europeu.A ASCENSÃO DOS EUAAo fim da supremacia europeia opôs- se a ascensão dos EUA, que saíram do primeiro conflito mundial reforçados, tornando- se a primeira potência económica do mundo.Os EUA não sofreram, no seu território, os efeitos destruidores da guerra e, por isso, as suas atividades económicas não foram afetadas como no caso europeu.Na realidade, os EUA passaram a ser abastecedores da Europa, durante a guerra , em matérias- primas e bens de consumo, e concederam empréstimos a este continente, que se tornou economicamente seu dependente. O MODELO AMERICANO : PRODUÇÃO EM MASSA E CRESCIMENTO ACELERADOEntre 1922 e 1929, os EUA conheceram uma era de prosperidade, que se deveu, sobretudo, ao surgimento de métodos de produção em massa, ou seja,de produção em grande escala:TAYLORISMO- desenvolvido por Frederick Taylor, este modelo consistia na divisão do trabalho em tarefas simples e rápidas, executadas repetidamente pelos mesmos operários. Assim, o trabalhode produção de uma peça era feito em cadeia, sendo cada operário especializado numa das fases desse trabalho;ESTANDARDIZAÇÃO- produção em série das mesmas peças através de modelos uniformizados.Esta forma de trabalho foi aplicada, pela primeira vez, por Henry Ford, fabricante de automóveis ; daí este modelo ficar conhecido por fordismo.Para incentivar o aumento de produtividade, atribuíam- se prémios de produção , nomeadamente aumento de salários.Assim, no seio da economia americana, aumentava a competitividade e uma das consequências deste facto foi a concentração de empresas, dando origem a monopólios , ou seja, sociedades que controlavam setores de produção, desde a extração das matérias- primas à comercialização do produto final.Este ambiente de prosperidade deu origem aos loucos anos 20, época de divertimento e adoção de novos hábitos, como a frequência de clubes noturnos, prática de novas danças, entre outros exemplos.

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No entanto, era uma prosperidade frágil ... Os EUA e o Mundo conheceram, no final da década de 20, uma grave crise económica.

Sociedade e cultura no mundo em mudança- mutações na estrutura social e nos costumes.Peso crescente das classes médiasNas primeiras décadas do século XX, nos países industrializados ocidentais, o sector secundário continuou a desenvolver- se, bem como o sector terciário, em especial os serviços. A população continuou a abandonar os campos e a fixar- se nas cidades. Este progresso foi apenas interrompido pela 1ª Guerra Mundial. Estas transformações económicas tiveram repercussões na sociedade deste período, isto é, foram responsáveis pelo crescimento da classe média e pequena burguesia. Estes grupos sociais, residentes nas cidades, possuíam instrução e passaram a desempenhar um papel de relevo na sociedade de então. Por isso, os partidos políticos aspiravam ter o apoio da classe média, já que era esta classe que influenciava a opinião pública.Nas primeiras décadas do século XX , o Mundo ocidental assistiu então a transformações políticas, sociais e culturais, tendo sido a classe média responsável por muitas delas.Os loucos anos 20 Os quatro anos de guerra que a Europa enfrentou, entre 1914-1918, transformaram a forma de sentir e de pensar da sociedade de então.Durante o primeiro conflito mundial, as pessoas conviveram diariamente com a morte, com os feridos, com a destruição...No final da da I Guerra Mundial, as populações queriam esquecer o pesadelo que tinham vibido e, sobretudo, desejavam aproveitar intensamente cada minuto da sua vida.Iniciaram- se os loucos anos 20, primeiramente nos EUA, depois na Europa. A «fúria de viver», a obsessão em gozar e aproveitar ao máximo a vida atingiram o seu auge na década de 20 do século XX; por isso, se designa este período de loucos anos 20.Assim, a vida noturna nas cidades adquiriu uma grande importância : os cafés, restaurantes e outros espaços públicos de convívio multiplicaram- se. Os burgueses frequentavam ainda os cabarés, onde dançavam ao ritmo do charleston, foxtrot, da rumba e do tango, e escutavam jazz.A moda tornou- se mais prática, cómoda e alegre. As mulheres passaram a usar soutien, que substituiu o incómodo espartilho, as saias tornaram- se mais curtas, e o corte de cabelo da moda passou a ser à garçonne. Os homens usavam peças de vestuário mais desportivas.Na década de 20, surgiu o gosto pelos automóveis e aviões, bem como pelo desporto.

A emancipação feminina As mulheres que até à I Guerra Mundial tinham estado arredadas do mercado de trabalho viram esta situação alterar- se com a ocorrência deste conflito. Durante a guerra, os homens estavam a combater e foram as mulheres que assumiram muitos postos de trabalho e sustentaram a família.Consequentemente, após o primeiro conflito mundial, as mulheres aperceberam- se do papel fundamental que desempenhavam na sociedade. Os movimentos feministas lutam então pela igualdade de direitos entre sexos. A luta das mulheres para igualar os seus direitos com os homens e o desejo de se emanciparem e afirmarem designa- se feminismo.

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No início do século XX, surgiram os movimentos sufragistas.A emergência da cultura de massasNa década de 20 do século XX, assistiu- se ao aparecimento da cultura de massas, ou seja, uma cultura acessível a um grande número de pessoas, ao grande público. A cultura de massas opôe- se à cultura de elite ou cultura clássica, reservada para uma parte restrita da sociedade. Várias foram as razões que proporcionaram o aparecimento da cultura de massas:

- O progresso dos meios de transportes e de comunicação que se verificava desde o século XIX;

- A expansão da classe média que detinha um certo grau de instrução;

- A redução do horário de trabalho, que proporcionou o aumento dos tempos livres, fazendo com que as pessoas tivessem mais tempo para dedicar à cultura;

- O aumento do número de pessoas alfabetizadas.

Foram os mass média , isto é, os meios de comunicação acessíveis a uma grande parte da população ( imprensa, rádio e cinema), que proporcionaram a divulgação, a difusão da cultura de massas.

Graças ao aumento do número de pessoas alfabetizadas, o número de leitores da imprensa cresceu significativamente. Deste modo, os jornais diários multiplicaram as suas tiragens e surgiram outros jornais e revistas. As revistas ilustradas alcançaram um grande sucesso neste período, com especial destaque para as bandas desenhadas que atraíam, sobretudo , os mais jovens.(Super-Homem, Tintin, Tarzan, Mickey).

Também o livro conheceu uma grande procura, tendo surgido novos estilos literários: livros policiais e de aventuras, romances «cor de rosa», estes últimos bastante apreciados pelas mulheres.

O rádio assumiu- se, neste período, como um importante meio de comunicação : transmitia os teatros radiofónicos e novos géneros musicais, como o jazz, transmitia as notícias, informando as populações, publicitava diversos produtos, apelando ao consumo e, na década de 30, foi mesmo um importante meio de propaganda política.

Desta forma, a imprensa e a rádioconstituíram- se nos anos 20, como poderosos meios de formação da opinião pública.

Contudo, foi o cinema que mais fascínio causou ao grande público conseguindo aliar o poder da imagem ao som. O cinema assumia, já nessa altura, simultaneamente, o caráter de arte, divertimento e indústria que, neste período, era já bastante rentável, sendo Hollyood( Los Angeles, EUA), a capital da indústria cinematográfica.

As massas também passaram a ter acesso ao desporto. O futebol era, sem dúvida, na Europa, o desporto que mais fazia vibrar o grande público, era o desporto das multidões.

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DA GRANDE DEPRESSÃO À II GUERRA MUNDIAL

As dificuldades económicas dos anos 30- a grande crise do capitalismo.

A GRANDE CRISE DO CAPITALISMO

A crise de superprodução

Os anos 20 foram marcados pela euforia e fúria de viver,sobretudo como uma forma de escapar às duras memórias da 1ª Grande Guerra.

Este otimismo fez- se sentir particularmente nos EUA, onde a economia deu sinais de prosperidade. Nesse contexto, milhares de pessoas investiram na Bolsa, subindo o valor das ações para avultadas quantias que, na realidade, não correspondiam ao lucros reais das empresas onde investiam. Assim, vivia- se um período de especulação bolsista.

Quanto à Europa,saiu bastante destruída do 1º conflito mundial, nomeadamente na área industrial, recorrendo, por isso, a um grande número de importações dos EUA . Contudo, ao longo dos anos 20, o continente europeu começou a dar sinais de recuperação económica e a recorrer, por isso, cada vez menos aos produtos americanos.

Mantendo os níveis de produção agrícola e industrial elevados e ocorrendo, uma diminuição do consumo, surgiu um grave problema de superprodução, acabando os produtos americanos por se acumularem em stocks.

É este contexto que justifica que a economia americana tenha entrado num período de deflação, isto é, um período de baixa generalizada de preços e de uma queda nos lucros das empresas. Como consequência, os salários dos trabalhadores foram reduzidos e houve mesmo um aumento do desemprego.

O crash da Bolsa de Nova York

O sentimento de que a crise descrita se estava a instalar começou a difundir- se e os investidores bolsistas procuraram vender as suas ações, temendo a redução drástica dos seus valores.

O pânico começou a sentir- se e, no dia 24 de Outubro de 1929, a conhecida « quinta feira negra», cerca de 13 milhões de ações foram postas à venda na Bolsa de Nova York, sem encontrarem comprador – foi o crash de Wall Street.

Milhares de acionistas ficaram totalmente arruinados, levando obviamente, à falência de muitos bancos que não conseguiam reaver os empréstimos realizados, conduzindo também à falência de muitos bancos que não conseguiam reaver os empréstimos realizados , conduzindo também à falência de empresas que dependiam de crédito bancário.

Podemos então concluir que a estagnação do consumo e a especulação bolsista foram os dois principais motivos que justificaram a profunda crise de 1929 nos EUA, que se iria mundializar. Iniciava- se assim um período de depressão económica.

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A MUNDIALIZAÇÃO DA CRISE

Esta crise rapidamente se mundializou, atingindo quer os países industrializados ( com excepção da URSS que seguia um modelo económico diferente), como os subdesenvolvidos, sobretudo devido a dois fatores determinantes:

A retirada dos capitais americanos investidos na Europa, o que deixou este continente com menor suporte financeiro, levando à falência de muitos bancos e, consequentemente, de inúmeras empresas que dependiam da banca;

A retração do comércio internacional , uma vez que, com a crise, , muitos países adotaram medidas protecionistas, reduzindo drasticamente as importações, afetando muitos países industrializados que não conseguiam escoar a sua produção para o exterior e, por outro lado, afetando também os países subdesenvolvidos , que não conseguiam exportar as matérias- primas, perdendo assim a fonte principal do seu lucro.

Toda esta situação económica conduziu a uma grave crise social, provocada em muito pela falência das empresas e pelo consequente aumento do nnúmero elevadíssimo de desempregados.Para além dos operários, também os camponeses, sem conseguirem vender os seus produtos, ficaram na miséria. Por outro lado, a classe média viu drasticamente reduzidos os seus rendimentos, declarando a falência das suas pequenas empresas.

AS RESPOSTAS À CRISEO New Deal americanoOs EUA foram o primeiro país a realizar um plano de recuperação económica- o New Deal- lançado em 1932, pelo presidente americano Franklin Roosevelt ( inspirado nas teorias do economista inglês John Keynes).O presidente dos EUA acreditava que o plano de recuperação para a crise devia centrar- se , antes de mais, na redução do número de desempregados, de forma a voltar a subir os níveis de consumo , revitalizando assim as empresas e o setor agrícola que conseguiriam escoar os seus produtos. Para conseguir estes objetivos, este plano económico defendia uma forte intervenção do Estado na economia.

PRINCIPAIS MEDIDAS DO NEW DEAL

CARÁCTER ECONÓMICO• Financiamento de grandes obras públicas ( estradas, escolas, barragens...) , para combater o desemprego;• Indeminização aos agricultores para que reduzissem as áreas de cultivo, de modo a diminuir a produção;•Concessão de subsídios às empresas com dificuldades.•Para controlar a produção industrial, foram estabelecidos limites para essa produção e controlados os preços de venda.

CARÁCTER SOCIAL• Estabelecimento do salário mínimo•Concessão de subsídios de desemprego, de doença e de velhice.• Limitação do horário de trabalho em 40 horas semanais para proporcionar novos postos de trabalho.

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Com a concretização deste plano económico, do qual se destacam as medidas acima descritas, os EUA conseguiram superar a grave crise económica e social em estudo.

Entre a ditadura e a democracia- os regimes fascistas e nazi. O crescimento dos movimentos de extrema- direita.As democracias liberais europeias, no período após- guerra, defrontaram- se com graves problemas, entre os quais se destacam os seguintes:

A crise de caráter económico, que abalou a maioria dos países europeus, na sequência do 1º conflito mundial, e conduziu a uma social ( aumento do desemprego e redução do nível de vida de vastos setores da sociedade) . Apesar dos esforços, protagonizados pelas democracias parlamentares, as dificuldades económicas e sociaismantinham- se e as populações , de um modo geral, responsabilizavam o poder político pela situação instável e precária que viviam. Quando a questão da instabilidade económica parecia estar ultrapassada, a Europa foi afetada pela crise de 1929.

A vitória da revolução socialista na Rússia que assustou, sobretudo, o setor burguês, que passou a apoiar a extrema- direita ( de forma a impedir o avanço do comunismo).

Foi neste contexto que surgiram, entre os anos 20 e 30 do século XX, regimes ditatoriais de extrema- direita , que prometiam uma liderança forte e a resolução eficaz dos problemas que assombravam as sociedades europeias.

Estes regimes apoiaram a sua ação e expansão no recurso à propaganda e à violência.

Um dos países que adotou este tipo de regime foi a Itália, que instaurou o fascismo. Posteriormente, esta denominação passou a ser utilizada para caracterizar, genericamente, os regimes de extrema- direita que apresentassem semelhanças com o regime italiano.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO FASCISMO

Corporativismo- criação de associações , entre trabalhadores e patrões, de forma a mediar os interesses de ambos e ultrapassar os conflitos.

Totalitarismo- defesa da primazia total do Estado ( forte e disciplinado) sobre o indivíduo, o que conduziu a um desprezo pelas liberdades individuais.

Nacionalismo- exaltação dos valores nacionais, recorrendo à propaganda, apelando ao regresso a um passado histórico, com o objetivo de promover a união nacional.

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Imperialismo- desejo de alcançar o domínio político sobre outros países como sinal de superioridade e poder.

Militarismo- organização de milícias armadas – oa camisas negras- que perseguiam de forma violenta os militantes de esquerda e grevistas.

Culto da personalidade- defesa de que o chefe era alguém a quem se devia obedecer, pois era o guia, o salvador da Nação.

«Acreditar, Obedecer, Combater»

Partido Nacional Fascista- existência de um partido único, no seio do qual eram escolhidos os dirigentes políticos.

Violência e repressão.

A CONSOLIDAÇÃO DO FASCISMO EM ITÁLIAO período do após- guerra em Itália foi marcado por profundas dificuldades, com uma grave crise económica que conduziu a uma forte agitação social. A classe trabalhadora vivia em condições muito difíceis e procurava lutar pelos seus direitos ; os grandes proprietários e os industriais sentiam também as consequências da crise e, sobretudo, que a contestação e o descontentamento dos trabalhadores conduzissem ao avanço do comunismo em Itália.Assim, muitos viam no Partido Nacional Fascista , formado em 1921, por Benito mussolini, a única esperança para ultrapassar esta situação. Este partido de extrema- direita organizou milícias armadas – os camisas negras – que perseguiam de forma violenta os militantes de esquerda e grevistas.Em 1922, reconhecendo e temendo o avanço do Partido Fascista Italiano, o rei de Itália, Vítor Emanuel III, convidou Mussolini a formar governo. Em 1924, realizaram- se eleições para o Parlamento. Atraxés de fraudes, de violência, de grandiosas manifestações e da imensa propaganda nos jornais e na rádio, este partido político conseguiu obter a maioria no Parlamento. Era o início do período ditatorial em Itália.Os ideais fascistas foram aplicados por Mussolini: apenas era permitida a existência do Partido Nacional Fascista, foi adotada uma política externa imperialista, era utilizada a opressão e a violência ( através da ação da polícia política e dos camisasnegras) contra qualquer tipo de oposição, os mass média foram alvo de censura, as greves e os sindicatos foram proibidos, sendo substituídos por corporações, deu- se grande importância ao culto do chefe, o Duce, a quem todos deviam obedecer , nomeadamente através das organizações de formação da juventude, onde os jovens, desde muito cedo, eram educados na ideologia fascista.

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O TOTALITARISMO HITLERIANO NA ALEMANHACom o fim do 1º conflito mundial foi instaurado na Alemanha um regime democrático parlamentar, que se confrontou com sérios problemas: a humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes, bem como a crise económica do após- guerra, que se traduziu no crescimento da inflação e no aumento drástico do número de desempregados. Estes fatores provocaram uma forte agitação social. Quando a instabilidade socio- económica parecia ter sido ultrapassada, a Alemanha foi afetada pela crise de 1929: vários bancos faliram, arrastando consigo as pequenas e médias empresas que deles dependiam para subsistir, a inflação voltou a subir e o desemprego disparou.Vários setores da sociedade alemã responsabilizaram o governo democrático pela instabilidade económico- social que o país atravessava. As atenções viraram- se então para Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista, conhecido por Partido Nazi.O programa deste partidode extrema- direita ia ao encontro dos anseios de uma vasta parte da sociedade alemã: prometia resolver o problema do desemprego; garantia combater o comunismo, obtendo assim, o apoio dos industriais, que temiam o avanço do Partido Comunista. Comprometia- se igualmente a lançar uma forte contestação ao Tratado de Versalhes.Graças a este programa político, ao apoio económico dado pelos grandes industriais, à propaganda nos jornais e na rádio, às grandiosas manifestações e à violência das milícias armadas( SA- Seções de Assalto e SS- Seções de Segurança), o Partido Nacional Socialista foi o mais votado nas eleições de 1932 . Hitler tornou- se assim Chanceler da Alemanha, em 1933, a convite do Presidente da República. Era o início do nazismo.

Adolf Hitler ordenou a proibição dos partidos políticos( o Partido Nacional Socialista tornava- se assim o partido único), bem como das greves e dos sindicatos, que foram substituídos pela Frente do Trabalho, à qual pertenciam trabalhadores e patrões. No ano seguinte à tomada de posse de Hitler, o presidente da república faleceu. O dirigente nazi passou então a acumular os dois cargos( o de chanceler e o de presidente da república), tornando-se no Furer e detendo um poder quase ilimitado.

PRINCÍPIOS DA DOUTRINA NAZIQuando chegou ao poder, Hitler decidiu iniciar a contestação ao Tratado de Versalhes e expulsar judeus e comunistas da Alemanha, culpando- os pela instável situação económica vivida no país.O nazismo partilhava com o fascismo italiano diversos princípios; porém, o regime ditatorial alemão distinguia- se pelo seu cráter racista.O nazismo defendia, tal como o fascismo italiano, o totalitarismo, o culto do chefe, o partido único, o nacionalismo e o imperialismo.

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Hitler pretendia reagrupar todos os Germanos numa única grande Alemanha, ou seja, constituir um grande «Reich», isto é, um Império.Este novo Estado, para além de ser constituído pelos territórios perdidos aquando da desagragação do Império Alemão no final do 1º conflito mundial, deveria estar ainda dotado de um território de colonização situada a leste da Europa, para satisfazer as necessidades do povo alemão, isto é, do espaço vital, ou seja, de um conjunto de territórios do leste europeu, considerado fundamentais para colmatar as necessidades dos alemães, que Hitler julgava ter o direito de conquistar os povos por ele considerados «inferiores». Este expansionismo violento levou ao eclodir da II Guerra Mundial.O nazismo defendia ainda dois princípios que o distinguiam dos restantes regimes ditatoriais e espelhavam o seu caráter racista.Para consolidar o regime nazi, na Alemanha, Adolf Hitler tomou as seguintes medidas:

Criou o Ministério da Propaganda, responsável pela difusão da ideologia nazi;

Criou a Juventude hitleriana, onde desde cedo a ideologia nazi era incutida nas crianças e nos jovens.

O nazismo assentava num brutal aparelho repressivo:

Censura; Polícia Política, a Gestapo, as SA e as SS, que perseguiam,

prendiam e assassinavam os opositores do regime; Campos de Concentração, para onde eram enviados os suspeitos

de oposição ao regime e as raças consideradas inferiores, sendo sujeitos a duros trabalhos, a experiências médicas ou mesmo assassinados.Os campos de concentração, situavam- se na Alemanha ou nos países dominados, Durante a IIª Guerra Mundial, a violência exercida nos campos de concentração acentua- se, bem como o número de pessoas que lá perderam a vida.Quando o campo de concentração de Auschwitz ( Polónia) foi libertado pelos soviéticos, no início do ano de 1945, o Mundo teve a noção das atrocidades lá cometidas, como a utilização das câmaras de gás, para matar rapidamente e em grande quantidade. Defensores do anti- semitismo, que se apoiava na crença dos judeus constituírem uma raça inferior, os nazis pretendiam exterminar a raça judaica, ou seja, praticar o genocídio do povo judeu.

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A II Guerra Mundial- o desenvolvimento do conflito; os caminhos da paz.O desenvolvimento do conflitoO início da Segunda Guerra MundialHitler pretendia constituir uma grande Alemanha, um grande Império que deveria integrar, não só os territórios perdidos aquando da desagregação do Império alemão, no final do 1º conflito mundial, mas também o espaço vital. Se o Tratado de Versalhes fosse devidamente cumprido, o líder nazi não poderia executar o seu objetivo, por falta de exército e de armamento. Contudo, Hitler prometeu sempre contestar esse tratado e foi precisamente isso que fez quando chegou ao poder, em 1933: tornou novamente o serviço militar obrigatório, de modo a conseguir formar um exército, e traçou uma política de corrida ao armamento.. Por outro lado, estabeleceu ainda uma aliança com a Itália e, mais tarde, com o Japão, países onde, à semelhança da Alemanha, vigoravam regimes autoritários e que também seguiam uma política expansionista, ocupando territórios. Esta aliança ficou conhecida pela designação de Eixo.Hitler decidiu também, no ano em que chegou ao poder , abandonar a Sociedade das Nações, atitude que refletia já as suas ambições políticas.Durante os anos de 1938 e 1939, a Alemanha prosseguiu o seu expansionismo de forma intensiva.

1938 Anexação da Áustria Anexação dos Sudetas( situados no norte da Checoslováquia)

A França e a Inglaterra , estados democráticos, assinaram o Pacto de Munique com a Alemanha; os países democráticos reconheceram a anexação do País dos Sudetas, em troca da promessa de Hitler de que não invadiria o restante território checoslovaco.

1939

Invasão do restante território checoslovaco

Face ao desrespeito pelo Pacto de Munique, as democracias ocidentais, perceberam as verdadeiras intenções de Hitler. Assim, a França e a Inglaterra acordaram que, se Hitler tentasse invadir outro território, declarariam guerra à Alemanha.Com o objetivo de se fortalecerem e de se prepararem para o eminente conflito, procuraram estabelecer um acordo com a URSS de Estaline. Era tarde de mais, , o líder soviético tinha assinado com a Alemanha o pacto de não- agressão germano- soviético . Com este acordo, Hitler prevenia- se de possíveis ataques do Oriente, podendo assim concentrar toda a sua força no Ocidente. Por sua vez, Estaline poderia organizar o seu exército.

A guerra estava eminente. A 1 de Setembro , a Alemanha invadiu a Polónia. A França e a Inglaterra cumpriram o que haviam acordado e

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declararam guerra à Alemanha nazi. Iniciava- se a Segunda Guerra Mundial.

A primeira fase do conflito ficou marcada pelas rápidas e consecutivas vitórias das tropas alemãs, graças ao seu poderoso armamento, ficando por isso conhecida por guerra- relâmpago.No final de Setembro de 1939, os germânicos já tinham a Polónia em sua posse . Entre Abril e Junho de 1940, os alemães invadiram a Dinamarca, a Noruega, a Holanda, a Bélgica e uma parte da França.

Na Europa Ocidental, restava apenas invadir a Inglaterra. Contudo, a posição geográfica deste país, bem como a forte liderança de Winston Churchill, primeiro- ministro inglês, permitiram à Inglaterra continuar a resistir. Porém, Hitler não desistia facilmente e, com o objetivo de criar condições para uma invasão terrestre, ordenou, no Verão de 1940, o bombardeamento aéreo de algumas das mais importantes cidades britânicas. Contudo, a Inglaterra, graças a um novo invento – o radar- , conseguiu vencer a aviação alemã.

O ATAQUE À URSS

Mais uma vez, Hitler não respeitou os acordos estabelecidos. Assim, em Junho de 1941, desrespeitando o Pacto de não- agressão germano- soviético, invadiu a URSS.

A União Soviética foi parcialmente conquistada pelos germânicos, tendo conseguido manter em seu poder as importantes cidades de Moscovo e Leninegrado. Conrudo, no ano seguinte, outra importante cidade soviética- Estalinegrado- foi cercada e bombardeada pelos alemães, situação que se arrastou por vários meses. Os soviéticos conseguiram resistir e com a chegada de reforços e com a ajuda das baixas temperaturas, a que os germânicos não estavam habituados, obrigaram a Alemanha a render- se, em Janeiro de 1943.

O ano de 1941 marcou também a extensão da guerra até aos Balcãs. Assim, a Itália e a Alemanha decidiram ocupar nesse ano, a Jugoslávia e a Grécia.

A MUNDIALIZAÇÃO DA GUERRA

Enquanto a guerra se processava na Europa, o Japão fazia planos para invadir alguns territórios da Ásia, continuando assim a sua política expansionista.Contudo, estas intenções chocavam com os interesses dos EUA no Pacífico, que optaram por tentar travar os objetivos japoneses através de embargos comerciais, evitando assim que aquele país asiático adqquirisse armamento.

A reação do Japão não tardou: em Dezembro de 1941, aviões japoneses atacaram a base naval de Pearl Harbor, situada no Hawai, ao lorgo do Oceano Pacífico. Na sequência deste acontecimento, os EUA declararam guerra ao Japão. Este país, por sua vex, pertencia ao Eixo, logo a guerra era declarada também à Alemanha. Os EUA enviaram assim militares para a Europa, bem como armamento, facto que ajudou bastante os Aliados.

Assistiu- se desta forma à mundialização do conflito. Outros países colocaram- se ao lado dos Aliados durante a ocorrência da guerra e ainda outros se mantiveram neutros, caso de Portugal, por exemplo.

Em 1942, a guerra chegou ao Mediterrâneo. O plano dos Aliados era bem claro: o Norte de África iria dar acesso ao Sul Europeu. Contudo, o norte africano era ocupado pelo Eixo. Porém, os Aliados conseguiram reverter esta situação, vencendo

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o inimigo em 1943. Esta vitória permitiu- lhes entrar na Europa do Sul, nomeadamente na Sicília, seguindo depois para Itália, de modo a libertar este país do fascismo.

A DERROTA ALEMÃ E O ANIQUILAMENTO DO JAPÃO

Em Junho de 1944, os Aliadosdesembarcaram nas praias da Normandia, em França. Este acontecimento ficou conhecido como o Dia D. No mês de Agosto, a França foi palco de um novo desembarque por parte dos Aliados, desta feita em Provença. Foi graças a estes dois acontecimentos que a França, a Bélgica e uma parte da Holanda começaram a ser libertadas do domínio nazi.

Os Aliados preparavam- se para entrar na Alemanha. Do lado oriental, chegavam os soviéticos que, ao longo do percurso , libertaram do domínio nazi alguns países do leste europeu (Polónia, Roménia, Bulgária, Checoslováquia, Hungria). Do lado ocidental, chegavam os restantes Aliados com o mesmo objetivo: derrotar a Alemanha.

Em Agosto de 1945, os EUA jogaram a cartada decisiva: o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki, cidades japonesas, que provocaram a destruição das mesmas e morte de milhares de pessoas . Perante isto, o Japão não teve outra solução a não ser render- se de imediato. Era o fim do segundo conflito mundial.

A EUROPA SOB O DOMÍNIO NAZI

Durante a 1ª fase do segundo conflito mundial, a Europa foi praticamente toda dominada pelos germânicos. Os nazis demonstraram total desrespeito pelos direitos humanos em relação à população dos países ocupados. Assim, esses países foram alvo de todo o tipo de atrocidades por parte dos alemães: roubos, repressão e violência . Apesar deste terror intimidatório, os nazis confrontaram- se com os movimentos de resistência que se desenvolveram nos países que que estavam sob o domínio nazi.

OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA AO DOMÍNIO NAZI França: Movimento de Resistência ( desenvolveu uma forte oposição ao

domínio nazi, não só confrontando o exército germânico, como também fornecendo importantes informações aos Aliados).

URSS: Face à violência extrema dos nazis, a população civil respondeu com a luta ao invasor. Civis e tropas juntavam- se para derrotar os alemães.

Jugoslávia: Ação dos partisans , ou seja, guerrilheiros chefiados pelo secretário- geral do Partido Comunista Jugoslavo – o Marechal Tito.

Itália: os opositores do regime fascista de vMussolini apoiaram e auxiliaram os Aliados.

Alemanha: Hitler foi alvo de várias tentativas de homicídio, protagonizadas pelos opositores do regime nazi. Porém, nenhuma delas vingou.

AS CONSEQUÊNCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIALHUMANAS ECONÓMICAS

Cerca de 50 milhões de pessoas perderam a vida

Na Europa e no Japão a destruição era muito acentuada: cidades arrasadas, fábricas e vias de comunicação ( caminhos de ferro, estradas, etc.) destruídas.

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A Europa mergulhou numa grave crise económica : a moeda desvalorizou e a inflação cresceu assustadoramente.

Os caminhos da paz

ALTERAÇÕES NO MAPA POLÍTICO MUNDIAL

A 2ª Guerra Mundial possibilitou aos EUA e à URSS ganharem uma nova influência, já que estes dois países contribuíram decisivamente para a ewsolução do conflito e para a vitória dos Aliados.

Em 1945 realizaram- se duas conferências – Ialta e Postdam- onde marcaram presença os chefes de Estado da URSS, dos EUA e da Inglaterra, as potências aliadas mais importantes, para decidirem o futuro do após- guerra. Destacaram- se as seguintes decisões:

A Europa foi dividida em duas grandes áreas de influência: a soviética ( situada no Oriente europeu, ficava sob a tutela da URSS); a ocidental( situada no Ocidente europeu, ficou sob a tutela dos países democráticos, tendo os EUA uma grande influência sobre esta área);

A Alemanha foi dividida em quatro zonas: a URSS ficou com a parte oriental, enquanto que a Inglaterra, a França, e os EUA dividiram entre si a parte ocidental;

A Alemanha foi obrigada a restituir os territórios que anexou; Instauração de um regime democrático na Alemanha; Julgamento dos principais responsáveis do regime nazi, que acabou por

acontecer, em 1946, no Tribunal de Nuremberga.

Mas não foi só na Europa que ocorreram alterações no mapa político. Também no Médio Oriente houve modificações. Os judeus receberam uma parcela de terra na Palestina( Médio Oriente), formando assim o Estado de Israel, em 1948. Os palestinianos( muçulmanos) que aí habitavam não concordaram com esta decisão, o que originou, e continua a originar, inúmeros conflitos que matam, ano após ano, centenas de pessoas de ambas as fações( palestiniana e israelita).

A PROCURA DE UMA PAZ DURADOURA: A ONU

Em 1945 realizou- se a Conferência de S. Francisco, onde foi aprovada a Carta das Nações Unidas, que continha os princípios orientadores da ONU ( Organização das Nações Unidas), que substituiu a Sociedade das Nações .

A Organização das Nações Unidas tem objetivos muito claros:

Garantir a paz e a segurança mundial; Proteger o direito à auto- determinação de todos os povos, ou seja, o direito

que cada povo deve possuir de escolher livremente o sistema político , económico, social e cultural que pretende adotar;

Defender os Direitos Humanos; Promover a cooperação internacional de ordem económica, social, inteletual

ou humanitária;

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Favorecer o progresso social e criar melhores condições de vida.Portugal é um dos 192 países que, atualmente, constituem a Organização das Nações Unidas. Todos os Estados- membros devem cumprir os princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas.

BIBLIOGRAFIA:

MESQUITA, Ana Filipa; História 7,Preparar os Testes, Areal Editores, Lisboa.2008.

MESQUITA, Ana Filipa; História 8,Preparar os Testes, Areal Editores, Lisboa.2009.

MESQUITA, Ana Filipa; História 9,Preparar os Testes, Areal Editores, Lisboa.2009.

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