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OPORTUNIDADE A REVISTA DE QUEM EDUCA DE VERDADE | Ano I - Nº 2 - Novembro de 2010 Instituto Estadual de Educação EDUCANDO SEMPRE A Educação através do Esporte Oportunidade Cultura Matemática Prática Iniciação Científica Produção de Conhecimento Novos Talentos Produção Cultural Pesquisa e Extensão Multidisciplinaridade Esporte Produção Científica Envolvimento SEMANA MULTICULTURAL UMA ESCOLA VIVA OPINIÃO: Alunos e Professores falam do IEE

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Novembro 2010 | 1

OPORTUNIDADEA REVISTA DE QUEM EDUCA DE VERDADE | Ano I - Nº 2 - Novembro de 2010

Instituto Estadual de Educação EDUCANDO SEMPRE

A Educação através do Esporte

Oportunidade

Cultura

Matemática Prática

Iniciação Científica

• Produção de Conhecimento • Novos Talentos• Produção Cultural• Pesquisa e Extensão• Multidisciplinaridade• Esporte• Produção Científica• Envolvimento

SEMANA MULTICULTURALUMA ESCOLA VIVA

OPINIÃO:Alunos e Professores

falam do IEE

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

2 | Novembro 2010

Índice

Editorial03 Os Indicadores do Instituto Estadual de Educação

Opinião04 A Palavra dos Alunos e Professores

Na Sala de Aula Geografia06 EMI e as Práticas Pedagógicas que dão certo. Ensino Fundamental - Anos Iniciais06 Ajude o Planeta, Plante uma Árvore.07 A Paz no Mundo começa na Família.

Pesquisa e Extensão História08 Oficina de Mídia - Educação: Vantagens e Perigos nas Redes Sociais.08 Ensino Médio Inovador: Viagens de Estudos.08 Depoimentos11 Resíduos Sólidos

Artigo Física12 Finalizando o Ano...

Capa Semana Multicultural13 Física: A Flutuabilidade do Submarino e o Princípio de Pascal.13 História: A Floripa de Ontem e Hoje: Uma Análise Fotográfica.14 Língua Portuguesa: Falar, Narrar, Poetar - Imaginar, Criar, Estimular.15 Laboratório de Informática e outras Disciplinas: Ei, Você Cidadão.15 Ciências / Biologia: Reciclagem.15 Conservação de Alimentos

Iniciativas inovadoras e currículo de atividades integradas.

Ciência

Cultura

Tecnologia

Trabalho

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Novembro 2010 | 3

Os Indicadores do Instituto Estadual de Educação

Nos últimos anos o Instituto Esta-dual de Educação vem promovendo uma articulação educacional relevante, que al-cançou avanços progressivos de qualidade em seu conjunto sistêmico educacional.

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) dos anos iniciais au-mentou de 5,0 para 5,7 de 2007 para 2009. Igualmente os anos finais de 3,7 para 4,1. Elaboramos o plano de desenvolvimento de Educação e para 2011 esperamos um ín-dice ainda melhor.

O desempenho na prova Brasil co-loca o Instituto posicionado entre as du-zentas melhores escolas de Santa Catarina, bem verdade que ao calcular o índice, seu posicionamento no ranking cai significati-vamente em função de um paradoxo, bom desempenho em matemática e português, mas um baixo desempenho em aprovação, caindo assim o percentual do IDEB.

Igualmente o desempenho do Insti-tuto no ENEM, se posiciona entre as 90 me-lhores escolas de SC.

No vestibular da UFSC, um indica-dor importante para nossos alunos, o de-sempenho vem melhorando a cada ano, alcançando os índices das melhores escolas da grande Florianópolis, públicas e parti-culares. De 10,07% em 2006 saltou para 23,56% de aprovados em 2010. É um índice considerável num universo de 730 alunos que prestaram o vestibular.

Para alcançar estes índices é exigido um trabalho integrado entre o grupo gestor , grupo pedagógico e professores. Além do trabalho em sala de aula, o Instituto possui uma estrutura pedagógica adequada que conta com laboratórios de todas as discipli-nas e professores laboratoristas para orien-tar os alunos nas dificuldades e em seus estudos diários.

As práticas pedagógicas com uso de laboratório são um diferencial importante para uma melhor assimilação do processo de ensino aprendizagem. A produção de conhecimento se torna mais intensa, além de promover uma aprendizagem significa-tiva, pois une a teoria à prática.

Para os alunos interessados em aprender uma 2ª língua e, ou mesmo, re-forçar a aprendizagem da língua estrangei-ra curricular, o Instituto possui o Centro de Língua Estrangeira, com as ofertas de In-glês, Espanhol, Francês e Alemão.

Da mesma forma, oferece esportes em diversas modalidades, oferecendo tam-bém ginástica e dança, como importante aspecto interdisciplinar de autonomia e li-berdade do indivíduo.

As salas informatizadas promovem a inclusão digital e são importantes ferra-mentas colaborativas de ensino aprendiza-gem, bem como de metodologias do pro-cesso pedagógico.

Assim, o Instituto vem resgatando seu processo histórico que sempre o carac-terizou como escola pública de qualidade. Nele grandes personalidades do mundo político e da sociedade em geral de Santa Catarina estudaram, e muitos mais ainda hão de estudar. Contribui de maneira de-cisiva como instrumento fundamental de combate à desigualdade, formação e pre-servação de valores sociais, cívicos e cul-turais. Cumpre plenamente seu papel de educação secundária na passagem para educação superior.

Vendelin S. BorguezonCoordenador de Ensino

Editorial

A Revista do Instituto Estadual de Educação

Coordenadora Geral:Gilda Mara Marcondes PenhaCoordenador de Ensino:Vendelin S. BorguezonAssessoria de Ensino:Ana Paulo dos SantosLuciana T. R. GlelepiMárcia Regina Leite Direção de Turno: Sonia A. ScheremIzabel FreibergerNilo Sérgio de SouzaResponsável Escola de Aplicação:Angela ZavarizeIntegrador de Escolaridade: Eduardo ZampironDepto. Pedagógico: Marli, Kátia, Fabíola, Elizabete,Gladys, Adiles, Lizete e Maristela.Coordenadora Adm / Fin.: Heloísa H. R. CardenutoAssessoria Adm / Fin.: Maria Luiza MauroHenrique S. Duarte PintoResponsável pelo RH: Antônio ParenteResponsável pela revista:Vendelin S. BorguezonCorreção Ortográfica: Luciana T. R. GlelepiMara CasagrandeMaura GirardiColaboradores:Alunos do EMIProfessores do EMI:Artes - Suzana M. P. da SilvaBiologia - Lourival BernardiEducação Física - DulcemarFilosofia - Elvis J. de SouzaFísica - Luiz Fernando ChavesGeografia - Miriam LacerdaHistória - Mariana RomeroInglês - Giovane AlexandrePortuguês - Maura Girardi - Rosa SomavillaMatemática - Jaison GasperiQuímica - Eduardo Zampiron - Márcio de SouzaSociologia - Norberto Proschnow

OPORTUNIDADE

OPORTUNIDADE

É uma revista feita pelo Instituto Estadual de Edu-cação, como incentivo à publicação da produção de conhecimento e da cultura da escola. Todas as publicações são de atividades desenvol-vidas na escola.

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4 | Novembro 2010

Opinião

A Palavra dos Alunos e Professores

Acreditamos que o Ensino Médio Inovador é uma nova oportunidade para ampliar conhecimentos, visto que aprender nunca é demais. Com aulas no contraturno, as matérias são adiantadas e ampliadas, aprimorando assim, os conhecimentos.

Pelo fato de passarmos mais tempo tempo com os professores, a relação torna-se mais acessível e desmistifica a idéia do professor «ditador». Entretanto a sua falta, por quaisquer problemas, seja por contra-tação ou licença médica por um período prolongado, gera uma quebra de rotina, prejudicando a qualidade do ensino, pois o aluno acaba perdendo.

Consideramos que este ano foi uma caminhada lado a lado, direção e alunos tiveram um convívio natural, sem aquela idéia de superioridade, fazendo com que alunos e professores se sintam mais a von-tade e produzam mais.

Gabriela / Gabriela1º ano EMI

O Ensino Médio Inovador como projeto piloto, implantado no IEE em 2010, vem se firmando dia a dia, dada a compe-tência e comprometimento dos Professores e Equipe Pedagógica.

Observa-se o redimensionamento das práticas pedagógicas, visto que o enga-jamento dos Professores na superação das dificuldades dos alunos é o que fortalece as ações deste projeto.

A multiplicidade de ações que es-tão sendo trabalhadas através da prática interdisciplinar, estão ampliando a visão holística dos alunos, que direcionam um olhar mais crítico e persuasivo em relação à globalização e ao conhecimento.

Vivendo numa era em que as novas tecnologias estão ao alcance da maioria da população, percebo que este projeto além de oportunizar a interatividade dos nossos alunos com o meio físico e social, vem am-pliar as possibilidades de estudo, pesquisa e extensão do conhecimento, com resulta-dos altamente qualitativos.

Cabe salientar que a repercussão deste projeto na comunidade escolar é al-tamente positiva.

Penso que projetos desta natureza devam continuar sendo implantados, pois a motivação e o interesse dos nossos alunos é visivelmente percebida, o que se atribui às novas metodologias introduzidas às práticas pedagógicas que estão fazendo o diferencial.

Marli KoerichOrientadora Educacional - EMI

O fim... e o início!2010: ano importantíssimo para

nós alunos do terceiro ano, pois daqui para frente colocaremos um ponto final em uma longa jornada e iniciaremos outra.

Percebemos que agora é hora de fa-

zermos nossas próprias escolhas de forma independente e responsável. Faculdade, emprego, intercâmbio, estabilidade financeira, qualidade de vida; são muitos os caminhos a serem seguidos, e cada um seguirá o seu.

Sabemos que de agora em diante nossas responsabilidades au-mentarão cada vez mais e que nada

será como antes, pois nossos objetivos mu-darão, faremos novos amigos e futuramen-te construiremos uma família.

Em meio a tantas dificuldades e ob-jetivos... férias!

Turma 304 - IEE - 2010Estudar é a pauta certa para o su-

cesso... e o ensino médio faz parte dessa meta e atualmente, com um mercado de trabalho tão rigoroso , quem não investe na educação, não investe em seu futuro.

terceiro ano em si não é uma época extremamente importante apenas para de-cidirmos nosso destino, mas também um ano muito especial, que marca nossas vidas. Jamais esqueceremos e que teremos mui-tas saudades dos amigos, dos professores, dos coordenadores, do ambiente do Insti-tuto e de tudo e todos com quem convive-mos nesse espaço de tempo.

Manuela C. Marques &Caique Sanfelice LopesTurma 303 - IEE - 2010.

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Novembro 2010 | 5

Opinião

Em nossa turma, os que participa-ram do pré-vestibular da UFSC, acreditam que foi uma experiência única, pois a dedi-cação de todos os responsáveis pelo desen-volvimento do projeto foi excepcional.

Ficamos todos muito agradecidos e felizes pela oportunidade de participar de um projeto tão bom, e que ainda por cima está ao alcance de todos pois é gratuito.

Apesar de nem tudo no IEE ocor-rer como gostaríamos, a junção do pré-vestibular e a escola em que estudamos foi muito bem vinda, grande ajuda para nosso ingresso no ensino superior.

Turma 302 - IEE - 2010O Instituto Estadual de Educação,

um colégio centenário, cuja arquitetura é de Oscar Niemeyr, forma cidadãos a cada ano.

Muitos alunos estudam desde o 1º período aqui no Instituto e outros entraram há pouco tempo.

Esse ano de 2010 a turma 301 - 3º ano Ensino Médio, está tendo seu último ano no colégio, muitos alunos estão se for-mando e vão começar um novo ciclo de vida, a de universidade.

Depois de muitas batalhas de estu-dos e professores diferentes, rompe-se o primeiro ciclo de nossas vidas, agora voca-ções para realizar um novo sonho, buscan-do uma universidade.

Turma 301 - IEE - 2010Dos dias 8 a 11 de novembro, mais

de 600 professores, gestores educacionais

e estudantes se reuniram no Seminário Nacional do Ensino Médio Inovador, em Bertioga (SP), para divulgar e analisar o processo de im-plantação deste programa nas secretarias estaduais de educação e escolas.

Vale lembrar que o programa Ensino Médio Inovador surgiu para esti-mular as redes estaduais de educação a elaborar soluções criativas de di-

versificação dos currículos, com atividades integradoras, a partir dos eixos trabalho, ciência, tecnologia e cultura.

É uma nova forma de melhorar a qualidade da educação oferecida nessa eta-pa de ensino e torná-la mais atraente. Par-ticipam do programa 357 escolas públicas em 17 estados e no Distrito Federal.

Durante o seminário foi avaliada a implementação do programa nas escolas e analisados os planos de ação pedagógica dos estados. Os estudantes que fazem par-te do Parlamento Juvenil do Mercosul apre-sentaram as propostas produzindo a decla-ração “O Ensino Médio que Queremos”.

Neste seminário, os períodos de socialização e troca de experiências fo-ram interessantes, foi muita boa a troca de ideias com os professores que são verdadei-ramente Gente que Faz, remando contra a maré do desinteresse público em solucio-nar o problema da educa-ção pública.

O Instituto Esta-dual de Educação esteve presente divulgando seu trabalho através de um banner e dos exemplares da revista «Oportunida-de», onde obteve muitos elogios pela publicação da revista e pela execução dos projetos do Programa

Ensino Médio Inovador.Lourival Bernardi

Professor de BiologiaNa semana multicultural, o Depto.

de Artes ofereceu quatro oficinas abran-gendo várias competências.:

1. Oficina «Cuidando de Nossa His-tória» que, como um pretexto para reforçar a discussão da necessidade de atentar-se para o meio ambiente, tema recorrente em outras disciplinas e oficinas oferecidas nes-ta semana, consistia em ensinar aos alunos reciclar papel;

2. «Arte Têxtil: do tear à trama», cujo objetivo era que o aluno compusesse obras a partir de fios;

3. Mini-escultura de arame, na qual os alunos tiveram a oportunidade de tra-balhar com um material diferenciado que o comumente usado no ambiente escolar;

4. Teatro de Sombras, unia várias lin-guagens, capacidades e públicos.

Estas oficinas diferenciadas não só colaboram no processo de aprendizagem do aluno, como também o estimula a per-ceber a escola como um ambiente que lhe proporciona além de conhecimento, expe-riências e vivências que marcam a sua traje-tória de vida, contribuindo de forma positi-va na formação de seu caráter e sua relação com a escola.

Oficinas de ArtesDesenvolvimento: Depto de Arte IEE

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Com o intuito de oferecer diferentes possibilidades de ampliar conhecimentos aos estudantes do Ensino Médio Inovador, procura-se desenvolver projetos de dife-rentes temas relacionados ao currículo do curso.

A disciplina de Geografia desen-volve projetos que envolvem a prática dos conteúdos vistos em sala de aula, que obje-tivam aprimorar novas habilidades e apro-fundar estudos dessa disciplina escolar.

Os projetos desenvolvidos trataram de temas importantes, como as fontes al-ternativas de energia e as indústrias catari-nenses.

O esgotamento da principal fonte energética e a necessidade urgente de re-duzir a emissão de poluentes na atmosfera coloca o mundo diante do desafio de en-contrar fontes alternativas de energia, por-tanto, é importante a reflexão e a discussão sobre a questão energética e os principais problemas da sociedade contemporânea relacionados ao tema.

Os alunos realizaram pesquisas so-

bre as fontes de energia e confeccionaram maquetes, no laboratório de geografia, com o objetivo de mostrar o funciona-mento da captação de fontes de energia alternativas, como a solar, heólica e hidre-létrica. Também realizaram pesquisas sobre a atividade industrial catarinense e suas influências no espaço geográfico do Esta-do, estabeleceram debates sobre o tema e elaboraram um telejornal com gravação em vídeo, envolvendo montagem do cenário e apresentação.

Os projetos contribuíram para apro-fundar conhecimentos sobre a importância do uso de fontes alternativas de energia, sobre a distribuição das indústrias catari-nenses e sua preocupação com sustentabi-lidade, assim como intensificou os relacio-namentos entre os estudantes.

Míriam Lúcia Cardoso LacerdaProfessora de Geografia

Projeto desenvolvido na semana de 20 a 24 de setembro, visando a conscienti-zação e preservação do meio ambiente. Neste ano, o projeto contou com a partici-pação dos funcionários da Biblioteca do IEE.

Durante a semana desenvolve-

mos diversas atividades pedagógicas, es-pecialmente no dia 21 de setembro que denominamos “Dia Verde”, no qual a comu-nidade escolar compareceu com traje na cor verde.

Realizamos distribuição de se-mentes de girassóis, distribuição de mudas de árvores, plantio da árvore “Pau Brasil”, exposição de obras artísticas com material reciclado, inauguração do orquidário e estante literário temático. “Por tudo isso, é da maior importância a conscientização e a contribuição de cada um de nós, plantan-do uma árvore e cuidando para que se de-senvolva”, como afirma a Coordenadora da EDA, Professora Ângela Zavarize. Também lembrou que “os educadores da escola bus-cam incentivar e informar à comunidade escolar a respeito do que cada um pode fazer para preservar o planeta e utilizar os recursos naturais da melhor forma”.

Escola de Aplicação - IEE

Na Sala de Aula

Geografia & Ensino Fundamental - Anos IniciaisEscola de Aplicação

Ensino Médio Inovador

e as Práticas Pedagógicas que

dão certo.

“Ajude o planeta, plante uma árvore!”

Para Saber Mais

Em Vostok, na Antártida, foram registadas as temperaturas mais baixas da Terra, chegando a 88 ºC abaixo de zero.

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Semana da Família é vivenciadaatravés do Projeto:

Família e escola são pontos de apoio e susten-tação na vida do ser humano; são marcos de referên-cia existencial. Quanto melhor for a parceria entre am-bas, mais positivos e significativos serão os resultados na formação das crianças.

A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. É importante que a escola e família estejam juntos na preciosa tarefa de transformar a criança em cidadão maduro, participativo, criativo e consciente de seus direitos e deveres. “Nos dias atuais a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois é através da interação desse trabalho que conseguiremos formar cidadãos”, afirma a Coordena-dora da Escola, professora Ângela Zavarize.

Completa a professora: “Num momento em que a sociedade passa por profunda crise ética e moral, porque a prática dos valores humanos foi es-quecida, nós que somos educadores instituídos em escolas, temos o compromisso de promover ações concretas que apontem alternativas para estas pro-blemáticas”.

A “Semana da Família” tem o intuito de cha-mar a atenção da comunidade escolar para a vivência do amor, do respeito, da disciplina, da preservação e da integridade, pois é tudo isso que se compõe a autoestima. E é sobre a autoestima que repousa a habilidade do convívio e da paz social. E esta paz deve começar na família e tomar o mundo.

Com o objetivo de aproveitar, ao máximo, as possibilidades de estreitamento de relações entre fa-mília e escola, realizamos na semana de 08 a 15 de outubro uma programação de atividades.

Na Sala de Aula

Ensino Fundamental - Anos IniciaisEscola de Aplicação

“A Paz no Mundocomeça na Família”

Oficina com os pais.

Oficina: Recordar e viver com ex-diretores

Teatro apresentado pelos alunos

Memorial da Família

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8 | Novembro 2010

História

Pesquisa e Extensão

ApresentaçãoProjeto mediado pela professora

Mariana Taube Romero de História, e coor-denado pelas professoras Maria Luiza Bello-ni e Nilza Godoy Gomes, ambas do Curso de Educação da UFSC, sobre o uso das redes so-ciais e sites na Internet. A Oficina “Vantagens e perigos nas redes sociais” tem como objeti-vo compreender de que diferentes maneiras os adolescentes se comunicam nas redes e como utilizam sites da Internet para pesqui-sar sobre assuntos de seus interesses.

A PesquisaA Oficina iniciou com a exibição de

um vídeo mostrando os direitos e deveres das crianças e adolescentes, relacionando-os com casos verídicos de agressões e ou-tras formas de violência sofridas por adoles-centes através da Internet.

Os alunos, divididos em grupos, ela-boraram um projeto a partir de um roteiro de trabalho pré-estabelecido, que levava em consideração possíveis pontos positivos ou negativos relacionados ao uso da Internet. Surgiram temas como formas de violência, bullying, pornografia e pedofilia. Por outro lado, vantagens trazidas pelo uso da rede também foram levantadas pela turma, como por exemplo, comunicação entre amigos e colegas, execução de atividades escolares, acesso às informações e fontes de estudos.

Foi feita uma pesquisa participativa utilizando sites para busca de informações e consultando os amigos das redes sociais para coleta de opiniões sobre os temas es-

colhidos por eles. Ao final, a pesquisa será socializada e transformada em um vídeo.

ResultadosO projeto “Vantagens e perigos nas

redes sociais” possibilitou uma reflexão e um olhar mais crítico por parte dos alunos sobre suas práticas cotidianas no uso da Internet, algo normalmente naturalizado ou banalizado por eles. Somado a isso, o projeto coloca em xeque a resistência ain-da existente entre educadores em lançar mão destes recursos midiáticos no dia a dia da escola, já que acaba trazendo à tona o quanto a Internet é uma ferramenta impor-tante de trabalho para os alunos, portanto, pode e deve ser “explorada” da melhor ma-neira possível nas aulas.

Por outro lado, participar desta ofi-cina possibilitou aos alunos construírem uma ética própria na utilização deste tipo de mídia, fazendo-os perceber que, em qualquer situação, “navegar virtualmente” é uma prática diária de aprendizagem, que não deve ser feita sem questionamentos, responsabilidade e uso consciente.

Professora Mariana Taube RomeroProfessora de História

Nos dias 27 e 29 de Outubro os alu-nos do EMI fizeram uma viagem a Joinville e São Francisco do Sul com o objetivo de conhecer as duas cidades e visitar os seus três principais museus: o Museu do Mar em São Francisco do Sul, o Museu Nacional da Imigração e da Colonização e o Museu Ar-queológico do Homem do Sambaqui, am-bos em Joinville.

Para que os alunos pudessem explo-rar ao máximo os locais visitados adquirindo um olhar mais aguçado e crítico sobre seus objetos de estudo, elaboramos dentro das disciplinas de História e Geografia, um rotei-ro prévio de trabalho. Entraram no roteiro, tanto questões de ordem mais específicas sobre o acervo dos três museus e a relação dos mesmos com a história das duas cida-des, quanto questões mais abrangentes, que pudessem levar em conta suas impressões e a análise de aspectos culturais, históricos e ambientais das duas cidades.

Posteriormente, foi realizado um trabalho de pesquisa no Laboratório de In-formática, das informações não coletadas durante o passeio. Para tanto, utilizamos os sites interativos dos museus visitados, exce-lentes fontes de pesquisa.

As respostas dos roteiros acabaram se constituindo em um interessante mate-rial, onde os alunos puderam expressar suas opiniões sobre o que vivenciaram na saída de campo, reelaborando o que observaram e fazendo uma amarração do que construí-ram de conhecimento com a viagem.

Mariana Taube RometoProfessora de HistóriaEnsino Médio

Inovador:Viagem de Estudos

Oficina de Mídia-Educação:

Vantagens e Perigos nas Redes Sociais.

Para Saber MaisO Museu Nacional de Imigração

e Colonização criado pela Lei Federal nº 3188 de 02 de julho de 1957 registra a memória da Imigração e Colonização no sul do Brasil a partir do processo ocorri-do em 1851 na então Colônia Dona Fran-cisca, hoje Joinville.

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Novembro 2010 | 9

Alguns deles ficaram positivamente impressionados com os dioramas pre-sentes no Museu do Mar e no Museu

do Sambaqui:

Dioramas são grandes maquetes onde cada detalhe é uma representação e uma história sendo contada, para as pesso-as terem noção do que foi ou o quê é. No Museu do Mar, por exemplo, existem vários personagens, bonecos representando pes-cador e o mar, ”

Djenyffer e Gabriel Célio 153“Em algumas salas foram montados

dioramas, espécie de representação cênica onde pode ser observado o uso daquelas embarcações e o modo como os homens desempenhavam uma determinada ativi-dade, como a pesca da baleia, por exemplo”.

Douglas e João 151“Ficamos impressionados com a

maquete que representa o centro histórico de São Francisco do Sul em 1930, além do museu permitir a interatividade».

Álvaro e Bruno 155“Um exemplo disso é a Sala da Ama-

zônia, ambientada com um espelho d’água

e decorada com vitórias-régias, peixes-boi e botos, ilustrando o cenário para as canoas indígenas daquela região. São mais de 60 barcos em tamanho natural e cerca de 200 peças de modelismo e artesanato naval”.

Igor - 155“É uma represen-

tação artística, porém bastante real, de cenas da vida do homem do sam-baqui. Sua alimentação, suas crenças, sua arte e seus instrumentos de tra-balho“.

William Junkes - 151A forma como o

Museu do Mar relaciona navegação, cultura e meio-ambiente também foi ob-servada pelos alunos:

“As exposições e os vídeos mostram relatos de vida e de experiência dos pesca-dores.

Maria Luiza - 153“A navegação, os dias longe da terra

firme, cria-se uma nova cultura e uma rela-ção entre o ser humano e o meio-ambiente”.

Victor Telles - 151“O museu do mar junta estes três

temas em salas de exposições, contan-do a história de cada barco, de como ele chegou ao museu, como era feito, para que finalidade ele era usado e por quem”.Anna Júlia Serafim e Samara Vicente - 150

“O museu do mar tem uma preocu-pação muito grande

com a preservação da cultura e do meio ambiente. Lendas Urbanas dos pescadores são mantidas como forma de tradição, e respeito ao meio ambiente com barcos reci-cláveis feitos de jornal procurando diminuir o impacto causado durante as navegações”.

Laryssa Félix e Thaís Borges - 150Alguns alunos observaram apenas

as embarcações e às técnicas de navegação utililizadas por diferentes povos e civiliza-ções, expostos em algumas salas do Museu do Mar:

“A que mais chamou atenção foram os navios vikings, porque eram grandes, ti-nham 3m de comprimento, navegação com quarenta remadores ou mais, mas eram leves, resistentes e rápidos. As velas eram feitas de lã subdivididas em diagonais para aumentar a resistência, com cabeças de dragões esculpidas na proa, para dar medo na hora do ataque.”

Roger e Vinícius – 151“As casas mostram a influência da

cultura portuguesa na cidade, com ruas pe-quenas, lembrando muito as ruas de Portu-gal. O interessante de se observar é o con-traste do estilo de construção dos séculos XVIII e XIX.”.

Victor Telles – 151

Pesquisa e Extensão

História

Depoimentos:

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10 | Novembro 2010

Pesquisa e Extensão

História

Junto com a visitação ao Museu do Mar, os alunos caminharam pelo centro histórico

de São Francisco do Sul e registraram suas impressões da cidade:

“Sob o ponto de vista cultural a cida-de de São Francisco do Sul consegue man-ter vários costumes como a pesca artesanal. Sob o ponto de vista histórico, a cidade conseguiu se adaptar às casas centenárias que existem ali, ainda que muitas estejam abandonadas ou tenham sido demolidas para a construção de prédios. Já em relação ao meio ambiente, a cidade também possui pontos muito positivos porque nela exis-tem vários parques bem cuidados.”.

Arthur da Cunha - 150“A cidade de São Francisco é mui-

to parecida com o Ribeirão da Ilha, só que maior. Cheia de casarões, ruas de lajotas e o museu do mar lembra o mercado público. É um lugar muito bonito, cheio de trapiches e a praia é linda”.Samara Vicente e Anna Júlia Serafim - 150

Em Joinville, muitos alunos se im-pressionaram com o Museu de Arqueologia do Homem do Sambaqui:

“Todos os artefatos naquele museu eram originais ou réplicas exatas. Outro fato curioso, são os esqueletos dos habitantes dos sambaquis”.

Arthur -150“A arcada dentária deles, exposta no

Museu, é impressionante”Jéssica Santos

e Thabata Damasceno– 154“O que nos chamou atenção foi um

pedaço do sambaqui para lá com ossos em cima, podemos ver que as pessoas eram en-terradas em posição fetal e com objetos ao seu lado”.

Anna Júlia Serafime Samara Vicente -150

“O que nos chamou atenção foi a grande variedades de ossos de várias par-tes do corpo. E também achamos interes-sante a diferença entre o crânio da mulher e o crânio do homem, com diferenças no supercílio e mandíbula”.

Douglas e João - 151

Alguns demonstraram preocupação com a preservação dos sítios arqueológicos de

sambaquis existentes na região:“Em Joinville há 41 sítios arqueoló-

gicos sendo que 11 deles ficam em bairros. O sambaqui de Cubatão é bem próximo ao rio e é um elevado de conchas com a terra muito preta e forte por causa do tempo. Há muitos pesquisadores tentando encontrar mais vestígios dos homens do sambaqui lá. Eles cavam com muito cuidado para que nada se perca, e ficam dias por lá para en-contrar ossos e artefatos deixados naquele ambiente”.

Samara Vicentee Anna Júlia Serafim - 150

A força de vontade, a inteligência e as

dificuldades pela sobrevivência vivencia-das pelo homem do sambaqui ficaram

marcadas nos alunos.“Homens inteligentes, que apesar

de poucas tecnologias eram muito bons em pesca e preservação de seus mortos, colocando-os em pilhas de conchas, que preservam muito bem os ossos”. “Produ-ziam lâminas precisas e afiadas, feitas a mão e talhadas perfeitamente”,

Roger e Vinícius – 151

Na visita ao Museu da Imigração, os alunos destacaram o modo de vida dos imigrantes à época da colonização, suas casas, móveis,

utensílios. Alguns alunos, incentivados pelo roteiro, perceberam as diferenças

sociais existentes na época da imigração, retratadas no Museu a partir do contraste entre a casa oficial e a réplica presente no

jardim da casa típica Enxaimel:“Na casa mais simples eles tinham

o que necessitavam: sala, quarto, cozinha, banheiro (fora de casa), um local onde cor-tavam lenha e um poço”.

Thayane Telles – 151

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Novembro 2010 | 11

“A perfeição na fabricação de instru-mentos para o uso cotidiano foi algo fascinante”.

Lisiane Jaques de Andrade 150“O palacete principal era muito mais

sofisticado, em cada detalhe pode se obser-var isso. Enquanto a casa Enxaimel tinha um aconchego particular, porém muito mais simples em relação ao palacete”.

Maria Luiza 153“A sede do museu é uma casa muito

requintada. Tem móveis luxuosos e é muito grande, a presença de um piano mostra como a música era importante para o divertimento de seus moradores. Já a casinha Enxaimel é menor e é mais rústica, seus móveis não são luxuosos e mostra a simplicidade da vida no campo”.

Samara Vicentee Anna Júlia Borges Serafim – 150

“As desigualdades sociais são bem marcantes. A sede principal é de um cida-dão de origem nobre, responsável pela ad-ministração pública, contendo piano, sofá e lareira. A casa enxaimel é de um camponês trabalhador, e atrás dela há um local com animais de onde a família tirava o sustento”.

Thais Monteiro e Larysssa

Para finalizar, suas observações da cidade de Joinville, os alunos observaram:

“Joinville atualmente está urbaniza-da, porém ainda se encontram vestígios da cultura alemã, como um hotel que eu ob-servamos e que mantém as tradições como a arquitetura típica”

Thais Monteiro Borgese Laryssa Felix Turma: 150

“Por causa do passar dos anos e do aumento da população, a paisagem da ci-dade mudou para suprir as necessidades de seus moradores, deixando pra trás suas origens alemãs”.

Maria Luiza 153“A cidade de Joinville não tem mais

nada a ver com uma cidade típica alemã, modificou-se bastante com a urbanização e a industrialização. Um turista, por exemplo, se não for ao Museu da Imigração, não vai saber que a cidade foi colonizada pelos alemães”.

Matheus Bahls e Leonardo Leal - 150

Em outubro, o Instituto Estadual de Educação participou da Feira Estadual com os dois projetos ganhadores da Feira do Ins-tituto ocorrida em setembro.

Professor Ricardo Rebonatto Pereira Alunos: Felipe Chaves / Wesley Vais

Disciplinas: Física, Química, Biologia, Geografia

Objetivo Geral: Oferecer uma aprendizagem sig-

nificativa, por meio da experiência vivida durante a elaboração do projeto e propor uma reflexão e conscientização sobre a im-portância da reciclagem.

Objetivo Específico: Reaproveitar resíduos do lixo eletrô-

nicos e desenvolver a criatividade dos inte-grantes dos grupos sobre os novos desafios da ciência nos dias atuais e obter resultados significativos quanto aos mesmos.

Justificativa: Com o aumento populacional tem-

se elevado significativamente a produção de resíduos e a preocupação com sua des-tinação. Visando contribuir com o processo de ensino aprendizagem dos alunos em re-lação a reciclagem dos resíduos eletrônico, elaboramos oficinas para demonstrar como

reaproveitar estes rejeitos.Metodologia:

- O critério utilizado para o desenvolvimen-to do projeto foi a criatividade do corpo docente em aproveitar os resíduos do lixo eletrônico envolvidos no trabalho. - Propor discussões sobre o tema proposto; - Produzir trabalhos a partir das reflexões sobre o próprio tema. - Expor os mesmos para o corpo docente e a sociedade.

Resultados Obtidos: -A partir de resíduos sólidos (lixo eletrôni-co) conseguimos com criatividade, com-prometimento, determinação e muito es-forço, elaborar um projeto e a partir dele desenvolver as atividades. -Obtivemos de certa forma um comprome-timento da sociedade com a reciclagem e o destino correto do lixo. -A conscientização, reflexão e comprometi-mento do corpo discente que é o futuro de nossa sociedade.

Pesquisa e Extensão

História & Feira de Ciências e Tencologia

Feira de Ciências e Tecnologia

Resíduos e o Cotidiano

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

12 | Novembro 2010

Artigo

Finalizando o Ano .....

Estamos chegando ao final deste primeiro ano do EMI. Somos todos vitorio-sos! Os alunos, participantes ativos no pro-cesso, foram os grandes motivadores dos professores, pois através de suas críticas, de seus incentivos, de suas alegrias pude-ram ver o resultado final de suas produções e trabalhos. O fato de participarem de um projeto inovador e seus comportamentos exemplares nas viagens culturais, nos in-centivaram a buscar situações diferencia-das de aprendizagem.

Quanto a nós professores, temos a certeza de que os objetivos foram alcança-dos. Neste processo longo que é a educa-ção, percebe-se a mudança de atitude dos alunos, em comparação ao início do ano, quando muitos vieram das mais variadas escolas (IEE, Rede Municipal, outras unida-des escolares da rede Estadual de Ensino), e apresentavam comportamentos, atitudes, interesses e até níveis de aprendizagem to-talmente diversos uns dos outros. Alguns ansiavam por conquistar seu espaço no en-sino médio e apreender um conhecimento

que fosse significativo para as suas vidas enquanto que muitos outros aparentavam uma indiferença aos estudos.

Com o passar do tempo e o apro-fundamento no relacionamento entre professores – alunos - escola o EMI propor-cionou o desenvolvimento de atividades diferenciadas e inovadoras no contraturno, o diferencial buscado no processo ensino-aprendizagem foi aos poucos sendo obser-vado nos alunos, pois mudanças acentua-das estavam ocorrendo nas suas posturas.

É esta transformação, esta mudança de comportamento e atitudes que o aluno vai aos poucos apresentando, a parte mais gratificante para nós professores. Tivemos o privilégio de vivenciar, juntamente com os alunos, esta metamorfose. As mudanças ocorridas com certeza serão muito impor-tantes para a sua vida profissional e sua postura como cidadão.

Estas mudanças não correram so-mente com os alunos. Nós os professores, também, passamos por estas transforma-ções e mudanças, pois iniciar com um gru-

po de professores que antes trabalhavam de forma isolada e autônoma em suas dis-ciplinas, acostumados a serem os donos do saber, e que o aluno era apenas um agente passivo no processo e que ministravam os conhecimentos visando meramente provas futuras (vestibulares, ENEM, Prova Brasil, etc) e totalmente desvinculados da realida-de e interesses dos alunos e comunidade.

Reconhecemos que muitas falhas foram cometidas devido à nossa falta de prá-tica em trabalhar através de projetos diferen-ciados e voltados para a realidade do aluno. Mas a experiência vivenciada este ano, a aprendizagem que tivemos com os nossos alunos, com a amizade e carinho que tornou o grupo de professores e alunos cúmplices no processo, com certeza farão com que nas próximas etapas os interesses dos mesmos entrem em sintonia maior. Com certeza, no próximo ano teremos um EMI muito melhor e voltado cada vez mais aos interesses dos alunos e da comunidade escolar.

Luiz Fernando Rech ChavesProf. de Física

Alimentação SaudávelDesde a antiguidade, o ser humano

ocupa parte do seu tempo em alimentar-se. Dos animais caçados em grupo no neolíti-co e cozidos com a recém dominada tec-nologia da época – o fogo! Até os jantares finos dos restaurantes do século XXI. O ser humano procura sempre por alimentos que satisfaçam suas necessidades básicas. Mas, atualmente, isso não está sendo atingido na sua totalidade em diversos aspectos.

Ter uma alimentação, quando ade-quada e variada, é fundamental para a pre-venção de doenças, principalmente as cau-sadas por deficiências nutricionais, ainda protege contra doenças infecciosas. Por ser rica em nutrientes que podem melhorar as defesas do organismo.

Os nutrientes são compostos quí-micos absorvidos diretamente ou indireta-mente dos alimentos, por exemplo, a água e os sais minerais não passam pelos proces-

sos digestivos, são diretamente absorvidos nos intestinos delgado e grosso. Outros alimentos como os carboidratos, proteínas e lipídios necessitam de ação dos sucos di-gestivos durante o seu trajeto no interior do sistema digestório.

Uma alimentação saudável deve in-cluir uma gama de alimentos que possam abranger todas as necessidades básicas do organismo humano. Portanto, incluir fru-tas, verduras, cereais, legumes, carnes em quantidade controlada, leva a uma adequa-da reposição dos nutrientes utilizados nos processos metabólicos. Por isso uma dieta alimentar saudável deve priorizar estes alimentos, mas que atualmente enfrenta problemas com a propaganda excessiva nos meios de comunicação dos alimentos industrializados e dos “fast foods”.

A opção por alimentos rápidos in-duzida pelas grandes redes de lanches rá-

pidos, tornou-se umas das fontes geradoras de obesidade em vários países. Nos Estados Unidos 31 % da população adulta está acima do peso e no Brasil este índice chega a 20% do total de homens adultos e um terço das mulheres adultas, segundo dados do IBGE. Levando em conta que o excesso de peso provoca diversas doenças, a obesidade hoje tornou-se um caso de saúde pública.

Se não houver uma atitude em re-lação ao controle das propagandas sobre alimentos industrializados e redes de fast foods, promoção de atividades físicas para todas as idades, campanhas de esclareci-mento e também ação por parte das autori-dades competentes, em breve a obesidade tornar-se-á uma epidemia de proporções inimagináveis.

Lourival BernardiProfessor de Biologia

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Novembro 2010 | 13

A sema-na cultural con-tou com quatro oficinas de Físi-ca, com ativida-des abrangendo diversos con-teúdos como

hidrostática, óptica geométrica, dinâmica e máquina a vapor. Os alunos escolheram entre as oficinas Submarino, Câmara Escu-ra, Máquina Térmica e Robótica.

A semana também contou com o apoio da sala de ciências do SESC, com o objetivo de despertar a curiosidade dos alunos para diferentes fenômenos da física, a exposição contou com práticas que iam desde a sobreposição de cores à elaboração de eletroímãs.

Na oficina Submarino o objetivo era demonstrar como funciona a flutuabi-lidade de um submarino a partir da varia-ção da pressão. Com um tubo de caneta bic, vedado em ambas as extremidades e usando contrapeso de clipes de papel, o aluno regula o peso do tubo até igualar com o empuxo. Após encontrar o peso ide-al, coloca-se o tubo dentro de uma garrafa pet e pronto: basta pressioná-la para que o submarino suba ou desça. (Figura 1).

Um robô de serin-gas foi o tema da oficina de Robótica. Um guincho com movimento de rotação e ver-tical foi construído usando como base, o Princípio de

Pascal, o mesmo utilizado em elevadores hidráulicos dos postos de gasolina e no sis-tema de freios e amortecedores dos auto-móveis. (Figura 2).

Oficina de FísicaDesenvolvimento: Dpeto. de Física IEE

“A Floripa de ontem e de hoje: uma análise fotográfica”

Análise Fotográfica - O projeto vi-sou utilizar a fotografia como ferramenta didática no ambiente escolar. Os profes-sores construíram esta oficina pensando na iconografia como uma fonte histórica que bem utilizada torna-se uma excelente ferramenta didática nas práticas pedagógi-cas. O principal objetivo do projeto, foi o de fazer com que os alunos percebessem através da observação crítica de diversas imagens da região, as transformações ocor-ridas na cidade. Através de recortes tem-porais e espaciais diferenciados, os alunos construíram seus próprios olhares sobre estas transformações e contradições, entre o passado saudosista e provinciano da Ilha de Santa Catarina, com a atual Florianópolis do empreendedorismo urbanístico na área do turismo.

O projeto teve como objetivos ana-lisar aspectos econômicos que interferiram nas transformações urbanas de Florianópo-lis; identificar e discutir elementos culturais tão presentes na arquitetura florianopolita-na e analisar aspectos da vida cotidiana da

Floripa de ontem e de hoje. Para tanto, o desenvol-

vimento das atividades ocor-reram da seguinte forma: No primeiro momento os profes-sores de História responsáveis pelo projeto, selecionaram as

imagens, através do uso da internet, arqui-vo público, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Instituto de Planejamen-to Urbano de Florianópolis e outros, com o objetivo de retratar o passado da Ilha de Santa Catarina. Posteriormente foram selecionados os grupos de trabalho para efetuar umas imagens in loco que carac-terizem a atualidade, a fim de se efetuar um confronto entre passado e presente.

Os materiais necessários para a prática das atividades foram: máquinas fo-tográficas, celulares ou outros a fim de cap-tar as imagens necessárias.

O resultado do projeto foi alcan-çado, uma vez que os alunos fizeram a re-lação entre o passado e o presente, perce-bendo criticamente as principais mudanças ocorridas na Floripa de hoje.

Oficina de HistoriaDesenvolvimento: Depto. de História IEE

Semana Multicultural

Física & História

O Instituto Estadual de Educação promoveu nos dias 13, 14 e 15 de outubro a «Semana Multicultural» como o ob-jetivo de promover práticas pedagógicas de aprendizagem significativa como resgate a pesquisa e extensão. Foi uma semana de intensa participação dos alunos nas oficinas e

um grande trabalho desenvolvido pelos professores.Foi um grande exemplo de qualidade de educação

promovida pelos professores, com diversas oficinas. Abaixo relatamos algumas oficinas desenvolvidas pelos professo-res, inclusive, como resgate histórico e cultural do IEE.

A Flutuabilidade do Submarino com o

Princípio de Pascal.História

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O Instituto Estadual de Educação, através da Semana Multicultural, propor-cionou aos seus alunos e professores um momento diferenciado. Por meio de ofi-cinas e apresentações, preparadas pelos diversos departamentos, produziram um conhecimento amplo, mas adquirido de forma lúdica. Os resultados foram superio-res aos esperados, tanto na participação quanto na aprendizagem.

O Departamento de Portu-guês teve a confirmação do interesse e do engajamento dos alunos na participação das oficinas oferecidas. Entre estas, o “Jogo da Argumentação”, produto idealizado pelo MEC para servir de apoio aos alunos partici-pantes da OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTU-GUESA, mostrou-se um sucesso.

Argumentar serve para quê? Perguntas nos são feitas a todo momento. Tomadas de decisão são necessárias. Pon-tos de vista expostos. Argumentar com propriedade, colocando os aspectos positi-vos e negativos de uma questão, é, nos dias de hoje, imprescindível.

O “Jogo da Argumentação” permite que os alunos, discutam questões socialmente relevantes, identifiquem dife-rentes tipos de argumentos, compreendam a necessidade de se buscar subsídios para

a construção de suas próprias opiniões e, ainda, reflitam so-bre a qualidade das informa-ções utilizadas. A visão destes alunos, durante a “disputa”, a concentração, a procura pelo melhor argumento, a defesa com consciência de sua idéia, deu-nos uma mostra do su-cesso desta escolha.

Para concluir, que-remos lembrar a todos que a Língua Portuguesa é rica em palavras e sons, e o professor que sabe

usar desta riqueza conseguirá fazer com que seus alunos tenham prazer em escrever e ler.

Oficina de Língua PortuguesaDesenvolvimento:

Depto. de Língua Potuguesa

As obras de arte expressam, de uma maneira muito particular, o modo como os seres humanos relacionam-se e como orga-nizam o espaço em sociedade.

Através das paisagens retratadas nas obras de arte se reconhece a história da humanidade, suas técnicas de exploração da natureza e de organização do espaço.

A oficina “Arte e Paisagem” reali-zada durante a semana multicultural pelo departamento de geografia, teve dois obje-tivos: mostrar aos alunos que as paisagens

retratadas por artistas de diferentes tempos e lugares contém muitas informações sobre a apropriação da natureza e a transforma-ção do espaço pela sociedade humana, bem como desenvolver habilidades rela-cionadas aos procedimentos de leitura e representação das paisagens.

Foi proposto aos alunos retratar o lugar onde estudam, atividade que abriu espaço para incentivá-los a estabelecer comparações com outros lugares conheci-dos e discutir o que cada paisagem revela.

Os resultados foram além das expectativas propostas, com avaliação conjunta do resultado dos trabalhos o que constituiu mais uma oportunidade de aprendizado e valorização das diferentes formas de expressão.

Oficina de GeografiaDesenvolvimento;

Depto. de Geografia do IEE

Semana Multicultural

Língua Portuguesa & Geografia

Falar, Narrar, “Poetar”Imaginar, Criar,

Estimular.

“Arte e Paisagem”

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Novembro 2010 | 15

Semana Multicultural

Laboratório Informática & Ciências / Biologia

É visível a falta de interesse por parte da maioria dos adolescentes para as ques-tões ligadas a política. Talvez isso seja reflexo da falta de percepção de que, tudo em nossa vida esteja relacionada a ela.

Falamos e discutimos política ape-nas nos períodos que antecedem as eleições e muitas vezes nem isso. A falta de cobrança em relação aos compromissos assumidos em campanhas eleitorais, criou em nossos candidatos a certeza de que não precisa-rão prestar contas aos seus eleitores, pois a maioria deles, ao passar o tempo, nem se lembrarão mais em quem votou, e infeliz-mente essa é a triste realidade.

Cabe então a Escola mudar essa vi-são, formando cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, propiciando ao aluno atividades que desenvolvam nele a cons-ciência política, a criatividade, para que no futuro, possam fazer suas escolhas de forma segura, cumprindo com seu papel, que não é somente o de votar a cada quatro anos, mas sim, o de acompanhar os feitos de seus candidatos, de cobrar deles, a construção de uma sociedade melhor, mais justa e que ofe-reça a todos uma vida mais digna.

Pensando assim, os professores do Departamento de Geografia, Sociologia, Fi-losofia, Ensino Religioso e do Laboratório de Informática, preocupados com a formação da consciência política de seus alunos, ofe-receram à Semana Multicultural, do Instituto Estadual de Educação uma oficina na qual o aluno irá conhecer um pouco mais sobre como atuam nossos representantes políticos, conhecendo os projetos apresentados e rea-lizados por eles por meio de: Transparência Brasil; Ficha Limpa e Voto Consciente.

O intuito da atividade é ampliar a ca-pacidade do aluno em relação as escolhas de seus representantes na escola, na cidade, no estado, no país e na sua vida cotidiana.

Durante a realização da oficina os alu-nos assistiram vídeos, participaram de debates, realizaram pesquisas que sem dúvida contri-buiram para a construção do conhecimento e conscientização em relação ao tema proposto.

Oficina de: Geografia,Sociologia e Ensino Religioso

Desenvolvimento: Na Sala Informatizada.

O Projeto de Reciclagem de lixo, de-senvolvido no Instituto Estadual de Educação tem como objetivo principal difundir e incen-tivar a prática da reciclagem e despertar nos alunos a importância da reciclagem de papel, para a preservação do meio ambiente.

Sabe-se, no entanto, que o papel usado é um material com grande poder de reaproveitamento. Reciclando o papel pode-mos diminuir o volume de lixo, ocasionado pelo desperdício e ainda poupar árvores, pois a celulose é a matéria prima para a fa-bricação do papel.

Para cada tonelada de papel reciclado são poupadas aproximadamente 20 árvores.

Numa linguagem simples e contagian-te os professores propuseram para cada aluno, a elaboração de uma folha de papel reciclado, além da confecção de cartões de natal e blocos de anotações e moldes de animais etc.

Foi exposto na oficina o passo a pas-so e o roteiro da confecção do papel, e no decorrer da oficina também foi abordado o tema sustentabilidade.

Garantir que haja recursos naturais suficientes para a manutenção da vida hu-mana na terra é, sem dúvida, o maior desafio deste século, pois reciclar é respeitar a vida.

A motivação dos participantes possi-bilitou o desenvolvimento da proposta de-monstrada no entusiasmo, na curiosidade, no comportamento e na responsabilidade em relação ao trabalho desenvolvido.

Trabalhar com os interesses das crianças e dos adolescentes, privilegiando a investigação, oportuniza a escola resgatar a sua principal função de ser o lugar da apren-dizagem.

Desta forma, as crianças e adoles-centes buscam novas informações, conheci-mentos e aprendizagens.

Oficina de BiologiaDesenvolvimento:

Depto. de Biologia do IEE

Orientadora: Marinilde Tadeu Karat Expositores: Alci Abemely Costa Junior

Mauricio Rodrigues Disciplina: Biologia

Objetivo Geral: Conscientizar as pessoas sobre a im-

portância e o cuidado que devemos ter com os alimentos. Onde guardar, como ingeri-los, e quando devemos consumir.

Objetivo Especifico: - Falar de alimentos, em geral.- Destacar os perecíveis dos não perecíveis.- Relatar cuidados com a higiene alimentar e conservação dos alimentos relacionando seus benefícios para a saúde humana.- Reconhecer legumes com suas caracterís-ticas.- Executar a preparação de uma experiência.- Determinar a origem de alguns alimentos.- Aprender a escolher alimentos nutritivos e de boa qualidade e a importância de hábi-tos alimentares saudáveis.

Justificativa:Passar, buscar e coletar as maiores

informações possíveis sobre a conservação dos alimentos.

Metodologia: O projeto é desenvolvido utilizando

diversos recursos disponíveis em tecnologia para promover maior interação de seus par-ticipantes com o tema citado. Experiência é o maior foco, e a realização das mesma indivi-dualmente é o nosso maior objetivo, possibi-litando que cada um perceba, no ato da prá-tica, os riscos que os alimentos podem causar quando não utilizados adequadamente.

Resultados Obtidos: Grande entrosamento das pessoas. A experiência foi realizada indivi-

dualmente.Observação e entusiasmo, das pes-

soas, ao ver a proliferação dos fungos e bac-térias nos alimentos.

Ei, Você Cidadão

Reciclagem. Conservação dos Alimentos

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16 | Novembro 2010

Instituto Estadual de EducaçãoEDUCANDO SEMPRE

Missão«Ser uma escola pública com espaço

de apropriação, produção, reflexão, reelaboração de conhecimentos que ofereçam condições objetivas e determinadas para que todos os

envolvidos no processo possam construir sua identidade social na perspectiva

do pleno exercício da cidadania».

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃOEducação Pública de Qualidade

MODALIDADES DE ENSINO:• Educação Infantil• Ensino Fundamental - Anos Iniciais• Ensino Fundamental - Anos Finais• Ensino Médio• Ensino Médio Inovador• Magistério• Magistério - Educação Especial

PROJETOS

Educação Científica:• Laboratórios

Esporte e Cultura:• Centro de Línguas• Judô• Futsal• Vôlei• Basquetebol• Handebol• Ginástica• Dança

Apoio Pedagógico: • Plantão Pedagógico• Proada• Pró-leitura

ENSINO MÉDIO INOVADORUm ano de Crescimento de Todos

Em 2010 o Instituto Estadual de Educação implantou o Ensi-no Médio Inovador, um programa incentivado pelo MEC. Propõe um acréscimo de 200 horas anuais em cada ano do Ensino Médio para atividades de Ciências, Cultura, Tecnologia e Trabalho.

Avaliando o andamento do ano letivo, percebemos que hou-ve um grande crescimento por parte dos alunos e também dos pro-fessores, dos quais destacamos três grandes momentos:

a) Os encontros semanais dos professores para planejamento foram momentos de grande crescimento em conjunto, onde o grupo planejava com a direção da escola as atividades pedagógicas.

b) A aplicação de um simulado promoveu uma recuperação de conteúdo e de notas, fazendo com que o aluno sanasse as dificul-dades no decurso dos trimestres. Também serviu de parâmetro para os professores avaliarem o desempenho de cada aluno de forma in-terdisciplinar, para uma constante reavaliação e replanejamento de conteúdos e de metodologias.

c) As viagens de estudos deram significação e suporte teórico e prático à pesquisa e extensão. Serviu também para melhor intera-ção entre professores e alunos. Isto fez com que os alunos conhe-cessem melhor seus professores e passassem a melhor interagir com eles, sanando algumas dificuldades nas metodologias de cada um. As aulas fluíram mais naturalmente e com maior interesse de todos.

Vendelin S. BorguezonDiretor de Ensino