19

Click here to load reader

Role playing

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Role playing

Ano lectivo 2010/2011Cadeira: Psicologia da Educação

Docente: Helena MarchandTrabalho realizado por: Alice Dias

Ana PaulaMarisa Jesus

Page 2: Role playing

“A educação dos valores não é uma ideia nova.”

SócratesPlatãoEntre outros

Dupla tarefa:- inteligência e conhecimentos;- valores.

DeweyKohlbergPiagetEntre outros

Autonomia moral;Autonomia intelectual.

Objectivos fundamentais da educação

Page 3: Role playing

Metodologia…

Endoutrinação

ProfessoresCurriculum

Escolas

Virtudes do patriotismo

Trabalho

Honestidade

Coragem

Educação do carácter

• Resultados pobres;

•Transposição para o domínio da moralidade da concepção de relatividade de Einstein;

•Comportamentos variam com a especificidade das situações;

•Desenvolvimento do positivismo lógico.

Moralidade «privatiza-se»;A educação dos valores faz parte do currículo escondido

Anos 60…. Clarificação dos valores;

Críticas:- Confunde questões triviais com questões éticas importantes;- Não diferencia o gostar de fazer, do dever fazer;- Baseia-se no relativismo moral

Anos 70…

Cognitivo desenvolvimentista do desenvolvimento moral e de educação moral :

-Rejeita a Endoutrinação e o relativismo ético da clarificação dos valores e evidencia a componente cognitiva da moralidade.

Page 4: Role playing

Método…Participantes:

• 26 crianças (5-6 anos);•Nível Sócio-económico baixo e médio;•1º ano do ensino básico de uma escola pública.

Procedimentos:•Individualmente pré-testadas e pós-testadas/ utilizaram-se histórias morais piagetianas e o método clínico;

•Depois de pré-testadas, 13 crianças de uma classe uma vez por semana ouviam, discutiam e interpretavam histórias piagetianas;

•Sessões duraram 8 semanas;

•A outra classe, com 13 crianças da mesma idade e com os mesmos meios sócio-económicos, seguiram a escolaridade regular, sem sessões de activação, deliberada do desenvolvimento moral.

Page 5: Role playing

Resultados

Alunos que antes da pesquisa já se encontravam no nível autónomo,

intervieram como indutores do conflito sócio – cognitivo, não sendo os seus

resultados considerados no estudo estatístico. Por esta razão os resultados

obtidos não são numericamente idênticos nas diferentes dimensões da

moralidade.

A – Responsabilidade objectiva/subjectiva em situações

de descuido

NíveisPré - teste Pós - teste

G.E. G.C. G.E. G.C.

Autónomo (5) 0 (1) 0 (5) 3 1

Intermédio 0 0 0 1

Heterónom

o8 12 5 11

13 13 13 13

Fig. 1 - Quadro 1

Page 6: Role playing

No G.E.:

• 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo -

Progressos importantes;

•5 mantêm-se no nível heterónomo -Ausência de progressos;

•As crianças autónomas no pré - teste mantiveram-se no mesmo nível no

pós – teste.

No G.C.:

•1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo - Progressos

importantes;

•11 mantêm-se no nível heterónomo - Ausência de progressos.

• A criança autónoma no pré – teste, regrediu no pós-teste para o nível

intermédio.

Conclusão:As crianças que não eram autónomas nos pré-testes, com o teste de Fisher,

não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C.

Os resultados no pós – teste com o teste do Qui-quadrado, pelo contrário,

revelaram algumas diferenças.

O G.E. tende a ser autónomo, enquanto que o G.C. apresenta-se mais

heterónomo.

Homogeneidade no grupos, relativamente ao estado intermédio.

Page 7: Role playing

B – Responsabilidade objectiva/ subjectiva em situações

em que os protagonistas mentem

NíveisPré - teste Pós - teste

G.E. G.C. G.E. G.C.

Autónomo (11) 0 (7) 0 (11) 0 (7)1

Intermédio 1 1 1 0

Heterónom

o1 5 1 5

13 13 13 13

No G.E.:

• 11 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas

mentem no pré - teste;

•Após o teste as 2 crianças não autónomas mantém-se no mesmo nível.

No G.C.:

• 7 crianças – revelam autonomia em situações que os protagonistas mentem

no pré – teste;

•1 criança evolui do nível do nível heterónomo para o nível autónomo –

progressos importantes;

•1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo.

Fig. 2 - Quadro 2

Page 8: Role playing

Conclusão:As crianças, que nos pré – testes, não eram autónomas, com o teste do Qui-

quadrado, neste estado, o G.E. e o G.C. são homogéneos;

Após o teste, as mesmas crianças, não revelam diferenças significativas

(5%);

O G.C. tende a ser mais heterónomo, havendo homogeneidade, entre

grupos, nos níveis autónomo e intermédio.

C – O sentido de justiça em situações de punição

NíveisPré - teste Pós - teste

G.E. G.C. G.E. G.C.

Autónomo (2) 0 (1) 0 (1) 4 (1) 0

Intermédio 0 1 2 1

Heterónom

o11 11 (1) 5 11

13 13 13 13

Fig. 3 - Quadro 3

Page 9: Role playing

No G.E.:

• 3 crianças – evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –

Progressos importantes;

• 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio –

Progressos médios;

• 6 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos.

• De entre as crianças autónomas no pré-teste, uma regride no pós-teste

para o nível heterónomo.

No G.C.:

• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos

médios;

• 11 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos;

•1 criança regride do nível intermédio para o nível heterónomo.

Conclusão:As crianças que nos pré-testes não eram autónomas, com o teste do Qui-

quadrado, não revelaram diferenças significativas entre o G.E. e o G.C.

Nos pós-testes, não há diferenças significativas (5%) entre o G.E. e o G.C.

O G.C. revela tendência a ser mais heterónomo e o G.E. mais autónomo,

havendo homogeneidade entre os grupos, nos níveis intermédios.

Page 10: Role playing

D – Sentido de justiça em situações em que se analisa a

eficácia das punições (punições arbitrárias ou expiatórias/

punições baseadas na restituição/reciprocidade

NíveisPré - teste Pós - teste

G.E. G.C. G.E. G.C.

Autónomo (5) 0 (8) 0 (4) 1 (5) 1

Intermédio 2 2 5 (1) 2

Heterónom

o6 3 3 (2) 2

13 13 13 13

No G.E.:

• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes;

• 2 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos médios;

• 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência de progressos;

• 3 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos

No G.C.:

• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível autónomo – Progressos importantes;

• 2 crianças mantém-se no nível intermédio – Ausência progressos;

• 2 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos;

• Entre os sujeitos autónomos no pré-teste, 1 regride para o nível intermédio e 2 para o

nível autónomo.

Page 11: Role playing

Conclusão:Utilizando teste do Qui-quadrado verifica-se que não existem diferenças

significativas nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C..

Nos pós-testes, também, não revelam diferenças significativas entre o G.E.

e o G.C.

NíveisPré - teste Pós - teste

G.E. G.C. G.E. G.C.

Autónomo (4) 0 (3) 0 (4) 5 (1) 3

Intermédio 1 1 2 (1) 1

Heterónom

o8 9 2 (1) 6

13 13 13 13

E – Sentido da justiça – Igualdade/autoridade

Page 12: Role playing

No G.E.:

• 5 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –

Progressos importantes;

• 1 criança evolui do nível heterónomo para o nível intermédio – Progressos

médios;

• 1 criança permanece no nível intermédio – Ausência de progressos.

• 2 crianças mantém-se no nível heterónomo – Ausência de progressos.

No G.C.:

• 3 crianças evoluem do nível heterónomo para o nível autónomo –

Progressos importantes;

• 1 criança mantêm-se no nível intermédio – Ausência de progressos;

•7 crianças permanecem no nível heterónomo – Ausência de progressos;

• 2 regressões em sujeitos autónomos no pré-teste: um para o nível

intermédio e o outro para o nível heterónomo.

Conclusão:Utilizando o teste de Qui-quadrado, verifica-se que não existem diferenças

significativas, nos pré-testes, entre o G.E. e o G.C.

Nos pós-testes existem diferenças significativas (10%) entre o G.E. e o

G.C.

O G.E. tende a ser mais autónomo, enquanto o G.C. apresenta-se mais

heterónomo, havendo homogeneidade, entre os grupos, nos níveis

intermédios.

Page 13: Role playing

Síntese

A escuta, role-playing e a discussão de histórias inspiradas

na moral de Piaget tem um efeito de maturidade moral no

G.E. (significativo na responsabilidade objectiva/subjectiva

em situações de descuido; autoridade/igualdade) mas não

em outros (responsabilidade quando os protagonistas

mentem; justiça no âmbito das punições), embora o G.E.

tende a ser mais autónomo nestes últimos casos.

Coexistem moralidades de nível diferente na mesma criança

(constrangimento e cooperação), os seus níveis variam de

acordo com os domínios.

Algumas crianças manifestam regressões inesperadas entre

os pré-testes e o pós-testes.

Page 14: Role playing

Considerações finais:

Hipótese

s

Objectivo

1.A escuta role-playing

e discussão de

histórias iria promover

o desenvolvimento

moral das crianças;

2.A natureza dos

progressos

dependeria dos níveis

iniciais de

desenvolvimento em

que as crianças se

encontravam.

Page 15: Role playing

1º hipótese – parcialmente comprovada.Teve um aumento do desenvolvimentomoral estatisticamente significativo emapenas algumas dimensões damoralidade.

2º hipótese – confirmada empiricamenteem alguns casos.Na maior parte das crianças a evoluçãorealizou-se do nível heterónimo para oautónomo – progressos importantes.Algumas crianças evoluiram parcialmente- progressos médios.Algumas crianças não evoluiram emborase situassem em níveis intermédios –ausência de progressos.

Page 16: Role playing

Foram observadas:

• Regressões

inesperadas entre os

pré-testes e os pós-

testes.

Algumas do nível

de autonomia para

o de heteronomia.

As respostas

de autonomia

dadas nos pré-

testes ainda

não eram

estáveis.

Sugere que:

• A coexistência de

níveis de moralidade

diferente nas mesmas

crianças.

A moralidade é dependente dos contextos.

Sugere que:

Page 17: Role playing

Os resultados obtidos tem implicações:

Práticas

Teóricas

“Mostram que intervenções

centradas na escuta, role

playing, e análise crítica de

histórias morais, proporcionam

desenvolvimento relativamente

rápido em diversos domínios

da moralidade”

Informações adicionais às

proporcionadas por Piaget.

Page 18: Role playing

A abordagem cognitivo-

desenvolvimento é uma abordagem

com grandes virtualidades para a

activação do desenvolvimento moral

em sala de aula.

Só resulta se

existir em

clima de

escola.

Os docentes devem

receber uma formação

sobre a teoria estrutural-

construtivista do

desenvolvimento moral e

sobre a utilização do

étodo clínico em sala de

aula.

Page 19: Role playing