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Literatura - Romantismo Contexto histórico Romantismo no Brasil

Romantismo

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Literatura - RomantismoContexto históricoRomantismo no Brasil

Contexto histórico•Revolução francesa (1789):

▫Ascensão da burguesia;▫Ideais iluministas;▫Igualdade, Liberdade, Fraternidade.

•Novo público leitor e produtor (pequena burguesia):▫Necessidade de mudar padrões clássicos;▫Momento de grande rebeldia no meio

intelectual.•Individualismo e subjetivismo:

▫Reação ao racionalismo do iluminismo.•Liberalismo político.

Contexto histórico•Os sofrimentos do jovem Werther – Goethe

(1774):▫Alemanha (tempestade e ímpeto);▫Subjetivismo e negação do racionalismo

(impressões do indivíduo e fuga da realidade);•Romantismo → movimento de reação à

ideologia dominante na época:▫Expansão da imprensa;▫Literatura europeia: caráter inovador;▫Nacionalismo e fortalecimento do indivíduo;▫Rosseau: o mito do bom selvagem.

Aquele que não sofreu as influências do mundo, o verdadeiro nativo.

Características gerais• Subjetivismo:

▫Egocentrismo, impressões do indivíduo.• Liberdade criadora:

▫Procura libertar-se da rigidez das formas clássicas.• Sentimentalismo:

▫Exagero na expressão dos sentimentos do indivíduo.• Evasão:

▫Fuga da realidade.• Idealização da mulher:

▫Pura, virgem, inalcançável.• Culto à natureza:

▫Estado de espírito.• Senso de mistério• Morte

▫Pessimismo, evasão na morte= solução.

Temas relacionados a cemitérios, a ruínas e à própria ideia da morte.

Romantismo no BrasilContexto histórico e gerações românticas (poesia)

Contexto histórico• 1808: Chegada da família real (corte portuguesa);• 1822: Independência do Brasil;• 1836: Publicação de Suspiros poéticos e Saudades,

de Gonçalves Magalhães.• Gerações Românticas:

▫1ª geração: indianista, nacionalista;▫2ª geração: ultrarromântica, mal do século;▫3ª geração: condoreira, hugoana.

Nacionalismo + IndianismoBusca pela

consolidação da pátria

Retorno às raízes

+ Padrões estéticos europeus(Brasil → condição de país colonizado)

1ª Geração - Indianista• Gonçalves Magalhães:

▫“Introdutor” do Romantismo;▫Suspiros poéticos e Saudades → traços do

romantismo, religiosidade, subjetivismo;▫ Indianista (Confederação dos Tamoios).

• Gonçalves Dias:▫Consolidou o Romantismo;▫ Indianismo, natureza pátria, religiosidade,

sentimentalismo, nacionalismo. Lírica (subjetivismo, sofrimento); Nacionalista: Exalta a pátria distante, índio

idealizado. Medieval (poemas em português arcaico,

trovadorismo). Principais obras: Canção do Exílio, I-Juca Pirama.

Redobrando de força, qual redobraA rapidez do corpo gravitante,Vai discorrendo, e achando em seu arcanos Novas respostas às razões ouvidas.Mas a noite declina, e branda aragem Começa a refrescar. Do céu os lumesPerdem a nitidez desfalecendo.Assim já frouxo o Pensamento do índio, Entre a vigília e o sono vagueando,Pouco a pouco se olvida, e dorme, sonha,

Como imóvel na casa entorpecida, Clausurada a crisálida recobraOutra vida em silêncio, e desenvolveEssas ligeiras asas com que um diaEsvoaçará nos ares perfumados,Onde enquanto reptil não se elevara;Assim a alma, no sono concentrada,Nesse mistério que chamamos sonho, Preludiando a vista do futuro,A póstuma visão preliba às vezes!Faculdade divina, inexplicávelA quem só da matéria as leis conhece.

Ele sonha... Alto moço se lhe antolhaDe belo e santo aspecto, parecidoCom uma imagem que vira atada a um tronco,E de setas o corpo traspassado,Num altar desse templo, onde estivera,E que tanto na mente lhe ficara, — "Vem!" lhe diz ele e ambos vão pelos ares. Mais rápidos que o raio luminosoVibrado pelo sol no veloz giro,E vão pousar no alcantilado monte,Que curvado domina a Guanabara.

Cerrado nevoeiro se estendiaSobre a vasta extensão de espaço em tôrno,Cobertando o verdor da imensa várzea;E o topo da montanha sobranceiroParecia um penedo no Oceano.

Trecho de poema de Gonçalves de Magalhães sobre a Confederação dos Tamoios.

Trecho de I-Juca Pirama, de Golçalves Dias.

Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi.

Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. [...]

Meu pai a meu lado Já cego e quebrado, De penas ralado, Firmava-se em mi: Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui!

O velho no entanto Sofrendo já tanto De fome e quebranto, Só qu’ria morrer! Não mais me contenho, Nas matas me embrenho, Das frechas que tenho Me quero valer.[...]

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossas flores têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar - sozinho, à noite -Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morraSem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Canção do Exílio, de Golçalves Dias.

2ª Geração – “Mal do século”•Maior influência: Lord Byron (também

conhecida como geração byroniana);•Subjetivismo/egocentrismo:

▫Eu-lírico fecha-se, insatisfação com a realidade;

•Amor/morte;•Existência:

▫Tédio e melancolia;•Evasão/devaneio:

▫Evasão na natureza ou na morte

2ª Geração – Principais autores• Fagundes Varella:

▫ Cântico do Calvário (obra ao filho que faleceu aos 3 meses de idade);

• Junqueira Freire:▫ Crise religiosa;▫ Angústia;▫ Morte → paz;

• Álvares de Azevedo:▫ Mulher idealizada, inacessível (pureza e sensualidade);▫ Evasão da realidade, mundo de fantasias;▫ Tristeza, amargura, melancolia;▫ Morte: temida, mas vista como alívio às angústias.

• Casimiro de Abreu:▫ Temas: pátria e infância (saudosismo);▫ Deus, natureza, morte,▫ Linguagem simples e marcada pela musicalidade.

Cântico do CalvárioFagundes Varela

Eras na vida a pomba prediletaO ramo da esperança. Eras a estrelaQue entre as névoas do inverno cintilavaApontando o caminho ao pegureiro.Eras a messe de um dourado estio.Eras o idílio de um amor sublime.Eras a glória, a inspiração, a pátria,O porvir de teu pai! – Ah! no entanto,Pomba, – varou-te a flecha do destino!Astro, – engoliu-te o temporal do norte!Teto, – caíste! – Crença, já não vives![...]

A Freira – Junqueira Freire

Eu jovem freira, bem triste choroAqui cosida co'a cruz de Deus.Aqui sozinha, ninguém não sabeDos meus desejos, dos males meus.

Qual no deserto se praz a rola,Cuidam que a freira seja feliz.E a pobre freira, dentro da cela,Ninguém não sabe que se maldiz.

Enquanto a vida não se desdobra,E apenas rompe, róseo botão,A freira insone prateia de astros,Povoa de anjos sua solidão.

Uma palavra que ela profereÉ sempre um ente que ela criou.Uma florzinha que colhe acasoÉ uma amiga que ela encontrou.

Conversa à noite co'a estrela vésper,Ama o opaco de seu clarão.E sente chamas que julga dores,E o peito aperta co'a nívea mão.

Ela não sabe que a estrela vésperInflui nas almas lascivo ardor:Que, não sem causa, no tempo antigo,A estrela vésper chamou-se — Amor.

A estrela vésper produz nas virgensEstranho incêndio, vulcão fatal:Quer seja freira — do Cristo filha,Quer seja antiga pagã vestal.

A estrela vésper... Fugi, meninas,Fugi dos raios do seu candor.A estrela vésper influi volúpia,A estrela vésper chama-se — Amor.

(...)

Do marÁlvares de Azevedo

Les étoiles s’allument au ciel, et la brise du soir erre doucement parmi les fleurs: rêvez, chantez et soupirez. - GEORGE SAND

Era de noite: — dormias,Do sonho nas melodias,Ao fresco da viração,Embalada na falua,Ao frio clarão da lua,Aos ais do meu coração!

Ah! que véu de palidezDa langue face na tez!Como teus seios revoltosTe palpitavam sonhando!Como eu cismava beijandoTeus negros cabelos soltos!

Sonhavas? — eu não dormia;A minh’alma se embebiaEm tua alma pensativa!E tremias, bela amante,A meus beijos, semelhanteÀs folhas da sensitivas!

(...)

Trecho de poema da primeira parte de “A lira dos vinte anos”

Meu sonhoÁlvares de Azevedo

EUCavaleiro das armas escuras,Onde vais pelas trevas impurasCom a espada sanguenta na mão?Por que brilham teus olhos ardentesE gemidos nos lábios frementesVertem fogo do teu coração?

Cavaleiro, quem és? — O remorso?Do corcel te debruças no dorso…E galopas do vale através…Oh! da estrada acordando as poeirasNão escutas gritar as caveirasE morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,Cavaleiro das armas escuras,Macilento qual morto na tumba?…Tu escutas… Na longa montanhaUm tropel teu galope acompanha?E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro, quem és? que mistério…Quem te força da morte no impérioPela noite assombrada a vagar?

O FANTASMASou o sonho de tua esperança,Tua febre que nunca descansa,O delírio que te há de matar!…

Meus oito anosCasimiro de Abreu

Oh ! que saudades que eu tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infância queridaQue os anos não trazem mais !Que amor, que sonhos, que flores,Naquelas tardes fagueirasÀ sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais !

Como são belos os diasDo despontar da existência !– Respira a alma inocênciaComo perfumes a flor;O mar é – lago sereno,O céu – um manto azulado,O mundo – um sonho dourado,A vida – um hino d’amor !

Que auroras, que sol, que vida,Que noites de melodiaNaquela doce alegria,Naquele ingênuo folgar !O céu bordado d’estrelas,A terra de aromas cheia,As ondas beijando a areiaE a lua beijando o mar !

Oh ! dias de minha infância !Oh ! meu céu de primavera !Que doce a vida não eraNessa risonha manhã !Em vez de mágoas de agora,Eu tinha nessas delíciasDe minha mãe as caríciasE beijos de minha irmã !

3ª Geração – Condoreira / Hugoana•Condor (ave) → símbolo da liberdade;• Influência de Victor Hugo;•Poesia social e libertária.•Sousândrade:

▫Nativo americano: herói sacrificado pelos conquistadores;

▫Simpatia pelas lutas anticoloniais;▫Denuncia as contradições do capitalismo;▫Problemática internacional.▫Guesa errante: poema épico.

Lenda do povo Inca; Índio destinado à peregrinação; Mistura línguas nativas e inglês americano.

3ª Geração – Condoreira / Hugoana•Castro Alves:

▫Características do romantismo + universalização;

▫Amor, mulher, morte, sonho, “eu”;▫República, abolicionismo, igualdade, luta

de classes;▫Concretização da mulher;▫Poesia social e influências internacionais:

Pensamento republicano; Decadência da monarquia; Socialismo; Positivosmo.

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas Ao quente arfar das virações marinhas, Veleiro brigue corre à flor dos mares, Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? Neste saara os corcéis o pó levantam, Galopam, voam, mas não deixam traço.

[...]

Homens do mar! ó rudes marinheiros, Tostados pelo sol dos quatro mundos! Crianças que a procela acalentara No berço destes pélagos profundos! Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta selvagem, livre poesia Orquestra — é o mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas cordas assobia... ..........................................................

O navio negreiro

Castro Alves

[...]

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano! Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano Como o teu mergulhar no brigue voador! Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras! É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ... Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

[...]

Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes Embuçado nos céus? Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o infinito... Onde estás, Senhor Deus?...  [...]

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!... A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortesã. Artista — corta o mármor de Carrara; Poetisa — tange os hinos de Ferrara, No glorioso afã!... 

Sempre a láurea lhe cabe no litígio... Ora uma c'roa, ora o barrete frígio Enflora-lhe a cerviz. Universo após ela — doudo amante Segue cativo o passo delirante Da grande meretriz. 

Vozes d’AfricaCastro Alves

Talhado para as grandezas, Pra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos músculos Sente a seiva do porvir. — Estatuário de colossos — Cansado doutros esboços Disse um dia Jeová: "Vai, Colombo, abre a cortina "Da minha eterna oficina... "Tira a América de lá". [...]

Por isso na impaciência Desta sede de saber, Como as aves do deserto As almas buscam beber... Oh! Bendito o que semeia Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar! O livro caindo n'alma É germe — que faz a palma, É chuva — que faz o mar. [...]

O liv

ro e

a

locom

otiv

aC

astro

Alv

es

Vós, que o templo das idéias Largo — abris às multidões, Pra o batismo luminoso Das grandes revoluções, Agora que o trem de ferro Acorda o tigre no cerro E espanta os caboclos nus, Fazei desse "rei dos ventos" — Ginete dos pensamentos, — Arauto da grande luz! ...

Bravo! a quem salva o futuro Fecundando a multidão! ... Num poema amortalhada Nunca morre uma nação. Como Goethe moribundo Brada "Luz!" o Novo Mundo Num brado de Briaréu... Luz! pois, no vale e na serra... Que, se a luz rola na terra, Deus colhe gênios no céu!...

A criação fatal, tudo se erguendoSegundo as circunstâncias? Oh, infernoDa obscura razão — mofa, ludíbrioCom que Deus pisa o homem! Um Deus fez tudo!Um Deus... palavra abstrata, incompreensível...Mas a sinto tão ampla, que me perde!— E então, quem aos mares suspendidosA verdura defende, e que se atiremUns astros sobre os outros? Deus...um DeusAo sol dá cetro e luz, asas ao vento,Leito às águas dormir, delírio ao homemQuando queira abraçá-lo. Dorme o infanteSob os pés de sua mãe, que ama e não sabe:A natureza ao Criador se humilhe.Não tenho alma infinita, porque é cegaÀ verdade imortal: visse ela o eterno —Quanto eu amara! quanto — Eu sou bastardo,Não sei quem são meus pais... se amar não posso,A existência me enfada: enjeito-a, e morro!

HARPA XXXVSousândrade

(Traços da 2ª Geração)

Que ressentiu-se, verdejante e válido,O floripôndio em flor; e quando o ventoMugindo estorce-o doloroso, pálido,Gemidos se ouvem no amplo firmamento!

"E o Sol, que resplandece na montanhaAs noivas não encontra, não se abraçamNo puro amor; e os fanfarrões d'Espanha,Em sangue edêneo os pés lavando, passam (...)

Lindas loas boiantes; o selvagemCala-se, evoca doutro tempo um sonho,E curva a fronte... Deus, como é tristonhoSeu vulto sem porvir em pé na margem!

Talvez a amante, a filha haja descido,Qual esse tronco, para sempre o rio —Ele abana a cabeça co'o sombrioRiso do íris da noite entristecido. (...)

O Guesa (trechos)

Sousândrade

(3ª Geração)

— Os primeiros fizeramAs escravas de nós;Nossas filhas roubavam,LogravamE vendiam após. (...)

(Coro dos Índios:)

— Mas os tempos mudaram,Já não se anda mais nu:Hoje o padre que folga,Que empolga,Vem conosco ao tatu. (...)

A dor foi longa, viu-se a pausa que houve —E continua a Guesa, tristementeA fronte a alevantar, que tão pendenteTaciturna caía —

O Guesa (trechos)

Sousândrade

(3ª Geração)

-O Inferno de Wall Street(O GUESA, tendo atravessado as ANTILHAS, crê-se livre dosXEQUES e penetra em NEW-YORK-STOCK-EXCHANGE; a Voz dosdesertos:)

1— Orfeu, Dante, Enéias, ao infernoDesceram, o Inca há de subir...— Ogni sp'ranza lasciate,Che entrate...— Swedenborg, há mundo porvir?2(Xeques surgindo risonhos e disfarçados em Railroad-managers, Stockjobbers, Pimpbrokers, etc., etc.,apregoando

— Harlem! Erie! Central! Pennsylvania!— Milhão! cem milhões!! mil milhões!!!— Young é Grant! Jackson.Atkinson!Vanderbilts, Jay Goulds, anões! 3(A Voz mal ouvida dentre a trovoada:)

— Fulton's Folly, Codezo's Forgery...Fraude é o clamor da nação!Não entendem odesRailroads;Paralela Wall-Street à Chattám...