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Sala de educador_02_03_2015 (2)

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Governo do Estado de Mato Grosso José Pedro Gonçalves Taques

Secretário de Estado de Educação Permínio Pinto Filho

Secretário Adjunto de Políticas Educacionais Gilberto Fraga

Superintendente de Formação dos Profissionais da Educação Básica Otair Rodrigues Rondon Filho

Coordenador de Formação e Avaliação Edinaldo Gomes de Sousa

Coordenador de Gestão dos Cefapros Ezemar Mourão da Silva

Gerência de Orientação e Monitoramento dos CEFAPROS Daisy Pacheco Primo

Coordenadoria de Formação em Tecnologia Educacional Edevamilton de Lima Oliveira

Colaboradores Argemiro Ires dos Santos

Criseida Rowena Zambotto de Lima Daltron Mauricio Ricaldes Dilma Aparecida Moreira

Eliane Eduarda Anunciacao Graciete Maria Teixeira

Gracindo Rogério Gomes Irene de Souza Costa

Izolda Maria Marques de Siqueira Izolda Strentzke

Joao Lucindo de Souza Kilwangy Kya Kapitango a Samba

Leila Aparecida de Souza Leila Figueiredo de Barros Leticia Antonia de Queiroz

Lucia Ida Oliveira Fortes Pereira Maria Elisa Soares

Mirian Tidori Ishizuka Dornelles Sebastiana de Pereira de M. de Lima

Zilda Muniz dos Santos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica - Cefapros

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1

INTRODUÇÃO

O Projeto Sala de Educador está inserido na política pública de formação do estado de

Mato Grosso. De acordo com o documento intitulado Política de Formação dos Profissionais

da Educação Básica de Mato Grosso,

O Projeto Sala de Educador tem como finalidade criar espaço de

formação, de reflexão, de inovação, de pesquisa, de colaboração, de

afetividade, etc., para que os profissionais docentes e funcionários

possam, de modo coletivo, tecer redes de informações,

conhecimentos, valores e saberes apoiados por um diálogo

permanente, tornando-se protagonistas do processo de mudança da

sua prática educativa. (MATO GROSSO, p. 23-24, 2010).

Diante de tais condições propiciadas a esses profissionais da educação, há o imperativo

de que, nos encontros formativos, haja um olhar criterioso sobre os resultados das avaliações

externas e internas que mensuram a proficiência dos alunos, utilizando-os como diagnóstico

para rever o planejamento das ações educativas na escola com o fim de assegurar o direito de

aprender, conforme previsto nos art. 205 e 208 da Constituição (1988), na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação (LDB, 1996), em seus art. 2 e 4, e no Plano Nacional de Educação (decênio

2011/2020), na meta 7 e em suas estratégias.

Embora as avaliações externas mensurem de modo genérico a aprendizagem em um país

que não possui currículo único, seus resultados podem ser utilizados para a reflexão dos

profissionais da educação, uma vez que não pode haver educador impassível diante de relatórios

tão desfavoráveis à educação no Brasil e, especialmente, em Mato Grosso.

As avaliações internas oportunizam aos profissionais da educação o olhar mais próximo

das necessidades educativas dos alunos, tendo em vista que as questões podem ser elaboradas,

considerando a proposta curricular da escola, as metas elaboradas no Projeto Político

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2

Pedagógico e assumidas como compromisso coletivo para garantir a aprendizagem. Trazer os

resultados dessas avaliações para o estudo no Sala de Educador como componente do

diagnóstico que impõe a tomada de decisões, principalmente quando eles não se mostram

satisfatórios, é o desafio primeiro para tornar os momentos formativos um estímulo à

qualificação que dá sentido à profissão.

Neste Orientativo, a Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação

Básica (Sufp), da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), apresenta as

diretrizes para a elaboração e a execução do Projeto Sala de Educador nas escolas em 2015 e

os critérios de certificação para os profissionais envolvidos. Em nossas práticas, não podemos

perder de vista que “o que vai dar direção de superação para o professor [profissional da

educação] é também o que vai dar sentido, horizonte para o aluno” (VASCONCELLOS, 1996,

p. 52).

DA ELABORAÇÃO DO PROJETO SALA DE EDUCADOR

A elaboração do Projeto Sala de Educador deve ser coletiva. Faz-se necessário retomar

os dados da avaliação das ações de formação realizada no ano anterior, como ponto de partida

para elaborar o de 2015. Inicialmente, essa ação pode acontecer em pequenos grupos, por área

de conhecimento ou etapa/modalidade/especificidade (Educação do campo, Educação Escolar

Indígena, Educação Quilombola, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial,

Diversidades Educacionais, Eixo Profissional) para que analisem e levantem temáticas

necessárias. Posteriormente, cada grupo apresentará suas avaliações, alterações, sugestões e, a

partir de então, estabelecerá a equipe para a construção final do texto do projeto, sob gestão do

Coordenador pedagógico e orientação do formador do Cefapro. A Unidade Escolar deverá

sugerir uma data para o início do Projeto Sala de Educador e aguardar o parecer parcial do

Cefapro para iniciar sua execução. Cabe ressaltar que para o chancelamento dos certificados,

os projetos devem ter obrigatoriamente o parecer final do Cefapro.

Respeitando às particularidades das Unidades Escolares, fica a critério de cada escola,

incluir ou não, nos Estudos do Sala de Educador, os programas federais, desde que haja um

planejamento prévio, com a participação do Cefapro, de forma a não prejudicar os objetivos

traçados pela política de formação continuada para o Sala de Educador. As escolas que já estão

com os Projetos Federais incluídos, deverão avaliar sua continuidade no Projeto Sala de

Educador.

SUGESTÕES PARA ORIENTAR A REFLEXÃO E A (RE)ELABORAÇÃO DO

PROJETO SALA DE EDUCADOR

1. Qual o objetivo do Projeto de formação? Como esse objetivo se configura na nossa

unidade escolar? O objetivo do projeto anterior foi atingido? Em que nível de

satisfação? O que faltou para atingi-lo? O que deve ser melhorado?

2. Refletir sobre a concepção de formação continuada que sustenta a política pública de

formação continuada do estado.

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3

3. A estruturação do(s) grupo(s) de estudo ocorre de forma produtiva? As OCs são

contempladas no planejamento da formação? Que tipo de transposição são pensadas a

partir do Planejamento do Projeto Sala de Educador? Quais questionamentos e

intervenções são necessários?

4. A metodologia do Projeto Sala de Educador é realizada com base no processo de

diagnóstico-intervenção-avaliação?

5. A avaliação do Projeto Sala de Educador é feita de forma periódica? Consegue

apreender as dificuldades de execução do projeto? Como utilizar os dados da avaliação

para melhorar a formação?

6. Como o planejamento e execução do projeto contribuem para a definição de estratégias

de superação dos desafios de aprendizagem apresentadas pelos alunos?

7. O projeto de formação, via sala de educador, está inserido no projeto político-

pedagógico da escola?

O PROJETO DEVE CONTER AS SEGUINTES SEÇÕES

a) Capa (Anexo 1)

b) Introdução – nessa seção deve constar o que é o projeto, em que contexto está inserido,

qual a finalidade da instituição com esse projeto. Sinteticamente, mencionar qual a

concepção de educação que embasa a necessidade de uma formação continuada em

serviço, metodologia e como se apresenta.

c) Justificativa - revelar a importância do projeto de formação continuada para a escola,

com vistas à superação das demandas do processo de ensino e aprendizagem e seus

reflexos na comunidade escolar, contextualizando o diagnóstico das necessidades

formativas e considerando os índices das avaliações internas e externas, as dificuldades

de ensino, de metodologia, de método, de conteúdo para escolha das temáticas de

formação;

d) Objetivo Geral – Iniciar com o verbo (no infinitivo) que esclareça a ação a ser

desenvolvida (ação que seja possível de ser realizada) durante os momentos formativos

do Projeto Sala de Educador.

e) Objetivos Específicos – iniciar com verbos (no infinitivo) que detalhem as ações

necessárias para se alcançar o objetivo geral.

f) Referencial teórico – Explicitar a concepção de Formação Continuada que fundamenta

a elaboração e execução do Projeto. Considerar que os estudos levam em conta as

Orientações Curriculares, o atendimento às áreas/modalidades/especificidades da

Educação Básica e estão em consonância com o PPP da escola.

g) Metodologia – expor o desenvolvimento do Projeto Sala de Educador e a relação das

concepções especificadas acima, com os índices das avaliações internas e externas para

o levantamento das temáticas de formação.

a)organizar os grupos por áreas de conhecimento, modalidades, etapas, eixo profissional

ou grande grupo;

b) apresentar os dias e períodos de trabalho de cada grupo;

c) eleger um mediador de estudo;

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4

d) explicar como serão organizados os materiais para estudo considerando o diagnóstico

da prática, o diagnóstico e a intervenção, explicitando a relação das temáticas de

formação dentro do processo de ensino e de aprendizagem;

h) Recursos – apresentar todos os recursos materiais, humanos, financeiros, tecnológicos

a serem utilizados (xerox, papel sulfite, formadores do Cefapro, laboratório de

informática, software, etc)

i) Avaliação – Apresentar a concepção de avaliação do processo voltada para formação

continuada, o que será feito com os resultados da avaliação e as possíveis ações de

intervenção que visem a melhoria das ações educativas por meio da reflexão entre teoria

e prática.

j) Cronograma (Anexo 2): conterá a data, a organização dos grupos, as temáticas de

estudos e a carga horária, observando o Orientativo do Sala de Educador 2015 que prevê

carga horária total mínima de 80 horas, preferencialmente dividida em 40 horas por

semestre, a ser finalizada prioritariamente até primeira quinzena de novembro de 2015;

k) Referências – apresentar as referências bibliográficas, eletrônicas e multimidiáticas

utilizadas no referencial teórico, seguindo as normas da ABNT.

DOS ATORES DO/NO PROCESSO

Um dos objetivos propostos pela Política de Formação Continuada é fortalecer as ações

de formação no estado de Mato Grosso – Projeto Sala de Educador. Para isso, algumas ações

se fazem necessárias nas diversas instâncias executoras − Seduc/Cefapro/Assessoria e Escolas,

dentre elas:

● Relacionar o que traz a Lei Complementar nº 050/1998, a Lei Complementar nº

206/2004, o Decreto nº 1.395/2008 para as atribuições das funções de Diretor,

Coordenador Pedagógico, Assessores Pedagógicos, Profissionais da Educação e

Profissionais do Cefapro, no que tange à formação continuada e às ações necessárias de

serem desenvolvidas nas e pelas diversas instâncias;

● Atuar como mediador da formação continuada;

● Promover o fluxo de comunicação/informação das ações de formação no espaço entre

Seduc/Cefapro/Assessoria/Escola.

● Utilizar-se da formação como meio para melhorar o desenvolvimento pessoal,

profissional e institucional;

● Promover a relação entre a formação e a transposição didática.

DO COORDENADOR PEDAGÓGICO

● Propiciar acesso ao Orientativo 2015 para o Projeto Sala de Educador a todos os

profissionais da unidade escolar;

● Organizar um momento de estudo desse Orientativo;

● Estabelecer coletivamente o dia e hora de execução do Projeto Sala de Educador e zelar

pelo cumprimento da carga horária mínima correspondente às 80h/ano;

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● (Re)elaborar coletivamente o Projeto Sala de Educador considerando o Projeto Político

Pedagógico;

● Organizar os estudos por áreas de conhecimento, etapas, modalidades, especificidades

(Educação do campo, Educação Escolar Indígena, Educação Quilombola, Educação de

Jovens e Adultos, Educação Especial, Diversidades Educacionais, Eixo Profissional),

ou grande grupo;

● Refletir com os profissionais acerca dos instrumentos diagnósticos (questionários,

entrevistas, atas de resultado final e indicadores da escola) que servirão para escolha das

temáticas de estudo e subsídios para reflexão e intervenção do processo de ensino e de

aprendizagem;

● Facilitar o acesso aos resultados das avaliações internas e externas para realização do

diagnóstico das necessidades formativas e levantamento das temáticas de formação;

● Subsidiar as intervenções necessárias (implantação de projetos mediante análise dos

dados diagnósticos);

● Elaborar, aplicar e divulgar diagnósticos da avaliação da escola;

● Antes do Encontro do Sala de Educador, o coordenador pedagógico deve entrar em

contato (telefone, e-mail, internet) com o Professor Formador responsável por

acompanhar a escola e socializar o planejamento para execução do projeto. O professor

formador, por sua vez, deverá tirar dúvidas e orientar na elaboração do planejamento

para que esteja em consonância com a política de formação continuada do estado;

● Intermediar as dificuldades de ordem teórico-práticas dos profissionais com o Cefapro,

solicitando orientações e/ou outras demandas formativas.

● Quando houver necessidade de fundamentação teórica, incentivar a leitura antecipada

para que o horário do Projeto Sala de Educador seja um momento dinâmico de interação,

diálogo das interpretações sobre o tema e de elaboração de conclusões e propostas de

intervenções.

DO DIRETOR

● Garantir espaço e condições necessários para o desenvolvimento do Projeto Sala de

Educador;

● Possibilitar aos funcionários e professores a participação e desenvolvimento do Projeto

Sala de Educador;

● Participar do Projeto Sala de Educador para colaborar com compartilhamento de

experiências e gerir processos de intervenção com foco na melhoria das ações

educativas.

DOS ASSESSORES PEDAGÓGICOS

● Colaborar com a elaboração do diagnóstico das necessidades formativas considerando

os índices das avaliações internas e externas de cada escola de modo a verificar quais

ações de planejamento as escolas estão realizando para melhorar a proficiência;

● Colaborar com o coordenador pedagógico no levantamento de dados que subsidiarão a

análise do diagnóstico das necessidades formativas dos profissionais de cada escola;

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● Acompanhar se as ações da gestão escolar estão resultando na implementação das

políticas de educação;

● Monitorar a participação dos profissionais no Projeto Sala de Educador, uma vez que

faz parte do cumprimento da hora atividade;

● Orientar a participação de todos os profissionais na formação, de modo que

compreendam seu papel nas ações para a melhoria da educação.

DOS PROFISSIONAIS DAS ESCOLAS

● Ler o Orientativo do Projeto Sala de Educador 2015 e todo o material concernente a

esse projeto;

● Contribuir na elaboração coletiva e colaborativa do Projeto Sala de Educador;

● Inserir-se em um dos grupos de estudos;

● Estar presente na hora e local combinados para o desenvolvimento do Projeto Sala de

Educador;

● Participar da elaboração dos instrumentos diagnósticos, da análise e das intervenções

do grupo, enquanto ação interdisciplinar e/ou ação disciplinar;

● Contribuir com o embasamento teórico e metodológico diante das necessidades

suscitadas pelos diagnósticos, análises e intervenções dos/nos problemas;

● Utilizar os dados fornecidos pelos órgãos federais, estaduais e municipais (IDEB,

SIGA) como apoio para o diagnóstico e tomadas de decisão acerca de seu próprio

processo formativo e intervenções no processo de aprendizagem dos alunos;

● Solicitar ao coordenador pedagógico apoio para as formações pedagógicas, caso o grupo

encontre dificuldades em sua autoformação.

● Utilizar-se da formação como meio para melhorar o desenvolvimento pessoal,

profissional e institucional com vistas à promoção da qualidade no processo de

aprendizagem dos alunos.

QUANTO AO ACOMPANHAMENTO DO CEFAPRO

O acompanhamento do Projeto Sala de Educador será realizado por um professor

formador, distribuídos entre momentos de participação nos encontros do Projeto Sala de

Educador ou em orientação à gestão escolar.

DO PROFESSOR FORMADOR

● Orientar e colaborar com a elaboração do Projeto Sala de Educador;

● Analisar e emitir parecer para autorizar seu desenvolvimento;

● Esclarecer acerca da metodologia do Projeto Sala de Educador;

● Subsidiar as necessidades teórico-metodológicas dos grupos;

● Estabelecer a prática da reorganização semestral do Projeto Sala de Educador mediante

avaliação;

● Organizar as estratégias de acompanhamento das ações de formação;

● Orientar e avaliar as ações de formação;

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● Orientar a utilização dos resultados da avaliação das ações de formação, de modo a

melhorá-las;

● Promover sempre as intervenções necessárias como forma de contribuir para melhoria

e desenvolvimento do Projeto Sala de Educador;

● Encaminhar as dificuldades diagnosticadas aos órgãos de competência, caso não sejam

relacionadas à formação continuada;

● Elaborar relatório dos acompanhamentos;

● Analisar relatórios dos projetos;

● Autorizar chancelamento dos certificados do Projeto Sala de Educador.

PERÍODO DE ELABORAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO

PROJETO

PERÍODO DE ELABORAÇÃO

● De 02.03.2015 a 30.03.2015 a escola deverá elaborar o Projeto Sala de Educador e seus

subprojetos de acordo com as áreas/modalidades/especificidades (Educação do campo,

Educação Escolar Indígena, Educação Quilombola, Educação de Jovens e Adultos,

Educação Especial, Diversidades Educacionais, Eixo Profissional);

● O Projeto Sala de Educador deve ser encaminhado para o Cefapro até o dia 31.03.2015;

● Os Cefapros terão 10 (15.04.2015) dias úteis, após o recebimento do Projeto, para

procederem às devolutivas às escolas, encaminhando um Parecer para o início do

Projeto. O Parecer poderá ser:

● Parcial − se houver necessidade de a escola, realizar as alterações indicadas pelo

professor formador. Neste caso, a escola, deverá reenviar ao Cefapro num prazo de 05

dias úteis (24.04.2015). O Cefapro, por sua vez, deve emitir o Parecer Final em no

máximo 05 (04.05.2015) dias úteis.

● Final – se não houver necessidade de a escola realizar alterações no Projeto. Nesse caso,

a data de início de execução do Projeto será 15.04.2015.

● O chancelamento dos certificados do Projeto Sala de Educador estará condicionado à

entrega do Projeto final, no prazo previsto nesse Orientativo.

DO ACOMPANHAMENTO DA FORMAÇÃO

Aos Cefapros, cabem as ações de acompanhar, orientar e realizar as intervenções

necessárias à implementação da Política de Formação nas escolas. Para tanto, algumas

investigações mostram que, sem “acompanhamento” adequado, não há avanços no processo

formativo e até mesmo períodos de desânimo perante os obstáculos encontrados (DE KETELE,

et al., 1994). Fatos esses que faz com que os formandos acabem por participar da formação

continuada, apenas motivados pela certificação.

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Diante dessa discussão, o que deve ser considerado na tarefa do “acompanhamento”,

nas atividades de formação?1 Primeiramente, é bom relembrar o significado de alguns

termos2que completa o sentido da palavra “acompanhar” a formação:

a) acompanhar: v.t. Ir junto com, seguir, reconduzir: acompanhar uma visita até a

porta./ Fazer companhia: acompanhar os amigos./ Observar a marcha, a

evolução, o desenvolvimento / Ser da mesma opinião que./ Participar dos

mesmos sentimentos de alguém.

b) assessorar: v.t. Servir de assessor, auxiliar.

c) orientar: v.t. Dirigir, guiar, encaminhar. / Marinha. Acertar as vergas de forma

a que o vento impulsione bem as velas.

d) intervir: v.i. Tomar parte voluntariamente: intervir nas negociações. / [...],

tornar-se mediador: intervir numa discussão.

A reflexão sobre cada palavra faz-se necessária pela amplitude do significado que se

quer dar ao “acompanhamento da formação”, indo além da condição de acompanhar para

legitimar-se em assessorar, orientar e intervir. Esse processo deve acontecer nas diversas

instâncias institucionais – Sufp/Seduc/Cefapros/Escolas.

Para tanto, orienta-se que o acompanhamento3 seja realizado da seguinte maneira:

1 Antes do acompanhamento: cabe ao professor formador avaliar a priori o planejamento do

Sala de Educador que a Escola enviará. Se tem possibilidades de produzir os efeitos esperados

e propostos pela política de formação. Realizar as intervenções necessárias levando em

consideração o diagnóstico da escola e prever intervenções problematizadoras. O objetivo dessa

atividade é ajudar o coordenador pedagógico ou mediador do grupo de estudo a definir a

temática e as atividades de formação, para não se perder de vista o planejamento inicial e as

reais necessidades de formação.

Para esse momento do acompanhamento da elaboração do projeto de formação, os

professores formadores têm o desafio de fazer uma análise do diagnóstico levantado no Projeto

Político Pedagógico – PPP, pela escola, relacionando com as temáticas de estudos propostas no

Projeto Sala de Educador. Cabe questionar se para levantar as temáticas de estudos, estão sendo

considerados os avanços conquistados no processo de formação e, principalmente, as

dificuldades encontradas na prática pedagógica. Quando se faz o diagnóstico das necessidades

formativas, se consideram as dificuldades de elaboração e de execução do planejamento

escolar? Se consideram as necessidades formativas com vistas à qualificação do processo de

aprendizagem? Reflete-se acerca das dificuldades de ensino dos conteúdos? Discutem-se as

escolhas dos métodos e estratégias mais adequadas para ensinar na diversidade existente em

sala de aula? Analisam-se os procedimentos pertinentes para alcançar os objetivos, capacidades

e descritores definidos nas OCS para cada a Educação Básica? Dialogar com a escola sobre se

a escolha do tema vai contribuir para resolver as problemáticas enfrentadas, ou se é preciso

alguma alteração. Se houver necessidade, sugerir leituras e reflexões que possam enriquecer a

formação, compreender a dinâmica existente em cada escola, orientando o planejamento e sua

execução.

1 COSTA, (2015), no prelo

2 http://www.dicionariodoaurelio.com/

3 Conforme estudos de COSTA (2015), no prelo

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Essa atividade de análise e feedback pode ser realizada por meio, de telefone ou

internet quando não for possível ir pessoalmente até à escola.

2 Durante o acompanhamento: O professor formador e o coordenador pedagógico ou

coordenador de estudos na escola devem observar o desenvolvimento do planejamento (as

características do locus de formação – o contexto, as pessoas, os recursos, as dificuldades, as

necessidades, as expectativas, os registros, dentre outras). Fazer as intervenções necessárias que

contribuam para com as reflexões da prática (em que contribuiu a formação? Quais dificuldades

ainda se apresentam?). Prestar atenção nas vozes que ficam dispersas, ou por vezes, silenciadas

no grupo, pois são elas, em sua maioria, que demonstram as verdadeiras necessidades de

formação, ou aprofundamento das temáticas em estudo.

Observar se a escolha da temática de formação ajudou a refletir a prática, se existe

articulação entre as ações de formação e as necessidades formativas para resolver os dilemas

da prática. Nesse espaço, deve ser reservado um tempo para reflexão-ação-reflexão das relações

entre as temáticas estudadas no Sala de Educador e a prática (Em que os estudos nesse Projeto

têm contribuído para promover melhorias das ações educativas?). Esse movimento tem a

finalidade de promover a relação entre a formação e a atuação do profissional da/na educação.

3 Após cada encontro: podem ser feitas duas avaliações;

A. Na primeira, após a realização de cada encontro, reúne-se a equipe responsável

pelo planejamento da formação − o professor formador, o coordenador pedagógico, o gestor da

escola e o professor que orienta os grupos de estudos (coordenador de estudos, onde existir),

para refletir sobre as impressões da formação (retomar as observações e anotações realizadas

durante o acompanhamento e discutir se os objetivos foram alcançados, se as estratégias

utilizadas foram adequadas, se os resultados atingidos foram os esperados, as dificuldades

encontradas, a interação e a participação do grupo); Dessa forma, promovem-se reflexões

referentes às necessidades de aprofundar os estudos da atual temática ou seguir o planejamento

inicial. O importante, nesse momento, é considerar os resultados já alcançados. De nada adianta

chegar ao final do ano com o cumprimento da lista de temáticas prevista se não houve melhoria

nos processos de ensino, de aprendizagem, de avaliação, de trabalho colaborativo, de gestão da

escola, de melhoria do espaço educativo, dentre outros.

B. A segunda acontece com os gestores da formação, com a equipe responsável

institucionalmente pela formação. Essa etapa do processo é realizada no Cefapro, entre

professores formadores e equipe gestora do Cefapro, na ocasião em que os formadores retornam

ao Cefapro, após o acompanhamento dos encontros nas escolas de sua responsabilidade. A

atividade será de socialização, reflexão e proposição de compromissos que podem ser

assumidos para melhorar a formação continuada in locus, especificando as expectativas a partir

do planejamento, do acompanhamento e das intervenções realizadas com a análise do Projeto

Sala de Educador de cada escola. Quais avanços o professor formador observou nos grupos de

estudos e no perfil do coordenador pedagógico, ou do professor enquanto coordenador da

formação continuada na escola? E quanto à participação do diretor? Quais dificuldades os

profissionais encontram para desenvolver a formação continuada nas diversas

áreas/modalidades/especificidades? Quais avanços verificados nesse processo? Quais

dificuldades o professor formador têm encontrado para promover e acompanhar a formação

continuada?

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Essa atividade objetiva socializar informações, trocar experiências, levantar a demanda

formativa dos profissionais dos Cefapros, de modo que se possa definir uma política de

formação que atenda melhor às necessidades de formação, tanto desse grupo de formadores,

como dos professores da educação básica.

4 O que fazer com o resultado da avaliação - Os resultados da avaliação são discutidos para

que os profissionais busquem melhorar a formação? O que se faz com os resultados da

avaliação na escola? E no Cefapro?

O que a avaliação da formação precisa é contribuir para evidenciar as necessidades

formativas para melhoria das práticas profissionais. O mecanismo ideal para a melhoria

configura-se na tomada de decisões no processo de avaliação com a finalidade de estabelecer

conexões entre a formação e a prática. A ausência desse procedimento pode comprometer a

credibilidade das formações.

Eis um dos problemas abordados por Vianna (2003) no processo de avaliação: o que

fazer com os resultados obtidos? Uma das iniciativas a ser tomada é produzir resultados que

sejam compreendidos pelos vários segmentos. Para isso, faz-se necessário exercitar a

capacidade de analisar os dados, identificar os problemas e atentar para as implicações desses

na definição e implementação da política de formação. Este autor alerta para a necessidade de

perceber o significado da avaliação e das lições que esta pode propiciar como aprendizagem,

caso contrário poderá ser condenada ao silêncio de um arquivo morto, que pouco, ou nada,

contribuirá para que se mude algo.

DA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO

Os Cefapros e o coletivo da escola realizarão a avaliação das ações de formação

continuada do Projeto Sala de Educador, em dois momento:

1) Deve fornecer informações para o seu desenvolvimento, garantindo sua qualidade ou sua

melhoria. Realizada no processo, seu objetivo é formular metas e prioridades, orientar o

planejamento, guiar as ações e os resultados provisórios. A maneira mais adequada para garantir

uma avaliação formativa de qualidade é o feedback (BOSTON, 2002) que os coordenadores

pedagógicos, e professores formadores devem usar para fornecer orientações para tomadas de

decisão. O feedback, como parte da avaliação formativa, ajuda as pessoas envolvidas a tomar

consciência das lacunas que existem entre as metas desejadas e os conhecimentos que estão

sendo construídos. O tipo mais útil de feedback fornece comentários específicos sobre o que

não vai bem, e sugestões para melhoria. Incentiva a centrar a atenção na tarefa e nos esforços

que se têm que desenvolver para promover melhorias.

2) Deve ser realizada a avaliação Somativa para a responsabilização coletiva e colaborativa (em

que cada grupo de estudo/escola/Cefapro pode definir ações, individuais e/ou coletivas, para

tomada de decisões acerca da melhoria das práticas; certificação da formação, ou para

apresentação dos resultados. Trata-se de avaliação que acorre no final da formação ou num

período determinado. Ela deve reunir e sistematizar as informações previamente recolhidas e

fornecer uma avaliação global do objeto avaliado, seja ele a formação, a ação formativa, a

atuação de cada profissional na escola, do professor formador, da política de formação, dentre

outros. Deve ser útil na determinação da responsabilidade, para levantar a qualidade da

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formação realizada e das orientações pelas várias instâncias – Seduc, Cefapros e Escolas. Dessa

forma, ajudar a aumentar a compreensão dos fenômenos avaliados e tomar as decisões para

apontar que ações precisam ser realizadas por cada profissional ou instância para se alcançar os

resultados pretendidos.

Essas avaliações são necessárias para que se possam tomar decisões fundamentadas, nas

políticas educacionais, visando às melhorias pretendidas.

● A Escola deverá utilizar os dados do processo avaliativo, do desempenho dos

profissionais e alunos como diagnóstico para levantamento das temáticas de formação

e (re)Planejamento, sempre que necessário, do Projeto Sala de Educador;

● O resultado da avaliação da formação também deve ser utilizado como diagnóstico para

elaboração do Projeto Sala de Educador de 2016.

PERIODICIDADE DOS ENCONTROS

● O cronograma dos encontros deve ser organizado coletivamente, obedecendo à carga

horária e à utilização de parte da hora atividade semanal (do professor) para o

desenvolvimento do Projeto Sala do Educador, que terá um total mínimo de 80 (oitenta)

horas no ano letivo, distribuídas, preferencialmente, em 40 (quarenta) horas no primeiro

semestre e 40 (quarenta) horas no segundo semestre;

● Cada encontro deverá durar, pelo menos, 04 (quatro) horas de atividades; (sendo

permitido 03 horas presenciais e 01 hora de transposição didática ou aplicação prática).

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Tendo como ponto de partida os grupos formados para estudos no Projeto Sala de

Educador por área/modalidade/especificidade, esses profissionais devem, nos momentos

destinamos ao Planejamento Didático, definir a métodos ou estratégias tendo em vista, uma

atuação interdisciplinar, transdisciplinar e/ou multidisciplinar. Por exemplo:

● Complexo Temático;

● Projetos de Trabalho;

● Sequência Didática;

● Tema Gerador;

● dentre outras.

Pensar a transposição didática, nesse momento, significa relacionar a formação

realizada no Projeto Sala de Educador com os objetivos das Orientações Curriculares para a

Educação Básica (Mato Grosso, 2012), por meio do planejamento escolar e de sua execução.

Ainda, registrar os resultados alcançados e as dificuldades encontradas, sejam elas de conteúdo

ou de método, para serem socializados nos encontros Sala de Educador, de modo que as

fragilidades do processo de ensino, se transformem em temáticas de estudos. A finalidade com

esta ação é fortalecer o processo de formação continuada no interior da escola e melhorar os

processos de ensino e aprendizagem.

Exemplificando: Um professor relata que em suas turmas tem encontrado dificuldades

com a inserção de alunos com necessidades educativas especiais - surdos. Ele diz que sua

formação não o preparou para isso, que não sabe como ensiná-lo, como avaliá-lo. O

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Coordenador pedagógico, professor formador e os demais profissionais do grupo de estudos

devem estar atentos a esses relatos, pois são eles que revelam as reais necessidades formativas

desse professor, que por muitas vezes, encontram-se silenciadas em falas de resistência ou de

apelo, nem sempre percebidas pelo coletivo.

Portanto, este é o momento de o coordenador pedagógico ou professor mediador de

estudos promover um debate entre os profissionais do grupo, favorecer a reflexão-ação-

reflexão. Caso as dificuldades persistam, planejar situações de intervenção formativa e

pedagógica para aprofundar os conhecimento formativos, pedagógicos, metodológicos, de

trabalho colaborativo e de gestão da educação, para melhoria dos processos educativos.

Os profissionais não docentes devem apresentar uma proposta de intervenção voltada

para resolução de problemas relacionados à sua prática, conforme cargo/função de atuação.

O Coordenador Pedagógico e o Diretor devem estar voltado para o acompanhamento

desse processo de planejamento e intervenção pedagógica e o Professor Formador deve

acompanhar as ações de formação, de avaliação e os resultados da avaliação da formação.

DA SOCIALIZAÇÃO DOS RESULTADOS

● Para finalizar as atividades do Sala de Educador, as escolas de cada município deverão

promover apresentações dos trabalhos desenvolvidos no Sala de Educador em forma de

seminário, organizado pelos Diretores das Escolas, Assessores Pedagógicos e Professor

Formador;

● Para finalizar as atividades do Sala de Educador, os Cefapros poderão promover, no

Polo, um Seminário de fechamento das atividades do Projeto Sala de Educador, com as

apresentações dos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais das escolas, selecionados

nos Seminários dos municípios;

● Esse seminário deve conter, em seu planejamento, apresentação de pôsteres e/ou

comunicações orais das experiências formativas que fundamentaram o desenvolvimento

do Projeto Sala de Educador durante o ano de 2015;

● Os professores que apresentarão seus trabalhos poderão apresentar um texto (artigo,

relato de experiência, portfólio, etc.) que expresse o trabalho desenvolvido e socialize

as experiências pedagógicas;

● Os trabalhos apresentados passarão por avaliação e serão selecionados[2] pôsteres e

comunicações orais de cada escola que poderão ser apresentadas, em seminário no polo

do Cefapro;

● Os trabalhos a serem apresentados no Seminário do polo do Cefapro poderão ser

publicados em CD e divulgados entre as escolas no Estado;

● Os Seminários de fechamento do Projeto Sala de Educador poderão ser certificados pelo

Cefapro, mediante participação nas etapas no município e no Cefapro.

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13

OBSERVAÇÕES

1. PARA TODAS AS ESCOLAS

● De acordo com o Parecer n. 879/UAS/2012 – AD 52, não é autorizada a realização do

Projeto Sala de Educador no horário entre as 11h00 às 13h00min;

● Para as escolas que também atendem no período noturno, recomendamos que,

preferencialmente, não realizem os encontros entre as 17h00 às 18h30min.

2. EXCLUSIVAMENTE PARA AS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

● As temáticas propostas para estudo e reflexão pelo Pacto Nacional de Alfabetização na

Idade Certa – Pnaic poderão compor os estudos dos grupos específicos do Projeto Sala

de Educador, em fase de terminalidade;

● O Projeto Sala de Educador das escolas que aderirem ao Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa – Pnaic - será elaborado, considerando o seu contexto local

e a sua proposta de formação continuada prevista e aprovada pelos Cefapros,

respeitando as decisões do coletivo da escola;

● Os profissionais não docentes das escolas que aderiram ao Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa – Pnaic - deverão constituir grupo específico e apresentar

o seu Projeto, de acordo com as orientações gerais do mesmo.

3. EXCLUSIVAMENTE PARA AS ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO

● As temáticas propostas para estudo e reflexão do Pacto Nacional pelo Fortalecimento

do ensino Médio – Pnfem - poderão compor os estudos dos grupos específicos do

Projeto Sala de Educador;

● O Projeto Sala de Educador das escolas que aderirem ao Pacto Nacional pelo

Fortalecimento do Ensino Médio – Pnfem - será elaborado, considerando o seu contexto

local e a sua proposta de formação continuada prevista e aprovada pelos Cefapros,

respeitando as decisões do coletivo da escola;

● Os profissionais que estiverem participando do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do

Ensino Médio – Pnfem/MEC - participarão dos estudos gerais propostos pelo coletivo

da escola;

● Os profissionais não docentes das escolas que aderirem ao Pacto Nacional pelo

Fortalecimento do Ensino Médio – Pnfem /MEC - deverão constituir grupo específico

e apresentar o seu Projeto, de acordo com as orientações gerais do mesmo.

DA CERTIFICAÇÃO

● Cabe à unidade escolar confeccionar os certificados do Projeto Sala de Educador, que

deverão ser assinados pelo diretor e secretário da Escola, de acordo com o

acompanhamento das ações de formação pela equipe do Cefapro, que fará o

chancelamento, conforme Decreto n.º 1395, de 16 de junho de 2008, Art. 2.º, § único;

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14

● Somente serão confeccionados pela unidade escolar e chancelados pelos Cefapros os

certificados dos participantes que obtiverem o mínimo de 90% de frequência no Projeto

Sala de Educador. Aos participantes com freqüência menor que o mínimo estabelecido

serão emitidos pelas unidades escolares, certificados de participação, como formação

continuada, de acordo com a carga horária efetivamente cumprida;

● As escolas deverão enviar aos Cefapros, na primeira quinzena de novembro, os

certificados com carga horária, identificando a frequência efetivamente cumprida pelo

profissional;

● O coordenador pedagógico que atuar na coordenação dos grupos de estudos receberá a

certificação de coordenador de grupo de estudos do Projeto Sala de Educador,

observando o mínimo de 90% de frequência, não acumulando certificado de

coordenador e de participante e não excedendo a um (01) certificado. Este certificado

será emitido e chancelado pelo Cefapro;

● O diretor da unidade escolar e o Coordenador Pedagógico da escola, deverão se engajar

em um grupo de estudos e se submeter aos mesmos critérios que os demais participantes

para, igualmente, fazer jus à certificação;

● O Cefapro fará a devolutiva dos certificados chancelados, na segunda quinzena de

novembro, ou, em casos excepcionais, quinze dias após a entrega dos certificados ao

Cefapro pela unidade escolar;

● As escolas que incluírem as temáticas do Pnaic e Pnfem no Sala de Educador receberão,

em tempo oportuno, esclarecimentos acerca da certificação.

DO RECURSO FINANCEIRO

A Unidade Escolar deve prever recursos no PPP, conforme a Instrução Normativa do

ano corrente, para garantir os materiais (livros, cadernos de registros, equipamentos etc.)

necessários à execução do Projeto Sala de Educador.

CASOS ESPECÍFICOS

Diante da utilização dos certificados do Projeto Sala de Educador como um dos critérios

no processo de atribuição de cargos e aulas via Instrução Normativa anual, orienta-se:

● O profissional que possuir mais de um cargo e exercê-los integralmente na mesma

unidade escolar deverá utilizar o mesmo certificado para as duas atribuições;

● O profissional que possuir mais de um cargo (mais de um concurso na rede estadual) e

exercê-los em unidades distintas poderá optar por participar do Projeto Sala de Educador

em uma das unidades, levando em consideração o número de aula ou a comunidade

escolar em que mais se identificar, recebendo a certificação integral, se comprovada

90% de assiduidade, caso contrário, receberá o certificado para pontuar no quesito de

formação continuada, não como Projeto Sala de Educador;

● Caso o profissional (efetivo ou interino) seja removido e/ou atribuir aulas em outras

unidades escolares diferentes daquela em que trabalhou e participou do Projeto Sala de

Educador, deve ser garantido o direito de pontuação nesse quesito no processo de

contagem de pontos;

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15

● No processo de contagem de pontos, o profissional somente receberá pontuação

máxima, estabelecida em portaria de atribuição 2015, referente ao Projeto Sala de

Educador quando atingir 90% de frequência. Não atingindo os 90% de frequência, ele

utilizará o certificado para carga horária no quesito de formação continuada, porém, não

como Projeto Sala de Educador.

● O Projeto Sala de Educador de salas anexas, do campo, quilombola e indígena será

desenvolvido em consonância com a realidade local, e seu processo de elaboração será

discutido e validado com a equipe do Cefapro/Sufp, que irá aprová-lo de acordo com a

coerência das especificidades apresentadas no Projeto.

● Situações não contempladas neste Orientativo serão observadas posteriormente por esta

Superintendência para as devidas providências.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O compromisso com a melhoria da prática docente para a garantia do “direito de

aprender” é responsabilidade de todos que respondem pela Educação pública de Mato Grosso.

Ao Cefapro compete a autonomia para intervir no processo, orientando, assessorando e

acompanhando os profissionais das escolas nos desafios diagnosticados. Aos Gestores

Escolares com a sua equipe de profissionais cabe fortalecer a relação com o Cefapro, solicitando

orientação e buscando, nos encontros formativos do Sala de Educador e em outros que se

fizerem necessários, o cumprimento do planejamento coletivamente elaborado. Aos Assessores

Pedagógicos atribui-se a necessidade de incentivar a parceria Cefapro/escola pela melhoria

dos índices de proficiência dos alunos. A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso

orienta que, de modo articulado, cada um dos envolvidos assuma suas responsabilidades pela

melhoria da qualidade da Educação.

Page 18: Sala de educador_02_03_2015 (2)

16

REFERÊNCIAS

BOSTON, C. The concept of formative assessment. Practical assessment, research &

evaluation, 8 (9). [on line]. 2002. Disponível em:

<http:/PAREonline.net/getvn.asp?v=8&n=9> Acesso em: 06/04/2010 2002

BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,

DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1998. 292 p.

________. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em:

23.01.2015.

COSTA, I. S. Avaliação da Formação Continuada – as circunstâncias avaliativas e suas

contribuições para a construção de nova cultura de formação. 2015 (no prelo).

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Plano Estadual de Educação Lei nº

10.111 de 06 de junho de 2014 e Plano Nacional de Educação Lei nº 13.005 de 25 de junho de

2014. Cuiabá: Seduc, 2014.

________. Secretaria de Estado de Educação. Parecer 979/UAS/2012 – AD 52, de 22 de

junho de 2012.

_________. Secretaria de Estado de Educação. Política de formação dos profissionais da

Educação Básica de Mato Grosso. Cuiabá, MT:SEDUC, 2010.

_________. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares. Orientações

Curriculares: concepções para a Educação Básica. Cuiabá, MT: SEDUC/MT, 2010.

__________ . Lei Complementar n. 50, de 01 de outubro de 1998. Dispõe sobre a carreira

dos profissionais da educação básica de Mato Grosso. D.O. 1°.10.98. Mato Grosso MT, 01

out. 1998. Disponível em:< http://www.al.mt.gov.br/TNX/leis.php> Acesso em: 23 mar.

2011.

__________ . Decreto n. 1395, de 16 de junho de 2008. Dispõe sobre a regulamentação da

Lei n. 8.405, de 27 de dezembro de 2005, que trata da estrutura administrativa e pedagógica

dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica do Estado de

Mato Grosso. D.O. 24854. Mato Grosso MT, 16 jun. 2008. Disponível em: Acesso em: 23.01.

2015.

__________ . Lei Complementar nº 206 de 29 de dezembro de 2004. Dispõe sobre alteração

na L.C nº 50, de 1º de outubro de 1998.

VASCONCELLOS, C. dos S. Para onde vão o professor? Coleção subsídios pedagógicos

do Libertad, São Paulo, Edições Loyola, 1996.

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17

ANEXOS

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18

ANEXO I

ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

CENTRO DE FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO BÁSICA - CEFAPRO DE...

ESCOLA ESTADUAL ...

PROJETO SALA DE EDUCADOR: (TÍTULO DO PROJETO)

( MUNICÍPIO DA ESCOLA)

2015

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ANEXO II

CRONOGRAMA DA FORMAÇÃO CONTINUADA

Data Forma de Organização

dos Grupos

Temáticas de Estudos Carga Horária