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Educadores (as) organizados (as) avançam em suas lutas! O cotidiano escolar é marcado por descasos e precarizações que passam pela histórica desvalorização salarial às condições de trabalho: a infra-estrutura das escolas, a saúde dos (as) educadores (as), ao desrespeito das práticas de gestão democrática, a ambientes de trabalho autoritários, assediadores e competitivos e a propostas pedagógicas alheias as comunidades escolares. Esses elementos formam uma realidade caótica nas escolas: professores (as) dando aula nos três turnos para conseguir um salário minimamente decente, grande número de afastamentos médicos, uma rotina escolar focada na avaliação, a sobrecarga de burocracia e falta de condições de formação continuada definida pelo próprio educador. A lista de demandas e problemas na Educação são maiores que esse breve quadro, o que demonstra a complexidade das dificuldades para transformar a situação. Mas quais são as nossas possibilidades de enfrentar esses obstáculos? Qual o papel dos (as) educadores (as) para arrancar suas conquistas? O isolamento e o comodismo/conformismo são os piores inimigos da nossa categoria, pois são entraves que dificultam a organização e reivindicação desde cada escola para superar as adversidades vividas. Isolar-se das lutas coletivas, acomodar-se e conformar-se com as inúmeras dificuldades são atitudes que se contradizem, conforme Paulo Freire, a própria prática docente, pois não contribuem para a transformação de nossas condições de trabalho, tampouco para a melhoria da educação pública brasileira. Sindicalização e Representação por Escola Sendo assim, defendemos que todos os professores estejam sindicalizados, independente da sua opinião com direções sindicais. Os sindicatos são as nossas ferramentas legítimas de luta e ação que pode dar respostas as nossas demandas. Ignorar ou se abster de participar dos espaços sindicais é colaborar para a fragmentação da categoria-que apenas beneficia aos governos e suas propostas -, bem como favorece a constituição de especialistas e de burocracia sindical. Sindicalizar-se não significa estar de acordo com todas as práticas que o CPERS realizou e/ ou realiza, não significa compactuar com a burocracia sindical, tampouco com os casos relatados de manobras políticas, capitulação e partidarização das lutas. Sindicalizar-se, para nós, significa empoderar-se dessa ferramenta de luta, ou seja, participar nos espaços de tomadas de decisões (assembleia, conselhos de núcleo, seminários, congresso, etc) contribuindo com propostas de atuação e levando as problemáticas enfrentadas na realidade das diferentes escolas. Sabemos que nosso sindicato possui diversos problemas que precisam ser enfrentados, porém acreditamos que a vivência sindical e a luta por melhores condições compõem um dos aspectos de nosso trabalho. Portanto, é fundamental a sindicalização e a participação sindical para fortalecer nossas bandeiras de luta e para construir uma ferramenta sindical de base e combativa que de fato de impulsione a força dos professores no caminho de conquistar ganhos para Educação. Em conjunto com a sindicalização, devemos ativar o papel dos (as)representantesde escola. Em cada núcleo, para colaborar com o trabalho dessa direção e descentralizar os espaços de organização, é fundamental que cada escola possa eleger seu(s)representante(s)no sindicato. Mais que um nome meramente figurativo, a representaçãode escola tem papel fundamental de estabelecer um eloentre o núcleo sindical e o local de trabalho para a construção das pautas de lutas.

Sindicalização e Representantes de Escola

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Page 1: Sindicalização e Representantes de Escola

Educadores (as) organizados (as) avançam em suas lutas!

O cotidiano escolar é marcado por descasos e precarizações que passam pela histórica desvalorização salarial às condições de trabalho: a infra-estrutura das escolas, a saúde dos (as) educadores (as), ao desrespeito das práticas de gestão democrática, a ambientes de trabalho autoritários, assediadores e competitivos e a propostas pedagógicas alheias as comunidades escolares. Esses elementos formam uma realidade caótica nas escolas: professores (as) dando aula nos três turnos para conseguir um salário minimamente decente, grande número de afastamentos médicos, uma rotina escolar focada na avaliação, a sobrecarga de burocracia e falta de condições de formação continuada definida pelo próprio educador.

A lista de demandas e problemas na Educação são maiores que esse breve quadro, o que demonstra a complexidade das dificuldades para transformar a situação. Mas quais são as nossas possibilidades de enfrentar esses obstáculos? Qual o papel dos (as) educadores (as) para arrancar suas conquistas?

O isolamento e o

comodismo/conformismo são os

piores inimigos da nossa categoria,

pois são entraves que dificultam a

organização e reivindicação desde

cada escola para superar as

adversidades vividas. Isolar-se das

lutas coletivas, acomodar-se e

conformar-se com as inúmeras

dificuldades são atitudes que se

contradizem, conforme Paulo Freire,

a própria prática docente, pois não

contribuem para a transformação

de nossas condições de trabalho,

tampouco para a melhoria da

educação pública brasileira.

Sindicalização e Representação por Escola

Sendo assim, defendemos que todos os professores estejam sindicalizados, independente da sua opinião com direções sindicais. Os sindicatos são as nossas ferramentas legítimas de luta e ação que pode dar respostas as nossas demandas. Ignorar ou se abster de participar dos espaços sindicais é colaborar para a fragmentação da categoria-que apenas beneficia aos governos e suas propostas -, bem como favorece a constituição de especialistas e de burocracia sindical.

Sindicalizar-se não significa estar de acordo com todas as práticas que o CPERS realizou e/ ou realiza, não significa compactuar com a burocracia sindical, tampouco com os casos já relatados de manobras políticas, capitulação e partidarização das lutas. Sindicalizar-se, para nós, significa empoderar-se dessa ferramenta de luta, ou seja, participar nos espaços de tomadas de decisões (assembleia, conselhos de núcleo, seminários, congresso, etc) contribuindo com propostas de atuação e levando as problemáticas enfrentadas na realidade das diferentes escolas. Sabemos que nosso sindicato possui diversos problemas que precisam ser enfrentados, porém acreditamos que a vivência sindical e a luta por melhores condições compõem um dos aspectos de nosso trabalho.

Portanto, é fundamental a sindicalização e a participação sindical para fortalecer nossas bandeiras de luta e para construir uma ferramenta sindical de base e combativa que de fato de impulsione a força dos professores no caminho de conquistar ganhos para Educação. Em conjunto com a sindicalização, devemos ativar o papel dos (as)representantesde escola. Em cada núcleo, para colaborar com o trabalho dessa direção e descentralizar os espaços de organização, é fundamental que cada escola possa eleger seu(s)representante(s)no sindicato. Mais que um nome meramente figurativo, a representaçãode escola tem papel fundamental de estabelecer um eloentre o núcleo sindical e o local de trabalho para a construção das pautas de lutas.

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Nesse sentido, o (a) representante tem o papel tanto de compartilhar nos conselhos de núcleo as demandas e propostas de sua escola – como falta de professor, casos de assédio moral, entre outros problemas -, quanto de informar e fomentar discussões em sua escola sobre as resoluções e encaminhamentos realizados nesses espaços de decisão sindical. Além disso, é importante que o(a) representante estimule a construção de espaços políticos dentro da escola.

O diálogo entre representantes de escola de uma determinada região formam redes de apoio e ação que favorecem o fortalecimento das lutas que os (as) professores (as)e funcionários(as)travam. A articulação desses representantes com o núcleo é o caminho para uma maior horizontalidade dos espaços sindicais e para que de fato o sindicato seja o reflexo dos anseios da base através das ações que surgem a partir de cada localidade.

A atuação dos(as) representantes das escolas também poderá auxiliar na organização dosprofessores (as)e funcionários(as)por local de trabalho, pois é uma oportunidade de construção de espaços de discussão das demandas e dificuldades enfrentadas, assim como de organização e resistência aos ataques que a categoria vem sofrendo. Nesse sentido, Cada local de trabalho deve ter autonomia de trabalhar sobre suas demandas e dificuldades, em cada escola deve se formar trincheiras de resistência e luta!

Sabemos que essa não é uma tarefa simples, cada escola possuiu sua dinâmica, onde os espaços e as estratégias a serem desenvolvidas podem ser diferentes: espaços em reuniões pedagógicas, convocação de assembleia de professores, formar uma lista de demanda, discussões em conjunto com a direção do núcleo...Entretanto, reforçamos que só existe um caminho para que as nossas condições de trabalho sejam transformadas: organização e luta! Apenas com a nossa força e mobilização será possível arrancar aquilo que nós é de direito: dignidade enquanto professores (as) e qualidade na Educação!

Quem somos?

Somos um coletivo de trabalhadores organizados sindicalmente com objetivo comum de criar uma tendência no movimento a partir do fortalecimento de cada trabalhador em seu lugar de inserção guiados por princípios como democracia de base, ação direta e solidariedade de classe! É uma tendência combativa para o movimento sindical, não para substituir o sindicato, mas para influenciar com uma linha combativa coerente a partir da construção de base. Acreditamos que a luta sindical é a nossa ferramenta para alcançar conquistas, por isso nos unimos e lutamos!

Dados importantes

Os conselhos de núcleo ocorrem a cada um ou dois meses, conforme as demandas;

Os(as) representantes que participarem dos conselhos de núcleo e assembleias gerais receberão do

sindicato um atestado de frequência, o que significa que o dia será abonado e, o RH da escola ou a

Direção deve escrever ou carimbar no ponto de cada um: Assembleia do Cpers, conforme portaria

de 18.03.11, pág. 67.

A escola tem autonomia na escolha de seus representantes, ela poderá ser feita

independentemente da direção sindical. Entretanto, é necessária a realização de uma ATA DE

ELEIÇÃO DOS (AS) REPRESENTANTES, fornecida pelo núcleo. Todos(as) professores(as) e

funcionários(as) poderão votar, porém somente os sindicalizadospoderão assinar a ata;

Cada escola poderá eleger quantos representantes forem necessários. Em geral, as escolas elegem

um representante por turno;

É importante haver representantes dos(as) professores(as) e dos(as) funcionários (as);

Cada escola terá direito a um voto no conselho, independente do número de representantes.

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