1

Click here to load reader

Texto para o blog jose saramago

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Texto para o blog jose saramago

Literatura Portuguesa – As Intermitências da

Morte

Resumo:

Em um país não identificado, José Samarago

desnaturaliza o papel da morte na sociedade.

Na virada de ano, a morte abandona seu ofício e

deixa de matar. História que divide-se em três

partes, na primeira a ausência da morte é vista como

uma benção, com advento da eternidade humana.

Entretanto, a princípio essa população não consegue

enxergar os desdobramentos que o desaparecimento

da morte causaria.

Com o passar do tempo (segunda parte) as pessoas

começam a entender que este fenômeno só acontece

neste país, e o quanto a morte é necessária. Sua

ausência cria implicações e crises sociais, no Estado

(em suas instituições), na economia (falência de

funerárias e lotação em espaços de saúde pública,

por exemplo), na Igreja (já que sem morte não há

ressureição e sem a ressureição não tem por quê a

existência da igreja), e socialmente, no cotidiano. No

medo de só envelhecer, adoecer e não morrer. Com

isso, cria-se um sistema de tráfico, a maphia, que

tem por objetivo auxiliar neste processo que está

interrompido por tempo indeterminado, levando os

doentes para o outro lado da fronteira, para que

possam falecer. Mas isso socialmente é mal visto, já

que a ausência dessas pessoas, para os familiares que

ficam dentro da fronteira, ficam visto como

assassinos.

Na terceira parte a morte ganha forma mais visível

de personagem, decide reaparecer e voltar a matar.

Mas não conta com uma paixão por um músico que

a faz deixar de ser morte, quando decide ficar com

ele.

Temas que podem ser abordados a partir da obra

de José Samarago: Desnaturalização e

estranhamento, e o papel do Estado e sua relação

com as instituições sociais em momento de crise.

José Saramago

Filho de camponês, nasceu

em 16 de Novembro, 1922,

em Azinhaga, uma pequena

povoação situada na

província do Ribatejo, na

margem direita do rio

Almonda, a uns cem

quilómetros a nordeste de

Lisboa. Mudou-se para

Lisboa aos 3 anos de idade.

Foi um escritor,

argumentista, teatrólogo,

ensaísta, jornalista,

dramaturgo, contista,

romancista e poeta

português. Foi galardoado

com o Nobel de Literatura

de 1998.

Faleceu em 18 de Junho de

2010.