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Botânica aplicada ao paisagismo
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PAISAGISMO E TIPOS DE VEGETAIS UTILIZADOS NO
PAISAGISMO
•A finalidade do paisagismo é a integração do homem com a natureza, buscando melhores condições de vida pelo equilíbrio do meio ambiente. Ele abrange todas as áreas onde se registra a presença do ser humano.
•O paisagismo urbano tem por objeto os espaços abertos (não construídos) e as áreas livres, com funções de recreação, amenização e circulação, entre outras, sendo diferenciadas entre si pelas dimensões físicas, abrangência espacial, funcionalidade, tipologia ou quantidade de cobertura vegetal.
•Com o aumento do estresse urbano, a necessidade de estar próximo à natureza tem aumentado.
•As áreas verdes proporcionam áreas de lazer, áreas para prática de esportes, meditação, estudo e entretenimento.
•Nos últimos anos, aumentou a busca de informações sobre como amenizar o “cinza” dos prédios, do asfalto, como anular o efeito da poluição urbana.
•As áreas verdes, os parques, a arborização das ruas, as avenidas, as praças públicas, os clubes, os jardins públicos ou particulares, passaram de locais com algumas plantas dispostas sem nenhum cuidado a locais desenhados e com composições de cores, formas e texturas, proporcionando um visual extremamente amenizador e relaxante.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• Espaço Livre: trata-se do conceito mais abrangente, integrando os demais e contrapondo-se ao espaço construído, em áreas urbanas. A Floresta da Tijuca, localizada dentro da cidade do Rio de Janeiro, é um espaço livre.
•Área Verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas, que exercem apenas funções estéticas e ecológicas também. As árvores que acompanham o leito das vias públicas, não devem ser consideradas como tal, pois as calçadas são impermeabilizadas.
Amparo, SP.
Canteiro central. Pedreira, SP
• Parque Urbano: é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos.
• Praça: como área verde, tem a função principal de lazer. Uma praça, inclusive, pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e encontra-se impermeabilizada ( exemplo, a Praça da Sé em São Paulo; Praça dos 3 Poderes em Brasília).
• Arborização Urbana: diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas, fazem parte da arborização urbana, porém, não integram o sistema de áreas verdes.
• Área Livre e Área Aberta: são termos que devem ter sua utilização evitada, pela imprecisão na sua aplicação.
• Espaço Aberto: traduzido erroneamente e ao pé da letra do termo inglês "open space". Deve ser evitada sua utilização, preferindo-se o uso do termo espaço livre.
Praça• Em uma definição bastante ampla,
praça é qualquer espaço público urbano livre de edificações e que propicie convivência e/ou recreação para seus usuários. Normalmente, a apreensão do sentido de "praça" varia de população para população, de acordo com a cultura de cada lugar. Em geral, este tipo de espaço está associado à ideia de haver prioridade ao pedestre e não acessibilidade de veículos, mas esta não é uma regra.
•No Brasil, a ideia de praça normalmente está associada à presença de ajardinamento, sendo os espaços conhecidos por largos correspondentes à ideia que se tem de praça em países como a Itália, a Espanha e Portugal. Neste sentido, um largo é considerado uma "praça seca".
AS DIFERENTES FUNÇÕES DAS ÁREAS VERDES URBANAS
•As áreas verdes urbanas proporcionam melhorias no ambiente impactado das cidades e benefícios para os habitantes
•A função ecológica - a presença da vegetação, do solo não impermeabilizado e da fauna, com melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo.
•A função social- relacionada com a possibilidade de lazer que essas áreas oferecem à população.
• A função estética- diversificação da paisagem construída e o embelezamento da cidade. Importância da vegetação.
• A função educativa - a possibilidade de oferecer ambiente para desenvolver atividades extra-classe e programas de educação ambiental.
• A função psicológica- as pessoas em contato com os elementos naturais dessas áreas, relaxam, funcionando como anti-estresse. Este aspecto está relacionado com o exercício do lazer e da recreação nas áreas verdes
Tipos de vegetais aplicados ao paisagismo
FAMÍLIA DAS AGAVEÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: plantas lenhosas ou semi-lenhosas, com caules quase sempre eretos e folhas dispostas em círculos.
EXEMPLOS: agave branco, agave americano, agave dragão, agave cinzento etc.
LUMINOSIDADE: toleram sol pleno, ventos e maresia.
USOS PAISAGÍSTICOS: podem ser usados isoladamente ou em fileiras, junto a muros.
Combinam bem com cactos, bromélias, babosa e outras suculentas, junto a seixos, rochas e pedriscos, cascas de madeira.
FAMÍLIA DAS ARÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: plantas em geral lenhosas, trepadeiras ou não, algumas são bastantes grandes e outras ainda, são pequenas e epífitas. A flores se apresentam em inflorescências como lanças, rodeada por uma bráctea (tipo de folha modificada) parecida com uma pétala.
São em geral venenosas, devendo ser usadas com restrição.
EXEMPLOS: antúrio, costela-de-adão, comigo-ninguém-pode, copo de leite, jibóia.
LUMINOSIDADE: não gostam de luz direta. Suportam ar condicionado indireto
USOS PAISAGÍSTICOS: o antúrio (herbácea) é próprio para ambientes internos, varandas, terraços e jardins de inverno.
Costela-de adão: trepadeira, sobe em troncos, pilastras. Pode ser usada também em vasos e forrações, em maciços.
Lírio da Paz
Antúrio
Costela de Adão
Filodendro
FAMÍLIA DAS ARALIÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: arbustivas ou trepadeiras, folhas bastante divididas.
EXEMPLOS: heras, cheflera, árvore da felicidade ou da fortuna.
LUMINOSIDADE: luz solar indireta, embora tolerem o sol brando.
USOS PAISAGÍSTICOS: a hera é muito utilizada para treliças, divisórias, caramanchões.
As arbustivas são ideais para cercas vivas, isoladas.
Árvore da Felicidade ( macho )
Árvore da Felicidade
( fêmea )
Cheflera
Hera trepadeira
FAMÍLIA DAS EUFORBIÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: semi-lenhosas, algumas arbustivas, com seiva leitosa e venenosas, outras parecidas com cactos.
EXEMPLOS: crótons, acalifa, bico de papagaio, coroa de cristo.
LUMINOSIDADE: sol pleno ou meia sombra
USOS PAISAGÍSTICOS: cercas vivas, maciços ou isoladas.
As acalifas são boas para forrações.
A coroa de cristo para bordaduras ao longo de muros.
Bico de Papagaio
Coroa de Cristo
Acalifa
cróton
FAMÍLIA DAS BROMELIÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: plantas em forma de roseta, com crescimento mais no sentido horizontal. Folhas em forma de lança (lanceoladas), algumas com flores, outras com brácteas.
Algumas são epífitas (vivem sobre outras sem parasitar). Só florescem uma vez na vida e depois morrem, quando os filhotes já vem embaixo crescendo.
EXEMPLOS: gravatá, aequiméia, neorgélia, bilbérgia, bromélias.
LUMINOSIDADE: a maioria suporta sol pleno ou luz indireta forte.
USOS PAISAGÍSTICOS: vasos, em cima de troncos, pequenos maciços, combinação com pedras e seixos.
Bromélia
Gravatá
Abacaxi ornamental
Neoregélia (ninho de passarinho)
Aequiméia
FAMÍLIA DAS MARANTÁCEAS CARACTERÍSTICAS: plantas baixas, não lenhosas, folhas em geral coloridas, mas quase sempre insignificantes.
São de interiores. Ar condicionado leve.
Quando anoitece juntam as folhas duas a duas, sendo conhecidas como “plantas rezadeiras”.
EXEMPLOS: calatéia (prateada, pena de pavão e barriga de sapo); maranta; zebrina; tenante.
LUMINOSIDADE: não suportam luz direta muito tempo, nem vento. O ideal é a luz indireta ou sombra.
USOS PAISAGÍSTICOS: margens de caminhos, pés de muro, embaixo de árvores, varandas.
Maranta
Calatheia
Tenante
FAMÍLIA DAS BEGONIÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: plantas herbáceas, folhas assimétricas, porte até 70 cm. São em geral de colecionadores.
EXEMPLOS: begônias rex, imperial, sempre florida, cruz de ferro, etc.
LUMINOSIDADE: luz indireta. Aquelas que produzem flores, necessitam de luz indireta forte.
USOS PAISAGÍSTICOS: vasos, peitoris, ambientes internos a exceção de banheiros.
Begônia híbrida
Begônia
Begônia sempre florida
FAMÍLIA DAS MALVÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: arbustos, árvores semi-lenhosas, flores quase sempre vistosas.
EXEMPLOS: hibiscos, sininho, lanterninha japonesas, malvavisco, algodoeiro da praia.
LUMINOSIDADE: luz solar direta.
USOS PAISAGÍSTICOS: cercas-vivas, maciços, ou isoladas.
Hibisco
Malvavisco
Sininho
FAMÍLIA DAS MORÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: árvores, arbustos, trepadeiras, folhas simples, perenes, com flores minúsculas.
EXEMPLOS: ficos, unha de gato, árvore da borracha
LUMINOSIDADE: sol e meia sombra.
USOS PAISAGÍSTICOS: cercas vivas, isoladas, varandas, salas.
A unha de gato, serve para cobrir muros e paredes externas.
Ficus beijamin
Ficus variegata
Ficus aspera
FAMÍLIA DAS CACTÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: plantas suculentas, as folhas em geral armazenam muita água
EXEMPLOS: mandacaru, cactos.
LUMINOSIDADE: sol pleno, próprias para solos fracos.
USOS PAISAGÍSTICOS: isoladas, cercas vivas, em composição com agaves, bromélias, seixos, pedras e rochas.
Cacto
Cacto bandeira
SAMAMBAIAS
CARACTERÍSTICAS: não lenhosas, sem flores, são em geral epífitas.
EXEMPLOS: renda portuguesa, samambaia americana, de metro, de fita, chifre de veado (boa para troncos, como a bromélia).
LUMINOSIDADE: luz indireta.
USOS PAISAGÍSTICOS: interiores e sombreados dos jardins e embaixo de árvores.
Avenca
Chifre de veado
Samambaia americana
Samambaia de metro
FAMÍLIA DAS RUSCÁCEAS
CARACTERÍSTICAS: não lenhosas, algumas arbustivas, suculentas ou bulbosas. Flores às vezes vistosas.
EXEMPLOS: dracenas, pata de elefante (NOLINAS).
LUMINOSIDADE: em geral toleram bem a luminosidade até o meio dia.
As iucas, sol pleno.
USOS PAISAGÍSTICOS: isoladas, maciços, cerca viva (iucas), caminhos(clorófitos)
Pata de elefante
(nolina)
Dracena tricolor
Dracena vermelha
ROSEIRAS
CARACTERÍSTICAS: são plantas híbridas de muitas gerações. De clima brando (quentes e frios), têm tido bastante sucesso em sua produção no Brasil, inclusive no Nordeste.
Suportam o sol, com regas abundantes, mas sem encharcar.
EXEMPLOS: estão classificadas em mini –rosas, trepadeiras, arbustivas. Existem mais de 35 mil variedades de rosas.
USOS PAISAGÍSTICOS: isoladas, maciços, cerca viva.
Rosa chá
Roseira miniatura
FAMÍLIA DAS PALMEIRAS
CARACTERÍSTICAS: de grande efeito paisagístico, em jardins internos e externos, são típicas das regiões tropicais e semi-tropicais.
O caule raramente se ramifica.
As folhas podem ser em forma de leque (flabeliformes) ou em forma de pena (pinadas).
No ápice apresentam uma uma gema apical (palmito), de onde saem as folhas novas.
EXEMPLOS: o coqueiro é um tipo de palmeira (por causa das raízes deve ser plantado no mínimo a 5 metros da construção, ou até 10 metros distante de outras árvores, de tubulações etc).
Areca-bambu, palmeira imperial, rabo-de-peixe, rhapis, liquala (plissada e a estrela / palmeiras flabeladas).
LUMINOSIDADE: em geral toleram bem a luminosidade plena (evitar luz solar nos primeiros 30 dias depois do plantio).
USOS PAISAGÍSTICOS: as de pequeno porte (rhapis) para interiores.
Médio porte (areca bambu e rabo de peixe, para jardins).
As de grande porte (imperial), para grande áreas.
Palmeira imperial
Palmeira cariota e Palmeira rabo-de-
peixe
Palmeira bambu
Palmeira leque
Palmeira areca-bambu
Palmeira de Bismark Bismarckia nobilis
Palmeira triângulo Dypsis decaryi
Ambiente: Pleno Sol.Clima: Subtropical, Tropical, Tropical de altitude, Tropical úmido.
Época de Floração: Primavera, Verão, Outono.Propagação: Estaquia.Mes(es) da Propagação: Inverno.Persistência das folhas: Permanente.Obs: Floresce principalmente no verão.
Exemplos: Ixora
FAMÍLIA RUBIACEAE
Ixora sp.
Mussaenda sp.
GRAMADOS E FORRAÇÕES
A s forrações servem para cobrir solos, muros, paredes, pergolados, etc.
São plantas herbáceas, rasteiras, geralmente em comunidades densamente enraizadas, com altura até 30 – 45 cm, e não suportam o pisoteio.
Os pisos vegetais são plantas herbáceas, rasteiras, fortemente enraizados e muito resistente a pisoteio, rente ao solo.
Grama azul
Grama esmeralda
Grama pretaPelo de urso
Grama santo agostinho ou
inglesa
Grama amendoim
Grama são carlos
Maria sem vergonha
