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Introdução• A cibercultura propõe uma forte questão antropológica, repensar a dimensão do corpo;
• Ciberarte é a arte comportamental que envolve o corpo em ação, marcada pelos avanços das tecnologias da informática;
• A base desse tipo de produção artística gera um evento comunicacional a partir de um sistema interativo, para o qual artistas programam uma obra que desencadeia uma simbiose entre o sistema biológico e o artificial;
• Os sistemas interativos oferecem rituais antropológicos mediados por tecnologias que expandem a comunicação humana;
• Quando o corpo interage desencadeia rituais comunicativos, pois repete ações que provocam o sistema a receber respostas do ambiente virtual;
• A relação humano / tecnologias interativas provoca uma revolução antropológica para a comunicação e oferece um ambiente social, onde atingimos o reenquadramento da consciência mediante respostas do corpo conectado a tecnologias;
• Na arte interativa, o desenvolvimento tecnológico interessa os artistas na medida que suas descobertas altera o campo de percepção.
Rituais: da pintura do corpo ao uso de interfaces
• O ritual está relacionado está relacionado ao desejo humano de assentir a um mudo espiritual, modificando a condição humana;
• Ao agir, conectados a tecnologias, nos entregamos a um ritual iniciático;
• Durante os rituais, para alcançar estados diferentes de consciência, o corpo é chamado a agir;
• Desde as sociedades primitivas, as pessoas pintam o corpo, usam máscaras, vestem roupas, utilizam instrumentos e artefatos, com uma finalidade mágica;
• A interatividade demanda o envolvimento do corpo, podendo ser relacionada aos rituais performáticos nos quais determinam comportamentos e incorporam identidades através de imagens e sons.
Sistemas Interativos • Na arte interativa, os artistas procuram explorar a interatividade e programar o
sistema no qual a atividade performática do participante desencadeie resposta do sistema.
• A noção de sistema é de máxima importância para se pensar a criação interativa, trata-se de gerar ambiente, onde podemos gerar informações e, a partir de interfaces computacionais, surgem programas com diferentes graus de complexidade para processar sinais e devolvê-los em resposta.
• Para o artista, o que interessa é provocar os limites de um sistema, programando o que vai acontecer na “zona de intervalo” e que não poderia existir sem a presença e a ação do corpo e das tecnologias com as quais se está interagindo. A criação demanda o desenvolvimento do software, interfaces computacionais e hardwares para os sistemas interativos.
• O sistema sozinho não tem vida e precisa do corpo para provocá-lo.
• As questões técnicas que norteiam as produções são:
Modelar, renderizar e iluminarSimulações da naturezaProgramação de interfacesInterfaces: hardware e softwareRedes neuraisRealidade VirtualEmergência e complexidadeMapas genéticos
O animal e o humano• No evento “Growing Things: The Cultures of Nano Tech, Bio Tech, and Eco Tech
Meat Art” realizado em junho de 2000, artistas e cientistas discutiram as possibilidades de gerar novas formas de vida e novas comunicações entre humano/natureza/tecnologia.
• Nesse evento, tentou-se gerar ambientes que mesclam a vida animal e humana à ambientes artificiais que são alterados pelos sistemas interativos.
• “HEARTSCAPES” oferece imersões em um coração virtual comandadas em tempo real pelos batimentos cardíacos convertidos em paradigmas computacionais.
• “INSN(H)AK(R)ES” é um sistema robótico interativo no site
http://artecno.ucs.br/insnakes que utiliza a rede para explorar a relação entre animal/humano/tecnologia.
• A partir das produções comentadas, pretende-se pensar o animal, o humano e o tecnológico, propondo o diálogo dos sistemas naturais e artificiais.