10
Trabalho de português Biografia de Gil Vicente

Trabalho de português 1ºa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Trabalho de português 1ºa

Trabalho de português

Biografia de Gil Vicente

Page 2: Trabalho de português 1ºa

Gil Vicente• Considerado o maior representante da literatura renascentista de Portugal

antes de Camões, Gil Vicente só não é o primeiro dramaturgo português como também fundou uma tradição no teatro que inspirou diversas produções em Portugal, em outros países europeus e no Brasil. Ele viveu entre os anos de 1465 e 1537, não se sabe ao certo a data, segundo dois genealogistas do século XVI.

• Ele também se destacou no cenário português por organizar os espetáculos palacianos, como festejos de casamento, nascimento, recepção de membros da realeza e comemoração de datas cristãs, como a Páscoa e o Natal.

Page 3: Trabalho de português 1ºa

Alguns teóricos acham que Gil Vicente nasceu em Barcelos. Outros, que ele nasceu em Guimarães. Mas muitos especulam que ele nasceu mesmo foi em Lisboa, embora alguns elementos de sua obra não comprovem isto. Casou-se com Branca Bezerra que morreu e o deixou viúvo. Casou-se novamente com Melícia Rodrigues.Sua primeira obra conhecida, a peça “Auto da Visitação”, foi apresentada à rainha D. Maria em 1502 e tinha inspiração na adoração dos reis magos. A peça, além de escrita, foi também encenada por ele. Em 1506, foi apresentada a peça “A Custódia de Belém” para o mosteiro dos Jerônimos.

Page 4: Trabalho de português 1ºa

Grande retrator da sociedade portuguesa do século XVI, Gil Vicente foi um dos maiores autores satíricos. Ele usou em sua obra elementos da cultura portuguesa e personagens do imaginário popular. Também escreveu poemas ao estilo das cantigas dos trovadores medievais. Morreu em lugar desconhecido.

Page 5: Trabalho de português 1ºa

Sonetos• Soneto 005 - Luiz de Camões•

Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Page 6: Trabalho de português 1ºa

Soneto 013 - Luiz de Camões

A legres campos, verdes arvoredos,claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural,discorrendo da altura dos rochedos;

Silvestres montes, ásperos penedos,compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal,já não podeis fazer meus olhos ledos.

E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm.

Semearei em vós lembranças tristes,regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem.

Page 7: Trabalho de português 1ºa

Soneto 080 - Luiz de Camões

Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer te algüa causa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder te,

roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver te, quão cedo de meus olhos te levou.

Page 8: Trabalho de português 1ºa

Soneto 058 - Luiz de Camões

A Morte, que da vida o nó desata, os nós, que dá o Amor, cortar quisera na Ausência, que é contr' ele espada fera, e co Tempo, que tudo desbarata.

Duas contrárias, que üa a outra mata,a Morte contra o Amor ajunta e altera:üa é Razão contra a Fortuna austera, outra, contra a Razão, Fortuna ingrata.

Mas mostre a sua imperial potência a Morte em apartar dum corpo a alma, duas num corpo o Amor ajunte e una;

porque assi leve triunfante a palma, Amor da Morte, apesar da Ausência, do Tempo, da Razão e da Fortuna.

Page 9: Trabalho de português 1ºa

Soneto 160 - Luiz de Camões

Quem jaz no grão sepulcro, que descrevetão ilustres sinais no forte escudo?- Ninguém; que nisso, enfim, se toma tudomas foi quem tudo pôde e tudo teve.

Foi Rei?- Fez tudo quanto a Rei se deve;pôs na guerra e na paz devido estudo;mas quão pesado foi ao Mouro rudotanto lhe seja agora a terra leve.

Alexandre será?- Ninguém se engane;que sustentar, mais que adquirir se estima.- Será Adriano, grão senhor do mundo?

Mais observante foi da Lei de cima.- E Numa?- Numa, não; mas é Joane:de Portugal terceiro, sem segundo.

Page 10: Trabalho de português 1ºa

Fontes:http://www.e-biografias.net/gil_vicente/http://www.infoescola.com/biografias/gil-vicente/

sonetos.com.br