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Controle de Qualidade de
Medicamentos
“Produto farmacêutico,
tecnicamente obtido ou
elaborado, com
finalidade profilática,
curativa, paliativa ou
para fins de diagnóstico.”(www.anvisa.gov.br)
MEDICAMENTO MEDICAMENTO ((AAnvisnvisa)a)
“Qualquer substância
num produto
farmacêutico usada
para modificar ou
explorar sistemas
fisiológicos ou
estados patológicos
em benefício do
recebedor.”(OMS, 1977)
FITOTERÁPICOS:
- “Todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado,
empregando-se, exclusivamente, matérias primas
ativas vegetais com a finalidade terapêutica. São
obtidos empregando-se exclusivamente derivados de
droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato,
suco, e outros).
CATEGORIAS PRINCIPAIS DE REGISTRO CATEGORIAS PRINCIPAIS DE REGISTRO MEDICAMENTOS NA ANVISAMEDICAMENTOS NA ANVISA
SUBSTÂNCIAS QUIMICAMENTE DEFINIDAS
- O medicamento com substâncias quimicamente
definidas faz uso da tecnologia de produção oriunda de
sínteses químicas ou biológicas ou do isolamento de
substâncias da natureza.
ALOPATIA x HOMEOPATIA (?)
CATEGORIAS PRINCIPAIS DE REGISTRO CATEGORIAS PRINCIPAIS DE REGISTRO MEDICAMENTOS NA ANVISAMEDICAMENTOS NA ANVISA
DEFINIÇÕES IMPORTANTESDEFINIÇÕES IMPORTANTES
Formas farmacêuticas Sólidas: pós, granulados,
comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios e óvulos;
Líquidas: soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis e tinturas;
Semi-sólidas: géis, loções, ungüentos, linimentos, ceratos, pastas, cremes e pomadas e;
Gasosas: aerossóis, gases medicinais.
DEFINIÇÕES IMPORTANTESDEFINIÇÕES IMPORTANTES
Especialidade farmacêutica
Medicamento de fórmula conhecida, ação terapêutica
comprovada, em forma farmacêutica estável, embalado
de modo uniforme e comercializada com nome
convencional (nome fantasia).
A especialidade farmacêutica é industrializada e sua
fabricação obedece o regulamento de natureza
governamental.
Pesquisa e Desenvolvimento
de Medicamentos
o Pesquisa básica de um novo composto
o Ensaios pré-clínicos
o Ensaios clínicos
o Registro do medicamento
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MEDICAMENTOSMEDICAMENTOS
Controle de Qualidade
CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE ((AAnvisnvisa)a)
-Conjunto de medidas destinadas a verificar a
qualidade de cada lote de medicamentos e
demais produtos (análises físico-químicas,
microbiológicas e biológicas) , para que
satisfaçam às normas de atividade, pureza,
eficácia e inocuidade.
O controle de qualidade tem ainda outras atribuições,
tais como: estabelecer, validar e implementar seus
procedimentos, avaliar, manter e armazenar os padrões
de referência das substâncias ativas utilizadas; verificar
a correta rotulagem dos recipientes de materiais e dos
produtos; garantir a estabilidade dos princípios ativos e
garantir que os produtos sejam monitorados; participar
da investigação de reclamações relacionadas com a
qualidade do produto e participar no monitoramento
ambiental.
CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE ((AAnvisnvisa)a)
“É impossível fazer controle de qualidade de medicamentos sem
dispor de uma vasta literatura. O levantamento das especificações
e métodos pode ser feito nas farmacopéias, órgãos legais, ou no
próprio departamento de desenvolvimento da empresa.” (Gil, Orlando,
Matias e Serrano, 2005)
CONTROLE DE QUALIDADECONTROLE DE QUALIDADE
Procedimentos Operacionais Padrão são documentos que descrevem com detalhes como executar corretamente um determinado processo, a fim de que este seja repetido sempre com segurança e qualidade.
São necessários à validação, compõem o manual de qualidade da empresa.
CONTROLE DE QUALIDADE - POPsCONTROLE DE QUALIDADE - POPs
Procedimentos Operacionais PadrãoProcedimentos Operacionais Padrão
• Paramentação, Entrada e Saída das Áreas de
Manipulação;
• Conduta dos Manipuladores / Biossegurança;
• Higienização das Mãos;
• Coleta das Amostras;
• Controle de Qualidade Preliminar de Matérias-primas;
• Determinação do pH de Líquidos e Pós;
• Realização dos Testes de Solubilidade;
• Teste de Desintegração;
• Teste de Perda por Dessecação;
• Determinação da Densidade;
CONTROLE DE QUALIDADE DE MATÉRIA-CONTROLE DE QUALIDADE DE MATÉRIA-PRIMA PRIMA (Amaral e Vilela, 2002)(Amaral e Vilela, 2002)
Controle de Qualidade Físico-Químico
Análises de características organolépticas e físico-
químicas: aspecto físico, cor, odor, sabor quando
requerido, cor, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de
fusão, densidade e avaliação do laudo de análise do
fabricante/fornecedor e ensaios de identificação.
CONTROLE DE QUALIDADECONTROLE DE QUALIDADE
Ensaios de autenticidadeIdentificação macroscópica;Identificação microscópica;Ensaios organolépticos;Análise qualitativa do marcador químico.
Ensaios de pureza
Umidade;Cinzas totais;Cinzas insolúveis em ácido.
Ensaios específicos:Amargor, espuma, entumescimento;Matéria orgância estranha;
Análise quantitativa de marcadores químicos,
No caso de Fitoterápicos
ENSAIOS DE QUALIDADEENSAIOS DE QUALIDADE (segundo Gil, Orlando, Matias e (segundo Gil, Orlando, Matias e
Serrano, 2005)Serrano, 2005)Formas farmacêuticas Oficiais* Não-oficiais**
Comprimidos PesoDesagregação
Dureza / Friabilidade
DimensõesAspecto
Cor
Cápsulas PesoDesagregação
Dissolução
AderênciaCor
Resistência ao choque
Suspensões e Emulsões VolumeViscosidade
Taxa de SedimentaçãoGrau de Subdivisão
ComportamentoReológico
Soluções VolumepH
Densidade
Aspecto, cor, odorSedimentaçãoCoacervaçãoViscosidade
Supositórios e óvulos PesoDesintegração
HomogeneidadeIntervalo de fusão
Capacidade de cessão
Pomadas Peso ConsistênciaEquilíbrio de fasesComportamento
Reológico
*Preconizados pelas monografias farmacopéicas **Aplicados voluntariamente, conforme interesse do fabricante
ANÁLISE DA QUALIDADE MICROBIANA
Todas as operações empregadas de forma a possibilitar a contagem e pesquisa de microrganismo devem ser validadas, assegurando a confiabilidade do ensaio.
PRODUTOS NÃO ESTÉREIS - assegura que a carga microbiana contida no produto, seja no aspecto qualitativo ou quantitativo, não compromete a sua qualidade final ou a segurança do paciente.
PRODUTOS ESTÉREIS - O emprego de indicadores físicos, químicos e biológicos é citado como recurso de controle do processo esterilizante. Indicadores físicos baseiam-se em temperatura de fusão dos mesmos, com alteração de cor, quando a autoclave ou o forno atinge uma determinada temperatura.
MÉTODOS DE DOSEAMENTOMÉTODOS DE DOSEAMENTO
Volumetria /Titulometria Espectrofotometria no UV /
Visível Cromatografia em fase gasosa Cromatografia em fase líquida
Cromatografia
Processo pelo qual diferentes solutos são separados por uma dinâmica diferencial de migração, em um sistema contendo uma ou mais fases, das quais uma desloca-se continuamente em uma dada direção e no qual as substâncias exibem mobilidades distintas devido a diferenças de : (www.iq.usp.br)
• adsorsão• partição• solubilidade• pressão de vapor• tamanho molecular• densidade de carga iônica
Varian
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA HPLC / CLAEEFICIÊNCIA HPLC / CLAE
Validação
VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOSVALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS
Quando não existe método analítico validado descrito para determinado fármaco, formulação farmacêutica,
fitoterápico ou outra matriz, é necessário o desenvolvimento da metodologias e validação destas, objeto de pesquisa de muitas Universidades no país.
O mesmo ocorre durante o desenvolvimento de novos medicamentos.
“É impossível pensar em controle de qualidade sem falar de desenvolvimento de metodologia e validação”. (Nájla M. Kassab)“Um dado não validado é apenas um número e não um resultado.” (Leite, 1998)
VALIDAÇÃO VALIDAÇÃO
“Validação significa provar e documentar resultados que indiquem que o método é seguro dentro dos limites estabelecidos e que com sua aplicação se conseguem resultados desejados. Engloba revisão sistemática de
cadeia produtiva, incluindo instalações e equipamentos com o objetivo de garantir o cumprimento dos
procedimentos de forma reprodutível, a fim de que os produtos possam ser fabricados com a qualidade
desejada.” (Orlando e Serrano, 2005)
► ANVISA → Agência Nacional de Vigilância Sanitária
► FDA → US Food and Drug Administration
► USP → United States Pharmacopeia
Garante confiabilidade às medidas obtidas; Normas nacionais e internacionais:
PARÂMETROS DE VALIDAÇÃO
Especificidade
Limite de Quantificação
Limite de Detecção
Sensibilidade
Exatidão
Precisão
Estabilidade
Robustez
Diferenciar compostos na presença de outros.
Menor quantidade determinada com precisão/ exatidão.
Menor quantidade detectada.
Distinguir quantidades próximas.
Concordância entre os valores encontrados e o verdadeiro.
Inalteração dos resultados apesar de pequenas modificações do método.
Constância do analito nas amostras.
Proximidade entre os resultados.
GCP/ICH - Harmonized Tripartite Guideline for Good Clinical Practice,
1996.
FARMACOPÉIA Brasileira, 4 ed. São Paulo: Atheneu, 1988
BRITISH Pharmacopeia, London: Hers Magesty Stationary Office, 1993,
2v.
LOUSANA G. Boas Práticas Clínicas nos Centros de Pesquisa. Rio de
Janeiro: Revinter, 2005
BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária
RDCs . www.anvisa.gov.br
MERCK Index, Twelfth Edition, N.J.: Merck e Co., Inc., 1996.
Referências Bibliográficas