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XXII ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS
MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
UNCME – 19.10.2012 - Gramado
Direito à Educação: Sistema
Nacional e Planos de Educação.
Educação
de Jovens
e Adultos:
políticas públicas
necessárias
CONCEPÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA
As políticas públicas podem ser consideradas como “o Estado em ação” (AZEVEDO, 1997) e sua materialização e implementação como integrantes de uma totalidade maior, ou seja, do projeto de sociedade na qual a mesma está inserida.
Nesse sentido é possível dizer que as investigações no campo das políticas públicas tem como foco, os fins, interesses e prioridades que orientam a atuação do Estado e as interações que são construídas, ou não, com a sociedade nesse processo.
Primeiramente, devemos constatar que
dentre as pessoas com 15 anos ou mais de
idade, cerca de 14 milhões de analfabetas,
15 milhões de não concluintes dos anos
iniciais do Ensino Fundamental e outras 33
milhões não completaram os anos finais.
Ao todo, são mais de 60 milhões de
brasileiros e brasileiras que não tiveram
assegurado o seu direito constitucional à
conclusão da Educação Básica.
Panorama da EJA no Brasil
O Brasil tem uma população de 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não frequentam a escola e que não têm o Ensino Fundamental completo. O número de matrículas na modalidade EJA está em torno de 4.234.956. (PNAD/IBGE, 2009).
Da população com 15 anos ou mais de idade, 13,9 milhões são consideradas analfabetas. (Censo Demográfico/IBGE, 2010).
Do conjunto de 1,468 milhões de inscritos
em 2010, no PBA, apenas 430 mil (29,1%)
foram considerados alfabetizados e há
registros de que apenas 68 mil deram
continuidade aos estudos na EJA (4,5%).
Sabe-se também que 431 mil (29,4%) não
se alfabetizaram.
Superar a perspectiva restrita de
alfabetização, caminhando na direção
da consolidação de uma política
pública que inclua a alfabetização no
âmbito da Educação de Jovens e
Adultos, promovendo a continuidade
entre uma e outra.
A EJA NO PNE:
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
DADOS GERAIS SOBRE O ANALFABETISMO
Por raça, faixa etária, sexo e localização
Centro-Oeste
Sul
Nordeste
Sudeste
Norte
Fonte: Censo IBGE 2010
DADOS GERAIS SOBRE O ANALFABETISMO
Taxa de analfabetismo por UF
Reivindicações dos Trabalhadores apresentadas no I ENEJA (1.999)
o “direito universal à educação básica e à profissional”;
“a gestão dos recursos públicos voltados para a formação profissional - inclusive daqueles que alimentam o Sistema ‘S’- por comissão tripartite composta de governo, empresários e trabalhadores”;
“a redefinição das disposições da LDB no que se refere à educação profissional”;
“a criação de centros públicos de formação profissional”;
“a participação efetiva na formulação de políticas de educação para os trabalhadores”.
É o “trabalhador que deve exigir,
que deve impor
a escola do trabalho”
Antonio Gramsci
QUE TRABALHO?
PARA QUAL SUJEITO?
COM QUE CURRÍCULO?
Demanda de qualificação apresentada pelo SENAI
“52% será de técnicos com formação mais básica (com duração de até 200 horas, nas áreas
eletroeletrônica, metalmecânica, construção civil e automotiva), 26% de técnicos com mais de 200 horas de qualificação, 19% de profissionais com
formação técnica de nível médio e 3% de pessoas com ensino superior”.
(http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI219290-15259,00.html transcrito pela Revista Época 11/3/2011; acesso
abril de 2011).
A desigualdade substantiva em oposição à EMANCIPAÇÃO HUMANA
Autonomia
Cidadania Plena
Emancipação humana
Emancipação política -> direitos civis
Emancipação humana -> individualidades
como forças sociais aptas a promover
mudanças estruturais na sociedade
“a tendência democrática não pode significar apenas que um operário manual se torne qualificado, mas que cada cidadão possa tornar-se governante e que a sociedade o
ponha, ainda que abstratamente, nas condições gerais de poder fazê-lo: a democracia política
tende a fazer coincidir governantes e governados (...) assegurando a cada governado
o aprendizado gratuito das capacidades e da preparação técnica geral a essa finalidade”
(Antonio Gramsci, Caderno 12)
$
Entre 2005 e 2012, orçamento do MEC
dobrou em termos reais, atingindo patamar
de R$ 60 bilhões: 2005 - 3,9% do PIB
2008 - 4,7% do PIB
2009 - 5,0% do PIB
PNE (2012???) - 7,0%/8,0% ou 10,0% do PIB
ESTRATÉGIAS
Necessidade de repensar EJA:
não há como continuar
repetindo mais do mesmo;
FORMAÇÃO
Resgatar a discussão sobre
indicadores para a EJA:
importância de se ter mais e
melhores dados sobre a
situação da EJA; AT
Mobilização dos educandos;
CIDADANIA
Importância de diálogo entre
sociedade civil e governo.
FÓRUNS DE EJA
Segmentos Temas
Construção Coletiva
Universidade
Sindicato
Governo
ONG’s
Estudantes
Mov. Popular
Professores
Sistema “S”
Ambiental
Do campo
Indigena
Etnico-racial
Educação:
Prisional
PNEE
Pescadores
Mulheres Leia mais...
Trocando em miúdos… 10% do PIB que efetive
Ações, estratégias, financiamentos e avaliações bem estruturadas
(o que não existe) = AGENDA TERRITORIAL, ENCCEJA Exame
Nacional para a Certificação De competências de Jovens e Adultos;
Oriundos de uma política nacional de (indução) EJA - e seus
respectivos desdobramentos;
Tais como: equiparação do Custo Aluno-Qualidade Inicial como
padrão mínimo e utilização desse referencial para o
financiamento da educação no Brasil;
Política de elaboração, aprovação e distribuição de material
didático;
Fomento e o incremento na formação de educadores, etc...
POR UMA EJA REPUBLICANA
POR UM PLANO NACIONAL
DE EDUCAÇÃO (2012 ??-2020) COMO POLÍTICA DE ESTADO
“Não devemos chamar o povo à escola para
receber instruções, postulados, receitas,
ameaças, repreensões e punições, mas para
participar coletivamente da construção de um
saber, que vai além do saber de pura experiência
feito, que leve em conta as suas necessidades e
o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe ser
sujeito de sua própria história.” (Freire,2001)