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Educacao de Jovens e Adultos Caderno de Atividades Impressao Ped6 Educacao de Jovens e Adultos

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Pedagogia

Caderno de AtividadesEducação de Jovens e Adultos

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Caderno de AtividadesPedagogia

Disciplina

Educação de Jovens e Adultos

Coordenação do CursoProfessor Msc. Lindolfo Anderson Martelli

AutoraMirella Villa de Araújo Tucunduva da Fonseca

FICHA TÉCNICA

Equipe de Gestão EditorialRegina Cláudia Fiorin

Ana Cristina Ferreira

João Henrique Canella Fiório

Priscilla Ramos Capello

Análise de ProcessosJuliana Cristina e Silva

Flávia Lopes

Revisão TextualAlexia Galvão Alves

Giovana Valente Ferreira

Ingrid Favoretto

Julio Camillo

Luana Mercúrio

DiagramaçãoCélula de Inovação e Produção de Conteúdos

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ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitoraLeocádia Aglaé Petry Leme

Pró-Reitor AdministrativoAntonio Fonseca de Carvalho

Pró-Reitor de GraduaçãoEduardo de Oliveira Elias

Pró-Reitor de ExtensãoIvo Arcangêlo Vedrúsculo Busato

Pró-Reitora de Pesquisa e PósGraduaçãoLuciana Paes de Andrade

Realização:

Diretoria de Planejamento de EAD José Manuel Moran

Barbara Campos

Diretoria de Desenvolvimento de EAD Thais Costa de Sousa

Gerência de Design EducacionalRodolfo Pinelli

Gabriel Araújo

© 2013 Anhanguera Educacional

Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua por-tuguesa ou qualquer outro idioma.

Como citar esse documento:FONSECA, Mirella Villa de Araújo Tucunduva da. Educação de Jovens e Adultos. Valinhos, p. 1-135, 2013. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 17 julho 2013

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

AGORAÉASUAVEZ

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• O percurso histórico da EJA no Brasil.

• Os aspectos políticos e sociais que influenciaram a EJA nos principais mo-mentos históricos no Brasil.

• As principais ideias da proposta pedagógica de Paulo Freire.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual a influência dos interesses políticos e dos interesses dos movimentos sociais populares na trajetória da EJA?

• Quais são os marcos históricos na EJA no Brasil?

• Por que Paulo Freire é uma referência para a EJA?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Um pouco de história da EJA no Brasil

Nos primórdios da história da educação de adultos no país, eram os jesuítas que organizavam e ministravam o ensino, com objetivos delimitados: ensinar a ler e escrever, para a leitura do catecismo e determinações da corte. Com a catequização de indígenas e para os trabalhadores conseguirem cumprir suas obrigações com o Estado, os jesuítas ensinavam as crianças e tinham como finalidade chegar aos pais para catequizá-los. Depois da expulsão dos jesuítas, a educação ficou bastante desorganizada, somente durante o Império, com a necessidade de oferecer educação ao segmento da aristocracia portuguesa, surgiram iniciativas para a educação de adultos, no entanto, essas iniciativas foram pouco significativas para essa modalidade de ensino.

Após a Primeira Guerra Mundial, com a urbanização e a industrialização, tornou-se necessário pensar em uma educação que atendesse à demanda da burguesia, entretanto, esse ensino estava voltado essencialmente para essa nova classe social, a grande maioria continuava analfabeta e marginalizada. Só em 1930 que a Educação de Jovens e Adultos

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LEITURAOBRIGATÓRIA

alcançou prestígio no Brasil, quando a sociedade brasileira passava por modificações, associadas, principalmente, ao processo de industrialização e absorção populacional nos centros urbanos. Embora, neste período, a EJA ainda não fosse vista com resultados efetivos, o oferecimento do ensino básico e gratuito foi muito estimulado pelo Governo, que atribuiu responsabilidades aos Estados e Municípios. Com o fim da revolução de 1930, foi implantado um plano de educação elementar no país, mais precisamente com a Constituição de 1934, criou-se o Plano Nacional de Educação, sendo neste período, a educação de adultos considerada um dever do Estado.

Nas décadas de 1950 e 1960, tornou-se fundamental oferecer educação ao povo, com a finalidade de acompanhar o desenvolvimento que acontecia no país e qualificar a mão de obra para o trabalho nas indústrias. Houve um profundo movimento de educação de adultos e de alfabetização.

No princípio dos anos sessenta, surge uma grande referência para a Educação de Jovens e Adultos: o educador Paulo Freire, anunciando uma pedagogia diferenciada – a educação popular. A educação popular é articulada à ação política em conjunto com os grupos populares, que eram os intelectuais, estudantes, pessoas ligadas à igreja católica. Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Educação.

Neste processo histórico de formação do sujeito, o sonho e a esperança de modificação da sociedade fazem parte constitutiva. Para Freire, a educação deveria ter como fundamentos básicos o respeito ao outro e à aceitação das limitações do outro. Suas contribuições para a educação apontaram o surgimento de novas relações humanas, com base em uma realidade material distinta, com a superação de antigas dicotomias, com a dicotomia entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, prática e teoria, ensinar e aprender, conhecer o conhecimento existente e cria o novo conhecimento, um novo sistema educacional pode então surgir.

Dessa forma, a educação libertadora, torna-se o esforço sistemático a serviço dos ideais de equidade de uma nova sociedade. Se, na antiga sociedade, o seu sistema educacional estava comprometido com a preservação do “status quo”, agora a educação deve-se tornar fundamental ao processo de permanente libertação. Seu método baseia-se na descoberta da realidade; em palavras-chave (geradoras), ou seja, o que é comum ao contexto; tematização (significação contextualizada) e problematização (conscientização). Paulo Freire entendia que a leitura do mundo precede à escrita e a educação pertence ao povo, não aos governos. Para Freire, não há perspectiva de intervenção nem de mudança social sem projeto, sem

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um sonho possível. Em 1964, grupos de educadores articulados conseguiram que fosse aprovado o Plano Nacional de Alfabetização que previa a disseminação de uma nova e ousada proposta pedagógica de alfabetização por todo o Brasil. Logo após esse período, com o golpe militar, essa proposta educacional foi reprimida e pouco se alfabetizou nessa época.

Na década de 1970, ainda no regime militar, é iniciada a ação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), que tinha como objetivo acabar com o analfabetismo em 10 anos. Nesse período, foi implantado o ensino supletivo, que se configurou como um marco importante na EJA, sendo criados Centros de Estudos Supletivos em todo o país, com a proposta de ser um modelo de educação do futuro, atendendo às necessidades de uma sociedade em processo de modernização. O objetivo era escolarizar um grande número de pessoas, mediante um baixo custo operacional, satisfazendo as necessidades de um mercado de trabalho competitivo, com exigência de escolarização cada vez maior.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Navegue pelo site: IBGE.

Fique atento(a) a realidade da educação no Brasil por meio de dados estatísticos.

Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2012.

Leia o artigo: STRECK, Danilo Romeu. Da pedagogia do oprimido às pedagogias da exclusão: um breve balanço crítico.

O artigo tem por objetivo analisar alguns deslocamentos nas práticas pedagógi-cas que correspondem à mudança conceitual ao longo das quatro últimas décadas, mais precisamente desde a formulação da pedagogia do oprimido no fim da década de 1960.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101--73302009000200012&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 29 maio 2012.

VÍDEOS:

Assista aos vídeos: Paulo Freire Contemporâneo – Parte 1 e Parte 2.

O vídeo retrata a vida e obra de Paulo Freire.

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm>. Acesso em: 29 maio 2012.

LINKSIMPORTANTES

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ÍNICIO

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

Ponto de Partida:

A ausência de mudança na estrutura da so-ciedade (concentração da renda, especial-mente) tem gerado a reprodução das de-sigualdades na educação. A fragilidade na política educacional voltada à EJA (formação de professores, infraestrutura para a EJA, material didático) também faz com que os problemas do passado continuem vivos na conjuntura atual. Tome como referência es-sas ideias para elaborar uma síntese deste tema listando os principais movimentos rela-cionados à educação de adultos no século XX.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

A Educação de Jovens e Adultos passou por transformações marcantes na histó-ria. Nos primórdios, a educação dos adul-tos em nosso país, eram os jesuítas que organizavam e ministravam o ensino. Após a expulsão dos jesuítas, a educação ficou bastante desorganizada, somente durante o Império, com a necessidade de oferecer educação ao segmento da aristocracia por-tuguesa, surgiram iniciativas para a educa-ção dos adultos. Foi no princípio dos anos 1960 que foi anunciada uma pedagogia di-ferenciada, com a finali-dade de:

a) Proporcionar a educação para os índios, com a finalidade de resgatar a cultura e o desenvolvimento do país.

b) Oferecer a campanha nacional de erradicação do analfabetismo

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETARESPOSTA DISSERTATIVA

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c) Apresentar a educação tradicional como o objetivo de universalizar o acesso ao conhecimento.

d) Atender a necessidade da população negra, visto que era a prioridade da época.

e) Oferecer a educação para o povo, com a finalidade de acompanhar o desen-volvimento cultural do país.

Questão 2:

Com o fim da revolução de 1930, foi im-plantado um plano de educação elementar no país, mais precisamente com a Cons-tituição de 1934, sendo neste período, a educação de adultos considerada um de-ver do Estado. Assinale a alternativa que indica ação política que foi implantada.

a) Plano Nacional de Educação.

b) Programa Bolsa Escola.

c) Campanha Nacional de Educação Rural.

d) Plano de desenvolvimento da Escola.

e) Movimento de Educação de Adultos.

Questão 3:

A proposta de Paulo Freire para a educação foi desenvolvida na década de 1960, a sua proposta muda os paradigmas da educação tradicional, trazendo para o contexto da alfabetização a realidade do aluno, propõe

iniciar a alfabetização com:

a) Livro didático.

b) Cartilha de alfabetização.

c) Vídeos e livros pedagógicos.

d) Silabação.

e) Temas e palavras geradoras de problemas.

Questão 4:

O Mobral apresenta características básicas. Assinale a alternativa que se refere a uma das características do Mobral:

a) Dependência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino.

b) Articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais.

c) Descentralização das orientações do processo educativo.

d) Gerência pedagógica descentralizada.

e) Organização, programação, execução e avaliação autônomas.

Questão 5:

Após a Revolução de 1930, era possível encontrar no país movimentos que dis-cutiam a educação de adultos de forma significativa. O ensino supletivo foi ex-pandido no período pós-1930 e após a

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIOAGORAÉASUAVEZ

Primeira Guerra Mundial. Entre os fatores determinantes para essa expansão está:

a) A necessidade de expandir a rede de ensino elementar e consequentemente a educação de adultos.

b) Preocupação com o segmento militar atrelado à educação popular como difusão do ensino.

c) Em função das tendências nacionais de educação superior.

d) Em atendimento às estatísticas relacionadas ao número de analfabetos nas regiões sudeste e sul.

e) Para atender aos programas emergentes de ascensão do ensino elementar.

Questão 6:

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. (Paulo Frei-re). Para Freire, a vivência do aluno é a base da cons-trução do conhecimento, comente sobre a Proposta de Paulo Freire para a Educação citando suas princi-pais características.

Questão 7:

A primeira Campanha de Educação de Adultos (CEA), ou Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), foi cria-da em 1947 e extinta em 1963. Ela tinha

o objetivo de expandir entre as massas os postulados do novo regime político – a de-mocracia liberal. Cite cinco características centrais da CEAA.

Questão 8:

Em 1957, foi criado o Sistema de Rádio Educativo Nacional (Sirena) como parte da CEAA. Qual era o objetivo do Sirena?

Questão 9:

Em 1967, foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), o qual começou em Recife, Paraíba e Sergipe. Cite as três características básicas do Mobral.

Questão 10:

Num cenário de desenvolvimento de campa-nhas e movimentos de educação de adultos destacam-se na atualidade os Enejas. Expli-que o que são os Enejas.

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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FINALIZANDO

Neste tema, você conheceu o percurso histórico da EJA no Brasil, compreendendo que os aspectos políticos e sociais influenciaram a EJA nos principais momentos e que as ideias da proposta pedagógica de Paulo Freire foram de relevante importância para EJA no Brasil.

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1996.

STRECK, Danilo Romeu. Da pedagogia do oprimido às pedagogias da exclusão: um breve balanço crítico. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-73302009000200012&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 29 maio 2012.

Paulo Freire Contemporâneo – Parte 1 e Parte 2. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. Acesso em: 29 maio 2012.

IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 29 maio 2012.

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Analfabetismo: é uma palavra utilizada no português corrente para designar a condição daqueles que não sabem ler e escrever.

Educação popular: é uma educação comprometida e participativa orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo.

Unesco: é a sigla para Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciên-cia e Cultura.

Mobral: Movimento Brasileiro de Alfabetização.

Conscientização: é mais do que saber o que se passa ao seu redor, é acima de tudo um processo histórico na EJA.

GLOSSÁRIO

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Tema 1

Um pouco de história da EJA no Brasil

Ponto de PartidaResposta: Considerar na resposta as referências históricas da EJA. O aluno deverá ressal-tar os pontos mais importantes referentes às campanhas de alfabetização.

Questão 1Resposta: Alternativa B. Oferecer a campanha nacional de erradicação do analfabetismo.

Questão 2Resposta: Alternativa A. Plano Nacional de Educação.

Questão 3Resposta: Alternativa E. Temas e palavras geradoras de problemas.

Questão 4Resposta: Alternativa A. Articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais.

Questão 5Resposta: Alternativa A. A necessidade de expandir a rede de ensino elementar e consequentemente a educação de adultos.

Questão 6Resposta: Para Freire as cartilhas não ajudam os alunos a construírem a percepção de que podem transformar o mundo através da educação. Para a Educação, essa proposta muda radicalmente a sua forma de atuação, uma vez que, toda a estrutura metodológica de

GABARITO

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ÍNICIO

ensino precisa ser pensada de acordo com o contexto e singularidade dos grupos com os quais se trabalha, ou seja, o ato de educar não está desarticulado das experiências prévias dos alunos, caso contrário o conhecimento perde sua dimensão de agente transformador das pessoas e do mundo.

Questão 7Resposta: As características centrais da CEAA foram: 1) nasceu da regulamentação do Fnep; 2) sua emergência atendia a proposições da Unesco na esfera da educação popular; 3) acenava com a “possibilidade de preparar mão de obra al-fabetizada nas cidades, de adentrar o campo e integrar os imigrantes e seus descendentes nos estados do sul do Brasil”; 4) constituía um instrumento para a melhoria dos índices de analfabetismo no País; 5) retomava aspectos do “entusiasmo pela educação”, devendo ser uma campanha de salvação nacional; 6) tinha um fundamento político ligado à ampliação das bases eleitorais; 7) servia como combate ao marginalismo social; 8) a insuficiência cultural do País estaria sendo empecilho ao seu desenvolvimento econômico.

Questão 8Resposta: Fomentar a criação de sistemas rádio-educativos regionais e cujas atividades parecem ter sido de fundamental importância para o posterior desenvolvimento da rádio-educação no Brasil.

Questão 9Resposta: Independência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino e aos demais programas de educação de adultos; articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais in-cumbidas de promover a realização da campanha nas comunidades; centraliza-ção das orientações do processo educativo. Havia a Gerência Pedagógica Central, que cuidava da organização, da programação de execução e da avaliação dos trabalhos.

Questão 10Resposta: São Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos em todo o País, demonstrando a organização da sociedade civil no debate em torno da educação.

GABARITO

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

AGORAÉASUAVEZ

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• Fatores de desigualdade e escolaridade na população brasileira.

• Discrepâncias na educação de adultos entre as diferentes regiões do país.

• Dados estatísticos que demonstram a realidade educacional brasileira.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que muda em dez anos na escolaridade da população?

• Como está caracterizada a educação de adultos nas regiões brasileiras?

• Quais os fatores que interferem nas políticas para EJA no Brasil?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Desigualdade e escolaridade: porque a EJA é necessária?

O aspecto histórico de desigualdade que acompanha a sociedade atual desde a colonização e que colocou negros, índios, migrantes e trabalhadores braçais em situação de marginalização em relação à apropriação dos bens culturais, tem nessa modalidade de ensino a possibilidade de recuperar essa dívida social.

Sendo assim, em relação às pessoas analfabetas ou pouco letradas, essa função reparadora da EJA é de suma importância para o crescimento psicossocial desses sujeitos. Considerando a educação, “direito de todos e dever do Estado”, cabe a mesma, pelas políticas públicas, proporcionar a diminuição das desigualdades não somente no campo da equiparação na distribuição de renda, como também na oferta de conhecimentos para os que foram socialmente excluídos na sociedade moderna. Não somente as pessoas analfabetas, mas também os sujeitos que tiveram sua escolaridade interrompida fazem parte da clientela da EJA e precisam ter a garantia de acesso à escola e ofertas de vagas para oportunizar

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LEITURAOBRIGATÓRIA

a equalização, ou seja, devem ser garantidas a esse cidadão maiores oportunidades de acesso e permanência na escola, em função da sua histórica desigualdade social, que impossibilitou sua permanência regular no ambiente escolar. Abordando a EJA dessa forma, pode-se concluir que ela possibilita não somente a retomada do estudo, mas, sobretudo, o desenvolvimento das potencialidades de jovens e adultos que, por razões variadas, não puderam concluí-lo na faixa etária prevista.

Retomando o aporte histórico, na década de 1990, a EJA perdeu espaço no go-verno com a extinção da Fundação EDUCAR e passou a ser obrigação dos esta-dos e municípios devido à necessidade de diminuição dos gastos do governo federal. Nos anos 1990, outro marco importante para Educação de Jovens e Adultos foi a 5ª Conferência Internacional sobre EJA (Confintea), realizada em julho de 1997, em Hamburgo, na Alemanha, que teve como objetivo manifestar a importância da aprendizagem de jovens e adultos e conceber compromissos regionais numa perspectiva de educação ao longo da vida, que viesse facilitar a participação de todos no desenvolvimento sustentável e equitativo, de promover uma cultura de paz baseada na liberdade, justiça e respeito mútuo e construir uma relação sinérgica entre educação formal e não formal, demonstrando que o desenvolvimento das sociedades exige de seus membros capacidade de descobrir e potencializar os conhecimentos e aprendizagens de forma global e permanente.

Em 6 de setembro 1996, no Seminário Nacional de Jovens e Adultos, em Na-tal/RN, foi divulgado (mas só foi implantado no Brasil em 1997) o Programa de Alfabetização Solidária (PAS), uma organização não governamental, sem fins lucrativos e de utilidade pública, vinculado ao Conselho Comunitário Solidário e à Casa Civil da Presidência da República, sendo uma campanha de alfabetização marcada por parcerias entre os poderes públicos federal, estadual e municipal, empresas, organizações da sociedade civil, fundações e outras instituições. Seu começo foi atribuído para as regiões Norte e Nordeste por haver um grande índice de analfabetos, maior do que a média nacional. Percorrida sua história, a Alfabetização Solidária (PAS) fez grandes conquistas, chegando aos municípios do Centro-Oeste e do Sudeste.

A partir de 2003, a EJA tem novo impulso, com a criação da Secretaria Extraor-dinária para a Erradicação do Analfabetismo, cujo objetivo é erradicar o analfa-betismo. Foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, com projetos voltados para a alfabetização de jovens e adultos e formação de alfabetizadores. Muitos avanços foram conquistados ao longo dos anos, mas ainda é necessário muito para acabar com o analfabetismo no país e um dos maiores impasses é a descontinuidade das políticas públicas nas mudanças de governo.

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Segundo Souza (2011, p. 63), a face da exclusão social no contexto escolar é visível nos índices de repetência e desistência escolar, que geram distorção idade-série, além de uma série de outras perdas, como laços de amizade e perda da identidade etária.

Dados estatísticos demonstram que a maior média de anos de estudo por parte da população encontra-se na Região Sudeste, em contraste como o Nordeste. Alguns fatores se destacam como justificativa para tal contraste, tais como cita Souza (2011, p. 62): 1. Concentração populacional da região Sudeste; 2. Con-centração de escolas no espaço urbano; 3. Maior facilidade de acesso à escola; 4. Maior organização política da população na reinvindicação, direcionada ao poder público, de escolas, creches, infraestrutura, etc.; 5. Disparidades sociais no interior das regiões, relacionadas a emprego, alimentação e saúde; 6. A concentração de renda de um lado e a pobreza de outro, realidade que reproduz em cada canto do Brasil.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Navegue pelo site: INEP.

Trata-se de um site em que você encontrará indicadores atuais acerca da reali-dade brasileira.

Disponível em: <http://www.inep.gov.br>. Acesso em: 9 jun. 2012.

VÍDEOS:

Assista ao vídeo: De Pé no Chão Também Se Aprende a Ler.

Trata-se de um documentário que marca a trajetória da educação de adultos no Brasil tendo a par-ticipação popular como fonte da prática educativa.

Disponível em: <http://www.forumeja.org.br>. Acesso em: 9 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

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Ponto de Partida:

Problematizando o que ocorre no século XX, pode-se lembrar de algumas estatísticas e si-tuações atuais, amplamente divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Realize uma pesquisa no site www.ibge.gov.br e apresente os principais dados sobre a escolaridade de jovens e adultos no Brasil na atualidade.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

Qual o papel da escola na superação das desigualdades na escolarização de jo-vens e adultos?

a) A escola deve manifestar uma visão progressista, ou seja, de mudança radical quanto ao currículo e ao projeto pedagógico da escola.

b) A escola deve ser conservadora, pois, só assim, possibilitará a formação de um caráter firme e ético nos cidadãos.

c) A escola precisa apresentar um ensino sistemático e organizado, de forma que o processo de ensino e aprendizagem apresente balizas firmes e objetivas.

d) A escola deve considerar os conhecimentos já construídos e, ao mesmo tem-po, deve estar aberta às constantes mudanças.

e) A escola deve desconsiderar os conhecimentos já construídos para efetivar a aprendizagem.

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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Questão 2:

Os programas de educação de jovens e adultos sofreram impulso nos anos de 1990, na intenção de promover alfabetização e escolarização às pessoas que não concluíram os estudos na idade adequada. Assinale a alternativa a parceria estabelecida.

a) Parcerias do governo municipal com organismos internacionais.

b) Parcerias de professores, alunos e secretários de educação.

c) Parcerias dos governos municipal, estadual e federal com os diversos orga-nismos da sociedade civil.

d) Parcerias entre escolas e secretarias de educação.

e) Parcerias da sociedade civil e organismos governamentais.

Questão 3:

Os dados apresentados no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2001, destacam alguns números que subsidiam o estudo da EJA. Conforme consta no referido plano, assinale a alternativa correta.

a) Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não

lograram terminar o ensino fundamental obrigatório.

b) O número de analfabetos não excessivo no país.

c) O analfabetismo não está intimamente associado às taxas de escolarização e ao número de crianças fora da escola.

d) Os indicadores apontam para a igualdade regional na oferta de oportunidades educacionais.

e) A concentração de população analfabeta ou insuficientemente escolarizada está localizada principalmente nos bolsões de riqueza existentes no país.

Questão 4:

A queda de 29,1% na taxa de analfabetismo entre 1996 e 2006 não foi suficiente para tirar o Brasil do incômodo penúltimo lugar no ranking de alfabetização na América do Sul. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira, o percentual de brasileiros que não sabem ler e escrever é inferior apenas ao da Bolívia, onde a taxa de analfabetismo foi de 11,7% em 2005. Conforme os dados do IBGE:

a) Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Sudeste.

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIOAGORAÉASUAVEZ

b) Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Nordeste.

c) Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Centro-Oeste.

d) Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Sul.

e) Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Norte.

Questão 5:

A Conferência Mundial da Educação para Todos, ocorreu em 1990, em Jomtiem, Tailândia. Esta conferência foi assistida por representantes do mundo todo e chegou-se à conclusão de que a alfabetização é um dos fatores chave para resolver um dos problemas mais urgentes da sociedade, que a realização plena do ser humano só se dá através da educação e promovê-la é fundamental para o desenvolvimento das nações. Assim sendo, a visão sobre a educação podemos afirmar:

a) A educação é uma ferramenta extremamente útil para combater a pobreza e a desigualdade.

b) A educação não contribui para elevar os níveis de saúde e bem estar social.

c) A educação exclui bases para um desenvolvimento econômico sustentável e a manutenção de uma democracia duradoura.

d) A educação promove apenas o desenvolvimento econômico de um país.

e) A educação fortalece as estratégias de exclusão social.

Questão 6:

Grande parte da população analfabeta ou pouco escolarizada está inserida no mer-cado de trabalho. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) revelam que o segmento de 15 a19 anos, ocupando ou procurando emprego, cor-responde a 52% do total dessa faixa etá-ria. Entre os jovens de 20 a 24 anos, 73% participam da População Economicamente Ativa como ocu-pados ou desempregados. Explique como a escolaridade dessa po-pulação é determinante para a garantia da

cidadania.

Questão 7:

Diante da diversidade espera-se uma es-cola que considere os conhecimentos já construídos e, ao mesmo tempo, esteja aberta às constantes mudanças. Diante desta afirmação qual é o papel da escola?

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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Questão 8:

A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria-prima para o ensino. Segun-do Paulo Freire é aprender a partir do co-nhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. Defina, com seus argumentos, o que é a educação popular.

Questão 9:

A educação popular pode ser aplicada em qualquer contexto, mas as aplicações mais comuns ocorrem em quais contextos?

Questão 10:

É notório o número de analfabetos no meio rural (32%) ao lado dos 10,7% no espaço urbano. Quanto à faixa etária, o número de analfabetos no meio rural chega a quadrupli-car o número no espaço urbano. Cite dois fa-tores que contribuem para a existência des-se contraste.

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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ÍNICIO

Nesse tema, você observou os fatores de desigualdade e escolaridade na população brasileira e que dados estatísticos demonstram que a realidade edu-cacional brasileira possui discrepâncias na educação de adultos entre as diferentes regiões do país.

FINALIZANDO

SOUZA, Maria Antonia de. Educação de jovens e adultos. Editora IBPEX, 2010.De Pé no Chão Também Se Aprende a Ler. Disponível em: <http://www.forumeja.org.br>. Acesso em: 9 jun. 2012.

INEP. Disponível em: <http://www.inep.gov.br>. Acesso em: 9 jun. 2012.

REFERÊNCIAS

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GLOSSÁRIO

Desigualdade social: acontece quando a distribuição de renda é feita de for-ma diferente sendo que a maior parte fica com poucos.

Escolaridade: é o cumprimento de um determinado ciclo de estudos.

Potencialidades: conjunto de habilidades e competências de um indivíduo.

Confintea: Conferência Internacional sobre EJA

PAS: Programa de Alfabetização Solidária

GABARITO

Tema 2

Desigualdade e escolaridade: porque a EJA é necessária?

Ponto de PartidaResposta: Considerar na resposta que apresenta dados atualizados sobre as estatísticas da escolarização de jovens e adultos no Brasil. O aluno deverá ressaltar seus argumentos na compreensão dos dados.

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ÍNICIO

Questão 1Resposta: Alternativa D. A escola deve considerar os conhecimentos já construídos e, ao mesmo tempo, deve estar aberta às constantes mudanças.

Questão 2Resposta: Alternativa C. Parcerias dos governos municipal, estadual e federal com os di-versos organismos da sociedade civil.

Questão 3Resposta: Alternativa A. Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o ensino fundamental obrigatório.

Questão 4Resposta: Alternativa B. Cerca de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Nordeste.

Questão 5Resposta: Alternativa A. A educação é uma ferramenta extremamente útil para combater a pobreza e a desigualdade.

Questão 6Resposta:

As mudanças econômicas, com seus impactos sobre a estrutura de desemprego, causam alterações na forma de produção e organização dos pro-cessos de trabalho, exigindo uma melhor qualificação profissional, nesse contexto, a conclusão da escolaridade mínima passa a ser indispensável tato para a inserção no mercado de trabalho como para a participação cidadã.

Questão 7Resposta: É necessário apreender a escola como objeto de estudo, captando as suas contradições, desvelando seus conflitos, sua organização e seus compromissos não é tarefa fácil, porque coloca alguns pontos de reflexão a respeito do currículo e do ensino que se concretizam no seu cotidiano. A afirmação implica em considerar a escola como uma

GABARITO

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instituição social, órgão de excelência que dimensiona a educação de um ângulo formal e sistemático, constituída contraditoriamente, porém aberta a constantes mudanças.

Questão 8Resposta: A Educação é vista como ato de conhecimento e transformação social, tendo certo cunho político. O resultado desse tipo de educação é observado quando o sujeito pode situar-se bem no contexto de interesse.

Questão 9Resposta: Assentamentos rurais, em instituições socioeducativas, em aldeias indígenas e no ensino de jovens e adultos.

Questão 10Resposta: 1. Dificuldade de acesso à escola e 2. Presença da “velha” ideia de que, para trabalhar na roça, não é preciso estudo – ideia difundida entre os próprios trabalhadores e entre os gestores da educação.

GABARITO

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

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ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• A legislação sobre a EJA no Brasil.

• As especificidades da EJA nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos.

• As prerrogativas da legislação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais são as prescrições normativas constitucionais que regularam e regulam a EJA ao longo da história do Brasil?

• Como a EJA é concebida nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos?

• Quais são as prerrogativas da legislação na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Legislação educacional e EJA no Brasil – Parte 1

Com base em estatísticas atualizadas os sistemas de ensino desenvolveram es-forços, nos últimos anos, no afã de propiciar um atendimento mais aberto a adolescentes e jovens tanto no que se refere ao acesso à escolaridade obri-gatória, quanto a iniciativas de caráter preventivo para diminuir a distorção idade/ano. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções específicas. Como já foi dito anteriormente, um marco importante para educação de jovens e adultos foi a 5ª Conferência Internacional sobre EJA (Confintea), que teve como objetivo manifestar a importância da aprendizagem de jovens e adultos e conceber compromissos regionais numa perspectiva de educação ao longo da vida que viesse facilitar a participação de todos no desenvolvimento sustentável e equitativo, de promover

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LEITURAOBRIGATÓRIA

uma cultura de paz baseada na liberdade, justiça e respeito mútuo e construir uma relação sinérgica entre educação formal e não formal. Apesar do investimento realizado e dos esforços despedidos pelos órgãos governamentais, em implementar uma política pública de EJA, o retorno obtido nem sempre é o esperado, principalmente pela expectativa destes jovens e adultos terem rapidez na conclusão do curso.

Não são poucas as razões que explicam esse quadro:

• Falta de tempo para frequentar um curso regular.

• Já possuírem conhecimentos prévios dos conteúdos básicos.

• Cansaço depois de cumprida sua jornada de trabalho.

• Necessidade de comprovante de escolaridade por exigência do mercado de trabalho.

De acordo com o parecer CEB nº 15/1998, esses sujeitos têm um perfil que precisa ser considerado dentro das propostas da EJA: [...] são adultos ou jovens adultos, via de regra mais pobres e com vida escolar mais acidentada. Estudantes que aspiram a trabalhar, trabalhadores que precisam estudar, a clientela do ensino médio tende a tornar-se mais heterogênea, tanto etária quanto socioeconomicamente, pela incorporação crescente de jovens adultos originários de grupos sociais, até o presente, sub-representados nessa etapa da escolaridade.

Procurando atender a resolução CNE/CEB nº 1/2000 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, em que a mesma destaca que a EJA, como modalidade da educação básica, deve considerar o perfil dos alunos e sua faixa etária ao propor um modelo pedagógico, de modo a assegurar:

• Equidade: distribuição específica dos componentes curriculares, a fim de propiciar um patamar igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades em face do direito à educação;

• Diferença: identificação e reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da va-lorização do mérito de cada um e do desenvolvimento de seus conhecimentos e valores.

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ÍNICIO

Ainda segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, essa modalidade deve desempenhar três funções:

Função reparadora: não se referindo apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito negado – o direito a uma escola de qualidade – mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. Não se pode confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender às necessidades específicas de jovens e adultos.

Função equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidade, que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.

Função qualificadora: refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação de jovens e adultos.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Leia a pesquisa de Haddad, S. Educação não escolar de adultos: um balanço da produção de conhecimentos. In: 32 reunião da Anped. 2009, Caxambu. Anais. Caxambu/MG, 2009.

Trata-se de um levantamento de vários trabalhos realizados tenho como tema a EJA.

Disponível em: <http://www.anped.org.br>. Acesso em: 12 jun. 2012.

Navegue pelo site da Revista de Educação de Jovens e Adultos.

Trata-se de um site de uma revista voltada para a EJA.

Disponível em: <http://www.reveja.com.br>. Acesso em: 29 maio 2012.

VÍDEOS:

Assista ao vídeo: Educação de jovens e adultos: história e memória – Parte 1.

Trata-se da primeira parte de um documentário sobre a história da EJA, com depoimentos e apresentação dos principais marcos históricos.

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51396>. Acesso em: 12 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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ÍNICIO

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e atente para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão..

Ponto de Partida:

Verifica-se que na história da educação brasileira é preciso destacar a importân-cia do texto constitucional e o lugar que a educação de adultos possui nele. Realize uma pesquisa e elabore um quadro com as principais prescrições normativas constitu-cionais na Educação de Jovens e Adultos, seguindo o roteiro apresentado na tabela abaixo: (lembrando que o Brasil já teve 8 (oito) constituições). (veja a figura)

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

Educação de Jovens e Adultos é tida como resposta a uma dívida social com

aqueles que não puderam estudar na idade apropriada, isso significa a perda de um instrumento fundamental para a convivência social e a melhoria de condições de vida, o conhecimento. Portanto o texto afirma que a EJA nasce com a _________. (Escolher uma resposta para completar)

a) Função social, pois garante o direito do adulto fazer parte da sociedade.

b) Função equalizadora, pois garante ao cidadão maiores oportunidades de acesso e permanência na escola.

c) Função qualificadora, pois garante ao sujeito por toda a vida a possibilidade de atualização dos seus conhecimentos.

d) Função reparadora, pois restaura um direito negado: o direito à escola.

e) Função Igualitária, pois garante o direito de todos sermos iguais.

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RESPOSTA DISSERTATIVAParte 1 Parte 2

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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Questão 2:

A constituição de 1988 foi um novo marco para o país, possibilitou conquistas nas políticas públicas, dentre elas a educação. Complete as lacunas as-sinalando a alternativa correta:

a) Políticas públicas – educação.

b) Escolas – escola primária.

c) Secretarias de educação – escola.

d) Políticas sociais – sociedade.

e) Escolas – escola elementar.

Questão 3:

A EJA está inserida nos textos das constituições e da legislação educacional brasileira. Desse modo, a legislação do ponto de vista social surgiu:

a) Das camadas mais carentes da população que almejavam acessão social.

b) Das estatísticas que demonstraram a necessidade de políticas diferenciadas para adultos.

c) Das demandas sociais evidenciadas nas pautas reivindicatórias dos movimentos sociais populares.

d) Das reuniões de grupos políticos que enfrentaram as diferenças sociais com programas governamentais.

e) Das demandas políticas que visavam garantir educação para as camadas diferenciadas da população.

Questão 4:

A Constituição da República Brasileira de 1891, primeira Constituição após a proclamação da República que se deu em 1889, apresentou como prescrição normativa:

a) A mesma prerrogativa da Constituição de 1879 que informava a necessidade de educação de jovens.

b) A criação de cursos profissionalizantes para jovens e adultos.

c) A implantação do ensino elementar a todas as crianças do Brasil Império.

d) A destinação de verbas para a criação de cursos de alfabetização somente para as mulheres.

e) A continuidade da orientação descentralizadora de 1879 para educação popular.

Questão 5:

O reconhecimento do caráter nacional da educação, como direito de todos, deu-se com a Constituição______. Assinale a alternativa que corresponde ao ano em que foi promulgada a referida constituição.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIO

a) 1891.

b) 1934.

c) 1946.

d) 1967.

e) 1988.

Questão 6:

Demonstrando que o desenvolvimento das sociedades exige de seus membros capacidade de descobrir e potencializar os conhecimentos e aprendizagens de forma global e permanente. O que devem estabelecer prioritariamente as políti-cas públicas referentes à EJA?

Questão 7:

De acordo com o parecer CEB nº 15/1998, apresente o perfil dos sujeitos que precisa ser

considerado dentro das propostas da EJA.

Questão 8:

Em 1961, foi oficializado o Movimento de Educação de Base, que estabelecia as diretrizes do convênio celebrado entre o governo da União e o Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Apresente a prescrição Normativa referente à educação de adultos da Lei nº 4.024 de 1961.

Questão 9:

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA, a Constituição de 1988 irá, de fato, estabelecer uma nova concepção para a EJA. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 segue esse caminho, dando uma característica própria e mais ampla sobre a EJA. Apresente o conteúdo da referida Lei em relação à Educação de Jovens e Adultos.

Questão 10:

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, essa modalidade deve desempenhar três funções. Quais são elas e quais suas principais abordagens?

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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Neste tema, você estudou os atos jurídicos que regulam a EJA no país. Verificou que as Constituições Brasileiras deram atenção à educação pública em conformidade com as necessidades políticas de cada período histórico. Você observou que as legislações específicas da educação deram pouca atenção à educação de adultos, com exceção da legislação de 1996 que destinou um capítulo específico para EJA, e a definiu como uma das modalidades da educação brasileira.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo. Saraiva, 2009______. Lei nº 4.024/1961. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 dez. 1961. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 12 jun. 2012.

______. Lei nº 9394/1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 12 jun. 2012.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 1, abr. 2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abr. 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB012002.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2012.

______. Resolução n. 11, de 10 de maio 2000. Diário Oficial da União, Brasília, 9 jun. 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/PCB11_2000.pdf>. Acesso em 12 jun. 2012.

HADDAD, S. Educação não escolar de adultos: um balanço da produção de conhecimentos. In: 32 reunião da Anped. 2009, Caxambu. Anais. Caxambu/MG, 2009.

REFERÊNCIAS

FINALIZANDO

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ÍNICIO

Revista de Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: <http://www.reveja.com.br>. Acesso em: 29 maio 2012.

Educação de jovens e adultos: história e memória – Parte 1. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51396. Acesso em: 12 jun. 2012

GLOSSÁRIO

Distorção idade/ano: é a defasagem entre a idade e a série que o aluno deveria estar cursando.

Equidade: é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas.

CNE: Conselho Nacional de Educação.

CEB: Câmara de Educação Básica.

Diretrizes: Conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação diretiva.

REFERÊNCIAS

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Tema 3

Legislação educacional e EJA no Brasil – Parte 1

Ponto de PartidaResposta:

CONSTITUIÇÃO PRESCRIÇÕES NORMATIVAS COMENTÁRIOS

1824 Gratuidade do ensino primário a todos os cidadãos. (art.179)

A ideia de educação de adultos confunde-se com a educação para todos.

1834 (Ato adicional)

Atribuía aos governos provinciais o tratamento das questões da educação fundamental das crianças e, por extensão, dos adultos.

1979

Criação de cursos analfabetos livres, ou libertos, do sexo masculino, com duas horas diárias de duração no verão e três no inverno.

1891Dá continuidade à orientação de descentralização para a educação popular.

1934Princípio do ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensivo aos adultos.

1937Aos jovens desfavorecidos economicamente será oportunizada educação direcionada (art. 129)

GABARITO

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ÍNICIO

1946

Gratuidade do ensino primário a todos os cidadãos; obrigatoriedade das empresas industriais, comerciais e agrícolas com mais de cem trabalhadores oferecerem ensino primário gratuito aos seus empregados e filhos destes (art. 168)

1967

A educação é direito de todos, devendo inspirar-se na igualdade de oportunidade, na liberdade e na solidariedade humana.Obrigatoriedade das empresas industriais, comerciais e agrícolas com mais de cem trabalhadores oferecerem ensino primário gratuito aos seus empregados e filhos destes (art. 168 e 170).

Emenda Constitucional 1969

A educação é direito de todos, devendo inspirar-se na igualdade de oportunidade, na liberdade e na solidariedade humana, obrigatoriedade das empresas industriais, comerciais e agrícolas com mais de cem trabalhadores oferecerem ensino primário gratuito aos seus empregados e filhos destes, ou contribuir com salário-educação para investimento nesta educação (art.178)

1988

A educação é dever do Estado e será assegurado a todos o ensino fundamental gratuito, inclusive aos que não tiveram acesso a ele na idade própria; acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público; previsão de erradicação do analfabetismo (art. 208 e 214)

GABARITO

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GABARITO

Questão 1Resposta: Alternativa D. Função reparadora, pois restaura um direito negado: o direito à escola.

Questão 2Resposta: Alternativa A. Políticas públicas – educação.

Questão 3Resposta: Alternativa C. Das demandas sociais evidenciadas nas pautas reivindicatórias dos movimentos sociais populares.

Questão 4Resposta: Alternativa E. A continuidade da orientação descentralizadora de 1879 para educação popular.

Questão 5Resposta: Alternativa B. 1934.

Questão 6Resposta: As políticas públicas referentes à educação – EJA - devem estabelecer como prioritário a formação integral do Jovem e Adulto, voltadas para o de-senvolvimento de capacidades e competências adequadas, para contribuir para a formação de cidadãos democráticos, mediante a conclusão do EF e EM, o incentivo à participação social ativa e crítica, o estímulo à solução pacífica de conflitos e a erradicação dos preconceitos culturais e da discriminação, por meio de uma educação intercultural e o respeito aos conhecimentos construídos pelos jovens e adultos em sua vida cotidiana.

Questão 7Resposta: De acordo com o parecer CEB nº 15/1998 são adultos ou jovens adultos, via de regra mais pobres e com vida escolar mais acidentada. Estudantes que aspiram a trabalhar, trabalhadores que precisam estudar.

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Questão 8Resposta: Com a Lei nº 4.024, de 1961, ficou determinado que as pessoas maiores de 16 anos poderiam obter certificados de conclusão de curso ginasial mediante a realização de exames de madureza após estudos efetivados fora do regime escolar.

Questão 9Resposta: Consta o seguinte no art. 4º, inciso VII da LDB: O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: oferta de educação regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. Nesse momento, a EJA é reconhecida como direito público, fazendo parte da lei de diretrizes, e torna-se modalidade da educação básica.

Questão 10Resposta: Função reparadora: não se referindo apenas à entrada dos jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito negado – o direito a uma escola de qualidade – mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. Não se pode confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender às necessidades específicas de jovens e adultos.

Função equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidade, que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.

Função qualificadora: refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação de jovens e adultos.

GABARITO

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

AGORAÉASUAVEZ

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• As proposições relacionadas a políticas e práticas da EJA.

• As metas estabelecidas para a EJA no Plano Nacional de Educação.

• A importância dos encontros de EJA.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais os principais pontos referentes à EJA no Plano Nacional de Educação?

• Qual é a importância dos Encontros Nacionais de EJA?

• Como a EJA tem se desenvolvido no âmbito da sociedade civil organizada?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Legislação Educacional e EJA no Brasil – Parte 2

Como foi apresentado anteriormente, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n° 4.024/1961 - reconheceu a educação como direito de todos e estabeleceu em seu artigo 27 que “O ensino primário é obrigatório a partir dos sete anos e só será ministrado na língua nacional. Para os que o iniciaram depois dessa idade poderão ser formadas classes especiais ou cursos supletivos correspondentes ao seu nível de desenvolvimento”. De acordo com a Lei n° 5.692/1971 – LDB – o ensino supletivo se destinava a “suprir a escolaridade regular para adolescentes e adultos, que não a tinham seguido ou concluído na idade própria”.

O MEC, a partir da vigência da Lei n° 5.692/1971, promoveu ampla difusão do ensino supletivo. A iniciativa mais promissora a implantação dos Centros de Ensino Supletivo, abertos aos que desejavam realizar estudos na faixa de escolaridade posterior às séries iniciais do ensino de 1º grau. Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia, durante a qual se reforçou a necessidade de expansão e

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LEITURAOBRIGATÓRIA

melhoria do atendimento público na escolarização de jovens e adultos. Porém, somente em 1994 foi concluído o Plano Decenal, fixando metas para o atendimento de jovens e adultos pouco escolarizados.

Na LDBEN nº 9.394/1996, a seção dedicada à educação básica de jovens e adultos reafirmou o direito destes a um ensino básico adequado às suas condições, e o dever do poder público de oferecê-lo gratuitamente, na forma de cursos e exames supletivos. A lei alterou a idade mínima para realização de exames supletivos para 14 anos, no Ensino Fundamental, e 18, no Ensino Médio, além de incluir a educação de jovens e adultos no sistema de ensino regular. Como já foi dito um marco importante para a educação de jovens e adultos foi a 5ª Conferência Internacional sobre Educação de Jovens e Adultos (Confintea), realizada em julho de 1997, em Hamburgo, na Alemanha, e precedida por uma Conferência Regional preparatória da América Latina e Caribe (realizada no Brasil), em janeiro de 1997.

Os objetivos da 5ª Confintea levaram em consideração as conferências anteriores e o cenário daquele momento que se configurava por esses movimentos: a Conferência Mundial de Educação para Todos (1990), em Jomtien, Tailândia; a Declaração e o Decênio Mundial do Desenvolvimento Cultural promovido pela Unesco (1988-1997); o Decênio Mundial promovido pelo PNUD (1991-2000); a Conferência Mundial de População do Cairo (1994); a Cúpula de Desenvolvimento Social de Copenhague (1995); a Conferência Mundial da Mulher de Pequim (1995); a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI; a Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento.

A Conferência de Hamburgo teve entre seus objetivos: manifestar a importância da aprendizagem de jovens e adultos e conceber compromissos regionais numa perspectiva de educação ao longo da vida que visasse facilitar a participação de todos no desenvolvimento sustentável e equitativo, de promover uma cultura de paz baseada na liberdade, justiça e respeito mútuo e de construir uma relação sinérgica entre educação formal e não formal. Os documentos produzidos na Confintea demonstram que a EJA deve seguir novas orientações devido ao processo de transformações socioeconômicas e culturais vivenciadas a partir das últimas décadas do século XX, levando em conta que o desenvolvimento das sociedades exige de seus membros capacidade de descobrir e potencializar os conhecimentos e aprendizagens de forma global e permanente.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu art. 214, declara: A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do

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ÍNICIO

Poder Público que conduzem à: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade de ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecnológica do país.

Segundo Souza (2010), o PNE menciona como metas questões que são históricas nas demandas por EJA no Brasil e que integram os debates da Conferência Nacional de Educação, a saber: responsabilidade do Estado com a educação, democratização quanto ao acesso e permanência das pessoas na escola, gestão democrática, processo de formação dos profissionais da EJA, diversidade das parcerias no desenvolvimento da EJA.

O Plano também aborda questões apontadas em Relatórios Sínteses dos Enejas. O Eneja é um evento público decorrente do debate internacional sobre EJA. Foram realizados 11 encontros no Brasil e eles demonstram que a sociedade civil organizada está participando, debatendo, propondo políticas públicas de educação.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LINKSIMPORTANTES

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Navegue pelo site: Fórum EJA.

Encontre os relatórios que sintetizam os debates sobre a EJA nos Enejas.

Disponível em:<http://www.forumeja.org.br>. Acesso em: 29 maio 2012.

VÍDEOS:

Assista ao vídeo: As Quarenta Horas de Angicos.

O filme trata da prática educativa sistematizada por Paulo Freire em 1963, na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte. O sucesso dessa experiência, alfabetizando 300 pessoas em 40 horas, e a vitalidade dos movimentos sociais no período, especialmente estudantil, provocou a escalada do sistema em todo país.

Disponível em: <http://forumeja.org.br/videos.angicos>. Acesso em: 29 maio 2012.

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ÍNICIO

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

Ponto de Partida:

Realize uma pesquisa e verifique em seu estado como está configurado o Fórum da EJA. Identifique as instituições que parti-cipam dos fóruns e analise a importância deles para fazer avançar a EJA no estado. Identifique os principais documentos legais produzidos sobre a EJA no seu estado. (SOUZA, p. 105)

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

Como princípio da EJA, há a produção de conhecimento e a aprendizagem permanente, ao longo da vida, que

constituem fatores essenciais na mudança educacional requerida pelas transformações globais. Assinale a alternativa que apresenta os quatro pilares educativos propostos que constituem fatores estratégicos para a formação dos cidadãos.

a) Aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver.

b) Aprender a viver, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a assimilar.

c) Aprender a compreender, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser.

d) Aprender a estudar, aprender a trabalhar, aprender a conviver e aprender a fazer.

e) Aprender a ser, aprender a estudar, aprender a compreender e aprender a fazer.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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Questão 2:

A LDBEN nº 9.394/1996 alterou a idade mínima para realização de exames de certificação no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, além de incluir a educação de jovens e adultos no sistema de ensino regular. Qual a idade mínima para a realização dos exames de EJA em nível do ensino fundamental ensino médio?

a) Maiores de 13 anos para ambos os níveis.

b) Possuir 21 anos completos para os dois níveis.

c) No Ensino Fundamental, 13 anos e, no Ensino Médio, 21 anos.

d) Possuir 15 anos para o ensino médio e 14 anos para o fundamental.

e) No ensino Fundamental, 14 anos e, no ensino, Médio 18 anos.

Questão 3:

No Plano Nacional de Educação (PNE) está expresso que não basta ler e escrever, é preciso garantir a oferta, no mínimo, das oito séries do ensino fundamental. Nesse sentido, o PNE aponta:

a) É preciso diversificar os programas de EJA em função da clientela numerosa e heterogênea.

b) É necessário um corpo docente especializado.

c) É necessário material didático apropriado.

d) São necessárias técnicas pedagógicas apropriadas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

Questão 4:

Assinale a alternativa que apresenta um dos aspectos centrais da EJA no Plano Na-cional de Educação:

a) Preocupação com o trabalho infantil e continuidade da escolarização das crianças.

b) Preocupação com a erradicação do analfabetismo e continuidade da escolarização.

c) Realização de parcerias entre escolas, representantes das CNBB e empresas.

d) Preocupação com levantamento de dados para canalização de recursos.

e) Oferta de EJA nas vilas e periferias das cidades.

Questão 5:

O Plano Nacional de Educação aborda questões apontadas em Relatórios Sínteses dos Enejas. O Eneja é um evento público

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIO

decorrente do debate internacional sobre EJA e referente ao Eneja no Brasil, pode-se afirmar:

a) Foram realizados 11 encontros no Brasil e eles demonstram que a sociedade civil organizada tem dificuldades de participar dos debates.

b) Foram realizados 10 encontros no Brasil e eles demonstram que existe um debate pouco frequente sobre a organização da EJA.

c) Foram realizados 05 encontros no Brasil e a sociedade civil organizada propõe dicas sobre a educação.

d) Foram realizados 11 encontros no Brasil e eles demonstram que a sociedade civil organizada está participando, debatendo, propondo políticas públicas de educação.

e) Foram realizados 10 encontros no Brasil e eles demonstram que a sociedade civil organizada está cada vez menos engajada nos debates sobre a educação.

Questão 6:

Um marco importante para a educação de jovens e adultos foi a 5a Conferência Internacional sobre Educação de Jovens e Adultos (Confintea), realizada em julho de 1997, em Hamburgo, na Alemanha, e precedida por uma Conferência Regional Preparatória da América Latina e Caribe

(realizada no Brasil), em janeiro de 1997. Os objetivos da 5ª Confintea levaram em consideração as conferências anteriores e o cenário daquele momento que se configurava por esses movimentos. Quais foram essas conferências?

Questão 7:

Apresente os objetivos da Conferência de Hamburgo que apontou que a EJA deve seguir novas orientações devido ao processo de transformações socioeconômicas e culturais vivenciadas a partir das últimas décadas do século XX.

Questão 8:

É possível afirmar que, desde a década de 1990, são inúmeros os projetos de extensão universitária que integram pessoas jovens e adultas. Apresente duas metas do PNE que tem a finalidade de motivar a articulação da EJA com o ambiente universitário.

Questão 9:

O acompanhamento das discussões empreendidas nos encontros nacionais oferece um retrato da EJA no Brasil. Apresente um resumo (com os locais e as datas) dos temas que marcaram os Enejas realizados no Brasil.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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AGORAÉASUAVEZ

Questão 10:

Segundo Souza (2010), como afirmam Haddad e Di Pierro (2000, p. 31), “o analfabetismo no Brasil não é, pois, apenas um problema residual herdado do passado (...), e sim uma questão complexa do presente, que exige políticas públicas consistentes, duradouras e articuladas a outras estratégias de desenvolvimento econômico, social e cultural”. Os autores descrevem alguns fatores que estão ligados ao que denominam de produção social do analfabetismo, quais são eles?

FINALIZANDO

Neste tema, você teve acesso ao conteúdo do PNE e às metas propostas para EJA nos próximos anos. O conteúdo abordado revelou que a EJA adquiriu importância nacional na segunda metade do século XX, considerando conferências internacionais e quando a sociedade civil organizada e as instâncias governamentais passaram a desenvolver, anualmente, os encontros de EJA, que discutem e fazem proposições relacionadas a políticas e práticas da EJA.

RESPOSTA DISSERTATIVA

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ÍNICIO

HADDAD, S.; DI PIERRO, M.C. Aprendizagem de jovens e adultos: avaliação da década da educação para todos. São Paulo em Perspectiva, São Paulo v. 14, n. 1, p.29-40, mar.2000.

IRELAND, T. Contextualização das Confinteas anteriores à Confintea VI. Disponível em: <http://www.forumeja.org.br>. Acesso em> 20 jun. 2012.

As Quarenta Horas de Angicos. Disponível em: <http://forumeja.org.br/videos.angicos>. Acesso em: 29 maio 2012.

REFERÊNCIAS

Erradicação: articula um conjunto de ações visando à acabar, extirpar.

Universalização: ato ou efeito de universalizar, tornar para todos.

Conferência: reunião em que se discute um assunto comum: estar em conferência.

PNE: Plano Nacional de Educação.

Confintea: Conferência Internacional de Educação de Adultos.

GLOSSÁRIO

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Tema 4

Legislação Educacional e EJA no Brasil – Parte 2

Ponto de PartidaResposta: O aluno deve realizar uma pesquisa e verificar em seu estado como está configurado o Fórum da EJA. Identificando as instituições que participam dos fóruns e analisando a importância deles para fazer avançar a EJA no estado.

Questão 1Resposta: Alternativa A. Aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver.

Questão 2Resposta: Alternativa E. No ensino Fundamental, 14 anos e, no ensino Médio, 18 anos.

Questão 3Resposta: Alternativa E. Todas as alternativas estão corretas.

Questão 4Resposta: Alternativa B. Preocupação com a erradicação do analfabetismo e continuidade da escolarização.

Questão 5Resposta: Alternativa D. Foram realizados 11 encontros no Brasil e eles demonstram que a sociedade civil organizada está participando, debatendo, propondo políticas públicas de educação.

GABARITO

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ÍNICIO

Questão 6Resposta: Conferência Mundial de Educação para Todos (1990), em Jomtien, Tailândia; a Declaração e o Decênio Mundial do Desenvolvimento Cultural promovido pela Unesco (1988-1997); o Decênio Mundial promovido pelo PNUD (1991-2000); a Conferência Mundial de População do Cairo (1994); a Cúpula de Desenvolvimento Social de Copenhague (1995); a Conferência Mundial da Mulher de Pequim (1995); a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI; a Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento.

Questão 7Resposta: Manifestar a importância da aprendizagem de jovens e adultos e conceber compromissos regionais numa perspectiva de educação ao longo da vida que visasse facilitar a participação de todos no desenvolvimento sustentável e equitativo, de promover uma cultura de paz baseada na liberdade, justiça e respeito mútuo e de construir uma relação sinérgica entre educação formal e não formal.

Questão 8Resposta: Incentivar as instituições de educação superior a oferecerem cursos de extensão para prover as necessidades de educação continuada de adultos, estes tenham ou não formação de nível superior; estimular as universidades e organizações não governamentais a oferecer cursos dirigidos à terceira idade.

Questão 9Resposta: As temáticas debatidas nos 11 encontros nacionais anunciam os caminhos percorridos pela sociedade civil no fortalecimento da EJA no Brasil.

Foram tratadas questões relacionadas ao PNE, às Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA, às parcerias em desenvolvimento na sociedade brasileira, envolvendo o poder público, entidades da sociedade civil e empresas, ao conceito de alfabetização, às políticas públicas; ao comprometimento da EJA e à continuidade da escolarização, à diversidade, ao financiamento e aos papéis do Estado e dos movimentos sociais nas políticas públicas. Por fim, nota-se uma reflexão mais intensa sobre a luta pela EJA e a identidade dos fóruns de EJA.

GABARITO

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GABARITO

Questão 10Resposta: 1. O acesso e permanência na escola durante a infância e adolescência; 2. O alto índice de reprovação, evasão e reingresso no sistema escolar; 3. “A renda familiar é a característica que apresenta relação mais intensa com a discriminação no acesso à alfabetização no Brasil”. (HADDAD; DI PIERRO, 2000, p. 32)

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• As tendências teórico-metodológicas que marcam a formação e a prática na EJA.

• Os aspectos da formação e da prática na EJA.

• As características dos sujeitos da EJA.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais são as principais tendências teórico-metodológicas que se desenvolvem na EJA?

• Quais são os aspectos mais relevantes para a formação do educador da EJA?

• Por que o aluno da EJA se diferencia dos demais alunos?

LEITURAOBRIGATÓRIA

EJA: Formação e Prática do Educador

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional atualmente em vigor deu nova identidade à Educação de Jovens e Adultos, conferindo-lhe o estatuto de direito de todo cidadão, dando-lhe um caráter de formação para a vida.

Essa mudança tira de cena a ideia de um ensino meramente propedêutico, exigindo novas orientações teóricas e metodológicas para o ensino, tanto no que tange os conteúdos específicos, quanto aos procedimentos didático-pedagógicos. Particularmente, o sujeito deve ser considerado ativo na construção do seu conhecimento, pois a passividade em nada contribui para que as informações recebidas do exterior se processem em um nível interno de forma a permitir o seu crescimento individual.

Dessa maneira, a atividade espontânea do sujeito menos experiente, se for bem interpretada pelo outro mais experiente, pode se constituir em uma importante base de edificação das interações sociais rumo ao desenvolvimento pessoal. O sujeito partilha as ações pelas relações estabelecidas entre ele e o meio, e as instituições como família, escola, igreja, são

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LEITURAOBRIGATÓRIA

muito importantes para o estabelecimento de significado das ações individuais e sociais, por se constituírem em elementos de mediação para o sujeito. A escola se caracteriza por ser um processo de socialização sistematizado.

Dessa forma, é contexto indicado para o domínio da leitura e escrita, além de outros conteúdos formais que necessitam do desenvolvimento dos processos psicológicos superiores, como é o caso da atenção voluntária, da memória lógica e da formação de conceitos. Em relação à Educação de Jovens e Adultos, tais pressupostos são importantes para se garantir a compreensão do processo de ensino e da aprendizagem, considerando-se a ênfase na educação como mecanismo formal, culturalmente construído, que regularia e transformaria os processos psicológicos elementares em superiores. Ou seja, os processos elementares de origem biológica que ainda não sofreram as influências socioculturais, em processos superiores de pensamento lógico. Como ressalta Barbato (2005, p. 2): “(...) produzimos um ensino-aprendizado significativo ao considerarmos o conhecimento prévio e as práticas de cultura das comunidades, onde estamos interagindo, juntamente com o novo conhecimento que desenvolvemos com os alunos por meio de textos e outros materiais”.

As formas de significar das comunidades onde se ensina são consideradas a partir dos conteúdos do que é conversado e escrito no cotidiano, como as situações-problema: a história do local, os direitos à educação, à saúde etc., mas também às formas diferentes de interação no cotidiano: na escola, nas festas, na religião, nas famílias, no trabalho. Metodologicamente, quando se traz para a sala de aula a conversa sobre as situações-problema locais, as festas, as práticas de cultura, assim como quando se presta atenção nas formas em que a escrita é utilizada na comunidade e usada em sala de aula, há colaboração para a construção saudável da situação de ensino-aprendizado. Sendo assim, o professor e o aluno dentro dessa perspectiva estão sempre negociando como será construído o conhecimento.

De um lado, o professor estuda o conteúdo e os procedimentos de ensino e, diante da realidade do seu aluno, procura descobrir como esta pode contribuir para o processo ensino-aprendizagem. A educação de adultos implica um amplo processo de transformação, voltado para indivíduos de 15 anos ou mais. Esta idade é o marco de referência na separação entre a chamada ‘idade infantil’ da ‘idade adulta’. Tanto é assim que – seja no plano nacional, estabelecido pela legislação federal de ensino, seja no internacional, via recomendações da UNESCO – é precisamente este momento cronológico tomado como base para a verificação do cumprimento ou não da escola mínima. Segundo Souza (2010), processo de educação de adultos pode ser analisado sob duas dimensões indissociáveis:

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ÍNICIO

• Valorização da experiência do aluno estagiário que já trabalha na EJA.

• Valorização dos conhecimentos já construídos na EJA, seja pelas pesquisas acadêmicas, seja pelo aprofundamento das práticas desenvolvidas nos diferentes programas de EJA no Brasil.

A articulação entre a prática e a teoria é essencial na formação do educador da EJA. Vale ressaltar o enfoque de Souza (2010), que analisa que as práticas da EJA que têm sido marcadas pela influência de duas concepções de educação: de um lado estão as práticas que dão excessiva ênfase às metodologias de ensino e à utilização de manuais didáticos, que facilitam a aquisição dos requisitos para a leitura e a escrita; de outro, estão as práticas que focalizam o conteúdo social no fazer educativo e os processos dialógicos que possam levar ao desenvolvimento da consciência crítica, da emancipação.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Navegue pelo do site: Instituto Paulo Freire.

Trata-se de um site que oferece um amplo arcabouço de informações e obras referentes à Educação de Jovens e Adultos.

Disponível em: <http://www.paulofreire.org/>. Acesso em: 22 jun. 2012.

Leia o artigo: ANDRADE, Eliane Ribeiro. Juventude, Exclusão e Educação.

Trata-se de um artigo apresentado na ANPED em 2008 que apresenta uma análise de entrevistas realizadas com jovens e adultos entre 15 e 22 anos de idade, participantes de cursos de educação de jovens e adultos das redes públicas da cidade do Rio de Janeiro.

Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/1811t.PDF>. Acesso em 20 jun. 2012.

VÍDEOS:

Assista ao vídeo: Entrevista - histórias de vida de Paulo Freire.

O vídeo apresenta uma entrevista realizada com Paulo Freire e está dividido em duas partes.

Disponível em: <http://forumeja.org.br/node/1079>. Acesso em: 22 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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Ponto de Partida:

Pense em como você faria a articulação en-tre a prática e a teoria (ou entre a teoria e a prática) nas suas salas de aula como futuro educador de EJA. Proponha uma dinâmica para valorizar os conhecimentos prévios de seus alunos considerando os conteúdos de uma área de conhecimento para o ensino

fundamental.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

As práticas da EJA têm sido marcadas pela influência de duas concepções de educação: de um lado estão as práticas que dão excessiva ênfase às metodologias de

ensino e à utilização de manuais didáticos, de outro, estão as práticas que focalizam o conteúdo social no fazer educativo. Essas duas concepções podem ser definidas respectivamente como: (assinale a alternativa correta).

a) Emancipadora e social.

b) Tradicional e tecnicista.

c) Tradicional e dialógica.

d) Problematizadora e tecnicista.

e) Social e didática.

Questão 2:

A concepção instrumental de educação e de alfabetização ainda tem lugar na sociedade atual. Assinale a alternativa que corresponde à característica principal desta concepção.

AGORAÉASUAVEZ

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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a) Preocupa-se com que o aluno domine os conhecimentos tradicionais.

b) Preocupa-se com o estudo de conhecimentos com significado sociocultural.

c) Preocupa-se com que o aluno domine os conhecimentos sociais.

d) Preocupa-se com a avaliação do aluno.

e) Preocupa-se com o estudo emancipatório.

Questão 3:

Assinale a alternativa correta: A característica primordial da concepção de alfabetização na EJA como ato de conhecimento é:

a) Aprender a ler e a escrever é um ato isolado das demais áreas do conhecimento.

b) Aprender a ler e a escrever é mais do que a aquisição de um sistema de código alfabético.

c) Aprender a ler e a escrever é decorrente da aquisição do código alfabético.

d) Aprender a ler e a escrever é o mesmo do que a aquisição de um sistema de código alfabético.

e) Aprender a ler e a escrever é um fator preponderante para aprimoramento do código literário.

Questão 4:

A proposição dos temas geradores que decorrem das palavras geradoras propostas no método de alfabetização de Paulo Freire, guardam relação com aspectos de vida do educando, aparecem em determinados contextos e apontam para questões temáticas mais amplas. Em relação aos temas geradores, pode-se afirmar que:

a) Os temas geradores são experiências vivenciadas pelos alunos limitadas ao espaço escolar.

b) São os temas geradores que permitem aprofundar o processo de alfabetização como escrita e leitura da palavra escrita e do mundo.

c) Os temas geradores estão relacionados à vivência dos professores no contexto da escola.

d) São os temas geradores que produzem as ideias e os conteúdos que serão foco da vivência do aluno fora da escola.

e) Os temas geradores não têm nenhuma relação no processo de alfabetização e aprendizagem.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETAQuestão 5:

Segundo alguns autores contemporâneos que versam sobre EJA, trabalhar com a racionalidade emancipatória significa estabelecer uma relação entre o currículo e o contexto histórico, social, político e cultural como um todo. Em relação ao currículo na EJA, pode-se afirmar:

a) A concepção dialógica de educação remete a um currículo na EJA que limita a relação entre educandos e educadores.

b) A relação dialética do currículo na EJA caminha do genérico para o particular visando à transformação.

c) Conceber o currículo sob a ótica da racionalidade emancipatória implica em compreendê-lo como um processo dependente da participação dos sujeitos envolvidos na ação educativa.

d) A nova concepção de currículo para a EJA da ênfase aos conteúdos que não se entrelaçam com o processo de aprendizagem.

e) O currículo possui várias facetas, porém a mais importante a que define os conteúdos a serem trabalhados na EJA.

Questão 6:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional atualmente em vigor deu nova

identidade à Educação de Jovens e Adultos, conferindo-lhe o estatuto de direito de todo cidadão, dando-lhe um caráter de formação para a vida. Essa mudança tira de cena a ideia de um ensino meramente propedêutico, exigindo novas orientações teóricas e metodológicas para o ensino, tanto no que tange os conteúdos específicos, quanto aos procedimentos didático-pedagógicos.

De acordo com o enunciado, explique “ensino meramente propedêutico”.

Questão 7:

Em relação à Educação de Jovens e Adultos, quais são os pressupostos importantes para se garantir a compreensão do processo de ensino e da aprendizagem, considerando-se a ênfase na educação como mecanismo formal, culturalmente construído, que regularia e transformaria os processos psicológicos elementares em superiores?

Questão 8:

Para a EJA, segundo Barbato (2005, p. 2): “(...) produzimos um ensino-aprendizado significativo ao considerarmos o conhecimento prévio e as práticas de cultura das comunidades, onde estamos interagindo, juntamente com o novo conhecimento que desenvolvemos com os alunos por meio de textos e outros materiais”. Comente a afirmativa do autor.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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AGORAÉASUAVEZ

Questão 9:

Metodologicamente, na sala de aula da EJA, a conversa sobre as situações-problema locais, as festas, as práticas de cultura, são fatores fundamentais. Dentro dessa perspectiva, como deve ser a relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem?

Questão 10:

A articulação entre a prática e a teoria é essencial na formação do educador da EJA. Vale ressaltar o enfoque de Souza (2010), que analisa que as práticas da EJA têm sido marcadas pela influência de duas dimensões indissociáveis, quais são essas dimensões?

FINALIZANDO

Neste tema, você estudou as tendências teórico-metodológicas que marcam a formação e a prática na EJA. Viu também a caracterização dos sujeitos da EJA, principalmente na visão de Paulo Freire que, juntamente com outros educadores vinculados aos movimentos populares e à educação popular, desenvolveram uma concepção de educação dialógica e na EJA trabalharam com temas geradores.

RESPOSTA DISSERTATIVARESPOSTA DISSERTATIVA

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ÍNICIO

ANDRADE, Eliane Ribeiro. Juventude, Exclusão e Educação. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/1811t.PDF>. Acesso em: 20 jun. 2012.

BARBATO, Silviane. A perspectiva sócio-histórica na alfabetização de jovens e adultos. Disponível em: <www.cereja.org.br>. Acesso em: 22 jun. 2012.

Entrevista - histórias de vida de Paulo Freire. Disponível em: <http://forumeja.org.br/node/1079>. Acesso em: 22 jun. 2012.

Instituto Paulo Freire. Disponível em: <http://www.paulofreire.org/>. Acesso em: 22 jun. 2012.

REFERÊNCIAS

GLOSSÁRIO

Consciência crítica: é uma forma de relação com o mundo que busca compreende-lo de modo concreto, analisando na realidade e não pelas aparências.

Propedêutico: ensino propedêutico é aquele organizado com o único objetivo de levar o aluno a um nível mais adiantado. É sempre um ensino preparatório. A educação infantil prepara para o ensino fundamental que, por sua vez, prepara para o ensino médio. Este prepara para a universidade.

Dimensões: são parâmetros utilizados para descrever um conceito ou um tema.

Articulação: são conexões habituais existentes entre dois temas.

Concepção: modo de ver, ponto de vista.

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Tema 5

EJA: Formação e Prática do Educador

Ponto de PartidaResposta: O aluno deve se posicionar como futuro educador e remeter seus conhecimentos sobre plano de aula apreendido em outras disciplinas. Ele deve expor como faria a articulação entre a prática e a teoria (ou entre a teoria e a prática) nas suas salas de aula como futuro educador de EJA e propor uma dinâmica para valorizar os conhecimentos prévios de seus alunos considerando os conteúdos de uma área de conhecimento para o ensino fundamental.

Questão 1Resposta: Alternativa C. Tradicional e dialógica.

Questão 2Resposta: Alternativa A. Preocupa-se com que o aluno domine os conhecimentos tradicionais.

Questão 3Resposta: Alternativa B. aprender a ler e a escrever é mais do que a aquisição de um sistema de código alfabético.

Questão 4Resposta: Alternativa B. São os temas geradores que permitem aprofundar o processo de alfabetização como escrita e leitura da palavra escrita e do mundo.

Questão 5Resposta: Alternativa C. Conceber o currículo sob a ótica da racionalidade emancipatória implica em compreendê-lo como um processo dependente da participação dos sujeitos envolvidos na ação educativa.

GABARITO

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ÍNICIO

Questão 6Resposta: Ensino propedêutico é aquele organizado com o único objetivo de levar o aluno a um nível mais adiantado. É sempre um ensino preparatório. A educação infantil prepara para o ensino fundamental que, por sua vez, prepara para o ensino médio. Este prepara para a universidade.

Questão 7Resposta: a atividade espontânea do sujeito menos experiente, se for bem interpretada pelo outro mais experiente, pode se constituir em uma importante base de edificação das interações sociais rumo ao desenvolvimento pessoal. O sujeito partilha as ações pelas relações estabelecidas entre ele e o meio, e as instituições como família, escola, igreja, são muito importantes para o estabelecimento de significado das ações individuais e sociais, por se constituírem em elementos de mediação para o sujeito. A escola se caracteriza por ser um processo de socialização sistematizado. Desta forma, é contexto indicado para o domínio da leitura e escrita, além de outros conteúdos formais que necessitam do desenvolvimento dos processos psicológicos superiores, como é o caso da atenção voluntária, da memória lógica e da formação de conceitos.

Questão 8Resposta: As formas de significar das comunidades em que se ensina são consideradas a partir dos conteúdos do que é conversado e escrito no cotidiano, como as situações-problema: a história do local, os direitos à educação, à saúde, mas também às formas diferentes de interação no cotidiano: na escola, nas festas, na religião, nas famílias, no trabalho.

Questão 9Resposta: O professor e o aluno dentro dessa perspectiva estão sempre negociando como será construído o conhecimento. De um lado, o professor estuda o conteúdo e os procedimentos de ensino e, diante da realidade do seu aluno, procura descobrir como esta pode contribuir para o processo ensino-aprendizagem.

GABARITO

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Questão 10Resposta: Valorização da experiência do aluno estagiário que já trabalha na EJA e valorização dos conhecimentos já construídos na EJA, seja pelas pesquisas acadêmicas, seja pelo aprofundamento das práticas desenvolvidas nos diferentes programas de EJA no Brasil.

GABARITO

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• Os saberes e as atitudes necessários à prática da EJA.

• Aspectos dos sentimentos do sujeito analfabeto.

• O processo de desenvolvimento de uma alfabetização crítica na EJA.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais os saberes e as atitudes necessárias à prática do professor de EJA?

• Como se sente o sujeito analfabeto na sociedade letrada?

• É possível desenvolver a cidadania atuando como um professor alfabetizador crítico?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Formação do Educador e Prática na EJA

Retomando as referências que foram abordadas anteriormente e, segundo as orientações da Confintea, a educação de jovens e adultos deve:

• Priorizar a formação integral voltada para o desenvolvimento de capacidades e competências adequadas, para que todos possam enfrentar, no marco do desenvolvimento sustentável, as novas transformações científicas e tecnológicas e seu impacto na vida social e cultural.

• Elaborar e implementar currículos flexíveis, diversificados e participativos, que sejam também definidos a partir das necessidades e dos interesses do grupo, de modo a levar em consideração sua realidade sociocultural, científica e tecnológica e reconhecer seu saber.

• Incentivar educadores e alunos a desenvolver recursos de aprendizagem diversificados, utilizar os meios de comunicação de massa e promover a aprendizagem dos valores de justiça, solidariedade e tolerância, para que se desenvolva a autonomia intelectual e moral dos alunos envolvidos na EJA.

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LEITURAOBRIGATÓRIA

Nesse sentido, pode-se afirmar novamente que a Educação de Jovens e Adultos não é apenas um processo inicial de alfabetização. A EJA resgata e incentiva o aluno a se transformar em um leitor das diversas linguagens visuais e, paralelamente, contribui com o resgate da importância da cidadania e do trabalho.

Para Soares (2002), a educação age como uma chave indispensável para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea vai se impondo cada vez mais nestes tempos de grandes mudanças e inovações nos processos produtivos. Ela possibilita ao indivíduo jovem ou adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extraescolar e, na própria vida, possibilitar um nível técnico e profissional mais qualificado.

Dessa forma, o aluno da EJA atualiza conhecimentos, mostra habilidades, troca experiências e proporciona acesso a novas regiões da cultura e do trabalho. Além disso, a EJA amplia o conhecimento de jovens não empregados, desempregados, vacilantes, assim podem encontrar um ambiente com melhor capacitação para o mercado de trabalho e ampliar suas experiências socioculturais prévias.

Segundo Soares (2002), um adulto pode ser analfabeto, marginalizado social e economicamente, porém esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita, pois se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, recebe cartas que outros leem para ele, dita cartas para que um alfabetizado as escreva, pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar. Esses sujeitos são motivados por material que é prático, aplicável ao seu trabalho ou situação de vida e centrado em problemas; trazem consigo o desejo de crescer e aprender. Esse público geralmente resiste a situações de imposição de conteúdo, ordens, críticas, julgamentos, portanto, cabe ao professor ajudá-los a descobrir suas reais necessidades a partir da busca de casos, experiências e situações de suas vidas que podem suscitar temas sobre os quais se pretende ensinar.

Pensando dessa forma, a educação é uma ação de cidadania e construção de identidades como afirma Soares (2000, p. 45):

Alfabetização e letramento são processos distintos, porém são inseparáveis. Alfabetização é a ação de ensinar a ler e escrever. Processo que não é por toda vida, mas sim aquisição de níveis diferentes e mais complexos de leitura e escrita. Já letramento é a ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e escrita. Processo por toda vida, pois há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das demandas do indivíduo e de seu meio, do contexto social e cultural.

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Assim, letrado é aquele que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Essa nova visão de alfabetização é que define a especificidade da Educação de Jovens e Adultos e que direciona a prática pedagógica para a construção de metodologias de ensino próprias para o adulto.

Esses sujeitos apresentam singularidades no processo ensino-aprendizagem, possuindo referenciais particulares, de acordo com Lopes&Souza (2005, p. 5): “Assim, percebe-se que na alfabetização de jovens e adultos deve-se utilizar inicialmente textos que façam parte do dia a dia deles para que assim eles possam construir sentidos.”

Atualmente, aprender significa, antes de tudo, modificar posturas diante da vida, ou seja, um indivíduo realmente aprendeu quando houve uma mudança real e duradoura na forma de se posicionar em seu mundo.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Leia o texto EJA: LOPES, Selva Paraguassu; SOUSA, Luzia Silva. Educação possível ou mera utopia? Revista Alfabetização Solidária.

As autoras trazem uma reflexão sobre a EJA na atualidade.

Disponível em: <www.cereja.org.br>. Acesso em: 20 de Jun. de 2012.

Navegue pelo site: Alfabetização Solidária – ALFASOL.

A organização não governamental tem como missão a ampliação da oferta de educação para os jovens e adultos por considerar esta ação imprescindível na inversão dos indicadores sociais no Brasil e no mundo.

Disponível em: <http://www.alfabetizacao.org.br/site/home.asp>. Acesso em: 20 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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ÍNICIO

Ponto de Partida:

Fantinato (2004) publicou um artigo intitu-lado A construção de saberes matemáti-cos entre jovens e adultos do Morro São Carlos, resultado de uma pesquisa etno-gráfica em que entrevistou educandos, professoras, coordenadoras do projeto de EJA e moradores da comunidade, com o intuito de buscar relações entre os conhe-cimentos matemáticos escolares e aqueles advindos da vida cotidiana. Considerando este pressuposto, elabore uma atividade que envolva os conhecimentos matemáti-cos para alunos da EJA.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

Na prática da EJA, é fundamental que na formação do alfabetizador utilize um instru-mental metodológico semelhante àqueles que farão parte da prática do educador que de posse de conhecimentos podem con-tribuir para que a EJA seja um espaço de debates, produção coletiva de textos, pro-dução individual, leitura e interpretação de textos e de contextos sociais. Como instru-mentos metodológicos, pode-se citar:

a) Livro didático, observação, registro, avaliação e planejamento.

b) Análise da prática, laboratório, sala de informática e biblioteca.

c) Observação e registro, análise da prática, estudo, avaliação e planejamento.

d) Observação, análise e verificação.

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETARESPOSTA DISSERTATIVA

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e) Recursos tecnológicos, planejamento, vídeos e livro didático.

Questão 2:

Falar da formação e da prática do professor de EJA implica pensar em alguns equívocos relacionados à sua formação. Assinale a alternativa que apresenta corretamente um equívoco sobre a prática do professor de EJA.

a) Trabalhar apenas os discursos da moda sem relacioná-los com a prática do educando.

b) Relacionar a teoria e a prática, valorizando os conhecimentos prévios dos alunos.

c) Incentivar a produção coletiva de textos relacionando os contextos sociais.

d) Enriquecer a aula com oralidade dos alunos, dos noticiários, enfim, de acontecimentos da vida cotidiana.

e) Valorizar os conhecimentos prévios dos educandos e motivar o debate.

Questão 3:

A EJA tem como uma de suas características principais estar voltada, principalmente, para uma população adulta, que por contingências da vida não pode estudar, necessita de educação permanente

ou ainda exige constante adaptação tecnológica. Esse contexto ressalta:

a) A importância de processos de aprendizagem autônomos e autodirigidos, voltados para esta população adulta em educação permanente.

b) A EJA tem papel fundamental na abordagem tecnicista da educação.

c) A educação elementar na EJA retoma a necessidade dos professores se aperfeiçoarem no ensino tradicional.

d) A visão de mundo vai ser sempre um aspecto sem muita importância nos processos de aprendizagem da EJA.

e) Os educandos da EJA se formam necessariamente interessados em alcançar o sucesso acadêmico independente de ser ou não uma formação para a vida.

Questão 4:

O aluno precisa ser considerado como um sujeito ativo capaz de construir o seu conhecimento. Cabe ao professor ajudá-lo nessa descoberta.

Portanto, o professor precisa:

I. Valorizar os conhecimentos do aluno, ouvir suas experiências e suposições e relacionar essa sabedoria aos conceitos teóricos.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIO

II. Dialogar nem sempre, com linguagem e tratamento complexo ao público para que eles possam estudar mais sozinhos.

III. Perguntar o que os estudantes sabem sobre o conteúdo e a opinião deles a respeito dos temas antes de abordá-los cientificamente. Dessa forma, o educador mostra que eles não sabem muito e devem se dedicar ao livro didático para aprender.

IV. Compreender que educar jovens e adultos é um ato político e, para isso, ele deve saber estimular o exercício da cidadania.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas I e II.

b) Estão corretas II e III.

c) Estão corretas I e IV.

d) Estão corretas II e IV.

e) Estão corretas III e IV.

Questão 5:

Em um projeto pedagógico para a EJA, o aluno precisa ser considerado como alguém que tem um conhecimento prévio, por isso, o professor deve buscar em sua realidade situações desafiadoras que o estimulem à superação, uma vez que, já se sabe que uma atuação pedagógica boa é o motor para a motivação. Em relação ao aluno da EJA, pode-se afirmar:

I. Quando o aluno é inserido no contexto de aprendizagem como alguém ativo, responsável também pela sua formação, tem sua autoestima elevada e isso é um fator que ajuda na aquisição de conhecimento.

II. O aluno tem pressa em concluir seus estudos e possui uma visão de que seus saberes próprios pouco influenciam sua formação.

III. A partir da compreensão de que com conhecimento não pode mudar a sua realidade e a si mesmo, a educação passa a ser uma mera aquisição de conhecimento e se distancia do poder de transformação social.

Está correta a alternativa:

a) Apenas I está correta.

b) Apenas II está correta.

c) Apenas III está correta.

d) II e III estão corretas.

e) I e III estão corretas.

Questão 6:

A EJA resgata e incentiva o aluno a se transformar em um leitor das diversas linguagens visuais e, paralelamente, contribui com o resgate da importância da cidadania e do trabalho. Como o educador da EJA pode alcançar esse objetivo?

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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Questão 7:

Comente a afirmativa de Paulo Freire: “Ninguém educa ninguém e ninguém aprende sozinho”.

Questão 8:

Pode-se afirmar que o professor da EJA deve respeitar a diversidade cultural, as experiências apreendidas ao longo da vida, a linguagem, classe, raça e idade. Senda assim como deve ser a didática do professor de EJA?

Questão 9:

O aluno da EJA tem necessidades específicas e a forma de ensinar precisa acompanhar a sua demanda. De acordo com seus estudos em que situação se apresenta a maioria dos alunos de EJA?

Questão 10:

No trabalho didático da EJA com o objetivo de formar o cidadão além de simplesmente ensinar a ler e a escrever exige três atitudes essenciais do professor. Apresente e argumente essas três atitudes.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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LOPES, Selva Paraguassu; SOUSA, Luzia Silva. EJA: educação possível ou mera utopia? Revista Alfabetização Solidária. Disponível em: <www.cereja.org.br>. Acesso em: 20 jun. 2012.

SOARES, Leôncio. Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

SOARES, Magda Becker. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica; v.1, 2000.

Alfabetização Solidária – ALFASOL. Disponível em: <http://www.alfabetizacao.org.br/site/home.asp>. Acesso em: 20 jun. 2012.

FINALIZANDO

Neste tema, você constatou que há uma série de saberes e atitudes necessárias à pratica do professor de EJA. Você também refletiu sobre os sentimentos dos sujeitos analfabetos com relação às atitudes que são essenciais ao desenvolvimento da educação e da alfabetização crítica.

REFERÊNCIAS

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GLOSSÁRIO

Cidadania: é o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive.

Sociedade contemporânea: é a sociedade que se vive hoje, isto é, é a sociedade atual.

Contexto social: o contexto social de uma pessoa é determinado pelas condições de vida e de trabalho, pelo nível de rendimentos e pelo nível de escolarização, bem como pelas comunidades em que se integra.

Experiências socioculturais: são experiências vivenciadas tanto no contexto social como no contexto cultural.

GABARITO

Tema 6

Formação do Educador e Prática na EJA

Ponto de PartidaResposta: Partindo dos estudos de Fantinato (2004), o aluno deve elaborar uma atividade de matemática demostrando que os jovens falam da matemática escolar identificando-a com a teoria e da matemática do dia a dia como o saber da prática, do calcular, saber contar, vender etc. Como diz um entrevistado “as coisas começam pela comida, pelo sabão pra botar na máquina de lavar roupa”.

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Questão 1Resposta: Alternativa C. Observação e registro, análise da prática, estudo, avaliação e planejamento.

Questão 2Resposta: Alternativa A. Trabalhar apenas os discursos da moda sem relacioná-los com a prática do educando.

Questão 3Resposta: Alternativa A. A importância de processos de aprendizagem autônomos e autodirigidos, voltados para esta população adulta em educação permanente.

Questão 4Resposta: Alternativa C. Estão corretas I e IV.

Questão 5Resposta: Alternativa A. Apenas I está correta.

Questão 6Resposta: Incentivar alunos a desenvolverem recursos de aprendizagem diversificados, utilizar os meios de comunicação de massa e promover a aprendizagem dos valores de justiça, solidariedade e tolerância, para que se desenvolva a autonomia intelectual e moral dos alunos envolvidos na EJA.

Questão 7Resposta: O processo de formação e prática do educador, na atualidade, requer a experiência coletiva como fundamento de uma nova concepção e de organização curricular. O desafio central na formação do educador e na própria prática seja a organização de momentos mais coletivos de planejamento e de avaliação do processo pedagógico.

GABARITO

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GABARITO

Questão 8Resposta: A didática do professor da EJA precisa passar sempre por um processo de reavaliação, afinal, o aluno da EJA tem necessidades específicas e a forma de ensinar precisa acompanhar a sua demanda. O professor deve ter uma formação que o leve a colocar-se como um aliado do aluno e não como um sujeito detentor do saber.

Questão 9Resposta: O estudante da EJA vem de uma situação histórico-social de desigualdade, fato este que o colocou em condições de exclusão e opressão, sendo assim, no seu aspecto afetivo, muitas vezes, sente-se desvalorizado com poucas condições de aprendizagem.

Questão 10Resposta: Atitude investigativa; respeito aos saberes dos educandos e disposição para motivar o diálogo durante a aula.

O aluno deve argumentar com os conhecimentos adquiridos até o momento cada uma dessas atitudes.

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

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ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• As contribuições de Paulo Freire para o saber e a prática do educador de EJA.

• O que são e como se desenvolvem os temas geradores.

• Atitudes essenciais à prática do educador de EJA.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como se desenvolvem os temas geradores no método de alfabetização de Paulo Freire?

• Quais são as principais etapas do processo de planejamento para desenvolvimento dos temas geradores?

• Quais são os saberes necessários para o educador de EJA?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Saberes necessários ao educador de EJA

Como já foi dito anteriormente um marco histórico na educação de adultos brasileira se deu com as contribuições de Paulo Freire a partir da década de 1980. Para ele a educação deveria ter como fundamentos básicos o respeito ao outro e a aceitação das limitações do outro. Seu método baseia-se na descoberta da realidade; em palavras chaves (geradoras), ou seja, o que é comum ao contexto; tematização (significação contextualizada) e problematização (conscientização).

Paulo Freire entendia que a “leitura do mundo” precede a escrita e a educação pertence ao povo, não aos governos. Suas contribuições para a educação apontaram o surgimento de novas relações humanas, baseadas em uma realidade material distinta, com a superação de antigas dicotomias, com a dicotomia entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, prática e teoria, ensinar e aprender, conhecer o conhecimento existente e criar o novo conhecimento, um novo sistema educacional pode então surgir.

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LEITURAOBRIGATÓRIA

Desta forma, a educação libertadora, torna-se o esforço sistemático a serviço dos ideais de equidade de uma nova sociedade. Se, na antiga sociedade, o seu sistema educacional estava comprometido com a preservação do “status quo”, agora a educação deve-se tornar fundamental ao processo de permanente libertação. Ao tratar a alfabetização de adultos, Paulo Freire jamais a reduziu a um conjunto de métodos e técnicas. Porém não os subestimou, “naturalmente indispensáveis, os métodos e as técnicas se fazem e refazem na práxis”.

O aprendizado da leitura e da escrita, como um ato criador, envolve a compreensão crítica da realidade. A educação para ser valida, deve considerar a vocação ontológica do homem – vocação de ser sujeito – e as condições em que ele vive: em tal lugar, em tal momento e em tal contexto. Os temas geradores nas ideias de Paulo Freire fazem parte do método de alfabetização de adultos e são extraídos a partir do levantamento de assuntos de interesse da comunidade e das palavras de conteúdo mais significativo, chamadas de “palavras geradoras”. São os coordenadores do processo de alfabetização que mediante o convívio com a comunidade, coletam essas informações, de modo informal, nas conversas do dia a dia.

Em termos de processo de planejamento, são as seguintes etapas propostas por Freire (1980, p. 42- 44): 1ª fase: Descoberta do universo vocabular – é feito o levantamento com os grupos a serem trabalhados em encontros informais, são retidas apenas as palavras mais carregadas de sentido existencial – como as expressões típicas do povo, ligadas às suas práticas sociais, especialmente, as do trabalho. É uma fase essencial pelo convívio e pelas trocas realizados, como pelo conteúdo vivencial que se pode abstrair nas conversas; 2ª fase: seleção de palavras dentro do universo vocabular - é realizada mediante os seguintes critérios: riqueza silábica; dificuldades fonéticas (apresentar, gradativamente, as dificuldades fonéticas) e o conteúdo prático das palavras; 3ª fase: criação de situações existenciais - trata-se de situações problemáticas, codificadas, que levam em si elementos para que sejam decodificados pelos grupos com a colaboração do coordenador do processo de alfabetização; 4ª fase: elaboração de fichas indicadoras – auxiliam os coordenadores do debate em seu trabalho; 5ª fase: elaboração de fichas com famílias fonéticas – são fichas com famílias fonéticas das palavras geradoras levantadas junto à comunidade.

Uma vez elaborado o material, em forma de diapositivos ou cartazes, constituídas as equipes de supervisores e de coordenadores, devidamente treinados nos debates relativos às situações já elaboradas e de posse de suas fichas indicadoras, começa o trabalho efetivo de alfabetização.

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Gadotti (2007) apresenta sucintamente as etapas centrais do método de alfabetização de adultos: a) A investigação temática, pela qual aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade em que ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia; b) A tematização, pela qual professor e aluno codificam e decodificam esses temas; ambos buscam o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. Descobrem-se assim novos temas geradores, relacionados com os que foram inicialmente levantados. Nesta fase, são elaboradas as fichas para a decomposição das famílias fonéticas, dando subsídios para a leitura e a escrita; c) A problematização, na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.

Enfim, o processo trabalhado é de discussão da realidade concreta, vivida, e sua análise crítica, por meio das trocas realizadas entre professores e alunos. O conhecimento sistematizado, todas as áreas do saber, passa a ser trabalhado nestas discussões e por meio de inúmeras atividades.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Navegue pelo site: SCIELO.

Busque os artigos que foram publicados sobre a formação de professores de EJA.

Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 25 jun. 2012.

Leia o livro: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.

A obra é um clássico de Paulo Freire. É uma referência para aprofundar a prática da EJA na perspectiva dos temas geradores.

Disponível em: <http://portal.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/ater/livros/Pedagogia_do_Oprimido.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2012.

Leia o artigo: TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Temas ambientais como “temas geradores”: contribuições para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória.

Este artigo trata dos temas ambientais como temas geradores para a educação ambiental, inspira-dos na pedagogia Paulo Freire, para quem educar é um ato de conhecimento da realidade concre-ta, das situações vividas, um processo de aproximação crítica da própria realidade: compreender, refletir, criticar e agir são as ações pedagógicas pretendidas.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602006000100007&lang=pt>. Acesso em: 25 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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Ponto de Partida:

Na metodologia para EJA que envolve os te-mas geradores o processo trabalhado é de discussão da realidade concreta, vivida, e sua análise crítica, por meio das trocas re-alizadas entre professores e alunos. O co-nhecimento sistematizado, todas as áreas do saber, passa a ser trabalhado nestas discus-sões, por meio de inúmeras atividades.

Considerando o exemplo proposto no qua-dro a seguir de um tema gerador, complete o quadro de acordo com as disciplinas propos-tas incluindo para cada uma delas os estudos da realidade, a organização e a aplicação do conhecimento.

Tema Gerador: Os seres humanos e o plane-ta... Sobreviverão? (veja a figura)

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

Na metodologia da EJA, observa-se uma etapa que é descoberta do universo vocabular, em que são levantadas palavras e temas geradores relacionados com a vida cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem. Sobre os temas geradores pode-se afirmar:

a) Os temas geradores são selecionados somente em função da riqueza silábica, do valor fonético.

b) Temas geradores são selecionados, principalmente, em função do significado social para o grupo.

c) A descoberta do universo vocabular dos

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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temas geradores pode ser efetuada por meio de encontros entre os professores.

d) Os temas geradores estão relacionados aos encontros formais com os moradores do lugar em que se vai trabalhar.

e) É muito difícil relacionar os temas geradores na convivência com moradores em torno da escola, sentindo suas preocupações e captando elementos de sua cultura.

Questão 2:

Considerando a seguinte afirmativa: [...] a melhor palavra geradora é aquela que reúne em si a porcentagem mais alta de critérios sintáticos (possibilidade ou riqueza fonética, grau de dificuldade fonética complexa, possibilidade de manipulação de conjuntos de signos, de sílabas), semânticos (maior ou menor intensidade de relação entre a palavra e o ser que designa), poder de conscientização que a palavra tem potencialmente, ou conjunto de reações socioculturais que a palavra gera na pessoa ou no grupo que a utiliza. Pode-se afirmar que o autor dessas palavras é:

a) Moacir Gadotti.

b) Gaudêncio Frigotto.

c) Álvaro Pinto.

d) Paulo Freire.

e) Celso Beisiegel.

Questão 3:

Tomando como referência as reflexões de Paulo Freire pode-se definir problematização como sendo:

a) O processo de avaliação na EJA.

b) A síntese do conteúdo abordado na sala de EJA.

c) A prática de exercícios de matemática a serem resolvidos pelos alunos de EJA.

d) O debate entre os professores de EJA sobre o conteúdo do livro didático.

e) O desenvolvimento de uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.

Questão 4:

De maneira esquemática, pode-se dizer que o “Método Paulo Freire” consiste de três momentos dialética e interdisciplinarmente entrelaçados. Assinale a alternativa que corresponde a esses momentos respeitando a sequência de desenvolvimento.

a) Investigação temática, tematização e problematização.

b) Problematização, leitura do livro texto e escrita.

c) Temas geradores, avaliação e reavaliação.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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ÍNICIO

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

d) Investigação temática, planejamento, avaliação.

e) Planejamento, análise e síntese.

Questão 5:

O educador de EJA, em sua prática, deve colocar-se na posição de quem busca superar-se constantemente, numa atitude práxica. O que é uma atitude práxica? Assinale a alternativa correta.

a) É aquela que vai além do simples fazer mecânico.

b) É a valorização do livro didático.

c) É a prática do professor nas aulas expositivas.

d) É a abordagem teórica dos conteúdos.

e) É a atitude do coordenador da escola.

Questão 6:

Em termos de processo de planejamento, Paulo Freire propõe cinco fases no desenvolvimento da alfabetização por temas geradores, cite quais são as etapas propostas por Freire.

Questão 7:

Moura (1999, p.80) comentando os saberes indispensáveis à prática do alfabetizador, iluminada pelas reflexões

freirianas, observa que é indispensável que o educador saiba qual é a função social da educação e questiona:

1. A função social é apenas escolarizar?

2. A função social é propiciar uma formação humana ampla?

Qual o questionamento você responderia como sendo a verdadeira função social da educação. Argumente sua resposta.

Questão 8:

Em um projeto pedagógico para a EJA, o aluno precisa ser considerado como alguém que tem um conhecimento prévio, por isso, como deve ser a ação do professor?

Questão 9:

Unir as suas vivências anteriores ao ensino é a forma mais eficaz de desenvolver o processo de ensino-aprendizagem para a EJA. Nesse sentido, aponte quais as principais características do trabalho

pedagógico na EJA.

Questão 10:

Afinal, para realizar o trabalho pedagógico na EJA, é necessário, antes, conhecer o perfil dos alunos. Esse é o ponto de partida para o planejamento pedagógico e para uma educação de qualidade. Desse modo como deve ser considerado esse aluno?

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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FINALIZANDO

Nesse tema, você aprendeu como se desenvolvem os temas geradores no método de alfabetização de Paulo Freire e quais são as principais etapas do processo de planejamento deste desenvolvimento.

Você observou que os saberes necessários para o educador de EJA necessariamente compreende na discussão da realidade concreta, vivida, e sua análise crítica, por meio das trocas realizadas entre professores e alunos.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Conscientização – Teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980. Reimpressão: Centauro.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Disponível em: < http://portal.mda.gov.br/portal/saf/arquivos/view/ater/livros/Pedagogia_do_Oprimido.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2012.

GADOTTI, Moacir. Cruzando fronteiras: teoria, método e experiências freireanas. Instituto Paulo Freire, São Paulo. Disponível em: <http://www.paulofreire.org/Biblioteca/frontera_p.htm>. Acesso em: 25 jun. 2012.

TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Temas ambientais como “temas geradores”: contribuições para uma metodologia educativa ambiental crítica, transformadora e emancipatória. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602006000100007&lang=pt>. Acesso em: 25 jun. 2012.

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Pensamento crítico: é um julgamento propositado e reflexivo sobre o que acreditar ou o que fazer em resposta a uma observação, experiência, expressão verbal ou escrita, ou argumentos.

Oprimido: aquele que é vítima de opressão.

Função social: é espaço democrático dentro da sociedade contemporânea.

Tematização: o domínio de assuntos preferencialmente tratados por determinado grupo.

Vocação: tendência ou inclinação para um estado, uma profissão..

GLOSSÁRIO

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Tema 7

Saberes necessários ao educador de EJA

Ponto de PartidaResposta:

Tema Gerador: Os seres humanos e o planeta. Sobreviverão?

Estudos daRealidade (inclui atividades dos estudantes)

Organização doConhecimento (identifica o conteúdo básico, conceitos, e temas)

Aplicação doConhecimento(projetos e tarefas)

HistóriaQuestionáriosEntrevistasDebates

Indústria/ A luta entre as classes sociais/ Padrão de vida/ Poluição/Discriminação/Colonização/Direitos Humanos

Ensaios / Projetos em Grupo

Ciências

DebatesEntrevistasDiscussões emgrupo

Meio Ambiente/Reciclagem/Poluição/Saneamento básico/Conservação/O corpo humano ereprodução/ Espaçomental e físico/Nutrição

Projetos em grupo/escritos referentes atemas comunitários

GABARITO

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MatemáticaQuestionáriosDebates

Custo de vida/Computaçãobásica/ Sistemasmonetários/Porcentagens-Frações

Colocando emtabelas o custo de vida, a inflação,dados sobre salários/ Análise escrita

Geografia

EntrevistasDebatesReportagensMapas

Grupos sociais/Classes sociais/Desemprego/Violência/ EspaçoSocial e Físico/Migração e explosãoda população

Desenhando mapas/Projetos em grupossobre a urbanizaçãodos bairros

Questão 1Resposta: Alternativa B. Temas geradores são selecionados principalmente em função do significado social para o grupo.

Questão 2Resposta: Alternativa D. Paulo Freire.

Questão 3Resposta: Alternativa E. O desenvolvimento de uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.

Questão 4Resposta: Alternativa A. Investigação temática, tematização e problematização.

Questão 5Resposta: Alternativa A. É aquela que vai além do simples fazer mecânico.

GABARITO

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Questão 6Resposta: 1ª fase: Descoberta do universo vocabular – é feito o levantamento com os grupos a serem trabalhados em encontros informais, são retidas apenas as palavras mais carregadas de sentido existencial – como as expressões típicas do povo, ligadas às suas práticas sociais, especialmente, as do trabalho. É uma fase essencial pelo convívio e pelas trocas realizadas, como pelo conteúdo vivencial que se pode abstrair nas conversas. 2ª fase: seleção de palavras dentro do universo vocabular – é realizada mediante os seguintes critérios: riqueza silábica; dificuldades fonéticas (apresentar, gradativamente, as dificuldades fonéticas) e o conteúdo prático das palavras. 3ª fase: criação de situações existenciais – trata-se de situações problemáticas, codificadas, que levam em si elementos para que sejam decodificados pelos grupos com a colaboração do coordenador do processo de alfabetização. 4ª fase: elaboração de fichas indicadoras – auxiliam os coordenadores do debate em seu trabalho. 5ª fase: elaboração de fichas com famílias fonéticas – são fichas com famílias fonéticas das palavras geradoras levantadas junto à comunidade.

Questão 7Resposta: Considerando os estudos já desenvolvidos o aluno deve optar pela segunda questão e argumentar sua escolha com o aporte teórico apresentado. Cabe a cada um fazer a opção correta para que a sociedade possa caminhar para a emancipação, superando as diferentes formas de opressão que ainda marcam as relações sociais.

Questão 8Resposta: O professor deve buscar em sua realidade situações desafiadoras que o estimulem à superação, uma vez que, já se sabe que uma atuação pedagógica boa é o motor para a motivação.

Questão 9Resposta: O trabalho pedagógico com jovens e adultos deve se caracterizar pelos seguintes aspectos: o trabalho com a linguagem verbal (oral e escrita); ampliar os objetivos envolvidos nos textos orais e escritos, em situações de falar, escutar, ler ou escrever; reduzir a distância entre os alunos e a palavra, para que possam compreender o discurso do outro, interpretar diferentes pontos de vista, assimilar, comparar, criticar.

GABARITO

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Questão 10Resposta: O aluno precisa ser considerado como um sujeito ativo capaz de construir o seu conhecimento. Cabe ao professor ajudá-lo nessa descoberta. Portanto, o professor precisa: valorizar os conhecimentos do aluno, ouvir suas experiências e suposições e relacionar essa sabedoria aos conceitos teóricos; dialogar sempre, com linguagem e tratamento adequado ao público; perguntar o que os estudantes sabem sobre o conteúdo e a opinião deles a respeito dos temas antes de abordá-los cientificamente.

GABARITO

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seções

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Seções

seções Seções

CONTEÚDOSEHABILIDADES

REFERÊNCIASFINALIZANDO

GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES

AGORAÉASUAVEZ

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Tema

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Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

ÍNICIO

ROTEIRO DE ESTUDO:

Mirella Villa de Araújo Tucunduva da FonsecaEducação de Jovens e Adultos

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdos Nesta aula, você estudará:

• As políticas públicas implantadas na educação brasileira ao longo da história.

• Os principais programas de EJA implementados no Brasil.

• As características de alguns programas de EJA.

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ÍNICIOCONTEÚDOSEHABILIDADES

Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais foram as principais campanhas, projetos e programas de EJA implantados no Brasil?

• Por que é tão difícil diminuir o analfabetismo no Brasil?

• Quais são os melhores momentos dos programas de EJA?

LEITURAOBRIGATÓRIA

Experiências de EJA no Brasil

O ensino para jovens e adultos no Brasil, mais especificamente a alfabetização destes, apresenta-se intensamente diversificado, tendo como início o trabalho feito pelos jesuítas que tentaram catequizar os índios e definindo como prioridade ao longo da história a erradicação do analfabetismo. O movimento mais característico na alfabetização de jovens e adultos, que historicamente situa-se no período do regime militar – a partir de 1964, foi o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), tratando-se de uma iniciativa governamental de alfabetizar o maior número de pessoas no mais curto espaço de tempo. O MOBRAL representou um marco na educação de adultos, diferenciando-se das demais campanhas levadas anteriormente a 1973, por vários fatores reconhecidos por vários autores, a saber:

• Garantiu sua independência administrativa graças a organização – tratava-se de uma fundação.

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LEITURAOBRIGATÓRIA

• O sistema de convênios permitiu maior descentralização e, portanto, melhor atendimento as peculiaridades regionais, assim como maior flexibilidade de soluções.

• Os recursos financeiros eram de tal ordem que permitiam grandes investimentos.

• O movimento não se restringiu ao processo de alfabetização.

• Distribuiu gratuitamente aos seus alunos e professores farto e diversificado material.

O fim do MOBRAL está relacionado ao fato de que ao se procurar exterminar o analfabetismo cogitou, como consequência, o desenvolvimento socioeconômico do país. O problema do analfabetismo tem inúmeras implicações, tem raízes no passado, e produto de uma série de situações. Havia necessidade de mudanças no contexto socioeconômico e principalmente na situação política da época.

Com o advento da chamada “Nova República”, na perspectiva de “transição democrática”, o MOBRAL foi substituído por Programas de Alfabetização e Educação Integrada. É necessário observar que os estudos sobre a alfabetização de adultos perpassa pela compreensão do contexto educacional relacionado com fatores sociais que historicamente o determinam e sinalizam a produção do fracasso escolar.

Pesquisas realizadas entre 1971-1981 e analisadas por Brandão (1983, p.55) conduzem à conclusão, dentre outras, de que “a contribuição da escola para o fracasso das crianças pobres já foi amplamente demonstrada” no momento em que se transferiu para a escola a superação de carências do bojo de necessidades da sociedade.

Numa retrospectiva da história das políticas para EJA, além da CEAA, várias campanhas foram realizadas, porém não tiveram pleno sucesso. Entre essas campanhas, pode-se destacar: Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958, Governo Juscelino Kubitschek); Movimento de Educação de Base (1961, Confederação Nacional de Bispos do Brasil – CNBB); Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL – Governos Militares); Fundação Nacional de Educação de Jovens e Adultos – Fundação Educar (1985, Governo José Sarney); Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania – PNAC (1990, Governo Fernando Collor de Mello); Declaração Mundial de Educação para Todos (1993, assinada pelo Brasil em Jomtien, Tailândia); Plano Decenal de Educação para Todos (1993, Governo Itamar Franco); Programa Alfabetização Solidária (1997, Governo Fernando Henrique Cardoso). Programa Brasil Alfabetizado (2003, Governo Lula).

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ÍNICIO

Na atualidade, segundo o portal do MEC, há o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), cujo objetivo é promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo de toda a vida. Pode-se ainda destacar o ProJovem, cujo objetivo é elevar a escolaridade de jovens com idade entre 18 e 29 anos, que saibam ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental, visando à conclusão desta etapa por meio da modalidade de Educação de Jovens e Adultos integrada à qualificação profissional e o desenvolvimento de ações comunitárias com exercício da cidadania.

Por fim, concorda-se com Souza (2010), que afirma que o desafio atual da sociedade brasileira não é propor mais metas para a educação ou mais projetos de EJA, mas avaliar os impactos qualitativos das experiências em cada canto do país.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SITES:

Consulte o site: BRASIL. Ministério da Educação.

Encontre dados atualizados dos programas de EJA.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em: 29 jun. 2012.

Para saber mais sobre o processo de criação do PROEJA leia o texto: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise. A Política de Educação Profissional do governo Lula: um percurso histórico controvertido. Revista Educação e Sociedade, v.26, n. 92, out. 2005.

Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 29 jun. 2012.

LINKSIMPORTANTES

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Ponto de Partida:

Grande parte da população analfabeta ou pouco escolarizada está inserida no mercado de trabalho. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) revelam que o segmento de 15 a19 anos, ocupando ou procurando emprego, correspondia, em 2001, a 52% do total dessa faixa etária. Entre os jovens de 20 a 24 anos, 73% participam da População Economicamente Ativa como ocupados ou desempregados. As mudanças econômicas, com seus impactos sobre a produtividade e estrutura de desemprego, causam alterações na forma de produção e organização dos processos de trabalho, exigindo uma melhor qualificação profissional, nesse contexto, a conclusão da escolaridade mínima passa a ser indispensável tato para a inserção no mercado de trabalho como para a participação cidadã.

Realize uma pesquisa no site do IBGE e atualize os referidos dados tecendo seus comentários usando como referência os

comentários apresentados acima.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1:

O movimento mais característico na alfabet-ização de jovens e adultos, que historica-mente situa-se no período do regime militar – a partir de 1964, foi o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL). O MOBRAL teve como meta principal:

a) Elevar o grau de escolaridade da população.

b) Alfabetizar o maior número de pessoas no mais curto espaço de tempo.

Instruções: Agora, você finalmente exercitará seu aprendizado por meio da resolução das questões deste caderno de atividades. Lembre-se que, para responder as questões, você precisará assistir às aulas, ler o Livro-Texto, refletir, pesquisar, elaborar e discutir os temas relativos à disciplina Educação de Jovens e Adultos. Leia cuidadosamente os enunciados e fique atento ao que está sendo pedido e ao modo de resolução de cada questão.

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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c) Diminuir a taxa de distorção idade/série.

d) Alfabetizar somente a região nordeste.

e) Elevar a competência técnica na educação profissional.

Questão 2:

Numa retrospectiva da história das políticas para EJA várias foram as campanhas, projeto e programas realizados, entre estes, pode-se destacar Fundação Educar. Este programa foi desenvolvido durante o governo: Assinale a alternativa que destaca o ano e o nome do presidente que governava o país na época.

a) 1985, Governo José Sarney.

b) 1958, Governo Juscelino Kubitschek.

c) 1990, Governo Fernando Collor de Mello.

d) 1997, Governo Fernando Henrique Cardoso.

e) 2003, Governo Lula.

Questão 3:

O MOVA surgiu em 1989, durante a gestão de Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, com uma proposta que reunia Estado e organizações da Sociedade Civil para combater o analfabetismo, oferecendo o acesso à educação de forma adaptada

às necessidades e condições dos alunos jovens e adultos. Do ponto de vista pedagógico pode-se afirmar que o MOVA:

a) A valorização do pluralismo em relação aos métodos.

b) Preferência para métodos pedagógicos anticientíficos e filosóficos.

c) Utilização do livro didático como referência didática.

d) Flexibilidade de conteúdos e de metodologia.

e) Avaliação somativa e dinamizada individualmente.

Questão 4:

Segundo Souza (2011, p. 155), nota-se neste início de século que há uma infinidade de projetos e programas que tem a EJA como objeto de ação. Entre os diversos projetos e programas desenvolvidos para a EJA ao longo da história da educação brasileira, pode-se citar:

a) Programa Brasil Alfabetizado; Programa Alfabetização Solidária.

b) Programa Nacional de Educação na Reforma Social (PRONESO); ProJovem Campo – Saberes Dos Jovens.

AGORAÉASUAVEZ

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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c) Programa Nacional de Integração da Educação escola-saúde, Educação de Jovens e Adultos para vida (EJAVIDA).

d) Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA); Educação de Jovens e Adultos no INSPE.

e) Projeto Social para integração do jovem trabalhador (PROSOT), Programa EJA integral leitura e matemática.

Questão 5:

Em 1996, a campanha desenvolvida pelo governo federal foi o Programa Alfabetização Solidária que focalizou suas ações nos municípios e periferias metropolitanas com maiores índices de pobreza e analfabetismo. Outra iniciativa de alfabetização de adultos do governo federal – o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), iniciado em 1998. O Pronera focalizou suas ações para: (assinale a alternativa correta)

a) Filhos de ribeirinhos de maneira a garantir a escolarização básica.

b) Pescadores moradores das regiões ribeirinhas.

c) Mulheres analfabetas rendeiras da região nordeste.

d) Crianças analfabetas das regiões de bolsão.

e) Moradores de assentamentos rurais.

Questão 6:

Apesar do investimento realizado e dos esforços despedidos pelos órgãos governamentais, em implementar políticas públicas de EJA, o retorno obtido nem sempre foi o esperado, principalmente pela expectativa destes jovens e adultos terem rapidez na conclusão do curso. Não são poucas as razões que explicam essa ansiedade em conseguir um certificado de escolarização. Cite 4 razões.

Questão 7:

O Programa Alfabetização Solidária (PAS) teve início na gestão do governo Fernando Henrique Cardoso. Apresente as principais características desse programa.

Questão 8:

O ProJovem Campo - Saberes da Terra oferece qualificação profissional e escolarização aos jovens agricultores familiares de 18 a 29 anos que não concluíram o ensino fundamental. Qual é o objetivo do programa?

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

INDIQUE A ALTERNATIVA CORRETA

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Questão 9:

Segundo informações do portal do MEC, o PROEJA é um programa que pretende contribuir para a superação do quadro da educação brasileira explicitado pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgados, em 2003, que 68 milhões de Jovens e Adultos trabalhadores brasileiros com 15 anos e mais não concluíram o ensino fundamental e, apenas, 6 milhões (8,8%) estão matriculados em EJA. A partir desses dados e tendo em vista a urgência de ações para ampliação das vagas no sistema público de ensino ao sujeito jovem e adulto, o Governo Federal instituiu, em 2005, no âmbito federal o primeiro Decreto do PROEJA nº 5.478, de 24 de junho de 2005, em seguida substituído pelo Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, que introduz novas diretrizes que ampliam a abrangência do primeiro com a inclusão da oferta de cursos PROEJA para o público do ensino fundamental da EJA.

A partir deste contexto, qual é a perspectiva do PROEJA?

Questão 10:

O ProJovem Integrado é composto de quatro modalidades de Programas, quais são elas?

AGORAÉASUAVEZ

RESPOSTA DISSERTATIVA

RESPOSTA DISSERTATIVA

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ÍNICIO

CUNHA, Luís Antônio. Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.

SAVIANI, Nereide. MOBRAL: Uma Proposta democrática de educação de adultos?. Revista Escola, n. 12, Secretaria Municipal de Educação, São Paulo, 1974.

BRANDÃO, Zaia. Evasão e Repetência no Brasil: a escola em questão. Rio de Janeiro: Achiamé, 1983.

FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria e RAMOS Marise. Política de Educação Profissional do governo Lula: um percurso histórico controvertido. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>. 29 jun. 2012.

Esse tema apresentou as práticas que demonstraram a luta pela educação de qualidade no Brasil, a exemplo do MOVA e tantos outros. Também mostrou que as políticas públicas de EJA implantadas ao longo da história nem sempre culminou no retorno esperado. A EJA no Brasil ainda tem um caminho a percorrer e cabe a todos cooperarem para o sucesso de seus objetivos.

FINALIZANDO

REFERÊNCIAS

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MOBRAL: Movimento Brasileiro de Alfabetização.

ProJovem: Programa Nacional de Inclusão de Jovens.

PROEJA: Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

PRONERA: Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

PNAD: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

GLOSSÁRIO

GABARITO

Tema 8

Experiências de EJA no Brasil

Ponto de PartidaResposta: O aluno deve realizar uma pesquisa no site do IBGE e atualizando os dados sobre as estatísticas de EJA, tecendo seus comentários usando como referência os comentários

apresentados.

Questão 1Resposta: Alternativa B. Alfabetizar o maior número de pessoas no mais curto espaço de tempo.

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ÍNICIO

Questão 2Resposta: Alternativa A. 1985, Governo José Sarney.

Questão 3Resposta: Alternativa A. A valorização do pluralismo em relação aos métodos.

Questão 4Resposta: Alternativa A. Programa Brasil Alfabetizado; Programa Alfabetização Solidária.

Questão 5Resposta: Alternativa E. Moradores de assentamentos rurais.

Questão 6Resposta:

• Falta de tempo de estarem frequentando um curso regular.

• Já possuírem conhecimentos prévios dos conteúdos básicos.

• Cansaço depois de cumprida sua jornada de trabalho.

• Necessidade de comprovante de escolaridade por exigência do mercado de trabalho.

Questão 7Resposta: Concebido em meados de 1996, o Programa Alfabetização Solidária (PAS) foi implementado pelo Programa da Comunidade Solidária, organismo vinculado na época à presidência da República, que desenvolve ações sociais de combate à pobreza. Consiste em uma campanha de alfabetização inicial, destinada prioritariamente ao público juvenil, implementada em regime de parceria. Dirigida, primeiramente, aos municípios das regiões Norte e Nordeste que apresentavam índices extremamente elevados de analfabetismo, o PAS incorporou progressivamente municípios situados na Região Centro-Oeste e no estado de Minas Gerais e, a partir de 1999, abriu uma frente de atuação nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O PAS adotou um engenhoso desenho de parceria, no qual o Programa da Comunidade Solidária delega a uma equipe profissional o exercício da coordenação nacional, em conjunto com a sociedade civil sem fins lucrativos Associação de Apoio ao Programa Alfabetização Solidária.

GABARITO

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Questão 8Resposta: O programa visa ampliar o acesso e a qualidade da educação a essa parcela da população historicamente excluídas do processo educacional, respeitando as características, necessidades e pluralidade de gênero, étnico-racial, cultural, geracional, política, econômica, territorial e produtiva dos povos do campo.

Questão 9Resposta: O PROEJA tem como perspectiva a proposta de integração da educação profissional à educação básica, buscando a superação da dualidade trabalho manual e intelectual, assumindo o trabalho na sua perspectiva criadora e não alienante. Isto impõe a construção de respostas para diversos desafios, tais como, o da formação do profissional, da organização curricular integrada, da utilização de metodologias e mecanismos de assistência que favoreçam a permanência e a aprendizagem do estudante, da falta de infraestrutura para oferta dos cursos dentre outros.

Questão 10Resposta: ProJovem Adolescente; ProJovem Urbano; ProJovem Campo e ProJovem Trabalhador.

GABARITO

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