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A perda de protecção conferida pela película passivante e o início da corrosão do aço das armaduras podem ocorrer se: -Transporte de cloretos atingindo, ao nível da interface aço/betão, a concentração crítica para a qual ocorre a rotura da película passivante. O efeito dos cloretos na iniciação da corrosão das armaduras é determinado pela sua concentração ao nível da interface aço/betão e pelo transporte na estrutura porosa da matriz cimentícia. Corrosão das armaduras = concentração cloretos + transporte na matriz Quanto maior a capacidade do betão poder combinar quimicamente os cloretos na sua matriz cimentícia, maior o teor de cloretos admissível sem que se atinja o limite crítico para iniciação da corrosão. O teor crítico de cloretos além de depender da microestrutura do betão depende também da capacidade que a matriz cimentícia tem para os combinar e das condições de acesso de outros agentes necessários ao desenvolvimento do processo de corrosão, água e oxigénio. Esta questão introduz uma das principais incertezas na definição das condições para iniciação da corrosão no betão armado e é uma das razões para a divergência de valores nos teores críticos de cloretos que têm conduzido a uma enorme dispersão de valores apresentados por diferentes autores, entre 0,15% a 2,5% (%relativa à massa de ligante). RILEM TC-235-CTC tem vindo a trabalhar no sentido de estabelecer uma metodologia de referência para a determinação do teor crítico de cloretos. A especificação LNEC E 465 apresenta uma metodologia para estimar as propriedades de desempenho do betão armado ou pré-esforçado dos cloretos para satisfazer uma vida útil pretendida. Esta especificação

A perda de protecção conferida pela película passivante e o início da corrosão do aço das armaduras podem ocorrer se

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Page 1: A perda de protecção conferida pela película passivante e o início da corrosão do aço das armaduras podem ocorrer se

A perda de protecção conferida pela película passivante e o início da corrosão do aço das armaduras podem ocorrer se:

-Transporte de cloretos atingindo, ao nível da interface aço/betão, a concentração crítica para a qual ocorre a rotura da película passivante.

O efeito dos cloretos na iniciação da corrosão das armaduras é determinado pela sua concentração ao nível da interface aço/betão e pelo transporte na estrutura porosa da matriz cimentícia.

Corrosão das armaduras = concentração cloretos + transporte na matriz

Quanto maior a capacidade do betão poder combinar quimicamente os cloretos na sua matriz cimentícia, maior o teor de cloretos admissível sem que se atinja o limite crítico para iniciação da corrosão.

O teor crítico de cloretos além de depender da microestrutura do betão depende também da capacidade que a matriz cimentícia tem para os combinar e das condições de acesso de outros agentes necessários ao desenvolvimento do processo de corrosão, água e oxigénio.

Esta questão introduz uma das principais incertezas na definição das condições para iniciação da corrosão no betão armado e é uma das razões para a divergência de valores nos teores críticos de cloretos que têm conduzido a uma enorme dispersão de valores apresentados por diferentes autores, entre 0,15% a 2,5% (%relativa à massa de ligante).

RILEM TC-235-CTC tem vindo a trabalhar no sentido de estabelecer uma metodologia de referência para a determinação do teor crítico de cloretos.

A especificação LNEC E 465 apresenta uma metodologia para estimar as propriedades de desempenho do betão armado ou pré-esforçado dos cloretos para satisfazer uma vida útil pretendida. Esta especificação utiliza modelos de penetração de cloretos para previsão do período de iniciação da corrosão.