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Legislação utilizada para o licenciamento ambiental de um posto de combustível: - Resolução CONAMA N° 237 de 29 de Novembro de 2000. Conforme a Resolução N° 273 (BRASIL, 2000) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), posto revendedor é toda instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores. Embora a função principal dos postos de combustíveis, segundo a definição do CONAMA, seja o abastecimento de veículos, atualmente, eles não se limitam apenas a essa atividade. A troca de óleos lubrificantes e fluidos automotivos, a lavagem de veículos, a troca e conserto de partes do motor, serviço de borracharia e lojas de conveniências são algumas das outras atividades exercidas pelos postos (NELLOR e BROSSEAU, 1995 apud MOISA, 2005). A Resolução CONAMA N° 273 (BRASIL, 2000) considera, portanto: - Que toda instalação e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais; - Que os vazamentos de derivados de petróleo e outros combustíveis podem causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e superficiais, do solo e do ar; - Os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses vazamentos, principalmente, pelo fato de que parte desses estabelecimentos localizam-se em áreas densamente povoadas; - Que a ocorrência de vazamentos vem aumentando significativamente nos últimos anos em função da manutenção inadequada ou insuficiente, da obsolescência do sistema e equipamentos e da falta de treinamento de pessoal; - A ausência e/ou uso inadequado de sistemas confiáveis para a detecção de vazamento; De acordo com o artigo n° 1 da Resolução acima, a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos

Legislação utilizada para o licenciamento ambiental de um posto de combustível

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Legislação utilizada para o licenciamento ambiental de um posto de combustível:

- Resolução CONAMA N° 237 de 29 de Novembro de 2000.

Conforme a Resolução N° 273 (BRASIL, 2000) do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), posto revendedor é toda instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores.

Embora a função principal dos postos de combustíveis, segundo a definição do CONAMA, seja o abastecimento de veículos, atualmente, eles não se limitam apenas a essa atividade. A troca de óleos lubrificantes e fluidos automotivos, a lavagem de veículos, a troca e conserto de partes do motor, serviço de borracharia e lojas de conveniências são algumas das outras atividades exercidas pelos postos (NELLOR e BROSSEAU, 1995 apud MOISA, 2005).

A Resolução CONAMA N° 273 (BRASIL, 2000) considera, portanto:

- Que toda instalação e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais;

- Que os vazamentos de derivados de petróleo e outros combustíveis podem causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e superficiais, do solo e do ar;

- Os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses vazamentos, principalmente, pelo fato de que parte desses estabelecimentos localizam-se em áreas densamente povoadas;

- Que a ocorrência de vazamentos vem aumentando significativamente nos últimos anos em função da manutenção inadequada ou insuficiente, da obsolescência do sistema e equipamentos e da falta de treinamento de pessoal;

- A ausência e/ou uso inadequado de sistemas confiáveis para a detecção de vazamento;

De acordo com o artigo n° 1 da Resolução acima, a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

O Art. 3° refere-se que, os equipamentos e sistemas destinados ao armazenamento e a distribuição de combustíveis automotivos, assim como sua montagem e instalação, deverão ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.

Em seu Art. 4°, será exigido do posto de abastecimento de veículo as seguintes licenças ambientais, para poder operar:

- Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

- Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante;

- Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação (CONAMA, 2000).

Segundo o Art. 6°, §1 e 2, da Resolução do CONAMA N° 273/00, todos os empreendimentos deverão, no prazo de seis meses, a contar da data de publicação desta Resolução, cadastrar-se junto ao órgão ambiental competente, tendo o mesmo prazo, ao término do cadastramento, para elaborar suas agendas e critérios de licenciamento ambiental.

De acordo com o Art. 8°, dessa mesma Resolução, os proprietários, arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento, em caso de impactos ambientais e consequentes passivos ambientais, responderão solidariamente pelos prejuízos causados, sejam eles ao meio ambiente ou as pessoas. O Art. 9°, da Resolução do CONAMA N° 273/00, estabelece que os certificados de conformidade tenham sua exigibilidade a partir de 1° de janeiro de 2003.

No Art. 12, da mesma resolução, ficam estabelecidas as penalidades em caso de descumprimento do disposto na Resolução, no caso, o previsto nas Leis no 6.938, de 31 de agosto de 1981; n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto n° 3.179, de 21 de setembro de 1999, revogado pelo decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, onde são definidas como penalidades multa simples ou diária, à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo poder público, à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito, à suspensão parcial ou total da atividade, a prestação de serviços à comunidade, a interdição temporária de direitos e o recolhimento domiciliar (LORENZETT et al., 2011).

Ainda de acordo com o mesmo autos, outras normas também estabelecem o exercício da atividade de revenda de combustíveis, como as que se apresentam a seguir:

Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981 - dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Resolução n° 420 de 12 de fevereiro 2004 da antt - aprova as instruções complementares ao regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos.

Decreto n° 5.098, de 3 de junho de 2004 – dispõe sobre a criação do plano nacional de prevenção, preparação e resposta rápida a emergências ambientais com produtos químicos perigosos.

Decreto n° 96.044, de 18 de maio de 1988 – aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos e dá outras providências.

ABNT NBR 9735:2012 Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos.

ABNT NBR 15219:2005 Plano de emergência contra incêndio – Requisitos. ABNT NBR 14064:2003 Atendimento a emergência no transporte de produtos perigosos.