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Este documento tem a finalidade de atender o disposto no Art. 140, I e II do Decreto nº. 6.514 de 22 de julho de 2008, Art. 89 da IN/Ibama nº. 14 de 15 de maio de 2009 e IN/Ibama nº. 04 de 13 de Abril de 2011.
PRAD - Recuperação de área
degradada
CONRIO – ASSOCIAÇÃO RURAL DO COND. RIO LAZER – 2015
REALIZAÇÃO
Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas – CONRIO
Carlos Alberto Monteiro da Silva – Engenheiro Florestal, M. Sc.
ENGEFLORA – Projetos Consultorias e Planejamento Ambiental Ltda.
APOIO
Escola Casinha Feliz – ACAF
Engeflora Florestal Ltda.
Viveiro de Mudas Taquara – Itacir T. Dalmagro
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Barreiras, BA.
Prof. Luis Gomes de Carvalho – UFOB
Professora Lilian Karla Figueira da Silva – IFBA
FICHA TÉCNICA
COORDENAÇÃO GERAL
Maria Dias Coelho de Oliveira
Contato: (77) 3613 0296 e (77) 99199 5409
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
CONRIO – ASSOCIAÇÃO CONDOMÍNIO RURAL RIO LAZER
2015
SUMÁRIO
I – INFORMAÇÕES GERAIS...........................................................................4 II – IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O PROJETO II.i COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE REFERÊNCIA DO CONDOMÍNIO: III – RESPONSÁVEL TÉCNICO DA ELABORAÇÃO DO PRAD IV – DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO V – REFERÊNCIAS PROCESSUAIS VI - VÉRTICES DO IMÓVEL DE PRESERVAÇÃO (ANEXO I – MAPAS) VIII. RESUMO GERAL DO EMPREENDIMENTO VII – DOS FATOS VIII - SUGESTÃO PARA ANÁLISE DO PRAD IX – JUSTIFICATIVA X – OBJETIVO XI – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA A SER RECUPERADA IX - CONSIDERAÇÕES INICIAIS VII. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
1. MEIO FÍSICO
1.1 GEOLOGIA
1.2 SOLOS
1.3 CLIMA
1.4 TEMPERATURA
1.5 PRECIPITAÇÃO
2. MEIO BIOLÓGICO
2.1 FLORA
2.2 FAUNA LOCAL
IX – DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PRAD
X – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO A) METODOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS NO PRAD DE FORMA SEQUENCIAL
1. NUCLEAÇÃO 2. TRANSPOSIÇÃO DE GALHARIA 3. POLEIROS ARTIFICIAIS 4. ENRIQUECIMENTO 5. ADENSAMENTO 6. PLANTIO
B) Descrição do processo de aquisição de mudas
XII – MONITORAMENTO XIII- RECOMENDAÇÕES XIV – CONCLUSÕES XV – BIBLIOGRAFIA APENDICES Apendice I – CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO Apendice II – MAPAS E MEMORIAIS
I – INFORMAÇÕES GERAIS
a) Nome ou Razão Social: Associação do Condomínio Rural Rio Lazer - CONRIO
b) Endereço completo: Km. 3,5 da BR 020/BA 242/BA, s/n, Zona Urbana, Município de
Barreiras, BA. Cep.: 47800-000.
c) Telefone e fax: 77 3613-0296 / 9199 5409
d) E-mail: [email protected]
e) CPF/CNPJ:08.961.530/0001-08
g) Representante legal: Maria Dias
II – IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O PROJETO
a) Denominação do imóvel: Condomínio CONRIO
b) Localização: Km. 3,5 da BR 020/BR 242.
c) Município: Barreiras, BA.
d) Área total do imóvel: 5,6005 ha
e) Área da atividade de parcelamento do solo: 2,3729 ha
f) Área de reserva legal: 1,12 ha (localizada extra propriedade na Fazenda Candeias, já
averbada em cartório com 1205,21 ha (Registro n. R26-1.431)
g) Escritura pública de compra e venda – Comarca de Imóveis e Hipotecas de Barreiras, BA.
Matrícula: R – 1 – 9685, Livro 2, Fl. – CCIR: 950.084.485950-9
h) Área total da atividade do parcelamento do solo: 2,3729 ha
II.i COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE REFERÊNCIA DO CONDOMÍNIO:
1) Latitude (S) : 12° 7'13.01"S / Longitude (W): 45° 4'0.27"O
2) Latitude (S): 12° 7'10.44"S / Longitude (W) : 45° 4'0.44" O
III – RESPONSÁVEL TÉCNICO DA ELABORAÇÃO DO PRAD:
Carlos Alberto Monteiro da Silva, Engenheiro Florestal CREA-RJ n. 151.593/D, Mestre
em Ciências Ambientais e Florestais (Master Science, M. Sc.), amparado pelo artigo 7°. da
Lei Federal 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e artigo 10°. da Resolução 218 do Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, de 29 de junho de 1973, para a realização
do presente PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – PRAD, Mestre em
Ciências Ambientais e Florestais - M. Sc.; Pós-graduado em Georreferenciamento de
Imóveis Rurais, graduado em Teologia e Ecólogo.
Endereço: Rua Gustavo Medrado n. 18, Morada Nobre, Barreiras, BA., CEP 47810-041,
Tel. (77) 98129 6116 / 98112 3737 / 91186818, e-mail: [email protected]
Anotação de responsabilidade técnica: RJ-0981041516-000421
IV – DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO:
1. O autor do PRAD é titular do direito autoral deste trabalho e somente autoriza
sua reprodução no objetivo de protocolar junto aos órgãos públicos e usá-lo
como defesa de argumentos e interesses legítimos do contratante. Em casos
de finalidade didática ou publicação na internet, somente poderá ser veiculado
com autorização expressa do autor, vedando sua cópia ou divulgação ou
qualquer forma de reprodução que caracterize plágio ou represente utilização
dos direitos autorais exclusivos do contratante e do autor, sendo que a
violação dos direitos autorais acarretará as penalidades cabíveis na forma da
lei.
2. Ressalta ainda o autor do PRAD que de acordo com a Lei 5.194 de 24 de
dezembro de 1966 Art. 6º que instituiu em termos profissionais, seja pessoa
física ou jurídica que realizar atos como vistorias, análises, laudos e/ou prestar
serviços, públicos ou privados, reservados aos profissionais de que trata esta
Lei e que não possua registro nos Conselhos Regionais ou ainda se incumbir
de atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro
profissional, cumpre em dizer que exerce ilegalmente a profissão de
engenheiro quem não está habilitado a assinar laudos, avaliações e análises
do presente trabalho PRAD e poderão sofrer denúncia ao conselho de ética do
CREA/BA bem como as sanções e medidas cabíveis no sistema CREA/CONFEA
ou ainda, responder civil e criminalmente caso configure o exercício ilegal da
profissão de engenheiro.
3. O imóvel objeto deste trabalho foi inspecionado pessoalmente pelo signatário
deste e, o mesmo não tem no presente nem contempla no futuro, interesse
no imóvel, tampouco aufere qualquer vantagem com a obtenção do
desembargo e futuro licenciamento ambiental do mesmo;
4. No melhor conhecimento das técnicas e das análises ou caso haja opiniões
divergentes e/ou visões sobre recuperação/restauração de áreas degradadas,
cumpre dizer que não auferirão conclusões expressas do presente trabalho
opiniões divergentes sem embasamento técnico e argumentação teórica com
referencias bibliográfica, pois a presente proposta de RECUPERAÇÃO é fruto
de observações específicas do autor do PRAD e baseadas em outras
experiências bem sucedidas em outros trabalhos realizados por pesquisadores
em Universidades com parâmetros e técnicas já realizadas. O atual trabalho
reafirma que os levantamentos de campo são verdadeiros e alude a melhor
técnica, ou melhor, maneira e as quais aludem corretas as interpretações do
elaborador, entretanto após três anos de monitoramento os resultados
poderão ser avaliados, portanto o presente PRAD é uma proposta ou diretriz
baseada nas experiências do autor com recuperação de outras áreas a nível
experimental, bem como nos 18 anos de profissão realizando trabalhos
correlatos na área de engenharia florestal;
5. Reafirma ainda que todas as declarações/informações deste PRAD são
contemporâneas e pretendem verdadeiras as propostas com fins de
RECUPERAÇÃO e recomposição florestal da APP no Rio de Ondas na área da
CONRIO.
V – REFERÊNCIAS PROCESSUAIS
a) Processo Administrativo – PA Nº 02058.000029/2007-36
b) Ato Administrativo vinculado Auto de Infração - AI Nº 456604-D e 456603-D; Termo
de embargo n. 340403C
VI - VÉRTICES DO IMÓVEL DE PRESERVAÇÃO (ANEXO I – MAPAS)
Coordenadas geográficas: 12° 07’ 10,3” S / 45° 03’ 58,2” W
VIII. RESUMO GERAL DO EMPREENDIMENTO
Tabela 01. Informações gerais da área a qual se insere no PRAD.
Origem da Degradação Danos ambientais
causados
Supressão de vegetação na área d APP em 0,44 hectares as margens do
Rio de Ondas
Origem dos danos ambientais
A atividade que deu origem ao dano na APP foi a implantação no condomínio de uma área de lazer na beira do Rio.
Efeitos causados ao ambiente
O efeito do dano foi à destruição da APP e suas consequências foram a
perda de diversidade e função ecológica da Área de Preservação Permanente na beira do Rio de Ondas e caso não ocorra as intervenções
propostas neste PRAD para a recuperação da área poderá demorar cerca de 40 a 60 anos para voltar a condição próxima a fitofisionomia da
cobertura anterior.
Caracterização Regional e Local Climatologia Classificação B1wA’ Thornwaite
Ecossistema Floresta Ciliar
Fitofisionomia Região fitoecológica da Savana
Bacia Hidrográfica A Bacia Hidrográfica em que a área do PRAD está inserida é a Bacia do
Rio de Ondas.
Microbacia Hidrográfica
Bacia do Rio de Ondas - Subbacia hidrográfica do Rio Grande
Pedologia Latossolo vermelho-amarelo distrófico ocupa a maior parte da bacia com
características de um solo poroso, ácido, fortemente drenado e com baixa fertilidade natural.
Situação Original Situação Atual
Relevo O relevo da área é plano. Não houve alteração.
Solo A condição do solo antes do dano na APP era da ausência de
processos erosivos; fertilidade
natural; pedregosidade natural presença de horizonte A
As condições do solo após o danos ambiental foi escoamento
superficial com pequena presença
de processos erosivos; retirada da fertilidade natural do solo na
APP e pedregosidade não alterada, ausência do horizontes
A e apenas o horizonte B como
superficial.
Hidrografia Não houve alteração da hidrografia. -
Vegetação Vegetação típica da mata ciliar, com presença de Jatobá, Buriti, Timbó,
Pau de Brinco, ou seja, típica do
cerrado na interface externa, estágio sucessional secundário
classificação de acordo com a Resolução CONAMA 004, de 04 de
maio de 1994.
Área ainda com remanescente, limitado banco de sementes e
plântulas no solo, presença de
plantas invasoras e espécies nativas.
VII – DOS FATOS
O presente Projeto de Recuperação de áreas degradadas alude à RECUPERAÇÃO
da vegetação da área de Preservação Permanente – APP do Condomínio Rural Rio Lazer,
com fins a reconstituição vegetacional em 0,44 ha, portanto, trata-se de um novo PRAD,
reformulado com base no que já havia sido proposto anteriormente e, com vistas ao
atendimento ao IBAMA e, a fins de Licenciamento Ambiental e do interesse da atual gestão
da CONRIO em resolver os conflitos criados pela gestão anterior. Neste sentido, a CONRIO
vem expressar a necessidade e urgência da análise do presente documento técnico para
recompor a área dentro da técnica florestal possível.
Os órgãos de regulação e controle, no entanto, devem levar em conta que este
PRAD, consiste em um conjunto de medidas do ponto de vista técnico, baseado na
sucessão ecológica das espécies e técnicas de recuperação da mata ciliar e revegetação
com espécies nativas e, que no futuro poderão ser tomadas outras medidas de caráter
técnico para atingir os objetivos do empreendedor, portanto, mesmo que em uma análise
do órgão ambiental, tem o caráter de provisoriedade e a proposta deverá ser vista como
tal, considerando as fases de implantação, condução e monitoramento. Outro fator
relevante é que o presente PRAD considerou nas suas diretrizes, a exequibilidade da
recuperação da área e, não cabe uma avaliação final em um primeiro momento, pois a
análise deverá projetar o produto final ao qual se pretende e depende do “FATOR
TEMPO” e, inevitavelmente o monitoramento deverá fazer parte do presente trabalho em
tempo não inferior a 3 (três) anos.
O que se entende por áreas degradadas?
A definição primordial irá nortear as medidas e ações a serem tomadas e, não se
pretende aqui trazer uma discussão ou asserção final sobre o tema, mas trata-se de
relevante informação com fins a tentar diferenciar ou definir o que significa uma área
degradada das demais áreas que sofrem ação ou intervenção antrópica.
Neste trabalho entende-se por área degradada como:
“Área que por intervenção humana ou natural, apresenta alterações de suas propriedades físicas, químicas e biológicas cujas alterações comprometeram a estabilidade de um ecossistema ou bioma de forma temporária ou definitivamente e afeta e/ou afetou a biodiversidade.”
Considerou-se também o termo RECUPERAÇÃO como premissa e princípio norteador
do presente trabalho, todas as projeções deste trabalho estão neste sentido, poderão
também advir da observação após as intervenções e metodologias utilizadas e descritas
neste trabalho para compor as fases ou etapas até alcançar o objetivo final da recuperação
da mata ciliar e, tentar restabelecer de forma mais efetiva suas funções ecológicas levando
em conta o fator tempo e fatores naturais e não naturais para os fins a que se destina.
Portanto, toda intervenção realizada e a ser realizada no local da APP, nesta
proposta de trabalho têm suas premissas baseadas nas definições e conceitos da Instrução
normativa nº. 4, de 13 de abril de 2011 Cap. II art. 4 no Cap. I Art. 2º onde ambas, tanto o
MMA/IBAMA quanto o ICMBio, órgão responsável de conservação e biodiversidade, deixam
claras as definições sobre o que se deve considerar, termos importantes que considerou
como DEFINIÇÕES nos itens I e IV:
I. Recuperação: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição
original; (Grifo nosso)
IV. Área degradada: Aquela impossibilitada de retornar por uma trajetória natural a
um ecossistema que se assemelhe ao estado inicial, dificilmente sendo restaurada, apenas
recuperada.
Instrução normativa nº 11 ICMBIO, de 11 de dezembro de 2014 deixa clara as
definições sobre o que considera como importante em termos de DEFINIÇÕES, no Cap. I
Art. 2º, considerou:
I. Recuperação: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição
original;
II. Restauração: Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada o mais próximo possível da sua condição original;
III. Área perturbada: Aquela que após o impacto ainda mantém capacidade de
regeneração natural e pode ser restaurada;
IV. Área degradada: Aquela impossibilitada de retornar por uma trajetória natural
a um ecossistema que se assemelhe ao estado inicial, dificilmente sendo restaurada,
apenas recuperada.
VIII - SUGESTÃO PARA ANÁLISE DO PRAD.
Identificação da área como degradada.
Avaliação expedita preliminar da
degradação, fiscalização e controle. (IBAMA, INEMA, CONDEMA, SEMA)
Exigência de TAC e medidas de
mitigação – PRAD pelo empreendedor
(CONRIO)
Elaboração do Programa de Recuperação de áreas degradadas e
definição dos objetivos do PRAD. Medidas de recuperação.
Planejamento da recuperação da APP.
Órgão de Controle e
Fiscalização – IBAMA e outros
Análise de profissional
habilitado do IBAMA +
parecer jurídico - DIJUR Aprovação do PRAD
Utilização de medidas para a
Recuperação na APP com técnicas de
nucleação, técnicas de plantio em grupos sucessionais, técnicas de
enriquecimento com espécies nativas. Não provação
do PRAD
Aprovação do
PRAD
IX - JUSTIFICATIVA
Em recuperação de áreas degradadas, poder-se-ia dizer que a metodologia é vasta,
sendo assim poder-se-ia também se utilizar não somente de ações de plantio de árvores,
mas ações que proporcionariam o restabelecimento de condições de estabilização do solo,
equilíbrio local e sustentabilidade, em outras palavras, em casos emergenciais medidas
extremas muitas vezes podem e devem ser tomadas, independentemente do “momentum”
ou fase ao qual se encontra uma área erodida ou degradada e desflorestada. Neste sentido,
é claro e evidente que para que sejam estabelecidas as condições à recuperação uma
estabilidade inicial, necessita muitas vezes ações “estanques” ou ainda medidas de
recuperação ambiental devem ser pensadas e identificadas para que posteriormente
possam ser implantadas as espécies secundárias, iniciais e tardias para que papel da
sucessão ecológica de forma natural venha a se estabelecer com algumas espécies
clímaxes. No caso em questão e, em função da identificação e caracterização dos processos
de degradação ocorridos na fase de implantação da Associação Condomínio Rural Rio e
Lazer, espécies exóticas não serão utilizadas na APP em nenhuma fase do processo de
recuperação da área, o PRAD anterior não deixou claro que as espécies exóticas sugeridas
eram para área anterior a APP para criar condições de estabilização do solo, portanto neste
Execução em etapas: 1. Primeira etapa – em andamento;
2. Licenciamento ambiental;
3. Segunda etapa; 4. Terceira etapa; 5. Monitoramento do empreendedor
MONITORAMENTO E
MANUTENÇÃO (PRIMEIRO ANO)
MONITORAMENTO E
MANUTENÇÃO
(SEGUNDO ANO)
MONITORAMENTO E
MANUTENÇÃO
(TERCEIRO ANO)
Verificação e execução de medidas complementares;
Monitoramento do empreendedor
ENCERRAMENTO DO MONITORAMENTO DO PRAD PELOS ORGÃOS DE CONTROLE
momento é necessário deixar claro que na área de preservação permanente somente serão
utilizadas espécies florestais com fins a revegetação da APP respeitando os parâmetros de
sucessão ecológica de cada espécie e a disponibilidade de mudas na região.
Considerou-se que a área em questão não tem mais poder de restauração natural,
pois se trata de área de baixa fertilidade e compactada de solo, o que limita o
estabelecimento natural, pensou-se em um primeiro momento o uso de plantas da família
das leguminosas como prioridade, escolha que se justifica pela formação de simbiose entre
as suas raízes e bactérias (rizóbios), que fixam o nitrogênio atmosférico e o disponibilizam
para as mesmas bem como fungos (micorrizas), que aumentam a área de absorção das
raízes, fazendo com que a plantas consigam aproveitar melhor os nutrientes do solo. No
entanto, a dificuldade de se encontrar mudas de algumas espécies nativas com essas
características e ainda por cima micorrizadas, o que também foi considerada neste trabalho,
e da disponibilidade local para que o presente PRAD seja exequível. De acordo com o
levantamento in loco da área, com objetivo de identificar a situação atual do
empreendimento, foi constatado que o mesmo se encontra completamente consolidado,
lotes vazios e outros em fase de construção de casas, no entanto, todos os lotes do
empreendimento foram comercializados.
X – OBJETIVOS
GERAL
Em termos gerais o objetivo do PRAD inicialmente é criar as condições necessárias,
para que a área ao qual sofreu degradação tenha capacidade de RECUPERAÇÃO, por
meios naturais e também por outras técnicas explicitadas adiantes neste trabalho.
ESPECÍFICOS
1. Garantir para as gerações futuras à possibilidade de uso
sustentável dos recursos naturais existentes na área, visando o aspecto
social aliado a parte ambiental no local;
2. Promover a conscientização ambiental como um projeto da
CONRIO em promover a educação ambiental em um esforço mútuo dos
condôminos a RECUPERAÇÃO da APP e da promoção de áreas verdes
e arborização dentro do condomínio;
3. A adequação do empreendimento as normas e legislação
vigente.
XI – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA A SER RECUPERADA.
O loteamento rural “Condomínio Rural Rio Lazer” possui uma área total de 5,6005
hectares e por alguns erros no período de implantação, foram realizados com a supressão
de vegetação no local sem deixar nenhuma árvore no local, ou seja, houve completa
limpeza no local o que desfavoreceu em muito o microclima local em termos de
temperatura ambiente, no empreendimento não há amenidade ambiental fora da área da
APP, em função de nenhuma vegetação servir como sombreamento no empreendimento,
em função disso os condôminos, após uma conscientização da necessidade de uma
arborização local, entenderam que FORA DA APP também seria necessária uma
recuperação ambiental e não somente da APP degradada, mas de forma a garantir uma
adequação ambiental, com fins de recuperação da sustentabilidade local.
Figura
1. Imagem do Google Earth do empreendimento.
XII - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Durante um longo tempo diante do fato do problema na APP, observou-se que a
área encontrava-se sem mudanças significativas, levando em consideração o tempo
decorrido, ou seja, cerca de 8 anos, também está claro que a área antes do
empreendimento ser estabelecido já estava alterada e vinha sendo alterada ao longo do
tempo em toda a margem do Rio de Ondas de forma generalizada, como pode ser
observado nas vizinhanças da CONRIO, tal ação é característica do processo de urbanização
ao longo das margens do Rio de Ondas, que em tese não deveria ser assim, antes dever-
se-ia respeitar as margens dos rios de acordo com a legislação em 50 metros a faixa
marginal. Levando-se em conta o tempo decorrido da implantação do empreendimento, não
houve alterações significativas na APP, portanto há uma degradação local e existe a
impossibilidade, em tese, de RECUPERAÇÃO por processos naturais e não naturais
através de intervenção humana, ou seja, uma avaliação dos processos deveria ser levado
em conta o fator tempo para uma análise final da área a ser recuperada. Enfim, o que se
entende é que antes e após o embargo do órgão IBAMA é impedir uma degradação ainda
maior na área e também nas áreas do entorno, ou áre de influência direta do
empreendimento e indireta também.
Uma regeneração natural satisfatória no local não aconteceu nesses 8 anos
passados, sendo assim, medidas foram tomadas inicialmente antes da elaboração deste
documento com fins a promover os objetivos descritos. No entanto, há uma necessidade de
intervenção para que os processos naturais possam ser acelerados e visando promover uma
rápida RECUPERAÇÃO daquela APP. Notou-se também, em uma rápida análise preliminar
que algumas iniciativas foram realizadas pelos condôminos, no entanto, acabou em
insucesso e na mortalidade das árvores plantadas, pois não houve acompanhamento
técnico para que fosse realizado. Mas há uma conscientização e um interesse mútuo dos
condôminos em promover e em recuperar a área e resolver o problema do embargo na APP
junto ao IBAMA, bem como reconhecem a necessidade de regularização ambiental do
condomínio tendo em vista que o mesmo já se encontra consolidado. Isso deveria ser
considerado na análise do PRAD bem como na questão da busca dos responsáveis pelo
CONRIO em uma sustentabilidade ambiental local, há notoriamente um esforço em fazer
algo a respeito e por si só já configura um interesse dos mesmos em resolver o problema.
Figura 2. Área em branco demonstrando a área em que será realizada a recuperação.
A exemplo do que aconteceu com o empreendimento em questão, o Condomínio
Rural Rio Lazer admite os problemas iniciais da implantação e, se propõe a expandir o
trabalho de execução de RECUPERAÇÃO da APP, desde que haja da parte das agencias e
órgãos de controle a obrigatoriedade de todos naquela localidade a recuperar suas APP’s e
assim a o PRAD da CONRIO condomínio poderá servir como modelo e também para
educação ambiental.
Há de ser observar ainda que o entorno do Condomínio Rural Rio Lazer também não
possui APP, todas essas áreas precisam RECUPERAR suas áreas de APP e, neste sentido,
enquanto não haja uma intervenção formal para a regularização nada será realizado.
Figura 3. Situação da área da APP a qual ainda necessita de intervenção.
Figura 4. Situação atual da área da APP a qual ainda necessita de intervenção.
Figura 5. Mudas de Ipê plantada pelos condôminos no local da APP.
Figura 6. Área de lazer as margens do Rio de Ondas da CONRIO.
A largura média do curso d’água no rio de Ondas é variável, nesta área em particular
ela varia entre 10 a 27 metros na área de curva do rio a montante do empreendimento, na
área da CONRIO em média de 15 a 20 metros de largura, com solos notadamente
hidromórfico, textura média de areno-argiloso na APP, a fisionomia do terreno é plana com
grau de inclinação ≥ a 3%, nota-se que a estabilização das margens do rio está consolidada
entretanto, a importância da manutenção dessa estabilidade é que se objetiva com as
diretrizes propostas neste PRAD.
Não se observou presença de formigas cortadeiras no local o que seria um fator
limitante para as intervenções na APP com fins a reconstituição da mata ciliar e nem se
considerou os resíduos de folhas e galhos caídos como fatores limitantes ao plantio das
árvores no local.
Figura 6. Área de circulação na entrada da área de lazer dentro da APP.
VII. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
1. MEIO FÍSICO
1.1 GEOLOGIA
A formação do Urucuia está sobreposta aos sedimentos do Grupo Bambuí. Destaca-
se na composição litológica desta formação a sua homogeineidade, observando-se quase
que sendo uma tendência global destes arenitos, tornarem-se mais argilosos na base.
Estas áreas estão genericamente ligadas aos ciclos de aplainamentos do final do período
farenozóico. A área encontra-se situada neste polo e é constituída por areias quartzosas
com horizonte B latossólico e próximo a APP nota-se uma formação de solos hidromórficos
e manchas com argilas muito finas. Em termos gerais a inclinação do terreno não
ultrapassa 3% e não há mais risco de erosão laminar e eólica no local.
1.2 GEOMORFOLOGIA
A região está em uma área de unidade morfológica denominada Chapada Ocidental
do São Francisco, onde se incluem os amplos chapadões do oeste da Bahia, com o
domínio estrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares Associadas. Esses chapadões
correspondem aos relevos mais planos mais elevados da margem esquerda do Rio São
Francisco. Acham-se envolvidos por patamares, em geral carstificados, elaborados em
pediplanos e sobre o qual se depositaram no período cretáceo os arenitos da formação
Urucuia. A topografia regional apresenta-se suave plana a ondulada com declives variando
de 2,3% no contato do cerrado com as Veredas a 1,9% na área da planície. A altimetria
média na qual se localiza a área do presente PRAD, corresponde a cotas que variam entre
400 a 800 metros de altura.
Os arenitos que se compõem os chapadões foram por sua vez, truncados por
extensa pediplanação das superfícies de cimeiras da Chapada Diamantina. Os Solos
relacionam-se as alterações dos arenitos, apresentando textura predominantemente
arenosa, localmente de características argilosas, onde ocorrem fácies pelíticas, com solos
que propiciaram o desenvolvimento dos Cerrados.
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA (1993) apresenta-se em
três unidades geomorfológicas: Chapadão do rio de Ondas, Patamar do Chapadão e
Depressão do rio de Ondas. O chapadão por sua vez é subdividido em três feições: Planos
de topo (entre 700 e 900 m de altitude), Rampas (inclinação nos sentidos dos drenos,
paralela a rede de drenagem) e Veredas (áreas aluvionarias, alagadiças, com deposição de
materiais vindos do topo, às vezes áreas de nascentes). O Patamar do Chapadão está
dividido em três modelos distintos: colinas (relevo suave ondulado, com processo erosivo,
situado próximo ao encontro entre os rios de Pedras e Ondas), os planos intermediários
(destacam-se os morros testemunhos, registros da erosão sofrida ao longo do tempo
geológico) e os sedimentos ravinados (áreas instáveis, situadas no sopé das escarpas
sedimentadas). Por último a depressão do rio de Ondas, são áreas com relevo suave
ondulado e plano nos vales.
Existe na bacia do rio de Ondas diferentes solos. Segundo a EBDA (1993) o
Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico ocupa a maior parte da bacia com características de
um solo poroso, ácido, fortemente drenado e com baixa fertilidade natural. Todavia, existe
a ocorrência com menor intensidade de outros solos como: os Neossolos quartzarênicos
associados a fortes declives são solos derivados dos arenitos da Formação Urucuia, com a
predominância do quartzo, que apresentam baixa fertilidade natural, alta susceptibilidade à
erosão e que devido a sua textura, porosidade e permeabilidade são solos excessivamente
drenados; os Gleissolos, pobres em nutrientes, mal drenados e muito frágeis; os Argissolos
Vermelho Amarelo, moderadamente a bem drenados, profundos, poroso e com presença
de argila; os Neossolos flúvicos com a ocorrência em várzeas, próximo ao sistema de
drenagem são solos pouco desenvolvidos, constituídos por deposição de sedimentos
recentes não consolidados de composição granulométrica muito variada e os Neossolos
litólicos pouco desenvolvidos, rasos, pedregosos e cascalhento, frequentemente
associados a afloramentos rochosos (SOARES NETO, 2005).
1.3 SOLOS
Predominantemente solo com horizonte B latossólico na área da CONRIO, pouco
desenvolvido, e próximo ao Rio de Ondas apresenta solo com característica de texturas
areno-argilosa e fraça de areias. Segue a descrição das classes de solo identificadas na
área do empreendimento da CONRIO.
1. Latossolo vermelho amarelo distrófico álico (Lvd3): Compreende solo ácido com
baixa saturação de bases (V%), e saturação com alumínio trocável de 50%,
caracterizando a pouca fertilidade natural dessas áreas, textura do horizonte B é
média (menos de 35% de argilas) argilosa;
2. Areia quartzosa distrófica e álica (Aqd3) + latossolo vermelho-amarelo álico e
distrófico, textura média, ambos com horizonte A fraco a moderado, relevo plano a
ondulado nas depressões;
3. Solos litólicos: Correspondem a solos pouco desenvolvidos, rasos, apresentando
sequencia de horizontes A e C ou somente horizonte A sobre a rocha matriz. Álicos.
1.4 CLIMA
De acordo com a classificação de Thornwaite, o clima regional se apresenta
classificado como B1wA’, ou seja, úmido com pequena ou nenhuma deficiência hídrica,
com índice pluviométrico variando entre 1400 a 1800 mm por ano; megatérmico, ou seja,
com evapotranspiração potencial ≥ a 1140 mm. Apresenta estação seca bem definida de
inverno nos meses de maio a setembro, com chuvas na primavera e verão. As
temperaturas médias anuais oscilam entre 25° e 28° C e as máximas na faixa de 30° a 33°
C.
1.5 TEMPERATURA
Estudos climáticos demonstram haver um gradiente térmico de -0,5° C, em geral a
temperatura média é compensada anual (Tma), a cada 100 metros de altitude, sendo maior
variação no inverno. De fato a medida que se afasta dos vales em direção aos interflúvios a
temperatura diminui gradativamente. Assim no Vale do São Francisco (400 m) a
temperatura média anual atinge 25°C e no patamar do Chapadão 24°C e na fronteira
ocidental (900 m) com 22°C. No mês mais frio (julho) registra-se temperaturas de 20°C.
1.6 PRECIPITAÇÃO
A região oeste é caracterizada por uma média anual de precipitação que varia de
800 a 1140 mm por ano, essa distribuição ao longo do ano é desigual, concentrada apenas
nos 6 meses, sendo o período úmido de novembro a março e a precipitação chega a mais
de 100 mm mensais, podendo atingir mais de 200 mm. Por outro lado no trimestre entre
julho a agosto, o mais crítico período seco representando apenas 1% de precipitação total.
Precipitação média quinzenal da área de estudo, representada pela estação
pluviométrica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizada no município de
Correntina.
2. MEIO BIÓTICO
2.1 FLORA
A vegetação de maior expressão é o Cerrado, e nos ambientes de Veredas a
característica é uma vegetação rasteira nativa formada por gramíneas, nesses ambientes
denota-se uma relação com o fogo. Resultante de um conjunto de fatores como clima, solo
e flora, no quesito solos as propriedades físico-químicas, à disponibilidade de água, à
geomorfologia e à topografia, são elementos formadores dessa fitofisionomia regional.
A distribuição da flora também está associada à latitude, frequência de queimadas,
profundidade de lençol freático e aos fatores antrópicos, tais como expansão da fronteira
agrícola, retirada seletiva de madeira, queimadas para manejo de pastagem, entre outros.
De acordo com o sistema de classificação desenvolvido por Veloso (IBGE, 1991), e
abrangente para todos os biomas brasileiros, grande parte da área de estudo seria
identificada como Savana arbórea (Sa). Desta forma, optou pelo primeiro sistema de
classificação (Ribeiro e Walter, 2008), que proporciona discriminar um número maior de
classes, conferindo maior heterogeneidade e especificidade à área de estudo. A categoria
fitofisionômica é do Cerrado strictu sensu, com uma composição florística de árvores
xeromorfas com altura média de 6 metros. Alguns espécimes arbóreos comuns na região
são: Pau-terra (Qualea paviflora); Cagaita (Eugenia dysenterica), Jatobá do cerrado
(Hymenea stignocarpo), e Araticum (Anone faetida Mart.).
2.2 FAUNA LOCAL
Para identificar as espécies animais existentes na área do projeto, utilizaram-se os
métodos diretos, lembrando que somente uma pequena parte destas informações foi obtida
através de dados primários, e da falta de estudo baseados em levantamentos da região,
portanto observações e informações de pessoas residentes e familiarizadas com a região.
A fauna aos arredores ainda apresenta grande variedade, uma vez que existem grandes
trechos de vegetação nativa, sobretudo na faixa de preservação permanente.
Tabela 01. Lista das Espécies de Mamíferos.
Nome Comum Nome Científico
Família
Cutia Dasyprocta fuliginosa Dasyproctidae
Tabela 02. Lista das Espécies da Avifauna
Nome Vulgar Nome Científico Família
Anu preto Crotophaga ani
Cuculídea
Bem-te-vi Pitangus sulpharatus -
Juriti Leptotilia veneauxi Columbídea
Pica pau Celus torquatus Picídea
Cardeal
Pomba Ictinia plúmbea Acipitrídea
Sabia Turdus sp -
Tabela 03. Lista de Répteis
Nome Vulgar Nome Científico Família
Lagarto Gonatodes humerales Gikkonidae
IX - DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PRAD
As principais etapas de projeto de recuperação de área degradada podem ser
observadas no Quadro 01.
Em alguns casos a atividade de Recuperação de Áreas Degradadas há uma
necessidade em primeiro momento o uso de medidas extremas, com a finalidade de
estabilizar o local e amenizar a temperatura, exposição extrema a luz, fatores limitantes de
solo que desfavorecem o trabalho de recuperação.
A título de exemplo, poderíamos citar o fator SOMBREAMENTO, é de vital
importância para que árvores secundárias iniciais e tardias possam se estabelecer e,
posteriormente a essa fase outros procedimentos devem ser seguidos para resgatar as
importantes funções do ambiente. No entanto, as etapas dos procedimentos de um PRAD
em área de preservação permanente podem ser praticadas ou não? Espécies de rápido
crescimento ou exóticas podem ou não podem ser utilizadas? Há de se destacar que
independente da situação do local seja APP, medidas emergenciais poderiam ser
consideradas quando há risco de desabamentos de taludes e desbarrancamentos de
encostas ou margens de rios, riscos de contaminação das águas bem como riscos de
assoreamento, portanto não existem regras para os processos de recuperação ambiental
ou área degradada, uma projeção futura pode ser almejada, desde que seja com fins da
recuperação, e mesmo que sejam utilizadas espécies exóticas numa fase inicial do ponto
de vista técnico não estaria errada ou ainda não recomendada e, nem se pensa no
problema conceitual ou ético em termos de espécies, pois o objetivo é sanar rapidamente o
problema dando estabilidade ao solo, posteriormente outras medidas podem ser tomadas
visando um estado a ser alcançado de forma utópica, ou seja, no sentido de restauração o
mais fiel ou próxima possível, mas vale a pena lembrar que o produto final de uma
restauração florestal em termos de floresta nativa pode durar cerca de 40 a 60 anos,
pensando em termos de sucessão ecológica.
Quadro 01. Etapas de atividades para definição e implementação de processos de recuperação.
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO (processos que geram impactos ambientais negativos)
IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS
DEFINIÇÃO DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO (medidas que buscam corrigir os impactos identificados)
IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO
Figura 8. Visão geral da calha do Rio de Ondas nas margens da APP da CONRIO.
Há de se ressaltar ainda que, as regras para áreas de preservação permanente – APP
em termos jurídicos se aplicam somente ao produto final, ou seja, a recomposição ou
paisagem final e não as fases dos procedimentos e técnicas de recuperação de matas
ciliares em áreas de preservação permanente. A exemplo disso, também poderia citar que
os usos de adubos minerais e químicos podem ser usados para que haja estabelecimento
de árvores em locais que a camada superficial de solo tenha sido removida, além de
técnicas de recobrimento do solo com leguminosas inclusive com feijão e soja são técnicas
comuns em recuperação de áreas degradadas, ainda existem técnicas de mantas teladas
com substrato e sementes peletizadas para que áreas que não possuem a capacidade de
regeneração natural serem recuperadas enfim, muitas são as técnicas utilizadas no
processo de recuperação de uma área degradada.
Não é o caso da CONRIO, ou seja, não se pretende o uso de técnicas radicais dentro
da área da APP neste trabalho tendo em vista que os processos erosivos e de escoamento
superficial na área do empreendimento foram sanados. Portanto, estabelecida as funções
da mata ciliar que é de dar proteção e estabilidade às margens dos rios, além do papel
ecológico que as mesmas possuem.
X – METODOLOGIA
Inicialmente realizado um diagnóstico ambiental da área, que consiste na
caracterização do meio físico, biótico e antrópico, foram identificados e estabelecidas as
técnicas de recuperação da APP da CONRIO, com técnicas relevantes, viáveis e exequíveis e
por fim foi sugerido um plano de recuperação que possui medidas mitigadoras que possam
se utilizadas na recuperação da APP. A ênfase nesta proposta será de promover uma
composição de procedimentos e técnicas para alavancar uma estruturação da Mata Ciliar
que surgirá da interação entre as ações implementadas e os processos de migração e
sucessão ecológica no local em recuperação.
XI – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO
A) Metodologias a serem utilizadas no PRAD de forma sequencial
Como medidas de recuperação da área degradada, será em 4 etapas na sequencia
apresentada a seguir passamos a descrever as tecnologias atuais em RAD – Recuperação
de Áreas Degradadas bem como os procedimentos a serem adotados na estabilização da
mata ciliar e melhoria das propriedades físicas, químicas, biológicas e hidrológicas do solo.
Dentre essas medidas está a revegetação de área degradada com a implantação de mudas
adquiridas no Viveiro Florestal Taquara com técnicas de nucleação em adensamento,
enriquecimento e revegetação com plantio em linha.
1. NUCLEAÇÃO
A nucleação é entendida como a capacidade de uma espécie em propiciar uma
significativa melhoria nas qualidades ambientais, permitindo um aumento na probabilidade
de ocupação deste ambiente por outras espécies (Yarranton & Morrison, 1974). Na busca
de um melhor método de recuperação de áreas degradadas e considerando os princípios da
nucleação e de outros conceitos de ecologia básica, tais como, sucessão, heterogeneidade
de ambientes, facilitação, interações interespecíficas (dispersão, polinização e predação),
cicatrização, foi criada uma nova visão da restauração ecológica, procurando sempre imitar
a natureza, com mínimos insumos, onde um conjunto de técnicas é implantado não em
área total e sim em núcleos, restituindo o mosaico do ambiente. As atividades de
restauração, baseadas no processo ecológico de nucleação, foram denominadas por Reis et.
al., (2003) de “técnicas nucleadoras de restauração”.
Bechara (2006) cita como técnicas nucleadoras:
a) Formação de coberturas de solo através de semeadura direta de espécies herbáceo-
arbustivas, preferencialmente nativas anuais para atração precoce de fauna,
recuperação de solo e contenção das gramíneas exóticas invasoras;
b) Formação de abrigos artificiais, através do enleiramento da galharia, que servirá para
alimentação e abrigo de consumidores e decompositores, além da restituição de
solo;
c) Introdução de plantas regionais e frutíferas, visando promover fluxo gênico com as
populações dos fragmentos mais próximos;
d) Poleiros artificiais para atração de avifauna e quiropterofauna e plantio de mudas de
espécies arbóreas em grupos, formando núcleos adensados para a eliminação de
gramíneas exóticas invasoras e facilitar a regeneração de espécies nativas.
O aumento da resiliência ambiental é promovido com a nucleação, pois o processo
restaurador desta técnica se baseia na ativação do próprio potencial de autorregeneração
da área da APP. As técnicas nucleadoras de restauração formam microhabitats em núcleos
onde são oferecidas, para as diferentes formas de vida e nichos ecológicos, condições de
abrigo, alimentação e reprodução, que num processo de aceleração sucessional irradiam
diversidade por toda a área (Reis et al., 2003).
2. TRANSPOSIÇÃO DE GALHARIA
Visando deixar sob a faixa com os resíduos florestais (galhos, tocos, folhas, etc.)
para que aconteça uma regeneração natural e criando microclimas e possibilidade de
dispersões naturais.
Com a implantação dessas técnicas de nucleação, aspectos como a estabilização de
processos erosivos, melhoria das propriedades físicas, químicas, biológicas e hidrológicas do
solo, e recuperação, proteção e conservação de mananciais comprometidos anteriormente
pela perda da cobertura vegetal estão sendo atenuados pela utilização das técnicas
descritas.
Fig. 10 Transposição de galharia alocada nas áreas núcleos, CONRIO.
Fig. 11. Microambientes sendo gerados com galharia e resíduos, CONRIO.
Fig. 12. Técnicas de nucleação implantadas na APP da CONRIO.
3. POLEIROS ARTIFICIAIS
Consiste em criar uma atração para a avifauna aliadas no conceito de criar uma
sucessão ecológica dando melhores possibilidades de uma regeneração por dispersores de
sementes, aliada com o plantio de mudas de espécies arbóreas em grupos, formando
núcleos adensados para a eliminação de gramíneas exóticas invasoras e facilitar a
regeneração de espécies nativas.
A semeadura com leguminosas faz parte do processo de recuperação e deve ser
visto como técnica inicial com fins de criar condições para uma regeneração de área
degradada e impedir a entrada de invasoras exóticas, justificada com a função acelerar o
processo sucessional, não devendo ser mantidas após o processo de recuperação em
estágio avançado, a espécie escolhida neste trabalho foi da família Fabaceae, o Cajanus
cajan (Feijão Guandu, ou ervilha de pombo, anduzeiro) para a formação das ilhas de
diversidade associada com os poleiros no local.
Fig. 13. Poleiros para dispersão de sementes na área - “ilhas diversidade” (fonte:
Maria Otávia Silva Crepaldi).
Estudos já comprovaram que os níveis de fertilidade do solo cultivado com guandu
comparado ao solo ocupado com gramíneas, são aumentados os níveis de fósforo (P),
potássio (K') cálcio mais magnésio (Ca++ + Mg"), elevando o pH e neutralizando o alumínio
(AL+++). A neutralização do alumínio e a elevação do pH e os teores de cálcio mais
magnésio em função do cultivo do guandu, acredita-se que com a implantação dos poleiros
e com o plantio com árvores adensadas formando “ilhas de diversidade” promoverá a
dispersão de sementes no local através da avifauna e com germinação de sementes, a
vantagem do baixo custo e fácil manutenção faz com que a intenção seja apenas criar
mecanismos para gerar um pool de sementes no solo criando condições para uma
RECUPERAÇÃO natural e também não natural na área, aliando outras técnicas com as já
explicitadas.
4. ENRIQUECIMENTO
Esta técnica consiste em reintroduzir sob as copas das arvores já existentes, espécies
que foram extintas ou estão em risco de extinção, bem como a transposição de plântulas
para o local da APP considerada degradada. Este tipo de técnica não há um modo
mecanicista de introduzir em linhas ou espaçamento pré-definido, a implantação deve ser
realizada sem definir alinhamentos nem espaçamentos, seguindo o modelo abaixo.
Fig. 14. Método do enriquecimento a ser realizado na área da APP da CONRIO.
Concomitante ao desembargo da área da APP junto ao IBAMA a CONRIO irá buscar a
regularização ambiental, como uma medida de sustentabilidade socioambiental e garantir a
adequação do condomínio a legislação do município de Barreiras. O cumprimento da
legislação ambiental representa uma oportunidade de mitigação dos efeitos da retirada da
vegetação da APP junto ao Rio de Ondas e a diminuição dos impactos gerados na
implantação do empreendimento, bem como a valorização ambiental e até mesmo dos
imóveis localizados no empreendimento e primordialmente promover uma melhoria da
qualidade de vida dos condôminos e de todos os cidadãos que utilizam a área da CONRIO
como área de lazer e turismo rural.
Nesta vertente, pretende-se a partir de agora com a NOVA GESTÃO de o
empreendimento dar um passo positivo nesta direção. A regularização ambiental é o
primeiro passo para a sustentabilidade da CONRIO e neste caminho serão feitos todos os
esforços necessários para que haja a regularização do empreendimento. Face ao exposto,
cumpre dizer que a CONRIO buscará a regularização ambiental do empreendimento e
promoverá ações de educação ambiental sempre que possível.
5. ADENSAMENTO
O objetivo é fechar o espaçamento de forma que se consiga recobrir o solo para
garantir o processo de recuperação respeitando a sucessão ecológica das espécies de forma
natural, a técnica consiste em preencher espaços entre indivíduos remanescentes com o
plantio de espécies iniciais, a configuração desejada é conforme ilustra a figura abaixo.
Fi
g. 15
Configur
ação do
adensa
mento
sugerido
, sem
espaça
mento
definido.
A) DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE MUDAS
O processo de produção de mudas é um processo de alto custo, pois contempla a
coleta de sementes, quebra de dormência, preparo de substrato, irrigação, pessoas
capacitadas para trabalhar com todas as etapas de um viveiro florestal, e não justifica a
construção de um viveiro na área para reflorestar e recuperar uma área de APP de 0,44 ha,
portanto baseado nos custos financeiros, com o apoio do Viveiro Taquara e ajuda do Sr.
Itacir Tadeu Dalmagro, a CONRIO conseguiu adquirir as mudas a um valor acessível a
compra direta junto ao Viveiro Taquara.
Foram adquiridas cerca de 200 mudas de várias espécies da flora brasileira, serão
utilizadas na APP somente as que estão listadas e apresentadas na tabela abaixo, onde 116
plantas irão para a APP e 84 irão para arborização do condomínio fora da APP.
Tabela 05. Lista das espécies utilizadas no plantio da APP na CONRIO em 2015.
Nome vulgar Gênero e espécie Família Ecologia N
Amora Morus nigra Moraceae Pioneira 10
Aroeira Astronium fraxinifolium Anacardiaceae Pioneira 10
Azeitona preta Syzygium cumini Myrtaceae Pioneira 1
Barbatimão Stryphnodendron sp. Fabaceae Pioneira 10
Buriti Mauritia flexuosa Arecaceae Climax 10
Caju açu Anacardium giganteum Anacardiaceae Pioneira 10
Ingá Ingae spp. Fabaceae Secundária in. 10
Ipê amarelo Tabebuia aureae Bignoniaceae Não pioneira 15
Ipê roxo Handroanthus impetiginosus Bignoniaceae Não pioneira 15
Jatobá Hymenaea courbaril Fabaceae Pioneira 10
Pitanga Eugenia uniflora Myrtaceae Pioneira 5
Tamboril Enterolobium maximum Fabaceae Pioneira 10
Timbó Magonia pubescens Sapindaceae Pioneira 10
TOTAL 116
arvores
.
Fig. 16. Mudas de Timbó adquiridas para o plantio na área da CONRIO.
Fig. 17 Aquisição das mudas no viveiro Taquara.
A regularização ambiental é o primeiro passo para a sustentabilidade da CONRIO e
neste caminho serão feitos todos os esforços necessários para que haja a regularização do
empreendimento. Face ao exposto, cumpre dizer que a CONRIO buscará a regularização
ambiental do empreendimento e promoverá ações de educação ambiental sempre que
possível. O cumprimento da legislação ambiental representa uma oportunidade para a
diminuição dos impactos gerados na implantação do empreendimento, bem como a
redução e mitigação dos custos de manutenção, valorização dos imóveis no
empreendimento e fundamentalmente promover uma melhoria da qualidade de vida dos
condôminos e de todos os cidadãos que utilizam a área da CONRIO como área de lazer e
turismo rural. Nesta vertente, pretende-se a partir de agora com a NOVA GESTÃO de o
empreendimento dar um passo positivo nesta direção.
Fig. 18. Transporte das mudas para a CONRIO.
Fig. 19. Armazenamento das mudas na CONRIO.
Caberia ressaltar que a recuperação da APP vai ser realizada em 4 etapas de
implantação, onde todas as técnicas descritas neste trabalho serão efetuadas, todas serão
executadas de acordo com o CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO em anexo I, bem como
a atual proposta, pretende-se aliar a possibilidade de recuperar não somente a APP da
CONRIO, mas também criar medidas de recuperação ambiental ao local da CONRIO como
um todo. No entanto, decorrente da implantação do empreendimento é objetivo do
CONRIO buscar a regularização ambiental, como uma medida de sustentabilidade
socioambiental para o condomínio.
Figura 7. Aspecto da curva do rio ao fundo e da APP no CONRIO.
As operações de implantação serão realizadas na primeira quinzena do mês de
dezembro onde serão realizadas as técnicas de nucleação descritas nesta proposta, bem
como a transposição de galharia, implantação de poleiros artificiais, semeadura de
leguminosas (feijão de corda) e adensamento e manutenção. Estimou-se os custos para
recuperação da área em R$20.000,00 (vinte mil reais) bem como os custos de manutenção.
XII – MONITORAMENTO
A CONRIO se compromete após a retirada do EMBARGO da área a apresentar
periodicamente ao IBAMA a cada trimestre, durante o período de monitoramento de três
anos a declaração de acompanhamento e avaliação de projeto de recuperação de área
degradada (DAAPRAD).
Quadro 02. Monitoramento da área e implantação do presente PRAD.
1. Avaliação da percentagem de cobertura do solo;
2. Avaliação da sobrevivência de mudas e sementes implantadas;
3. Avaliação quantitativa de serrapilheira;
4. Avaliação da abundância e densidade de espécies vegetais;
5. Avaliação de espécies bioindicadores animais e vegetais;
6. Avaliação da regeneração natural.
Quadro 3. Parâmetros para o monitoramento da área em recuperação.
Sistemas de nucleação
Função Indicadores
Transposição de solo Resgate do banco de sementes local e da biodiversidade do solo
Diversidade de espécies vegetais Diversidade de formas de vida das espécies Presença de pequenas mudas (plântulas) Espécies em floração e em frutificação*
Transposição de galharia ou abrigos
de fauna
Fornecer um local de proteção para a fauna e decomposição de matéria orgânica
Tempo de decomposição da matéria orgânica Diversidade de espécies vegetais Diversidade de formas de vida das espécies e presença de animais
Poleiros artificiais Oferecer condições de pouso para a avifauna e atrair diversidade de espécies vegetais por meio de sementes
Presença de avifauna Deposição de sementes Presença de pequenas mudas (plântulas) sob o poleiro e no seu entorno
Plantio de mudas nativas em grupos
Aumentar a diversidade genética regional e oferecer recursos para a fauna
Sobrevivência das mudas Cobertura do núcleo Presença de espécies regenerantes Espécies em floração e frutificação*
XIII- Recomendações a CONRIO.
Quadro. 4 Operações de manutenção da área em recuperação na APP.
Sistemas de nucleação Procedimentos de manutenção e manejo
Transposição de solo 1. Coroamento de 1m a 1,5 m de diâmetro do núcleo. 2. Limpeza manual das espécies invasoras (braquiária, capim colonião, etc.) dentro do núcleo. 3. Manter as espécies regenerantes dentro do núcleo.
Transposição de galharia ou abrigos de fauna
1. Manutenção com implantação de espécies de cipós e reposição de material (galhos, madeira, folhas, etc.). 2. Coroamento de 1m a 1,5m de diâmetro do núcleo para eliminação das espécies contaminantes. 3. Limpeza manual das espécies invasoras (braquiária, capim colonião, etc.) dentro do núcleo.
Poleiros artificiais 1. Manutenção com implantação de espécies de cipós e reposição de bambus. 2. Limpeza manual das espécies contaminantes (braquiária, capim colonião, etc.) sob os poleiros. 3. Coroamento de 1m a 1,5m de diâmetro do poleiro. 4. Quando houver regeneração de outras plantas, mantê-las na área.
Plantio de mudas nativas em grupos
1. Coroamento de 1 m a 1,5 m de diâmetro do núcleo. 2. Limpeza manual das espécies invasoras (braquiária, capim colonião, etc.) dentro dos núcleos.
XIV – CONCLUSÕES
O planejamento das técnicas de recuperação propostas neste trabalho estão dentro
dos critérios mais atuais e baseados em outros trabalhos da mesma natureza com respostas
bem sucedidas no caminho da recuperação de áreas degradadas, neste trabalho estão
explicitadas as técnicas, as maneiras e as etapas de forma sequenciais a serem executadas
na APP da CONRIO, e espera-se que em três anos de monitoramento sejam suficientes
para a resposta da natureza para que haja o restabelecimento das funções da mata ciliar
bem como o fluxo gênico e estabelecimento de espécies sucessionais. É o que se espera,
no entanto, na região o trabalho tem caráter pioneiro e por isso merece um voto de
confiança para que os objetivos da CONRIO sejam avaliados e caso bem sucedidos seja um
modelo de recuperação das áreas de matas ciliares no Rio de Ondas, que vem
sucessivamente sendo desfigurada e agredida.
Carlos Alberto Monteiro da Silva
Eng. Florestal, M. Sc.
XVI – BIBLIOGRAFIA
BECHARA, F. Restauração ecológica de restinga arbórea contaminada por Pinus no Parque do Rio Vermelho, Florianópolis, SC. Dissertação de Mestrado (Biologia Vegetal/UFSC). UFSC, 2003. KAGEYAMA, P.Y. & GANDARA, F.B. Dinâmica de populações de espécies arbóreas: implicações para o manejo e a conservação. In: III Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira. Publicação ACIESP nº 87-II. Serra Negra, ACIESP, 1994 KAGEYAMA, P.Y. & GANDARA, F.B. Recuperação de áreas degradadas. In: Rodrigues, R.R., LEITÃO FILHO, H.F. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, Edusp/Fapesp, 2000. MACEDO, A.C.; KAGEYAMA, P.Y.; COSTA, L.G.S. Revegetação: matas ciliares e de proteção ambiental. São Paulo, Fundação Florestal, 1993. MARTINS, S.V. Recuperação de matas ciliares. Viçosa, Aprenda Fácil, 2001. REIS, A., ZAMBONIN, R. M. & NAKAZONO, E. M. Recuperação de áreas florestais degradadas utilizando a sucessão e as interações planta-animal. Série Cadernos da Biosfera 14. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 42 p. , 1999. REIS, A.; BECHARA, F.C.; ESPÍNDOLA, M.B.; VIEIRA, N.K.; SOUZA, L.L. Restauração de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais. Natureza & Conservação, v.1, n 1, 2003. RODRIGUES, R.R.; GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para a recuperação de florestas ciliares. In: ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. SANTARELLI, E. G. Produção de mudas de espécies nativas para florestas ciliares. In: ROGRIGUES, R.R. e LEITÃO FILHO, H.F.L. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo, EDUSP/FAPESP, 2001. SAUTTER, K.D. Meso e macrofauna na recuperação de solos degradados. In: DIAS, L.E.; MELLO. J.W.V. Recuperação de áreas degradadas. Viçosa, UFV, p.196-202, 1998. TERBORGH, J. Keystone plant in a tropical forest. In: Conservation Biology: The Science of Scarcity and Diversity ( ed M E Souké ). Sinauer, Suderland, 1986.
Cronograma de Atividades
ANO 2015 A 2018 TRIMESTRE
OPERAÇÕES
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO
1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º 1º 2 º 3º 4º
Transposição de galharia
X X X X X X X X X X X X X X X X
Aquisição de mudas X X X X X
Nucleação X X X X X X X
Combate a formigas X X X X X X X X X X X X X X X X
Plantio X X X X
Replantio X X X XX X XX X XX X X XX
Manutenção X X X X X X X X X X X X X X X X
Avaliação X X X X X X
Replantio X X X X X X X X X X X X X X X X
Monitoramento X X X X