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USO SUSTENTÁVEL DO ESTRATÉGIA DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

Uso sustentável do Umbuzeiro

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Page 1: Uso sustentável do Umbuzeiro

USO SUSTENTÁVEL DO

ESTRATÉGIA DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

Page 2: Uso sustentável do Umbuzeiro

USO SUSTENTÁVEL DO

ESTRATÉGIA DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

Fabiane Rabelo da Costa Batista

Marina Medeiros de Araújo Silva

Valéria da Silva Araújo

Campina Grande, PB

2015

Page 3: Uso sustentável do Umbuzeiro

O Semiárido Brasileiro (SAB) inclui 56,46% da Região Nordeste, além do norte

de Minas Gerais. Nessas terras, caracterizadas pela escassez de chuvas, vive

aproximadamente 12% da população brasileira (SIGSAB, 2014). O Bioma Caatinga

ocupa a maior parte do SAB e apresenta uma enorme variedade de paisagens, com

relativa riqueza de espécies vegetais que possuem mecanismos adaptativos para

sobreviver a longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas, sem perder em

produtividade, como é o caso do umbuzeiro ( ).Spondias tuberosa

Conhecido como umbu, imbu, embu ou ombu, o fruto do umbuzeiro é rico

em minerais e vitamina C, sendo muito utilizado por populações rurais da região

Nordeste como base alimentar e econômica. Apresentando, em média, 68% de

rendimento em polpa, ele pode ser consumido ou preparado na forma de in natura

sucos e refrescos, doces em calda e em corte, geleias e sorvetes (NEVES; CARVALHO,

2005). A exploração do umbu é feita de forma extrativista, constituindo uma

importante fonte de renda complementar e de mão-de-obra familiar para as

comunidades do SAB.

Na Bahia, estado responsável por quase 88% da produção nacional de umbu, o

preço médio pago ao extrativista na safra 2014 foi de R$ 0,99 por kg do fruto (CONAB,

2014). Existem ainda as unidades de processamento dos frutos, que tem como

principal produto derivado a polpa, além de doces e geleias. Vale salientar que os

valores pagos pelo kg do fruto podem variar com o local, a oferta do produto (início ou

fim da safra) e o comprador (unidade de processamento, atravessador e/ou

consumidor).

INTRODUÇÃO

Produção percentual de umbu por estado brasileiro em 2012. Fonte: IBGE.

Equipe Técnica

Editoração Eletrônica e capa

Wedscley Oliveira de Melo

Editora

Instituto Nacional do Semiárido

Av. Francisco Lopes de Almeida S/N;

Serrotão; CEP: 58434-700

Campina Grande, PB

[email protected]

www.insa.gov.br

Fotos

Fabiane R. C. Batista

Revisão de Texto

Carolina Coeli Rodrigues Batista

Marina Medeiros

Governo do Brasil

Presidenta da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Vice-Presidente da RepúblicaMichel Miguel Elias Temer Lulia

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Ministro de EstadoJosé Aldo Rabelo Figueiredo

Instituto Nacional do Semiárido (INSA)

DiretorIgnacio Hernán Salcedo

03

B333u Batista, Fabiane Rabelo da Costa.Uso sustentável do umbuzeiro: estratégia de convivência

com o semiárido

/ Fabiane Rabelo da Costa

Batista, Marina Medeiros de Araújo Silva,

Valéria da Silva Araújo .-- Campina Grande:

INSA,

2015.

15p.

: il.

ISBN: 978-85-64265-23-3 1. Umbu - semiárido - Brasil. 2. Umbu - colheita -

processamento. 3. Plantio - colheita -

conservação. I. Silva,

Marina Medeiros de Araújo. II. Araújo, Valéria da Silva.III.Instituto Nacional do Semiárido.

CDU: 634.442(81)

Ficha catalográfica elaborada na Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba Bibliotecária: Edna Maria Lima da Fonsêca - CRB-15 - 00051

Page 4: Uso sustentável do Umbuzeiro

Diversas ações acerca da convivência com o Semiárido vêm sendo debatidas,

no sentido de estimular atividades produtivas que sejam apropriadas ao meio

ambiente, ou seja, que levem em consideração a conservação e a sustentabilidade dos

recursos naturais da região (CONTI; PONTEL, 2013). Entre as estratégias de

convivência, tem se destacado o estudo e a utilização de espécies nativas e adaptadas

ao ambiente Semiárido. O umbuzeiro tem ganhado espaço, dentre outras espécies

frutíferas com potencial de exploração, uma vez que seus frutos com sabor e aroma

peculiares têm agradado ao mercado consumidor nacional e internacional. Além disso,

apresenta importância social para muitas comunidades do Semiárido, pois, no período

da colheita, o extrativismo tem se tornado a principal atividade econômica.

Diante do exposto, esta cartilha tem por objetivo difundir informações básicas

sobre a cadeia produtiva do umbu, especialmente as formas de propagação da planta

e o processamento dos frutos, para que este símbolo da Região Semiárida possa ser

conservado e explorado de forma sustentável, servindo como fonte de alimento e

renda para os agricultores locais.

O UMBUZEIRO

É uma planta originária do Semiárido

brasileiro que apresenta como principal

característica a resistência à seca. Esta árvore

pode chegar até 6 metros de altura, com copa

ampla, em forma de guarda-chuva, com 10 a 15

metros de diâmetro. Suas ra ízes ficam

concentradas na camada que vai até 1 metro de

profundidade, possuindo órgãos de reserva

denominados xilopódios ou túberas que

armazenam água e nutrientes, chegando a pesar

de 1 a 4 kg em plantas adultas. Tal característica é

essencial para a sua sobrevivência durante os

longos períodos de seca na caatinga (PEREIRA et

al., 2003).

Sistema radicular de uma muda de umbuzeiro com aproximadamente 1 ano de idade, apresentando xilopódios.

A CO O P E R C U C ( C o o p e r a t i v a Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá) é uma unidade de processamento de umbu que vem se destacando no mercado nacional e internacional. Criada em 2004, ela atua junto a 450 famílias, em 18 comunidades do Sertão da Bahia, que trabalham na produção de diferentes produtos derivados de umbu, como compotas, geleias, doces em calda e em cor te e o umbu bom, que são comercializados nas grandes redes de supermercados por preços que variam entre 8 e 16 reais. A cooperativa exporta seus produtos para países como França e Itália.

COOPERCUC

Para mais informações visite:

www.coopercuc.com.br

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Page 5: Uso sustentável do Umbuzeiro

Caroço cortado transversalmente (esquerda) e

longitudinalmente (direita), com a semente em seu

interior.

O umbuzeiro perde totalmente suas folhas durante a época de estiagem, florescendo logo após as primeiras chuvas. Suas flores são brancas, aromáticas e melíferas, e após 60 a 125 dias de sua abertura originam frutos maduros. O umbu é um fruto suculento, de sabor agridoce muito agradável, tendo no centro um endocarpo (caroço), que contém em seu interior a semente propriamente dita. Além do seu valor como frutífera, o umbuzeiro também pode ser usado com fins forrageiros, madeireiros e medicinais, além de suas túberas, também conhecidas como batatas, cuncas ou fofas, serem aproveitadas para saciar a fome e a sede nos anos de seca prolongada. Por isso foi intitulado pelo escritor Euclides da Cunha como a “árvore sagrada do sertão” (PEREIRA et al., 2003).

COMO OBTER MUDAS DE UMBUZEIRO?

Inicialmente, é preciso identificar e

selecionar as plantas que possuam características

de interesse, o que pode variar de acordo com o

produtor e/ou mercado consumidor. O passo

seguinte é a obtenção de mudas destas plantas,

que podem ser conseguidas via propagação

sexuada (plantio dos caroços) ou assexuada

(utilizando vegetativas, como estacas, borbulhas

e ponteiros para enxertia).

C o m u m e n t e , a p ro p a g a ç ã o d o

umbuzeiro é feita por sementes, no entanto, a

germinação é lenta e desuniforme, não sendo

viável para a produção comercial de mudas. Além

disso, as plantas obtidas por sementes levam mais

de 10 anos para iniciar a produção de frutos. Os

principais usos de mudas obtidas por sementes

são o enriquecimento da caatinga e a formação

de porta-enxertos.

Mudas obt idas por propagação

vegetativa são clones da planta mãe, e os

pomares formados a partir destas plantas serão

mais uniformes e precoces quando comparados

àqueles oriundos de mudas obtidas por sementes.

Dentre os métodos de propagação vegetativa, a

enxer tia é o mais recomendado para o

umbuzeiro. Plantas enxer tadas iniciam a

produção por volta de 4 anos de idade. Existem

relatos de sucesso também com a propagação

por estacas, ainda que em menor frequência, pois

as mudas são mais sensíveis a seca devido a

formação tardia dos xilopódios. Caroço

Flores

Frutos

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Page 6: Uso sustentável do Umbuzeiro

O plantio das sementes/caroços pode ser feito segundo recomendações da Embrapa (ARAÚJO, 2007; SOUZA; COSTA, 2010), conforme descrito abaixo:

POR SEMENTES POR ENXERTIA

- Para obter o porta-enxerto (cavalo) via semente: siga as recomendações anteriormente

descritas. De 5 a 8 meses após a semeadura, dependendo das condições de crescimento da

muda, e quando tiverem caules entre 0,8 cm e 1 cm de diâmetro, estarão prontas para serem

enxertadas.

- Para obter o ponteiro (enxerto ou cavaleiro): selecione boas plantas matrizes e retire estacas, preferencialmente dos ramos que tendam a crescer verticalmente (voltados para o sol). Estas devem ter em torno de 20 cm de comprimento e de 3 a 4 gemas. A coleta deve ser feita durante o período de repouso vegetativo, que é o período entre a última safra e a nova floração. Mais importante que o tamanho do ponteiro é o seu diâmetro. Este deverá ser semelhante ao do porta-enxerto, visando aumentar o índice de pegamento.

- Corte a haste do porta-enxerto a 20 cm da superfície do solo e, em seguida, realize um corte vertical de 3 cm para abrir a haste ao meio.

- No ponteiro, faça cortes de cada lado da extremidade inferior, em cunha ou chanfrado

também com 3 cm de comprimento.

- Introduza o ponteiro no corte do porta-enxerto, de forma que as cascas fiquem em contato.

Faça um amarrilho firme na região de união da enxertia, utilizando fita própria para este plástica

fim, ou saco plástico transparente.

- Cubra o enxerto com um saco plástico transparente com, no mínimo, 30 cm de comprimento e

10 cm de largura, de forma que a região da enxertia fique protegida da chuva, do vento e do

ressecamento.

- As mudas enxertadas devem ficar em ambiente um pouco sombreado, até o pegamento e a

emissão das primeiras folhas (cerca de 15-20 dias), quando poderá ser removido o saco plástico

de proteção.

- Passados mais 40-50 dias, as mudas estão prontas para transplantio em seu local definitivo.

Neste período, deverá ter ocorrido o completo pegamento da enxertia, e então a amarração é

retirada e os brotos abaixo do ponto de enxertia, eliminados. As covas devem ter dimensões

aproximadas de 40 x 40 x 40 cm. Poderá ser feita uma adubação de plantio utilizando-se 3 kg de

esterco curtido e 1 litro de cinza de madeira.

- O plantio deverá ocorrer no início do período chuvoso. É recomendável que seja feita uma

bacia de captação de água ao redor da planta, também conhecida como barreirinho, açudinho

ou coroamento, bem como protegê-la com cobertura morta.

- Retire a polpa dos frutos maduros e deixe o caroço secar ao sol (recomenda-se armazenar as sementes por, no mínimo, um ano, para facilitar a quebra da dormência e aumentar a taxa de germinação);

- Faça um pequeno corte na porção distal do caroço (sua parte mais larga) para permitir a entrada de água para o embrião;

- Coloque as sementes a 3 cm de profundidade, em sacos de polietileno pretos, com dimensão de 15 cm x 30 cm, usando como substrato solo e esterco curtido, na proporção de 2:1. As sementes também podem ser colocadas em sementeiras, com 15 cm de profundidade e, após 3 meses, as mudas devem ser transplantadas para sacos.

- Regue diariamente e mantenha as mudas protegidas do sol, se possível sob telado, com pelo menos 50% de sombreamento.

OBSERVAÇÃO: Alguns produtores utilizam caroços de frutos recém consumidos, que são escarificados em areia úmida para a retirada do resíduo de polpa, e imersos em uma calda grossa contendo esterco por uma a duas horas antes do plantio. Outros recolhem os caroços misturados com esterco de caprinos nos chiqueiros/apriscos e os plantam diretamente em sementeira, utilizando um substrato mais arenoso.

Mudas com 3 meses de idade na sementeira.

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Page 7: Uso sustentável do Umbuzeiro

Amarração da

enxertia com plástico

transparente.

Mudas enxertadas e protegidas

com plástico.

Transplantio para local definitivo (caatinga) e formação da bacia de captação de água.Foto: João Macedo

ANOTAÇÕES

A) Porta-enxerto cortado a 20 cm, com fenda longitudinal no topo.

B) Ponteiro pronto para enxertia: vistas de perfil e frontal do corte em cunha ou chanfrado.

C) Ponteiro colocado na fenda.

D) Enxertia amarrada com fita plástica.

A

B

C D

20 cm

3 cm

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Esquema da enxertia no umbuzeiro:

Page 8: Uso sustentável do Umbuzeiro

O mercado de frutas da Caatinga,

como o umbu e o maracujá do mato, e de

seus p rodutos p rocessados vem

crescendo a cada dia. Devido ao sabor

agradável e aroma peculiar, os frutos do

umbuzeiro têm ganhado espaço nos

mercados nacional e internacional. Além

disso, são uma boa fonte de nutrientes.

O umbuzeiro propicia apenas

uma safra por ano. Seus frutos estragam

muito rápido, o que leva a perdas pós-

colheita que podem comprometer a

comercialização dos frutos . in natura

Assim, uma das melhores possibilidades

para os agricultores evitarem tais perdas é

o processamento dos frutos para a

obtenção de produtos derivados. A

colheita adequada dos frutos e seu

beneficiamento garantem às famílias

produtoras maior segurança alimentar,

a lém de proporc ionar uma fonte

alternativa de renda.

Tabela 1: valor nutricional da polpa de umbu

Porção de 100 g

Valor energé�co 34 kcal

Carboidratos 8,8 g

Proteínas 0,5 g

Lipídeos 0,1 g

Colesterol 0,0

Fibras 1,3 g

Cálcio 11 mg

Magnésio 8 mg

Ferro 0,3 mg

Sódio 5 mg

Fósforo 11 mg

Vitamina A 10 UI

Vitamina B1 0,6 mg

Vitamina B2 0,01 mg

Vitamina B3 0,4 mg

Vitamina C 0,3 mg

Fonte: Santos 2010; Taco 2011.

UMBU?

COMO AGREGAR VALOR AO

Colheita

Uma vez que as chuvas na Região Semiárida não se iniciam numa mesma época, a

floração e a frutificação do umbuzeiro variam de acordo com o local de ocorrência da planta.

Em geral, a floração ocorre entre os meses de setembro a dezembro, e a produção de frutos

predomina nos meses de janeiro a abril.

A colheita do umbu é feita manualmente. Recomenda-se forrar o chão com uma lona

e dar uma leve sacudida na planta, evitando balançar demais ou bater com varas, para reduzir a

queda dos frutos pequenos e verdes. Para o consumo ou processamento imediato, devem ser

coletados os frutos mais maduros, chamados de “inchados”, contudo, para a comercialização,

recomenda-se retirar apenas os frutos “de vez” (que apresentam a casca verde à ligeiramente

amarelada) para facilitar o transporte e o armazenamento. Frutos muito verdes não devem ser

colhidos, pois serão perdidos. Além disso, é importante deixar uma parte dos frutos nos

umbuzeiros, a fim de garantir a alimentação de animais e a dispersão de suas sementes.

Após a colheita, os frutos devem ser selecionados, descartando-se aqueles que

apresentam algum tipo de injúria; colocados em sacos ou caixas e levados para serem

comercializados ou processados.

Processamento

Processamento é a transformação dos frutos em produtos derivados. Os in natura

principais produtos fabricados a partir dos frutos de umbu são a polpa para suco, a geleia e o

doce.

Cuidados com a limpeza e seleção dos frutos, com a higiene pessoal, de

equipamentos e do local onde os frutos serão processados são de grande importância, pois

irão influenciar diretamente na qualidade do produto final.

Uma das principais vantagens do processamento é a agregação de valor ao produto,

ou seja, com a fruta beneficiada pode-se obter um valor de comércio até 20 vezes maior. Isso é

possível devido ao beneficiamento ser feito na própria comunidade, o que reduz o percentual

de perda de frutos com transporte e armazenamento, e também os custos de produção, uma

vez que é utilizada a mão de obra das próprias famílias (COSTA, 2011).

Após o processamento dos frutos, é importante que não haja o simples descarte das

sementes. Essas devem ser aproveitadas para a produção de mudas e de porta-enxertos e para

a renovação dos umbuzeiros na natureza (enriquecimento da caatinga).

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Page 9: Uso sustentável do Umbuzeiro

(Santos, 2010; Costa, 2011)

RECEITAS

Polpa de umbu

Selecione os frutos, lave-os e higienize-os com hipoclorito de sódio. Coloque os frutos em uma panela com água e leve ao fogo para cozinhar até a fervura. Escorra a água (suco) e passe os frutos numa peneira ou despolpadeira para retirada dos caroços. Retorne com a polpa para o fogo e após iniciar fervura, deixe mais 15 minutos, mexendo sempre. Transfira a polpa ainda quente para recipientes esterilizados e tampe imediatamente. Após esfriar, coloque os rótulos e guarde em local apropriado. Obs: o suco (água retirada na preparação da polpa) poderá ser usado pra fazer a pré-geleia.

Pré-geleia de umbu

Coloque numa panela o suco retirado do cozimento dos umbus usados para preparar a polpa e leve ao fogo. Deixe ferver por cerca de 15 min. Após este tempo, transfira o suco ainda quente para recipientes esterilizados e feche imediatamente. Após esfriar, coloque os rótulos e guarde em local apropriado.

Geleia de umbu

2 L de suco de umbu (pré-geleia)1 kg de açúcar peneirado2 colheres de polpa de umbu2 colheres de suco de limão

Misture o suco, a polpa e o açúcar até que este último se dissolva. Leve ao fogo, e após a fervura, acrescente o suco de limão; continue mexendo até o ponto de geleia. Retire do fogo, coloque em embalagens esterilizadas e feche. Após esfriar, coloque os rótulos e guarde em local apropriado.

Doce de umbu (cremoso ou de corte)

2 kg de polpa de umbu1 kg de açúcar

Misture a polpa e o açúcar numa panela e leve ao fogo, mexendo sempre, até que o doce solte do fundo (cerca de 30 minutos para doce cremoso e 50 minutos para doce de corte). O doce cremoso poderá ser envasado em vidro; o de corte deve ser colocado em formas e, após esfriar, deverá ser desenformado e embalado. Coloque os rótulos e armazene em local apropriado.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, F.P. Umbuzeiro: valorize o que é seu. Brasília: Embrapa Informação tecnológica, 2007. 35p.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Umbu (fruto). Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/14_09_18_11_36_14_umbuagosto2014.pdf>. Acesso em: 10 Dez. 2014. CONTI, I.L.; PONTEL, E. Transição paradigmática na convivência com o semiárido. In: CONTI, I.L.; SCHROEDER, E.O. Convivência com o Semiárido Brasileiro. Autonomia e protagonismo social. Brasília: Editora IABS, 2013. pp.29-38.

COSTA, T.P. Frutas da caatinga: gerando sustentabilidade em áreas recaatingadas no semiárido. Juazeiro, BA:Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa, Editora e Gráfica Franciscana, 2011. 50p.

NEVES, O.S.C.; CARVALHO, J.G. Tecnologia da produção do Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.). Ano XI - Número 127. Lavras, 2005.

PEREIRA, S.C.; GAMARRA- ROJAS, C.F.L.; GAMARRA-ROJAS, G.; LIMA, M.; GALLINDO, A.T. Plantas úteis do Nordeste do Brasil. Recife: Centro Nordestino de Informações sobre Plantas - CNIP; Associação Plantas do Nordeste - APNE, 2003. 140p.

SANTOS, E.O.C. Umbuzeiro: produzindo renda no semiárido brasileiro (Módulo I). Juazeiro, BA: Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa, Editora e Gráfica Franciscana, 2010. 112p.

SISTEMA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO – SIGSAB. Disponível em: <http://www.insa.gov.br/sigsab>. Acesso em: 07 Nov. 2014.

SOUZA, F.X.; COSTA, J.T.A. Produção de mudas das Spondias: cajazeira, cajaraneira, cirigueleira, umbu-cajazeira e umbuzeiro. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2010. 26p.

TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS - TACO. 4. ed. rev. e ampl.. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011. 161p.

AGRADECIMENTOS

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Ao professor Daniel Duarte Pereira, UFPB, pelas contribuições históricas e populares sobre o

umbuzeiro.

Ao BNB, pelo financiamento do Projeto (Convênio 2010/041), que permitiu a elaboração desta

cartilha.

Ao Sr. Severino de Moura Maciel, de Lagoa Seca, PB, pelas informações sobre enxertia.