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Grande Consumo Tiragem: 5000 País: Portugal Period.: Bimestral Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 24 Cores: Cor Área: 22,98 x 29,47 cm² Corte: 1 de 6 ID: 32052272 01-09-2010 player TEXTO Bruno Farias FOTOS Sara Matos Chega em 2011 a nova adega da Adega Cooperativa de Borba (ACB). Representativa de um investimento de 11,6 milhões/€, o novo centro de vinificação irá permitir à marca alentejana duplicar a sua capacidade produtiva, assim como elevar a qualidade média dos seus vinhos. De olhos postos na exportação, onde almeja duplicar os volumes transaccionados, a ACB projecta o seu futuro com metas bem definidas: ser um player de referência, em Portugal e no Mundo. Manuel Rocha, CEO da Adega Cooperativa de Borba, explica em entrevista o projecto e a actualidade desta adega cooperativa cinquentenária. de referência em Portugal e no Mundo” “Ser um

Entrevista a Manuel Rocha pela Grande Consumo (01-09-2010)

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Page 1: Entrevista a Manuel Rocha pela Grande Consumo (01-09-2010)

Grande Consumo Tiragem: 5000

País: Portugal

Period.: Bimestral

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 24

Cores: Cor

Área: 22,98 x 29,47 cm²

Corte: 1 de 6ID: 32052272 01-09-2010

playerTEXTOBruno Farias

FOTOSSara Matos

Chega em 2011 a nova adega da Adega Cooperativa de Borba (ACB). Representativa de

um investimento de 11,6 milhões/€, o novo centro de vinificação irá permitir à marca

alentejana duplicar a sua capacidade produtiva, assim como elevar a qualidade média dos

seus vinhos. De olhos postos na exportação, onde almeja duplicar os volumes

transaccionados, a ACB projecta o seu futuro com metas bem definidas: ser um player de

referência, em Portugal e no Mundo. Manuel Rocha, CEO da Adega Cooperativa de Borba,

explica em entrevista o projecto e a actualidade desta adega cooperativa cinquentenária.

de referênciaem Portugal e no Mundo”

“Ser um

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Corte: 2 de 6ID: 32052272 01-09-2010Grande Consumo – Que diferenças apresenta a Adega

Cooperativa de Borba face à Companhia das Quintas,

sabendo-se, de antemão, que em termos estruturais es -

tamos perante dois projectos necessariamente dife -

rentes?

Manuel Rocha – Do meu ponto de vista, entre esta adega

cooperativa e qualquer outra empresa do sector, em termos de

gestão quotidiana diria que a diferença é nenhuma. A ACB tem,

no seu dia-a-dia, uma gestão tão ou mais profissional que a

média das empresas privadas do sector. A grande diferença é na

sua denominação jurídica, uma vez que se trata de uma adega

cooperativa e não de uma sociedade anónima, ou limitada. Pela

sua dimensão e capacidade instalada, quer pelo facto de ter

sempre contado com profissionais competentes, a adega tem

tudo para reforçar a sua posição nos vários mercados onde se

faz representar.

GC – A gestão profissional de uma estrutura coo pe -

rativista é, portanto, um desafio para qualquer gestor?

MR – Acredito que qualquer projecto que venha a assumir seja

um desafio e este em concreto não tenho dúvidas de que é tão

desafiante, ou mais, do que se fosse uma empresa privada. E o

desafio não está na entidade jurídica mas no potencial que

encerra. O projecto da Adega Cooperativa de Borba é um pro -

jecto de elevado potencial e, obviamente, que os projectos dessa

natureza são altamente estimulantes. Quer para mim, como para

toda a equipa.

GC – Que balanço pode fazer dos – curtos - meses que

leva como líder deste projecto?

MR – Encontrei uma empresa fantástica, que nos últimos anos

evoluiu de forma bastante significativa, sempre com cresci men -

tos muito sustentados ao longo do tempo e que hoje se apre -

senta como um dos principais operadores a nível nacional e,

como tal, vai-se afirmar nos próximos 35 anos como uma refe -

rên cia do sector a nível nacional. Uma projecção que, natu -

ralmente, gostaria que também se reflectisse nos mercados

internacionais, visto acreditar estarem reunidas condições para

se afirmar como um player de referência nesses dois canais.

GC - A internacionalização da marca continua a ser uma

forte aposta desta casa. O que está feito e, acima, de

tudo o que falta fazer?

MR – Naturalmente que já foi feito muita coisa, mas a evolução

nos mercados internacionais é um caminho que demora bas -

tante tempo a trilhar. Temos investido arduamente num conjunto

de países, no sentido de fazer construção de marca, conquistar

aumentos de distribuição, desenvolver acções de experimen ta -

ção, de modo a que a nossa penetração seja mais cada vez mais

vasta e sólida.

GC – O que só é possível com uma produção consistente

e de qualidade reconhecida…

MR – Felizmente temos tido vinhos com qualidade muito

elevada e não sou eu que o digo. O ano passado obtivemos 30

medalhas em concursos internacionais, o que atesta a qualidade

dos nossos vinhos. As revistas da especialidade costumam, igual -

mente, fazer avaliações muito agradáveis dos nossos produtos,

mas, acima de tudo, os consumidores gostam das nossas pro pos -

tas, pelo que estamos muito confortáveis nesta intenção de

alargar presença nos mercados de exportação.

GC - A nova adega é o impulso que a ACB necessita para

reforçar essa posição?

MR – Obviamente que sim. A construção da nova adega enqua -

dra-se dentro aquilo que é a estratégia de crescimento em termos

de dimensão no sentido de dotar a adega com apetrechos que

lhe permita enfrentar os desafios futuros, assim como aumentar

significativamente a qualidade média da sua produção. Ou seja,

maior capacidade de produção e vinificação com recurso a

tecnologia de ponta, o que, em conjunto com os nossos recursos

humanos, permite-nos abraçar o futuro com franco optimismo.

GC – A ACB contribuiu para que o consumidor superasse

o estigma do vinho de cooperativa?

MR – Essa questão tem que ser analisada sobre dois prismas. Na

década de 50, quando se registou a criação das principais coo -

perativas do Alentejo, o que, então, foi um marco significativo

para subir a qualidade média dos vinhos produzidos nesta região,

os vinhos de cooperativa passaram a ser encarados com vinhos

de qualidade face aos que eram produzidos pelos privados. Desde

há cerca de 15 anos, com o aparecimento de novos produtores

individuais, houve alguns nomes que conseguiram afirmar-se

pela qualidade dos seus vinhos e ter o seu mercado e respectivos

consumidores. Todavia, os vinhos mais consumidos em Portugal

são os vinhos das adegas cooperativas e se os consumidores pre -

ferem os nossos vinhos quer dizer que reconhecem esses produtos

como sinónimo de qualidade.

GC – Ou seja, essa notoriedade e respectiva tradução

em vendas não é somente fruto dos volumes anualmen -

te produzidos?

MR – A questão dos volumes não se coloca tanto, pois cada

privado pode vinificar o volume que quiser. Ao contrário de uma

adega cooperativa que está limitada a um conjunto de asso -

ciados aos quais fazemos a aquisição das uvas.

“A construção da nova adega

enquadra-se dentro aquilo

que é a estratégia de

crescimento em termos de

dimensão no sentido de dotar

a adega com apetrechos que

lhe permita enfrentar os

desafios futuros, assim como

aumentar significativamente

a qualidade média da sua

produção. Ou seja, maior

capacidade de produção e

vinificação com recurso a

tecnologia de ponta, o que,

em conjunto com os nossos

recursos humanos, permite-

nos abraçar o futuro com

franco optimismo”

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País: Portugal

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“A aposta numa

estratégia de portfólio

deve-se a um profundo

conhecimento do

mercado, onde existem

diversos canais de

comercialização, distintos

tipos de consumidores e

diversificadas ocasiões de

consumo que,

naturalmente, decorrem

em contextos totalmente

diferentes. Ao ter em

conta estes factores

estamos a criar uma gama

de vinhos, com base num

conjunto reduzido de

marcas, de modo a

oferecer aos nossos

consumidores os vinhos

mais adequados às suas

exigências”

GC - Em termos de volumes que incremento trará à

nova adega à actual capacidade produtiva?

MR – Em termos de processamento de quantidade diária iremos

passar das actuais 700 toneladas para 1.500 toneladas.

GC - A criação da nova adega irá reforçar ainda mais o

papel de principal empregador da região, o que não dei -

xa de ser encarado como uma responsabilidade acres -

cida…

MR – Sem dúvida, até porque estamos no interior do país, as

oportunidades de trabalho são escassas face às regiões do litoral,

pelo que há aqui uma perspectiva social da adega em criar e

manter o maior número de postos de trabalho possíveis.

GC – Toda esta aposta na modernização da adega

decorrente ao longo dos últimos anos tem-se reflectido

também a nível da gama disponível, apresentando a

ACB um portfólio já bastante completo, agora refor -

çado com um vinho Premium. O que falta a este portfó -

lio uma vez que tem presentemente vinhos para todos

os canais de mercado?

MR – A aposta numa estratégia de portfólio deve-se a um pro -

fundo conhecimento do mercado, onde existem diversos canais

de comercialização, distintos tipos de consumidores e diversi -

ficadas ocasiões de consumo que, naturalmente, decorrem em

contextos totalmente diferentes. Ao ter em conta estes factores

estamos a criar uma gama de vinhos, com base num conjunto

reduzido de marcas, de modo a oferecer aos nossos consu mi -

dores os vinhos mais adequados às suas exigências.

GC - Como é que a gestão desse portfólio é feita nos

diversos canais onde estão representados e que peso

têm respectivamente?

MR – Os hipermercados valem 35%, cash&carries 15% e os

distribuidores Horeca representam outros 35%. Canal último

para o qual dirigimos os nossos produtos mais Premium, que são

produtos mais de nicho, caso das monocastas, por exemplo,

sendo que para os restantes canais de distribuição optámos por

posicionar aquelas que são as nossas marcas mais “mainstream”.

GC – E as marcas que se apresentam mais vocacionadas

para esse canal são Adega de Borba e Montes Claros?

MR - Duas grandes marcas nas quais incide a nossa estratégia

de crescimento, sobretudo Adega de Borba que é um dos nossos

ex-libris, apresentando as duas marcas elevadas taxas de cresci -

mento e que se encontram disponíveis transversalmente em

todos os canais de venda. Dentro desta gama foi lançada uma

referência Premium, uma proposta dirigida ao mesmo perfil de

consumidor mas mais vocacionada para ocasiões de consumo

mais requintadas ou festivas. À qual se junta o vinho que é a

nossa bandeira, o Adega de Borba rótulo de cortiça, e que é,

provavelmente, o vinho mais vendido no segmento em que se

insere. Paralelamente, a gama Montes Claros posiciona-se como

uma proposta mais Premium, composta por um Colheita (branco

e tinto), um Reserva (também branco e tinto) e, agora, um

Garrafeira, que nos permite estar em todos os segmentos de

mercado com um marca alternativa e com grandes pergaminhos

no Alentejo que ainda hoje preserva.

GC – Esse é um dos segredos desta casa, a força das suas

marcas, hoje associadas a um selo de qualidade?

MR – Devemos aos consumidores e à qualidade dos produtos

aquilo que as nossas marcas são hoje, uma vez que são pre fe -

ridas por um conjunto muito diversificado de pessoas o que faz

com que as nossas marcas usufruam de uma elevada notorie -

dade que se traduz numa elevada experimentação e significativa

fidelização, o que torna as nossas marcas fortes. Uma relação

que procuramos reforçar sempre que possível.

Raio-x Fundação: 1955

Processamento actual diário de uvas: 700 toneladas

diárias

Capacidade futura: 1.500 toneladas diárias

Capacidade actual de fermentação: 4,8 milhões de litros

Capacidade futura: 7,8 milhões de litros

Capacidade de armazenamento: 21,5 milhões de litros

Capacidade futura: 29,5 milhões de litros

280 associados

62 colaboradores

Área de vinha: 2.200 hectares (75% uvas tintas e 25%

brancas)

Facturação em 2009: 20 milhões/€ e a venda anual de 1

milhão de caixas de 9 litros

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GC - Que significado tem o facto de ter sido a primeira

adega cooperativa portuguesa a vender para um me -

rcado da reconhecida importância como a China?

MR – A adega tem no seu ADN uma dose muito grande de

inovação e várias vezes fomos os primeiros a fazer algumas

coisas. Vender para a China, ter alguns equipamentos inovadores

em termos de tecnologia de vinificação, adoptar algumas prá ti -

cas de gestão, por isso somos os primeiros e é quase uma obri -

gação nossa para estarmos na vanguarda. Algo que enca ramos

como perfeitamente normal e que não nos traz nenhuma satis -

fação adicional, pelo contrário, sermos os primeiros e estar na

frente é algo que faz parte da filosofia da adega.

GC – Em que mercados de exportação se fazem, ac -

tualmente, representados?

MR – Estamos presentes em cerca de 30 mercados de expor -

tação, ainda que haja um conjunto nuclear onde estamos mais

focados. A nossa estratégia de penetração e de divulgação passa

essencialmente por um “cluster” de três países onde a nossa

presença está perfeitamente estabilizada. O “cluster” de Angola

e do Brasil que, por razões históricas e linguísticas, são os únicos

dois países onde o vinho português tem uma imagem muito

positiva, além de serem dois canais prioritários ao serem, simul -

taneamente, dois mercados emergentes. Além destes países,

Alemanha, EUA e Reino Unido são os destinos para os quais

Grapescan Uma das particularidades da produção da Adega Cooperativa de Borba (ACB) prende-se

com o facto de recorrer a tecnologia de ponta na sua actividade, desde o

acompanhamento aos associados na vinha ao acto de vinificação. Uma preocupação de

longa data e que, acima de tudo, visa “proporcionar à equipa e aos nossos associados o

acesso a melhores procedimentos, assim como a tornar mais célere todo o processo de

decisão. Felizmente, temos ao nosso dispor alguns dos mais avançados recursos

tecnológicos, o que nos permite avaliar e analisar com todo rigor e objectividade as uvas

que temos, assim como as possibilidades que nos oferece. Como somos uma adega

cooperativa não podemos recusar a recepção da uva aos nossos associados, mas

podemos, sim, é proporcionar-lhes o melhor acompanhamento e aconselhamento

possível, de modo a que percebem o porquê de, eventualmente, as suas uvas não serem

cotadas como esperariam”, explica Óscar Gato, enólogo da ACB.

Segurança trazida pela ciência e pela tecnologia que permite, logo na recepção, avaliar

determinadas características das uvas, assim como encaminhá-las para os respectivos

locais de armazenamento, em função das suas especificidades ou possibilidades que

oferece. Uma implementação tecnológica apenas ao dispor de algumas entidades de

ensino superior e de um conjunto reduzido de operadores vitivinícolas de referência no

país, que, mediante o recurso à tecnologia, conseguem rastrear e acompanhar todo o

ciclo da uva, desde a sua recepção ao engarrafamento. Uma mais-valia na optimização

de procedimentos para o operador – que assim sabe, com base científica e exactidão,

como os seus vinhos são feitos, aliando o lado emocional do negócio à sua face mais

racional -, assim como o consumidor, que aufere da consistência dos produtos, ao

mesmo tempo está defendido de qualquer risco de segurança alimentar.

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qualquer produtor a nível mundial quer exportar e dar a conhecer

os seus vinhos. Paralelamente, estamos a tentar reforçar a nossa

presença no “cluster” do mercado asiático, no sentido de sermos

um “player” de referência.

GC – Nessa lógica, a criação da marca “Wines of Por tu -

gal” pode ser uma mais-valia para as exportações de

vinho português?

MR – Penso que o conceito por detrás do “Wines of Portugal”

merece todo o crédito, portanto como conceito considero estar

muito bem feito. Todavia, importa agora perceber em termos de

implementação como é que isso poderá ser feito e quais os

benefícios que poderá trazer. Estou convencido que poderá ser

uma grande mais-valia para os vinhos de Portugal.

GC – Concorda com aqueles que defendem que o “boom”

dos vinhos portugueses ainda está para acontecer?

MR – Penso que o “boom” dos vinhos portugueses deve-se,

essencialmente, aquilo que os portugueses fizerem pelos seus

vinhos. Portugal tem que trabalhar mais, tem que trabalhar me -

lhor, com mais eficácia, para que os seus vinhos possam vingar.

Era muito bom que fossem vários produtores juntos a terem esse

sucesso na internacionalização, uma vez que seria benéfico para

o sector que os produtores beneficiassem do sucesso uns dos

outros.

GC - A ACB é hoje uma estrutura preparada para o futuro?

MR - A minha recente chegada ao projecto apenas me permite

constatar todo o bom trabalho feito ao longo dos últimos anos,

onde houve, sem dúvida, um enfoque em dotar a Adega de

Borba com todos os recursos para que médio/longo prazo possa

ser um operador de referência em Portugal e no Mundo. E a cons -

trução da nova adega é uma das vertentes da dotação desses

recursos para que continue a ter uma elevada competitividade e

uma oferta de qualidade.

“A ideia por detrás do

“Wines of Portugal”

merece todo o crédito,

portanto como conceito

considero estar muito

bem feito. Todavia,

importa agora perceber

em termos de

implementação como é

que isso poderá ser feito

e quais os benefícios que

poderá trazer. Estou

convencido que poderá

ser uma grande mais-valia

para os vinhos de

Portugal”

Obras já arrancaramA nova adega ficará concluída a tempo de entrar em

funcionamento na vindima de 2011, num investimento

de 11,6 milhões/€. O novo edifício irá ocupar uma área

total de 14 hectares e estará localizado a cerca de 200

metros das actuais instalações, às quais será interligado

por recurso a uma caleira subterrânea.

Com a exportação a valer, actualmente, 15% da

facturação da ACB, a meta da equipa de gestão é duplicar

esse valor num período estimado de três a cinco anos,

com a elevação da qualidade média dos néctares a

permitir ao operador alentejano ombrear com os países

do Novo Mundo, assim como os principais produtores do

sector à escala internacional.

O recurso a tecnologia de ponta para a produção de vinho

e processamento da uva são, alguns, dos destaques deste

empreendimento financiado em 60% por capitais

próprios, com o restante montante a ser suportado pelo

Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

Assinado pelo arquitecto Rogério Cavaca, a nova adega

da ACB apresenta ainda diversas soluções inovadoras em

termos ambientais, como são exemplo o recurso a uma

cobertura ajardinada em todo o edifício o que trará

poupanças energéticas significativas à sua actividade. A

infra-estrutura actualmente em construção irá,

igualmente, ser aproveitada para funções de enoturismo,

ao ser instalado na cobertura um espelho de água e uma

esplanada.

Adega Borba Premium O Adega Borba Premium é a mais recente proposta

da ACB. Trata-se, como o próprio nome indica, de

um proposta Premium que vem completar a oferta

da gama Adega Borba, já composta por branco,

tinto e rosé. Com um PVP no retalho de 7€, o novo

Adega Borba Premium procura disponibilizar

uma relação preço/qualidade insuperável,

reforçando, deste modo a proposta de valor

dos vinhos da adega alentejana.

Composto pelas castas Trincadeira, Alicante

Bouschet e Cabernet Sauvignon, o Adega

Borba Premium foi elaborado com recurso a

uvas seleccionadas provenientes das vinhas

velhas da região e fermentação maloláctica

em cuba de inox de pequeno volume. Um

estágio de 12 meses em barricas novas de

carvalho francês, americano e castanho,

antecedeu o engarrafamento e o estágio final

em cave de 12 meses em garrafa.

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País: Portugal

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Manuel Rocha, CEO Adega

Cooperativa Borba

n.º5/2010 | setembro/outubro

revista bimestralPortugal | €4,80

11,6milhões/€ eminvestimento

estratégico